terça-feira, 29 de novembro de 2016

Em Prova: José de Sousa Tinto 2014



16/20.  José de Sousa é a marca produzida no Alentejo, mais propriamente em Reguengos de Monsaraz. Produzido à base de Grand Noir (45%), Trincadeira (35%), e Aragonês (20%), pequena parte fermentou em ânforas de barro e o restante em cubas de inox a uma temperatura de 28ºC. 30% do lote envelheceu em carvalho novo americano e francês.

De cor granada, o aroma é bastante complexo. Foge um pouco ao Alentejo tradicional, desde logo pela frescura apresentada. Notas de fruta fresca, tosta da madeira, especiaria, tabaco, num registo muito elegante e sumarento. Na boca, bela estrutura e final persistente e muito saboroso.

Mais um vinho muito bem feito por Domingos Soares Franco, com o acrescento do factor de diferenciação. Gostei. PVP: 7,49€. Disponibilidade: Grandes Superficies.


A prestigiada revista norte-americana Wine Enthusiast publicou, na edição de Dezembro, o TOP 100 dos melhores vinhos de 2016, distinguindo o José de Sousa 2014 como o 5º melhor vinho do ano, classificado com 93 pontos e considerando-o “Editor’s Choice". 

Sérgio Lopes

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Em Prova: Campolargo Tinto 2011 Pinot Noir

Não seremos um Domaine de Romanée-Conti ou um Domaine Leroy, mas temos quem crie Pinot Noir de elevadíssima qualidade na Bairrada. Olhemos com atenção para este CAMPOLARGO TINTO 2011 100% Pinot Noir desse mágico ano de 2011. 

Observemos como se nos apresenta com uma cor suave e um aroma inicialmente envergonhado, quase como aquele bom aluno que se embaraça por ser o melhor da turma. E este Pinot Noir quer, sem dúvida, ser o melhor da turma. Volvidos 5 minutos após o termos deixado respirar, ganha confiança e começa a debitar todo o conhecimento que carrega consigo, mostrando vivacidade e uma frescura muito ousada para quem apresenta 14,5% de teor alcóolico.

No entanto, não renega a sua nobreza e origem. Na boca quis ser austero, de taninos vincados, conferindo um final de boca seco e muito firme. Com nítidas semelhanças com aquela outra casta que servirá de mote para mais tarde contar uma história de epopeias e romantismo desde a época da Reconquista.

Miguel Ferreira (A Lei do Vinho)

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Gaivosa Tinto 2011 distinguido com 95 pontos por Robert Parker

O vinho mais emblemático da Quinta da Gaivosa, um projeto familiar liderado por Domingos Alves de Sousa, acaba de somar mais uma distinção internacional. Desta vez foi Robert Parker, crítico do influente portal eRobert Parker/Wine Advocate, a destacar o Quinta da Gaivosa Tinto 2011, um vinho que reflete um dos melhores anos de sempre para a região do Douro.

Para o crítico, este vinho tem o potencial de se tornar um “Gaivosa brilhante”. Por um lado, pela “harmonia elegante, complexidade e final persistente” e, por outro, pelo equilíbrio demonstrado, prometendo tornar-se “progressivamente mais impressionante durante a próxima década”. 

Para quem não resistir a abrir já uma garrafa, Robert Parker recomenda que se dê algum espaço ao vinho para que possa respirar, de forma a poder “apreciar a sua graça e equilíbrio. Através do contacto com o ar, os aromas da madeira desvanecem-se dando lugar à expressiva fruta. No dia seguinte, o mesmo vinho apareceu como um dos mais refinados do Douro que provei nos últimos tempos.” Seja em que momento for, uma coisa é certa para o crítico: “vai querer sempre terminar a garrafa. Este vinho é a personificação da elegância”.

Desde a primeira colheira, em 1994, o Quinta da Gaivosa Tinto tem reforçado o seu perfil simultaneamente robusto e elegante, afirmando-se como um dos grandes do Douro. Produzido apenas em anos de excecional qualidade, é composto por cerca de 20 castas autóctones do Douro provenientes de vinhas velhas (com mais de 80 anos). Um clássico entre clássicos, ideal para partilhar na quadra festiva que se aproxima.

