quinta-feira, 30 de junho de 2016

Um copo com… Márcio Lopes

Márcio Lopes é responsável pelo projecto Pequenos Rebentos, na sub região de Monção e Melgaço, onde desde 2010 mostra o que melhor a casta Alvarinho pode proporcionar. Desde 2010, também produz os seus vinhos Proibido, provenientes de vinhas velhas da Região do Douro Superior, desde 2015 com produção de uvas próprias. Discípulo de Anselmo Mendes, Natural do Porto, licenciado em Engenharia Agronómica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, divide a sua vida por Vila Nova de Gaia, Melgaço e Vila Nova de Foz Côa.


Olá Márcio, conta-nos por favor o teu percurso no mundo dos vinhos. Como tudo nasceu e quais os planos para o futuro. A minha paixão pelos vinhos, foi introduzida pela minha querida avó paterna, que literalmente, me meteu num lagar a pisar uvas com 8 anos. A agricultura sempre me cativou, e em 2001 entrei na FCUP, para tirar o curso de Eng. Ciências Agrárias. Em 2005 fiz o meu primeiro estágio com Eng Anselmo Mendes, em Melgaço, e com ele me mantive até 2008. Altura esta, que fui até a Austrália e trabalhei em duas regiões completamente diferentes, nomeadamente na famosa região de fortificados, Rutherglen, e na ilha da Tâsmania. Em 2009 comecei a trabalhar na promoção e venda de vinhos de pequenos produtores, e desde 2010, que desenvolvo os meus projectos, no tempo que sobra. 

O futuro passa por aprofundar os meus conhecimentos, explorar uma vinha velha recentemente adquirida em VN Foz Côa e trabalhar para continuar a manter o que gosto de fazer… Vinhos!!

Qual para ti a casta rainha de Portugal? Não consigo responder objectivamente. Entre rainhas e reis :-) , gosto muito do Alvarinho, Loureiro, Touriga Nacional e Sousão.

O que gostas de fazer nos tempos livres? Quando tenho tempo livre, gosto de praticar desporto, sobretudo ciclismo. 

Descreve as férias dos teus sonhos, onde vais, por quanto tempo e porquê? Já estive na Austrália, e se pudesse era la que voltava, pelo menos durante um mês, para rever velhos amigos.

Qual o teu prato preferido? Cabritinho Assado.

Conta-nos uma peripécia que tenhas vivido no mundo dos vinhos. Em 2008, quando estive na Tasmania, fiz 5 pipas, supostamente, de Alvarinho… Mais tarde “rebentou a bomba”, que afinal não era Alvarinho o que havia sido plantado na Austrália e Nova Zelandia, mas sim Savignin, uma casta francesa, que por sinal, foi levada da Galiza…

Se tivesses a possibilidade de escolher uma região (fora ou dentro de Portugal) e uma casta para fazeres o TEU vinho, qual seria a escolha?  Gosto muito de brancos. Se pudesse fazia um Terrantez na Madeira, embora não a conheça tecnicamente, e deixava envelhecer.

O que te faz realmente tirar do sério? Perder tempo sem necessidade.

Momento: refere uma música preferida; local de eleição e companhia; e claro vinho a condizer.  Magic de Cold Play no Geres com a minha família e Proibido de preferência.

Qual o melhor vinho que alguma vez provaste? Português: Abandonado 2011. Estrangeiro: Romani Conti La Tache 2009. Fortificado: Madeira Barbeito 1880 (por sinal: usado para melhorar lotes)

Sérgio Lopes


quarta-feira, 29 de junho de 2016

Adegga Winemarket Summer 2016


O Hotel Florida, em Lisboa, volta a receber o Adegga WineMarket Summer 2016, no próximo sábado, dia 2 de Julho. O evento proporciona aos apreciadores a prova de 300 vinhos de 40 produtores seleccionados pela equipa do Adegga

Nesta edição, o Sushi Wine Experience proporcionará uma experiência gastronómica dentro do Adegga WineMarket. Neste novo espaço, o consumidor tem acesso a uma prova de vinhos especial acompanhada pelo sommelier Sérgio Antunes, enquanto aprecia uma degustação preparada pela equipa do Sushic.

A tecnologia ‘SmartWineGlass’ (Copo Inteligente), desenvolvida pelo Adegga e premiada internacionalmente, já é reconhecida pelos visitantes do Adegga WineMarket como ferramenta essencial para recordar os produtores visitados e vinhos provados durante o evento. De visita obrigatória é também a loja de vinhos do Adegga WineMarket, onde podem ser adquiridos todos os vinhos presentes em prova, com entregas personalizadas ao domicílio nos 5 dias úteis seguintes à compra.