Sérgio Lopes (in Press Release)

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Em Prova: Allgodao Branco 2015


16/20. Quando provei, pela primeira vez, os vinhos ALLGO, tratava-se de um projeto novissimo na região. Passados alguns anos, continua a ser jovem, mas naturalmente com novas referências acrescentadas ao seu portfolio de vinhos de qualidade da região do Dão. O Allgodao é a "entrada de gama" do produtor. Provamos o branco de 2015 feito com o minimo de 50% de uvas Encruzado, completado com Bical e Cercial. Não tem qualquer passagem por madeira. O resultado é um belissimo branco, de nariz muito complexo, onde se sentem as notas minerais, frutos amarelos e brancos, algum floral. Boca elegante, em harmonia com aquela acidez caracteristica dos brancos do Dão a confeir a frescura certa, De pendor gastronómico, sem nada das mariquices das tropicalidades, termina com classe. Um belo branco do Dão. Apenas 6€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes



domingo, 20 de novembro de 2016

Prova dos Vinhos Quinta do Silval

......a Quinta do Silval desceu dos meandros do Douro até á Garage Wines das meninas Ivone Ribeiro e Sandra Francisca da Costa num inicio de noite de verão(?) para mostrarem a sua nova imagem e o seu regresso ás lides do vinho numa postura de maior visibilidade. Vinhos novos e vinhos velhos desenrolaram em harmonia com destaque para o Dorna Velha Tinta Roriz 1997 e o Grande Reserva 2008, quase vinte anos de vinho e ainda com uma frescura impressionante. Mas para muitos a grande surpresa terão sido os Porto. "Magalhães" de seu nome um LBV de 2008 e um Vintage de 2004 este ultimo de cortar a respiração! O meu primeiro contacto com este nectar foi em 2007 mas com o Vintage 2000 sendo que na companhia de um amigo americano o vinho me foi apresentado por um "vigneron" Suiço! ...interesting! Grande Grande nectar peculiar no seu estagio sem barrica talvez o nome do grande descobridor Magalhães natural dali perto(Sabrosa) seja inspirador para a descoberta deste grande vinho sendo que sou mais para os Tawny envelhecidos ou os colheitas que para os Vintage este é sem duvida uma escolha imperdivel....apressem-se a ir á garagem até porque estes "lubrificantes" devem voar depressa....

Francisco Monteiro

sábado, 19 de novembro de 2016

Prova dos Vinhos Norte no "Palco"

A Vinhos Norte apresentou esta semana um feliz casamento entre os seus dois vinhos premium - Varzea do Minho Loureiro e Alvarinho e um surpreendente Touriga Nacional, que já nos tinha chamado à atenção no último Vinho Verde Wine Fest - e a maravilhosa gastronomia de Arnaldo Azevedo, Chef do Palco, no Hotel Teatro. iniciada com um dos primeiros espumantes dos Verdes, o "Miogo" (desde 1997), a apresentação foi conduzida por Vera Lima (administradora), Guilherme Pereira (enólogo, que nos contou como foram "desencantar" as uvas de Touriga a uma Quinta em Famalicão), José Silva, que consegue como ninguém proporcionar estes momentos de boa conversa à volta da mesa e do vinho, e ainda a do próprio Chef Arnaldo. destaque sem dúvida para a frescura desta insuspeita Touriga dos Verdes, bem como para a acidez fina e persistência do branco.

  

Marco Lourenço (Cegos Por Provas)

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Festa do Espumante em Melgaço no próximo fim-de-semana

No último fim de semana do mês de Novembro, e pelo segundo ano consecutivo, Melgaço volta a receber a FESTA DO ESPUMANTE. O evento decorrerá no Largo Hermenegildo Solheiro, no centro do Município.

Alvaianas, Casa de Canhotos, Dom Ponciano, Dona Paterna, Encostas da Cabana, Memória a S. Marcos, Quinta de Alderiz, Quinta do Regueiro, Quintas de Melgaço, Reguengo de Melgaço, Soalheiro, Terras da Aldeia e Terras de Real formam a lista de 13 produtores presentes nesta 2ª edição. O cartaz inclui ainda ainda restaurantes, produtos regionais, provas comentadas, provas sensoriais, sessões de cozinha ao vivo e música.

A FESTA DO ESPUMANTE DE MELGAÇO decorre dia 25 de novembro, das 18h às 2h, dia 26 de novembro, das 12h às 2h, e dia 27 de novembro, das 12h às 18h. A entrada é livre e a aquisição do copo oficial de provas tem um custo de 2,50€. Uma organização da Câmara Municipal de Melgaço com produção da EV-Essência do Vinho. Informações adicionais em www.festadoespumante.com


                    

Sérgio Lopes


Encontro com o Vinho e Sabores 2016 - Os Vencedores

Terminada a 17.ª edição do ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2016’ (EVS), evento que se revelou mais uma vez um sucesso, eis os grandes vencedores. Em destaque estiveram o espumante ‘Quinta da Calçada Colheita Imperial Reserva’, o ‘Dory Regional Reserva branco 2014’, o ‘MR Premium tinto 2012’ e o ‘Kopke Porto Colheita 1966’, vencedores do(s) cobiçado(s) ‘Grande Prémio Escolha da Imprensa’. 