Informações gerais:
Data: 2 de Julho de 2016
Local: Hotel Florida, Rua Duque de Palmela 34, 1250-098 Lisboa
Horário Público: 14h às 21h
Site oficial e Bilhetes (a partir de 15€): http://pt.adegga.com/sum16

in Press Release

terça-feira, 28 de junho de 2016

Em Prova: Luis Pato Colheita Seleccionada Branco 2015

15,5/20. Luis Pato, o "Sr. Baga", apresenta a nova imagem do seu branco 100% produzido da casta Maria Gomes, intitulado desta feita colheita seleccionada, ano de 2015

Flores, notas de fruta branca (melão, maçã), num vinho sem tropicalidade mascarada. Fresco e alegre na boca. termina vivaço e de final bem agradável.

Um branco muito bem feito e totalmente consensual. Talvez a abrir as portas do produtor aos consumidores de brancos alegres e frescos, sem nunca deixar de ser um "Pato". Acompanhou com um queijnho fresco. Delicia!

PVP: 4,50€. Disponibilidade: Garrafeira Gota a Gota

Sérgio Lopes

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Hello Summer Wine Party em Lisboa


No próximo dia 30 de junho, quinta-feira, das 17 às 23 horas, os jardins do Lisbon Marriott Hotel vão encher-se de apreciadores de vinhos e das coisas boas da vida, para a terceira edição da Hello Summer Wine Party, festa vínica organizada pela revista Paixão pelo Vinho, e que reúne centenas de vinhos, demonstrando como Portugal continental, Açores e Madeira, têm excelentes motivos para fazer muitos brindes. Este é um evento já incontornável na cidade de Lisboa.

Para além das muitas e variadas propostas nacionais, este ano haverá espaço para a representação de marcas estrangeiras como champagnes, por exemplo o Drappier Carte D’Or Brut que recentemente conquistou o prémio ‘Excelência’ na revista Paixão pelo Vinho, e também espumantes e proseccos Astoria, Lambruscos Dolce Lunato e Fior di Pesco, e o gin Roby Marton, entre outros. Outra das novidades desta terceira edição é a realização de ‘Provas Especiais’, numa sala especifica para o efeito, bem perto dos jardins onde decorre a festa vínica e cujos temas serão anunciados muito em breve.

A pulseira de acesso ao evento será adquirida no próprio dia, à entrada, pelo valor de 8 Euros, contemplando a oferta de um copo de prova, já que cada pessoa poderá provar todos os vinhos que desejar, conhecer de perto os produtores e até alguns enólogos, partilhar contactos e aprender. As ‘Provas Especiais’ terão um custo de 10 Euros e serão limitadas a 20 lugares cada, a pré-inscrição é obrigatória e terá de ser efetuada através do e-mail:purplesummer.media@gmail.com

https://www.facebook.com/events/576491379187311/

In Press release

sábado, 25 de junho de 2016

Opinião: Aprendendo e Partilhando - Chablis Sauvignon



Quando começamos a estar convencidos de saber alguma coisa sobre uma determinada região vínica, e digo região, pois nem por momentos me atreveria a pensar isso sobre o vinho em geral, eis que aparece um vinho à minha frente e me deixa siderado! Chablis e Sauvignon num mesmo rótulo?! Como é possível? É exatamente isto que torna este mundo dos vinhos tão maravilhoso, a enormidade de pequenas exceções como esta que nos deixa sempre surpreendidos e excitados.

Para perceberem o meu espanto têm de saber que a Borgonha em termos de castas brancas trabalha, quase em exclusivo, com a casta Chardonnay e que Chablis é talvez a sua sub-região mais famosa, mesmo não sendo a que produz os mais caros e conceituados vinhos desta casta na região. A fama vem-lhe curiosamente do novo mundo, em particular da América do Norte, onde o nome Chablis foi e ainda é usado para designar um vinho branco e seco de uma qualquer casta e que paradoxalmente nada se parecem com os vinhos de Chablis, quase impossíveis de replicar naquelas latitudes, pois são vinhos metálicos e minerais com uma acidez vibrante e cortante.

Apesar de a palavra Chablis não aparecer de uma forma ostensiva, está apenas numa espécie de selo no topo da garrafa, pensei que seria impossível ela aparecer em simultâneo com a palavra Sauvignon. Não é! E realmente não lhe é dado grande destaque que vai inteirinho para Saint-Bris o nome desta pequena AOC (similar ao DOC português), tendo ganho esse estatuto apenas em 2003. Era uma VDQS (similar à VQPRD) desde 1974 usando os vinhos a designação de Sauvignon de Saint-Bris. Uma designação ajustada pois, na minha investigação, descobri que nesta região se pode usar Sauvignon Blanc e Sauvignon Gris, uma mutação da primeira e que adiciona algum peso ao vinho. Descobri também a origem desta singularidade que vem já de tempos antigos, uma vez que até meados do século XIX a casta dominante era a Roublot, atualmente extinta, dizimada pela filoxera e não replantada depois por ser demasiado suscetível à doença.