Estes 4 vinhos destacaram-se de entre mais de 350 vinhos provados às cegas por jornalistas especializados, bloggers e alguns enófilos encartados. Confesso, que para mim, os resultados traduziram-se em surpresas, agradáveis, mostrando a diversidade e qualidade dos vinhos portugueses, um pouco por todo o país.

Eis a lista completa dos vencedores.

PREMIADOS CONCURSO DE VINHOS “A ESCOLHA DA IMPRENSA” 2016

ESPUMANTES
Grande Prémio Escolha da Imprensa
Quinta da Calçada Colheita Imperial Minho Reserva (Agrimota Sociedade Agrícola e Florestal)

Escolha da Imprensa 
Cabriz Blanc de Noir Dão Touriga Nacional 2012 (Global Wines)
Marquês de Marialva Cuvée Bairrada 2011 (Adega Cooperativa de Cantanhede)
Montanha Grande Cuvée Baga@Bairrada 2012 (Caves da Montanha - A. Henriques)
Montes Claros Alentejo 2013 (Adega Cooperatica de Borba)
Murganheira Assemblage Távora-Varosa Grande Reserva 2002 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
Murganheira Cuvée Távora-Varosa Reserva Especial 2006 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
Murganheira Vintage Távora-Varosa 2007 (Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa)
Raposeira Blanc de Noirs Super Reserva 2011 (Caves da Raposeira)
Real Companhia Velha Pinot Noir-Chardonnay 2013 (Real Companhia Velha)
São Domingos Baga@Bairrada 2012 (Caves do Solar de São Domingos)

BRANCOS
Grande Prémio Escolha da Imprensa
Dory Regional Lisboa Reserva branco 2014 (Adegamãe - Sociedade Agrícola)

Escolha da Imprensa
Cortes de Cima Reg. Alentejano Alvarinho branco 2015 (Cortes de Cima)
Grandjó Douro Late Harvest 2012 (Real Companhia Velha)
Kopke Douro Reserva branco 2014 (Sogevinus Fine Wines)
Malhadinha Reg. Alentejano branco 2015 (Herdade da Malhadinha Nova)
Marquesa de Alorna Do Tejo Grande Reserva branco 2013 (Sociedade Agrícola da Alorna)
Monte da Ravasqueira Reg. Alentejano Reserva branco 2015 (Sociedade Agrícola D. Diniz)
Muros de Melgaço Vinho Verde Alvarinho branco 2015 (Anselmo Mendes Vinhos)
Quinta do Gradil Reg. Lisboa Chardonnay branco 2015 (Quinta do Gradil - Sociedade Vitivinícola)
Terras do Grifo Douro Reserve branco 2015 (Rozès)
Varanda da Serra Dão branco 2014 (Ares do Dão Sociedade Vitivinícola)

ROSÉS
Grande Prémio Escolha da Imprensa
Não atribuído

Escolha da Imprensa
Casa do Lago Regional Lisboa rosé 2015 (DFJ Vinhos)
Covela Regional Minho rosé 2015 (Lima & Smith)
H.O. Douro rosé 2015 (Casa Agrícola Horta Osório)
Mil Caminhos Regional Lisboa rosé 2015 (Multiwines)
MR Premium Regional Alentejano rosé 2015 (Sociedade Agrícola D. Diniz)
Pluma Vinho Verde rosé 2015 (Casa de Vila Verde Sociedade Agrícola)
Quinta da Boa Esperança Regional Lisboa rosé 2015 (Favorite Purple)
Quinta do Poço do Lobo Bairrada Baga-Pinot Noir Reserva rosé 2015 (Caves São João)
Terras do Pó Regional Península de Setúbal rosé 2015 (Casa Ermelinda Freitas Vinhos)

TINTOS
Grande Prémio Escolha da Imprensa
MR Premium Reg. Alentejano tinto 2012 (Sociedade Agrícola D. Diniz)

Escolha da Imprensa
1836 Companhia das Lezírias Do Tejo Grande Reserva tinto 2014 (Companhia das Lezírias)
Crochet Douro tinto 2014 (Esteban & Tavares)
Grandes Quintas Vinhas do Cerval Douro tinto 2012 (Soc. Agrícola Casa D´Arrochella)
Herdade São Miguel Regional Alentejano Private Collection tinto 2012 (Casa Agrícola Alexandre Relvas)
Poliphonia Signature Regional Alentejano tinto 2012 (Granacer)
Quinta de Pancas Regional Lisboa Grande Reserva tinto 2012 (Quinta de Pancas Vinhos)
Quinta dos Murças Douro Reserva tinto 2011 (Murças)
Ribeiro Santo Dão Grande Escolha tinto 2011 (Magnum - Carlos Lucas Vinhos)
Três Bagos Douro Grande Escolha tinto 2011 (Lavradores de Feitoria)
Villa Oliveira Dão Touriga Nacional tinto 2011 (O Abrigo da Passarela)

FORTIFICADOS
Grande Prémio Escolha da Imprensa
Kopke Porto Colheita 1966 (Sogevinus Fine Wines)

Escolha da Imprensa 
Cabriz Ímpar Vinho Licoroso (Global Wines)
Churchill ´s Porto Vintage 2014 (Churchill Graham)
Henriques & Henriques Madeira Terrantez 20 Years Old (Henriques & Henriques -Vinhos)
Poças Porto Colheita 1992 (Manoel D. Poças Junior - Vinhos)
Quinta da Gaivosa Porto Tawny 20 anos (Domingos Alves de Sousa)
Quinta Seara d´Ordens Porto Tawny 20 anos (Sociedade Agrícola Quinta Seara d´Ordens)
Rozès Porto Tawny 20 Years Old (Rozès)
Soalheira Porto Old Tawny 20 anos (Sociedade dos Vinhos Borges)
Vasques de Carvalho Porto Tawny 40 anos (Vasques de Carvalho)
Vista Alegre Porto Vintage 2014 (Vallegre, Vinhos do Porto)


Sérgio Lopes (in Press Release)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Em Prova: Pequenos Rebentos Alvarinho 2015

16,5/20. O que gosto particularmente nos vinhos de Márcio Lopes é a acidez natural que busca sempre, conferindo frescura aos seus vinhos e mineralidade e a busca pela pureza e identidade da casta e região. E isso encontra-se neste Alvarinho, modelo perfeito da expressão da casta na sua sub-região de Melgaço. É certo que 2015 é ano óptimo para os Alvarinhos e seria estranho que o vinho não saisse bem. Sai muito bem, com equilibrio entre acidez, fruta, volume de boca e profundidade. Mesmo não tendo vinhas próprias (compra uvas), Márcio tem o mérito de conseguir sempre um resultado muito satisfatório e que é a "sua cara". Este vinho é para beber, mas se possivel, é guardar algumas garrafas para mais tarde (aplica-se a também muitos brancos do ano de 2015). PVP: 9,90€; Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Em Prova: Pequenos Rebentos Alvarinho/Trajadura Escolha 2015


16/20. Depois de ter provado o Pequenos Rebentos Alvarinho Trajadura 2014 AQUI, chega finalmente ao meu copo a edição de 2015. O ano de 2015 foi excelente para brancos e em particular fantástico para os Alvarinhos da sub região de Monção e Melgaço. E este vinho leva 85% de Alvarinho "de segunda" na sua composição (as melhores uvas seguem para o Pequenos Rebentos Alvarinho), destacando-se pela pureza citrica da casta, o lado mineral e algum toque vegetal. Tem uma complexidade bem acima da média para um vinho desta gama. Por outro lado vai agradar ao consumidor ocasional e também ao enófilo. Muito bem conseguido, dando "10 a zero" ao 2014... PVP: 4€; Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

sábado, 12 de novembro de 2016

Wine Fest 2016 Porto - Update

Organizado pelo Wine Club Portugal, de Luis Gradissimo (http://avinhar.blogspot.pt/), o evento vínico WINE FEST 2016 PORTO vai realizar-se pela primeira vez no Porto, tendo o rio Douro como cenário de fundo. A data e local já estão confirmados: próximo sábado dia 19 de novembro, das 15 às 20:00 horas, no Salão Nobre do edifício da Alfândega do Porto. 

Serão 30 os produtores criteriosamente selecionados, representando todas as regiões produtoras de vinhos em Portugal. Estarão em prova mais de cem vinhos, de todos os tipos, entre tranquilos, espumantes, fortificados, novas colheitas e vinhos já de reconhecido prestígio, edições especiais e até algumas raridades.