Por tal foi, então, substituída pelas Sauvignon, muito provavelmente por causa do sucesso conseguido em regiões não muito longe dali, nos inícios do rio Loire, as agora famosas regiões de Sancerre e Pouilly-Fumé, que originam um vinho mais intenso e mineral que aquele que acabei por poder provar graças ao amigo Cupido, nome apropriado para nos dar a conhecer novos amores, o William Fevre Saint-Bris Sauvignon 2007, que apesar da idade se mostrou ainda perfumado e vegetal, num estilo muito francês, mas menos intenso e agressivo que o normal. Muito agradável e aconselhável.
Estava, no entanto, contente por isto não contrariar o que tenho dito nos meus cursos, ou seja, que se encontrassem a palavra Bourgogne num vinho branco, então a casta seria obrigatoriamente Chardonnay. Bom, parece que isso só será verdade em 99,99% dos casos uma vez que consegui encontrar um rótulo que continha a maldita palavra, foi apenas um, mas é o suficiente para me contradizer. Chatice, pois lá terei de pedir desculpa a todos os meus alunos, felizmente muitos e bons, começando por o fazer aqui. Me desculpem.

Hildérico Coutinho (Escanção / Sommelier)


sexta-feira, 24 de junho de 2016

Da minha Cave: Porta dos Cavaleiros Dão Branco 1979

Este sábado, estava indeciso sobre o que ia abrir e lá encontrei, na minha garrafeira, este Porta dos Cavaleiros, rótulo histórico da região do Dão, um vinho branco de 1979. Tinha preparado um plano B, ou seja, outra garrafa de outro vinho, no frio, (já nem me lembro qual) se este "desse pro torto"... 

Mas mostrou-se brutal...! A começar pela cor, dourada é certo , mas nunca, mesmo nunca a fazer lembrar um vinho com cerca de 40 anos. Um vinho branco com exactamente 37 anos! Para além da cor linda, tudo o resto impressionou. Muito fresco e delicado. Lado floral e mineral. Ligeiras notas meladas. Boca com belo volume e acidez. Gastronómico e com excelente final de boca. Terá grande parte encruzado? 

Um dos melhores brancos antigos que provei. Sem dúvida. Aposto que em prova cega o "apontariam" para no máximo final dos anos 90, principio deste século...

O vinho pode ainda ser encontrado nas Caves São João. Este e milhares de outras tantas relíquias a serem (re)descobertas nas "catacumbas" do produtor!

18/20

Sérgio Lopes

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Em Prova: Tom de Baton


Há muito que queria voltar a provar os vinhos de Carlos Lucas produzidos no Douro, mais propriamente em Casal de Loivos, Cima-Corgo. Enólogo conceituado e viajado, era de esperar algo mais de ambos os vinhos. O que na nossa modesta opinião não aconteceu.

Tom de Baton Branco 2014. O aroma prometia, com complexidade, mineralidade de fundo e tropicalidade. Na boca confirma esse perfil demasiado tropical que tanto sucesso fará em grande escala, mas que na nossa opinião faz do vinho um bocadinho "chato". O final de boca até que é agradável. 14/20.

Tom de Baton Tinto 2014.  Aroma de fruta madura, com notas especiadas. Bom volume de boca, mas ainda a carecer de alguma envolvência de conjunto. Termina de persistência média. 14,5/20.

PVP de ambos 6,99€. Adquiridos no El Corte Ingles, felizmente com 50% de desconto. Esperava muito mais.

Sérgio Lopes


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Em Prova: Montinho de São Miguel Branco 2015


14,5/20. A Casa Agrícola Alexandre Relvas situa-se no Alentejo, no Redondo e possui uma adega capaz de transformar 500.000 kgs de uvas. São tantas as referências da casa, no meio de tantas referências de outros vinhos, sobretudo nas grandes superfícies, que se torna praticamente impossível escolher determinado vinho em detrimento de outro. É uma luta intensa. Marcas que produz:


Dentro da cada marca, existe o branco, o rosé, o tinto, o reserva, etc...E assim chegamos ao Montinho de São Miguel Branco 2015, que por um acaso me chamou a atenção o facto de ter Encruzado (casta branca do Dão) na sua composição, juntamente com Viognier e a clássica Antão Vaz do Alentejo. Trata-se de facto de um vinho bem feito, como tantos outros, que cumpre a sua função. Não senti encruzado, ou viognier, ou outra casta, apenas um branco para se beber jovem e despreocupado, com prazer. PVP: 3,99€. Disponibilidade: Continente.

Sérgio Lopes




terça-feira, 21 de junho de 2016

Em Prova: Terras do Pó Rosé 2014


15/20. Confesso que comprei este vinho um pouco a "medo", até porque não sou propriamente fã de Rosés e a garrafa dizia "guardar por um período máximo de 3 anos". Sendo do ano 2014, vai na sua meia idade certo? Da Casa Ermelinda Freitas, maioritariamente produzido da casta Castelão (com um toque de syrah), que se diz ter uma elevada longevidade, se calhar os receios não faziam sentido. Pois ainda bem que o comprei, pois está um vinho muito bem feito e oferece aquilo que se pretende de um rosé: Refrescante, fruta qb. nada doce e até versátil a solo ou acompanhando algumas entradas. Gostei. PVP: 2,99€. Disponibilidade: Continente.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Feira da vinha e do vinho 2016 em Anadia

De 18 a 26 de Junho, decorre na Anadia, mais uma edição de “Anadia Capital do Espumante – Feira da Vinha e do Vinho”.