Quinta do Regueiro promete deslumbrar com os seus Alvarinhos e a Quinta do Ferro com os Vinhos Verdes. Do Douro poderá provar os vinhos da Lua Cheia em Vinhas Velhas; os D. Graça da VinilourençoQuinta de Cottas; os Aneto de Francisco Montenegro; EsmeroQuinta do TodãoQuinta de VentozeloMaçanita VinhosQuinta da Devesa; Restrito; e Vasques de Carvalho, que também não poderia faltar à chamada. Os vinhos Casal Faria estarão representando a emergente região de Trás-os-Montes. Pela Bairrada, os vinhos e espumantes da Casa de Saima e das Caves do Solar de São Domingos serão, também, excelentes escolhas para brindar. A região do Dão promete deslumbrar com os vinhos da Quinta de Lemos; da Casa da Passarella e da Quinta do Mondego. A Quinta do Cardo faz as honras pela Beira Interior. A Casa Cadaval traz vinhos e espumantes nascidos no terroir do Tejo. Percorrendo o país, os vinhos Lisboa, cada vez mais reconhecidos, marcam presença com a Quinta da RomeiraJoaquim ArnaudQuinta de PancasCompanhia Agrícola do Sanguinhal; e o delicioso vinho generoso DOC Carcavelos Villa Oeiras. A Herdade de Pegos Claros promete grandes provas com os seus tintos. Do Alentejo será possível provar os vinhos Monte da Ravasqueira e MR Premium; da Herdade Grande; da Fita Preta; e ainda Lima MayerHerdade do Arrepiado Velho; e Vinha das Virtudes com os seus Humanitas. Por fim, com toda a frescura do Atlântico, chegam os vinhos da Azores Wine Company.

A esta alargada oferta disponível de vinhos para prova, junta-se ao programa a realização de três ‘Provas Especiais’. Cada uma destas provas será um momento especial e estará limitada a um máximo de 25 participantes:
  • 15:30h realiza-se a prova: “10 Anos da Vinilourenço e de segredos do Douro Superior”.
  • 17:00h, realiza-se a prova “Os Bagas de Saima - Uma perspectiva histórica dos tintos da Casa de Saima".
  • 18:30h, realiza-se a prova "Uma viagem pelos Portos Brancos da Dalva".

O bilhete geral terá o valor de 10€. As inscrições nas ‘Provas Especiais’ terão um valor de 20€, incluindo o acesso ao evento. E, por apenas 50€, para verdadeiros apreciadores, estará disponível o ‘Pack Enófilo’ composto por entrada evento e acesso às três ‘Provas Especiais’. A cada visitante será emprestado um copo para as provas de vinhos, que terá de ser devolvido à saída do evento.

Imperdivel momento na Invicta!

Sérgio Lopes (in Press Release)

Prova dos vinhos Alento

..."alento" 

1.força necessária para respirar
2.bafo; respiração
3.força; ânimo
....são estes os sinónimos no dicionário para o significado do nome de um dos vinhos que andaram pela "Garagem das meninas", em prova, e são exactamente o que eles nos transmitem: " ânimo"! 

O produtor Adega do Monte Branco tem como rosto o enólogo Luís Louro que herdou o ADN total do seu pai Miguel Louro - Quinta do Mouro em qualidade e sentido de humor. Prova de grande entrega honestidade e com muita qualidade. Alento Reserva Branco 2015 belíssimo néctar e o Monte Branco Reserva Tinto 2012 em "mini mini" vertical com o 2011 e 2010 para acabar em grande entre outros.

Mais uma bela prova da garrafeira Garage Wines em Matosinhos.

Francisco Monteiro

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Em Prova: Herdade das Servas Colheita Seleccionada Tinto 2012


17/20. Tinto alentejano puro que já não provava há algum tempo. Estruturado, cheio de fruta preta madura, com notas especiadas. Muito fresco e concentrado, com enorme potência, mas sem nunca deixar que os seus impressionantes 15,5º de alcool o tornem um vinho chato. Longe disso. Creio estar num bom momento para começar a ser realmente apreciado. De pendor claramente gastronómico, brilhará à mesa. PVP: 7,90€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Dia Europeu do Enoturismo

Comemora-se no próximo domingo, dia 13 de Novembro, o Dia Europeu do Enoturismo, instituído em 2009 pela Recevin -  e celebra-se anualmente no segundo domingo de Novembro, com programas próprios promovidos nas cidades associadas.

O Dia Europeu do Enoturismo divulga a cultura, o património e as tradições das cidades parceiras da Recevin - Rede Europeia das Cidades do Vinho, os produtores de vinho e o enoturismo, valorizando desta forma os territórios produtores de vinho.

A AMPV - Associação Portuguesa de Municipios de Vinho, que promove o evento, tem listada no seu site as diversas iniciativas que os municípios portugueses promovem para celebrar este dia:

Por isso, saia de casa e tenha um domingo diferente visitando uma quinta, um enoturismo ou participando numa das inúmeras iniciativas que irão decorrer de Norte a Sul do país. 

Sérgio Lopes



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Em Prova: Murganheira Espumante Bruto Velha Reserva 2005





17,5/20. A marca Murganheira em geral e em particular os seus velha reserva (mínimo 4 anos em cave) são apostas seguras e recorrentes quando procuramos um espumante com uma complexidade acima da média, bem feito e a um preço muito atractivo. E provado o ano de 2005 há uns dias atrás, ficamos boquiabertos: que belo "bolhas"...! Feito de Malvasia Fina, Chardonnay e Touriga Nacional, o espumante está numa forma notável. Duvido que em prova cega se identificasse como do ano de 2005, ou seja, com mais de 10 anos... 

Apresenta uma acidez notável e uma bolha muito presente sem ser "dura". Notas de maçã verde misturam-se com biscoito e algum caramelo. Na boca aparecem também alguns frutos secos, envolvidos por uma mousse de grande qualidade. Preenche todo o palato, terminando com muita persistencia. Grande espumante. Será que se consegue envontrar mais? . PVP: 12,99€; Disponibilidade: Grandes Superfícies.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Em Prova: Esporão Reserva Tinto 2013


17/20. O Esporão é uma marca histórica dos vinhos do Alentejo, sendo à data de hoje um produtor de enorme prestigio. É um dos produtores mais reconhecidos e respeitados em Portugal e no Mundo. O vinho provado Esporão Reserva Tinto 2013, é produzido com as castas Aragonez, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet, estagiou durante 12 meses em barricas de carvalho americano e francês, seguido de outros 12 meses em garrafa. 


Cor rubi intenso, apresenta aroma intenso, estruturado e frutado, com presença de frutos vermelhos bem maduros. Bastante especiado com notas vegetais, de chocolate e tosta bem integrada. Na boca apresenta-se muto elegante, macio e fresco. É um vinho frutado e seco com taninos firmes. Apresenta um final longo e persistente. Um belo "clássico" moderno. PVP: 15€.

Sérgio Lopes

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Opinião: As Provas Cegas

Foto cortesia do blogue Avinhar
O ato de provar um vinho que culmina numa opinião ou nota concisa e justa não se limita ao conteúdo que temos no copo. É inegável a quantidade de fatores externos que podem, e muitas vezes influenciam, a degustação de um vinho: a maior ou menor inclinação para uma denominação de origem, o grau de amizade com determinado produtor, o ano da colheita, a notoriedade das referências e, não menos importante, as campanhas de “marketing”.

A forma mais simples e mais utilizada para ultrapassar o “ruído” capaz de influenciar a prova de um vinho é, simplesmente, tapar o rótulo ou a garrafa. Esta forma de provar vinhos ficou conhecida por prova cega e está longe de ser consensual. As críticas são bem conhecidas, uns argumentam que a história de um produtor faz parte da prova e por isso deve ser feita com o rótulo à vista. Outros referem a injustiça de comparar referências com gamas de preço muito díspares. Apesar dos argumentos desfavoráveis ao uso desta metodologia de prova, eu continuo a achar que esta ainda é a forma mais justa e interessante de provar e comparar vinhos. Como é evidente, para que uma prova cega decorra sem percalços é necessário definir bem a temática da prova. Não se misturam brancos com tintos, nem tão pouco vinhos tranquilos com vinhos de mesa.

Hoje em dia, as provas cegas são quase omnipresentes no mundo vínico. Nas redes sociais é com frequência que constatamos a sua prática em grupos mais ou menos informais. Os produtores usam-na para comparar colheitas de diferentes anos. Os órgãos de comunicação social utilizam esta metodologia para atribuir uma nota e escolherem aqueles que mais se destacaram ao longo do ano. Os diferentes concursos nacionais e internacionais, de maior ou menor dimensão, atribuem as medalhas aos vinhos tendo por base este tipo de prova. 

Atualmente, a prova cega tem uma popularidade invejável, no entanto, esta não surgiu rapidamente. O momento mais marcante, que contribuiu decisivamente para a popularidade deste tipo de provas, foi o denominado “Julgamento de Paris”. Este evento decorreu no dia 24 de Maio de 1976, em Paris, no entanto, a ideia começou a tomar forma muito antes. 

A ascensão histórica

Em abril de 1973, Steven Spurrier, abriu a primeira escola vínica privada em França, a “L’Académie du Vin”. Na altura, a gestão ficou a cargo de Patricia Gallagher. Algum tempo depois começaram a aperceber-se, através das provas que iam realizando, da enorme qualidade dos vinhos californianos tendo por base a “Chardonnay” e a “Cabernet”. 