Restauração/gastronomia, tasquinhas, stands das Juntas e Uniões de Freguesia, Espaço Anadia Capital do Espumante – Wine Bar (parceria com a Revista de Vinhos)/produtores, 150 expositores de atividades económicas diversas, artesanato, espaço infantil, show cooking diário, Palco Anadia Capital do Espumante, Palco Sentir Anadia, Espaço Teatro, Bares de Espumantes e Bares prometem voltar a fazer as delícias dos visitantes ao longo dos nove dias de feira.

A principal novidade da presente edição prende-se com o facto de a autarquia estar a deixar “cair” a designação de Feira da Vinha e do Vinho, assumindo cada vez mais o slogan “Anadia Capital do Espumante”, uma vez que esta é a nova imagem que a autarquia quer transmitir.
Os ingressos custam 2 euros (com exceção para o dia 25 de junho – 3 euros – para o concerto de Martinho da Vila). No último dia de certame, dia das Marchas Populares, as entradas são gratuitas. Resistência (dia 18), Amor Electro (dia 19), Yankees e Magicar (dia 20), The Black Mamba (dia 21), GNR (dia 22), Paulo Gonzo (dia 23), AGIR e DJ Diego Miranda (dia 24), Martinho da Vila (dia 25) e Marchas Populares (dia 26) são os cabeças de cartaz do certame em cada noite.

Mais informações aqui:

https://www.facebook.com/feiradavinhaedovinho.anadia/?fref=ts

Sérgio Lopes

sábado, 18 de junho de 2016

Opinião: Vinhos antigos ou vinhos velhos?

A discussão entre apreciadores de vinhos já não é de agora - O que é um vinho velho e o que é um vinho antigo? ou seja, quantos anos devemos esperar pela garrafa de vinho em cave, bem guardadinho e a evoluir (esperemos, bem), para que atinja o seu auge? Ora, penso que ninguém tem a resposta a esta pergunta, desde logo porque o comum dos mortais, não tem grandes condições de guarda em suas casas, quer em termos de temperatura ou humidade. Então o melhor é bebê-los logo? Também não. Pois aí, entramos no infanticidio dos vinhos, ou seja, que os bebemos cada vez mais cedo e que os produtores os colocam à venda cada vez mais cedo, significando isto que não dá para esperar. Por este andar, o ideal seria o produtor guardá-los em suas instalações, em condições, em teoria perfeitas,  até ao momento ideal de consumo, mas isso é comercialmente impossível, pois é preciso fazer $$$$$$ entretanto. E o consumidor, pouco instruído na matéria quer beber os brancos do ano e os tintos do ano anterior. São "mais frescos". Sim, mas menos complexos e na maior parte das vezes ainda não completamente integrados em todas as suas componentes. Bem, parece que estamos num impasse...

Confesso ser recente a descoberta dos vinhos antigos, para mim. Acho que é um processo. Ninguém começa pelo fim, certo? Dito isto, tenho gasto algum $$$$$$, bem mais do que algum $$$$$ na compra de vinhos com alguma idade, quer em garrafeiras / lojas, quer em leilões. A maior parte dos vinhos têm me saído bem e dão um enorme gozo ao bebê-los. Outros são mera curiosidade, de resistência ao tempo, já passaram o seu melhor momento e por isso, não dão muito prazer no copo. Finalmente, há aqueles que já foram de vez... imbebiveis, ou pelo menos não me dão qualquer prazer.

Depois há as regiões mais propicias a vinhos que evoluam de uma forma sempre positiva, casos da Bairrada e Dão, ou Colares e Buçaco - escolhas sempre seguras dirão os entendidos. Mas não há uma ciência exacta, pois por vezes encontram-se surpresas em todas as regiões, quer com brancos quer com tintos. Mas a questão das regiões fica para outra reflexão.

Fica para o final a opinião que tenho neste momento sobre os vinhos antigos: Eu não acho necessário comprar vinhos com mais de 20 - 25 anos, ou sequer guardá-los por tanto tempo. Não será seguro e não estou certo que se ganhe assim tanto... salvo claro os vinhos icónicos, que estão sempre top. Eu tenho para mim que à data de hoje, da década de 90 em diante é mais do que suficiente para comprarmos / guardarmos e potencialmente ficaremos deslumbrados por um vinho com idade. Seja um Bairrada de Pato, Bageiras ou Saima, por exemplo, ou um Dão dos Roques, ou um colares, ou um Buçaco, por exemplo, entre outros...

Para quê arriscar e beber um vinho "velho" quando esperaríamos beber um vinho "antigo"? E reparem que utilizei o termo velho apenas no final.

Sérgio Lopes

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Em Prova: Encostas do Côa Branco 2014


14,5/20. Vinho produzido pela Adega Cooperativa de Pinhel, distrito da Guarda. A Adega de Pinhel surge há mais de 50 anos, e produz uns quantos milhões de litros de vinho, sendo que grande parte vai para exportação. A gama Encostas do Côa pode ser encontrada no grupo Sonae, sendo que o vinho branco provado, de 2014, marcado pela frescura da casta Siria, mostrou-se aromático, cordato, simpático para o dia-a-dia e adepto da mesa. Comprado com desconto adicional ainda foi melhor. PVP: 2,90€. Disponibilidade: Continente.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Em Prova: Espumante Montanha Prestige Bruto


14,5/20. O que mais me impressionou no evento que ocorreu em Coimbra com 20 produtores de espumantes da Bairrada a mostrar os seus "bolhinhas" foi sobretudo a consistência e RQP dos espumantes entrada de gama. Hoje em dia, pode-se beber um "bolhas" por menos de 5€, com qualidade e prazer. Esta intro serve de mote para falar do Montanha Prestige Bruto, um espumante produzido pelas Caves da Montanha, correcto e despretensioso que se pode encontrar nos Pingo Doce, abaixo do 4€. Certo, não é um champagne, mas também não é esse o campeonato a que se propõe. E dentro dos entrada de gama, é consensual, barato e festivo!. PVP: 3,99€. Disponibilidade: Pingo Doce (exclusivo).

Sérgio Lopes

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Da minha cave: Quinta de Camarate Branco 1999

Esta cor só pode significar que o vinho está estragado... Mentira. É a chamada evolução, ou oxidação. Pode é ser boa ou má oxidação (contacto com o oxigénio). Neste caso, apesar da cor "assustadora" para alguns a evolução foi boa. Temos para além dessa cor dourada, aromas melados e florais acentuadas. A boca é ainda fresca, embora o final se fosse mais comprido seria óptimo. Mas creio que o perfil deste vinho é eminentemente para beber nos primeiros anos e é mesmo assim. 

Estamos na presença do Quinta de Camarate 1999, produzido pela José Maria da Fonseca, das castas Loureiro, Alvarinho e Moscatel de Setúbal, um vinho com 17 anos - perdão, um vinho branco com 17 anos, ainda em forma. Uma curiosidade da região da península de Setúbal. Eu já disse que a JMF não sabe fazer vinhos maus?

16/20.

Sérgio Lopes

terça-feira, 14 de junho de 2016

Em Prova: Torre de Tavares Jaen 2008


17/20. Se há casta que é utilizada em lote na região do Dão há muitos anos é o Jaen. Já em Espanha (que dizem ter sido a sua proveniência), também conhecida por Mencia, tem sido bastante melhor tratada dando origem a grandes vinhos, especialmente em Bierzo. Timidamente vão aparecendo vinhos produzidos em Portugal 100% com a casta Jaen, embora não sendo consensuais quer entre produtores, que não arriscam em sair da zona de conforto, quer entre consumidores, pois os poucos exemplares existentes, variam imenso de estilo. Contudo, quando se prova este Torre de Tavares Jaen de 2008, quer tenhamos historial de provas de Bierzos ou Jaens, ou não, é indifirente - É um grande vinho. Jovem, mas com todas as nuances que fazem um vinho delicioso em evidência. Potência, elegância, frescura, fruta e vegetal, pendor gastronómico, a dar uma prova maravilhosa à mesa. Uma belo exemplar produzido pelo irreverente João Tavares de Pina, que exporta quase toda a sua produção. Será difícil de arranjar, mas se o conseguirem obter, bebem já algumas garrafas e vão guardando outras. PVP: 15€.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Fora do Baralho: Encostas do Enxoé Branco 04, 08 e 10

Tenho para mim que o Alentejo não é a primeira região que me vem à memória, quando penso em vinhos Brancos. Ainda que, claro, como um pouco por todo o Portugal, haja belos brancos, cada vez mais concisos e bem feitos. Mas quando temos um branco de 2004 e outro de 2008 em tão boa forma, da região de Pias, não deixa de ser surpreendente certo? A imagem que acompanha este texto é bastante sugestiva, mostrando a evolução de ambos os vinhos. O 2008  ainda mais evoluído que o 2004 (quando deveria ter sido o contrário), este último, que se mostrou notavelmente fresco - um vinho com 12 anos, que em prova cega iria seguramente baralhar o maior dos provadores!. Um verdadeiro case study. Ambos foram feitos da casta Roupeiro (Siria, certo?) e mostram aqui um carácter maduro, mas sobretudo de uma enorme longevidade. Quem quiser ter a experiência, pode ir ao hipermercado Jumbo e por menos de 4€ tem lá o Encostas do Enxoé branco 2010. Já não é feito de Roupeiro, mas sim das castas mais consensuais Arinto e Antão Vaz, também provado e não tão deslumbrante como os feitos de Siria, mas sem deixar de ser admirável vermos nas prateleiras do Jumbo um vinho branco do Alentejo, de 2010. Estarão os tempos a mudar?