Pouco depois, Patricia Gallagher surgiu com a ideia de apresentar estes vinhos, através de uma prova, aos fazedores de opinião do mundo vínico francês. A data final do evento ficou marcada para coincidir com a comemoração do bicentenário da guerra civil americana: 24 de maio. 
Entretanto, foram arrolados nove experientes provadores. Aparentemente, não foi difícil uma vez que, por um lado, a “L’Académie du Vin” já se tinha tornado um marco de qualidade e gozava de grande respeitabilidade. Por outro lado, Spurrier, já detinha excelentes contactos no mundo vínico e, por fim, a prova não teria fins comerciais.

Em março desse ano, Spurrier, deslocou-se à Califórnia e escolheu os seis exemplares de cada casta - apenas 5 foram utilizados na prova - que mais o tinham impressionado e enviou-os para Paris, através de um grupo de produtores californianos.
Tudo parecia estar a tomar o rumo certo para que se realizasse uma prova inesquecível na qual se comparariam vinhos provenientes de países diferentes (França e Estados Unidos da América) tendo por base as mesmas castas. 

No entanto, surgiu uma preocupação muito pertinente. Será que os provadores dariam aos vinhos californianos a devida atenção uma vez que eram pouco conhecidos pelos jurados. A questão ficou resolvida rapidamente, Spurrier e Gallagher optaram por uma prova cega. No dia da prova, os vinhos brancos foram servidos primeiro. A atmosfera era descontraída e à medida que decorria a prova, George Taber, o jornalista da revista Time (que não fazia parte dos jurados) apercebeu-se que estavam a pontuar os vinhos californianos como se fossem franceses. No fim da degustação os resultados foram apresentados e o vinho vencedor foi o Chateau Montelena Calistoga 1973. A surpresa foi geral.

Depois de conhecido o vinho branco mais pontuado, a atmosfera tinha-se transformado. De repente, à medida que os vinhos tintos eram provados, o ar tornara-se subitamente mais denso e tenso. No final, o vinho mais consensual foi o Stag´s Leap Wine Cellars 1973 e o inesperado voltou a acontecer.
Poucos dias depois, George Taber envia o artigo, de oito páginas, para a revista “Time”. Este foi publicado a 7 de junho e as ondas de choque não se fizeram esperar. Odette Khan acusou Spurrier de viciar a prova e não confirmou as suas próprias notas atribuídas aos vinhos franceses. Na Borgonha, Aubert de Villaine passou por uns momentos mais conturbados devido ao mau resultado dos vinhos. Spurrier não voltou a comprar diretamente os vinhos de Pierre Ramonet, este último não permitiu.

O impacto

Esta prova cega teve um impacto tremendo nos dois continentes. À medida que o artigo era conhecido, os telefones dos produtores da Califórnia não paravam de tocar. Do outro lado da linha estavam os distribuidores de vinho a implorar por algumas caixas que anteriormente recusaram vender. 

Ao telefone do enólogo responsável pelo vinho Montelena (Mike Grgich) choviam propostas de emprego e pouco depois arrancaria o seu projeto denominado Grgich Hills. Na altura, a loja de revenda do produtor Stag’s Leap era muito pequena para a quantidade de pessoas que faziam fila para adquirir o “Cabernet” vencedor. A venda ficou limitada a uma garrafa por cliente.

Esta prova cega marcou uma era, daí em diante os grandes vinhos, aqueles que todos gostariam de experimentar pelo menos uma vez na vida, não provinham apenas de França. Do outro lado do Atlântico havia agora novos vinhos procedentes da Califórnia a ter em conta. Aparentemente, a terra dos sonhos era real também para o mundo vínico.

As ondas de choque da prova cega de Paris chegariam ainda mais longe, muito mais longe. 
O “Julgamento de Paris” levou a que muitos se lançassem na produção de vinhos californianos para satisfazer a procura de novos enófilos Em 1976 havia apenas um punhado de produtores de vinho na Califórnia. Entre 1976 e 1986 houve uma explosão na produção de vinho californiano. Atualmente serão mais de 400 produtores. 

Também são notórias as mudanças no encepamento. Na altura da prova, as castas mais plantadas eram a “Carignan” e a “Zinfandel”. A “Chardonnay” apenas ocuparia 8000 hectares. Hoje em dia é a casta mais usada. Como é evidente, o sucesso nas vendas dos vinhos californianos levou a que outros produtores americanos, convencidos da qualidade dos seus vinhos, se inspirassem na prova cega de Paris para se autopromoverem. 