Sérgio Lopes

domingo, 12 de junho de 2016

BairraDão, Festa de Vinhos da Bairrada e do Dão

O Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, está a organizar um evento que vai reunir as duas principais regiões vitivinícolas da região. BairraDão é o nome da iniciativa que se quer afirmar como um festival para os amantes do vinho, já que serão apresentados os melhores vinhos das duas regiões que se inserem em pleno coração da região das Beiras - Bairrada e Dão. A iniciativa, terá lugar no dia 18 de Junho. Toda a informação relativa ao evento, incluindo lista de produtores pode ser encontrada na página do facebook do evento:

https://www.facebook.com/events/1750555321858166/



Sérgio Lopes


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Arena de Baco: Luís Pato a grande nível


A rubrica Arena de Baco pretende colocar frente a frente vários vinhos e só um sairá vencedor... embora isso pouco interesse tenha. O importante é falarmos mesmo de todos os vinhos, à sua maneira, pois no confronto,  com maior ou menor Knock Out, estiveram todos MUITO bem. Os sólidos que acompanharam o festim foram: 

Entrada bola de bacon; Queijinhos Franceses. Um Frango na Púcura (não houve Pato). Sobremesa Torta de Chila.

BATALHA

  • Vinha Formal Branco Cerceal 2014  - Diz-se que apenas foram produzidas 600 garrafas deste vinho... Mais uma das experiências do Engº Químico Luis Pato com a casta Cerceal. E que bela maneira de iniciar o jantar com um vinho com uma frescura brutal e que se avizinha uma enorme longevidade. Começamos em grande.
  • Vinha Formal Branco 2003 - Que branco tão bem envelhecido... de facto com uma frescura tal que está "jovem". O grande branco da noite que dá enorme prazer a beber. 100% Bical de vinhas plantadas em solo argilo-calcário . Passa 9 meses por madeira nova. Um grande branco.
  • Vinhas Velhas Branco 2000 - Depois do Formal 2003, não seria fácil passar a outro branco... E de facto este vinhas velhas 2000 pareceu-nos mais evoluido, sem ser chato, mas talvez já tenha passado o seu melhor momento. Contudo, num nivel muito bom, comparativamente com os demais brancos provados com a mesma idade. Mas é Luis Pato e nós exigimos sempre um pouco mais, né?
  • Vinhas Velhas Tinto 1994. Entramos nos tintos e confesso que o 1994 Vinhas Velhas teve reacções contrárias. È um facto que foi o único tinto que se afastou da linha condutora dos restantes. Talvez já não tenha a força e potência de outrora, mas também não lhe demos muito tempo, pois vinham aí mais "Patos" a caminho...
  • Quinta do Ribeirinho 1ª Escolha Tinto 1996 - Baga e Touriga Nacional. Um vinho que dá muito prazer a beber e ainda em grande forma. Foi bem armazenado e devemos bebê-lo já. Uma prova de que o mix entre Baga e Touriga funciona bem. O produtor diz que em média dura 10 anos. Este já vai nos 20...!
  • Quinta do Moinho 1998 - Vinho produzido exclusivamente da casta Baga com monda em verde no início de Agosto. Estagiou em cascos de carvalho Allier durante 12 meses. Mais um vinho em grande forma a dar grande prazer na prova.
  • Vinha Barrio Tinto 2000 e 2001 - De uma vinha arrancada em 2004, em virtude de não estar alinhada, por ser uma vinha com mais de 80 anos. Tanto o 2000 como o 2001 em grande grande forma. Gostei muito das notas especiadas e até quimicas, com a fruta ainda bem presente num conjunto deliciosamente fresco. 2001 melhor que o 2000, mas ambos fantásticos!
  • Vinha Barrosa Tinto 2001 - O vinho da noite. Uma combinação de todas as partes em harmonia. Fruta, especiaria, volume de boca, elegância, frecura, um vinho de nivel mundial. Provavelmente um dos melhores Barrosa de sempre. EU, se tivesse mais garrafas não esperaria mais para as beber, com enooooooorme prazer!
  • Luis Pato Espumante Bruto 1995 - Terminamos com um espumante de 95 que o próprio Luis Pato nos fez chegar. Com uma evolução já muito grande. Mais vinho que espumante, quase sem bolha. Não deslumbrou.
Resumindo, será muito dificíl repetir tal line-up, com vinhos de anos tão distintos  (e antigos) de um só produtor. Praticamente estivemos na década de 90... O nível dos vinhos foi de uma qualidade muito muito alta, o que vem comprovar que Luis Pato é um dos grandes embaixadores de Portugal, da Bairrada e da casta Baga!

May the Wine be with you...!

Sérgio Lopes

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Bairrada Refresh Meets Coimbra - Bolhas de Sucesso


Este ano, foram 20 produtores que foram à procura de novos consumidores, novos mercados e apostas. Não deixando os créditos em mãos alheias, quase todos os produtores trouxeram bolhinhas deliciosos. Embora não estivessem alguns dos emblemáticos (não podem estar todos) tais como Luis Pato, Filipa Pato, ou Sidónio de Sousa, foi possível provar muitos espumantes de produtores mais ou menos desconhecidos (entre outros históricos), todos com uma qualidade e relação qualidade - preço invejáveis! Alguns a envergonharem alguns champagnes...

Num espaço convidativo à beira Mondego, o REFRESH - BAIRRADA MEETS COIMBRA foi um êxito de casa cheia que deve deixar orgulhosa a Comissão Vitivinícola da Bairrada. Para o ano há mais, com certeza. Aqui ficam algumas das estrelas que brilharam no evento:





Sérgio Lopes




   




quarta-feira, 8 de junho de 2016

Da minha cave: Bétula 2011


17,5/20. E não é que os vinhos brancos envelhecem bem? Quando bem feitos é claro, como é este Bétula , do ano de 2011, provado, de novo, há duas semanas, da autoria do Francisco Montenenegro (Aneto). Vinho duriense, blend de castas francesas Viognier (em barrica) e Sauvignon Blanc (em inox), em iguais percentagens, entretanto extinto (?). Que pena... 

Inicialmente este vinho mostrou-se completamente estranho, sem aroma (provavelmente estava fresco de mais). Depois de colocado em decanter improvisado, começou a mostrar aquelas notas de evolução florais e meladas, sem perder a frescura. Belo vinho, com belo volume e final de boca, de pendor gastronómico, um pouco fora do baralho, feito por um grande enólogo. Repito, pena que o vinho entretanto tenha deixado de ser produzido...

Notas de prova em "novo":
http://contrarotulo.blogspot.com/2012/08/betula-2011.html


Sérgio Lopes


terça-feira, 7 de junho de 2016

Habemos...Casta!

Faz hoje um mês, que o blogger” Pingus Vinicus organizou, em conjunto com Luís Lourenço e José Lourenço, um evento denominado “Encruzado Day”.

Curiosamente, a ideia surgiu numa das redes sociais e confluiu num encontro de vontades em torno de uma das castas rainhas do Dão: a branca Encruzado.

Os promotores escolheram a Quinta dos Roques, situada em Abrunhosa de Baixo, concelho de Nelas, como anfitriã deste evento, para mostrarem as potencialidades da casta Encruzado.

Os amantes desta casta foram brindados com alguns dos melhores exemplares produzidos nos últimos anos. Sim, leram bem, dos últimos anos. Uma vez que, cada um dos produtores presentes no evento (Quinta do Serrado, Quinta da Fata, Quinta das Marias, Quinta dos Roques, Quinta dos Carvalhais, Quinta do Perdigão, Casa de Mouraz, Casa da Passarella, Quinta da Falorca e Quinta do Mondego), apresentaram verticais da casta que engarrafam.

Desta inédita forma de apresentação da casta, os participantes tiveram oportunidade de apreciar as particularidades que cada produtor imprime a esta casta, bem como, a capacidade intrínseca de envelhecimento.


No final da prova fico com a nítida sensação da enorme plasticidade que a casta Encruzado apresenta. Por um lado, quando jovem apresenta características para acompanhar bem a gastronomia portuguesa. Por outro lado, a capacidade de envelhecimento é bem evidente, valendo a pena esperar uns anos pelo prazer que dá depois de passar uns anos em garrafa.

Habemos...Casta!

Paulo Pimenta

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Douro Boys de portas abertas para mostrar o melhor da região

Após o sucesso da primeira edição, que contou com mais de 600 participantes, o grupo de produtores Douro Boys (Quinta do Vallado, Quinta do Crasto, Niepoort, Quinta Vale D. Maria e Quinta do Vale Meão) volta a juntar-se para uma mostra do melhor da região. A Feira do Douro 2016 acontece no final de junho e promete revelar os segredos mais bem guardados da região.
Depois de 15 anos a levar o Douro ao mundo, chegou o momento do mundo conhecer de perto o que melhor se faz na região. Por esse motivo, os “senhores do vinho”, eles próprios grandes aficionados da gastronomia da região, desafiaram 26 produtores locais a juntarem-se nas suas quintas para mostrarem os seus produtos num evento conjunto.
Este ano será a Quinta de Nápoles (Niepoort) a receber o evento, que decorre nos dias 25 e 26 de junho. Além da prova de produtos tradicionais e dos vinhos das respetivas marcas dos Douro Boys, ao som da DJ Cláudia Madur, o programa inclui Master Classes e vários Workshops (atividades com custo extra e sujeitas a lugares limitados).
A entrada no evento terá um custo de 10€ (cada dia) e inclui um copo de prova Riedel e acesso a todos os produtores. Para prolongar a experiência, a Feira do Douro conta ainda com a parceria de vários hotéis e restaurantes da região, todos com preços especiais para os participantes. O evento decorre quer faça chuva ou sol.
Para compra de bilhetes contactar douroboys@wine-partners.at


In Press release

sábado, 4 de junho de 2016

As garrafas de vinho medem-se aos palmos?