O caso mais conhecido talvez tenha ocorrido em 2004, através do evento “Berlim Tastings” organizado pelo chileno Bernardo Chadwick. Este produtor decidiu comparar, em prova cega, os seus dois melhores vinhos com alguns dos renomados de Bordéus e de Itália. O júri, composto por 36 reconhecidos provadores, escolheu como melhores os dois vinhos de Chadwick. Não admira que posteriormente tenha reencenado a prova cega em mais 14 capitais mundiais.
É evidente que as provas cegas mudaram a forma como encaramos os vinhos e abriram portas a novas referências e ainda bem.

Ao analisar o percurso histórico de algumas referências que beneficiaram das provas cegas, tal como as californianas e chilenas, há uma questão que se impõe: Será que os vinhos nacionais não poderiam beneficiar de notoriedade internacional através deste tipo de provas?
Fica a questão.

Paulo Pimenta (Wine & Stuff)

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Encontro com o Vinho e Sabores 2016

Regressa precisamente no dia de S.Martinho, 11 de Novembro prolongando-se até 14 de Novembro, o ‘Encontro com o Vinho e Sabores’ (EVS), evento organizado pela Revista de Vinhos e que se realiza pelo 17.º ano consecutivo, no Centro de Congressos de Lisboa, à Junqueira. Esperam-se mais de 400 produtores a apresentarem não apenas as suas novidades mas também os seus mais icónicos néctares, alguns deles dificilmente disponíveis e acessíveis.!

Reservada a segunda-feira, das 11h00 às 18h00, para os profissionais, o ‘Encontro com o Vinho e Sabores 2016’ abre, como habitualmente, as portas ao grande público na sexta-feira, das 18h00 às 22h00, e no Sábado e no Domingo, das 14h00 às 20h00. O bilhete custa dez euros e permite a degustação livre dos vinhos e sabores à prova. A prova dos vinhos é, contudo, restrita a visitantes com o copo oficial do EVS, cuja compra é opcional e tem um custo de três euros. As provas especiais têm um custo de 35€ cada e carecem de reserva antecipada. Os assinantes e leitores da Revista de Vinhos têm um desconto de 50% na compra do bilhete. Se a compra do bilhete for feita online, através do site www.revistadevinhos.pt, o visitante beneficia da oferta de dois bilhetes pelo preço de um.
 
PROGRAMA ENCONTRO COM O VINHO E SABORES 2016

SEXTA-FEIRA . 11 NOVEMBRO
18h00 – Abertura
18h30 às 20h00 – Prova Especial: Porto Graham’s . Vintage e Colheitas, por Charles Symington
19h30 às 21h00 – Prova Especial: Vinhos da Talha, Expressão do Alentejo, por Nuno Oliveira Garcia
20h30 às 21h30 – Anúncio dos Resultados e Entrega de Prémios: ‘Concurso de Vinhos A Escolha da Imprensa 2016’
22h00 – Encerramento

SÁBADO . 12 NOVEMBRO
14h00 – Abertura do EVS 2016
14h30 às 16h00 – Prova Especial: Pêra-Manca e Scala Coeli, duas faces da excelência, por Pedro Batista
15h30 às 17h00 – Prova Especial: O Douro de Jorge Moreira, 20 Vindimas & Anos de Enologia, pelo próprio
16h30 às 18h00 – Prova Especial: 12 Brancos portugueses - a minha escolha, por João Paulo Martins
17h30 às 19h00 – Prova Especial: Vértice: o nascer de um grande espumante, por Celso Pereira
18h30 às 20h00 – Prova Especial : Vinhos da Madeira - Henriques & Henriques, por Humberto Jardim
20h00 – Encerramento

DOMINGO . 13 NOVEMBRO
14h00 – Abertura
14h30 às 16h00 – Prova Especial: Um grande clássico de Espanha - Vega Sicília, por Zita Rojkovich
15h30 às 17h00 – Prova Especial: 30 Anos da Garrafeira Tio Pepe, por Luís Cândido da Silva
16h30 às 18h00 – Prova Especial: Touriga Nacional, sedução pura, por Luís Antunes
17h30 às 19h00 – Prova Especial: Casa de Santar, um grande clássico do Dão, por Osvaldo Amado
18h30 às 20h00 – Prova Especial: Quinta da Bacalhôa, um bordalês de Setúbal, por Vasco Penha Garcia
20h00 – Encerramento

SEGUNDA-FEIRA . 14 NOVEMBRO
11h00 – Abertura
11h30 às 12h30 – Apresentação Vallado, com convite do produtor
15h30 às 18h00 – Entrega de prémios, exposição e degustação dos premiados no ‘Concurso Queijos de Portugal 2016,
com convite da ANIL
15h30 às 17h00 – Apresentação Schott Zwiesel, com convite da empresa
18h00 – Enceramento do EVS 2016

Site: www.revistadevinhos.pt / eventos

Sérgio Lopes (in Press Release)