O título parece um pouco parvo...

Já em relação aos vinhos fortificados, sejam loiros ou morenos, faz todo o sentido fazer meias garrafas. Sejam Tawnies com indicação de idade, sejam LBV’s ou Vintages, complementam bem uma refeição onde estejam quatro a seis pessoas. 

Aqui, apresento um Quinta do Infantado 10 anos em meia garrafa. João Roseira, com Luís Soares Duarte e Fátima Ribas a desenharem um dos bons Portos de dez anos. Um dos meus preferidos e que neste formato sai pouco mais caro que um Porto “normal” (custa cerca de sete euros e meio no Jumbo) e acreditem, dá muito mais prazer a beber. Temperatura correta, bons copos (experimentem uns copos ditos para vinhos de mesa brancos) e isso faz toda a diferença…

Os bons vinhos de mesa, quando engarrafados em Magnum, evoluem melhor. Naturalmente e em geral uma Magnum custa mais do dobro de duas garrafas “normais”. Nada de estranho, já que toda a embalagem sai mais cara. 

Este Duorum Vinhas Velhas 2007 foi o primeiro da parceria de João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco, com o precioso contributo de João Perry Vidal. É um grande vinho do Douro Superior e neste formato, brilhou. 

Para um consumidor normal, daqueles que bebem o mesmo vinho todos os dias, abrir uma Magnum pode parecer palerma, embora se vejam vinhos de consumo imediato a ser enfiados neste formato. Não percebo, mas se existem é porque o mercado o pede…

Amândio Cupido

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Radar do vinho: D'Uva - O Vinho no feminino!

No mundo do vinho, mulheres e homens contribuem indistintamente em todas as fases de produção, comercialização e consumo desta bebida. Escusado será dizer portanto que temos viticultoras, enólogas, comerciais, jornalistas ou... simplesmente apreciadoras de excelência, e que regra geral emprestam os seus sentidos (mais apurados, diz-se, o que pela minha experiência se confirma) para aprimorar esta experiência.

Mas foi por acaso que nasceu este grupo exclusivamente de mulheres ligadas ao sector do vinho, após uma reportagem sobre o tema feita pelo jornalista Fernando Melo. 

Já em 2016 nascem as D'Uva - Portugal Wine Girls, que através das suas vivências familiares em torno do vinho resolveram juntar-se e agregar esforços para mostrar o produto de um trabalho que também é seu.

Propõem um itinerário por algumas das principais regiões do país (Alentejo, Lisboa e Douro) e o facto de individualmente saírem não só de diferentes origens mas também de percursos no que toca à feitura do vinho, torna tudo ainda mais interessante, no que acaba por ser um roteiro guiado por diferentes sensibilidades e experiências.

São elas: Catarina Vieira (Herdade do Rocim, enologia e viticultura); Francisca van Zeller (Quinta Vale D. Maria, marketing e vendas); Luisa Amorim (Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, direcção geral); Maria Manuel Poças Maia (Poças Júnior, viticultura); Mafalda Guedes (Herdade do Peso, vendas); Rita Cardoso Pinto (Quinta do Pinto, coordenação geral e comercial); Rita Fino (Monte da Penha, marketing e vendas) e Rita Nabeiro (Adega Mayor, direcção geral)

Marco Lourenço

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Em prova: Tricana Branco 2015


14,5/20. Produzido a partir das castas malvasia fina, encruzado e bical, Tricana é o vinho branco entrada de gama do Dão, da Global Wine Magnum, do enólogo Carlos Lucas. Um vinho bem feito, sem aquela acidez exagerada que às vezes torna insuportável um vinho, sobretudo branco. Pelo contrário, suave, bem desenhado, fazendo jus aos brancos do Dão. Sem pretensões, para se consumir despreocupadamente no Verão que se avizinha (se ele realmente vier). PVP: 2,99€. Disponibilidade: LIDL.

Sérgio Lopes

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Em prova: Dona Paterna Alvarinho 2014

16,5/20. Produzido pela familia Condesso, é um daqueles clássicos para quem gosta da casta Alvarinho na sua região de origem, sub-região de Monção e Melgaço, onde mostra aquele lado cítrico, tão apetecível. Com "apenas" 2 anitos, Dona Paterna Alvarinho 2014, mantém-se fiel ao perfil de um branco com elevada qualidade, fugindo da tropicalidade fácil (não que não goste de um Soalheiro, por exemplo, muito mais de registo tropical em novo). Em prova cega, acho que se poderia dizer se tratar de um Alvarinho, mas também de um belo branco seco, de pendor gastronómico e que mostra todo o potencial da casta e da região. Muito bem. PVP: 8,99€. Disponibilidade: Garrafeiras; El Corte Ingles.

Sérgio Lopes