sábado, 31 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Sérgio Lopes

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as minhas escolhas:

2016 foi um ano em que provei (e bebi) tanta coisa boa... muitos vinhos portugueses de enorme qualidade e a preços nada "pornográficos". Foi também o ano em que bebi mais vinhos brancos e que pela primeira vez tenho na minha garrafeira mais garrafas de brancos do que de tintos. Por outro lado, apaixonei-me por vinhos mais antigos, adquirindo diversos vinhos em leilões e garrafeiras, novamente com destaque para os brancos, (curiosamente ou  não) a darem melhor prova que a maior parte dos tintos. Foi por isso impossivel escolher um só vinho, para esta selecção.


Brancos: Se houve região que me tivesse impressionado este ano foi Bucelas com os seus Arintos: Myrtus 2008, Quinta da Murta Clássico 2012, Morgado Santa Catherina 2012, Bucelas da Regência 2004. Brancos com ou sem madeira a rondar os 10€ para guardar e beber com enorme prazer. Alvarinhos: Anselmo Mendes Expressões e Curtimenta, Regueiro, Valados de Melgaço, apenas para mencionar alguns. Do Douro Superior "fartei-me" de beber Permitido 2015, um fabuloso branco mineral do Márcio Lopes. Também do Douro, o projeto Mãos (reserva branco e o códega de larinho) e por exemplo o Aneto grande reserva do Francisco Montenegro são exemplos de brancos superiores. Da Bairrada, o Vinhas Velhas da Niepoort... que maravilha de elegância e personalidade. Mas é do Dão que destaco um dos vinhos mais impressionantes que provei este ano: Porta dos Cavaleiros 1979. Provei outros "igualmente antigos" como o Bons Ares 2001 ou Quinta de Camarate 1999, em excelente forma e a darem enorme prazer, mas não com a garra e a forma deste vinho branco que apresenta maior idade do que eu. E... custa apenas 10€ nas Caves São João!


Tintos: estou um pouco saturado dos vinhos com baunilhas e cacaus provenientes do estágio em madeira. Ou de tintos demasiado extraídos e alcoólicos. Procuro num vinho identidade, frescura e autenticidade. E provavelmente encontro mais facilmente o que procuro no Dão e na Bairrada - vinhos frescos e elegantes, mas com corpo. Assim, destaco os Vinhas Velhas e Vinha Barrosa do Luis Pato, o Avô Fausto da Quinta das Bageiras ou os garrafeiras 2011 da Casa de Saima e 2009 de Sidónio de Sousa, por exemplo. Bagas deliciosas, entre o clássico e o moderno. Do Dão, bebi um Quinta dos Roques Touriga Nacional 1999 sublime e um Quinta da Bica Vinhas Velhas 2007 delicioso, entre tantos outros. Mas o meu destaque vai seguramente para (de novo) um vinho das Caves São João, o Frei João Reserva 1963. Não foi o "melhor" vinho que bebi este ano, ou seja, o que mais me deu prazer. Mas foi certamente o que mais me impressionou pela jovialidade apresentada para um vinho com mais de 50 anos...!


Espumantes: Bolhinhas foi "a nossa praia" em 2016. Tantos e tão bons espumantes provados de diversas regiões: Desde a Távora Varosa com os sempre competentes Murganheira ou Terras do Demo e o notável Hehn; De Alijó os magnificos espumantes de Celso Pereira, os Vértice, confirmação de excelência, tantas vezes referenciados pelos nossos winelovers. Depois, um pouco por todo o país se fazem espumantes de qualidade, embora ainda se possa afirmar que estamos numa fase de adolescência no que toca à maturidade desta bebida. Mas é na Bairrada que mais e melhores espumantes se consolidaram. Desde logo através do projeto Baga@Bairrada numa promoção de espumantes da região, feitos apenas com a casta Baga. Neste momento já são 10 referências. Desta região destaco Quinta dos Abibes e Kompassus, mas também o ano em que Mário Sérgio lançou o sempre delicioso Quinta das Bageiras Grande Reserva Bruto Natural 2011. Não é todos os anos que temos o privilégio de o beber. Mas em 2016 destaco uma casa na Bairrada que cresceu em qualidade e afirmação: As Caves do Solar de São Domingos. Começando pelo single-estate Quinta de S. Lourenço bruto 2007, passando pelos Velha Reserva da casa dos quais tive o privilégio de provar o 1999, 2003, 2004, 2005 e 2011. E se o 2011 está muito bom, destaco claramente o São Domingos Velha Reserva Bruto 2003 como o melhor que provei desta referência: Um espumante com mais de 10 anos de cave, cheio de comlpexidade e sabor, fino e "kicking ass" a muitos, mas mesmo muitos "Champagne". Bravo.

Generosos: Seleccionei um Vinho do Porto Branco com mais de 40 anos de média de idades da Vista Alegre. Já é difícil encontrar blends de tawnies de 40 anos. Ora brancos com estas características ainda mais dificil é. E quando o encontramos e o provamos temos uma explosão de frescura e complexidade, simplesmente abismais. Destaco igualmente, este ano, os Late Harvest do Monte da Ravasqueira e do Aneto. Dois colheitas tardias que me encheram as medidas. Finalmente, menção aos vinhos DON PX de Toro Albala. Tratam-se de vinhos de sobremesa, feitos pelo processo da uva desidratada que depois ficam anos e anos a envelhecer em carvalho americano (O Don PX 1965, por exemplo, esteve quase 50 anos em barrica antes de ser engarrafado). O resultado é uma concentração de boca abismal. Vinhos para provar com um "conta-gotas", impróprios para diabéticos e totalmente "fora do baralho".

Sérgio Lopes

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Paulo Pimenta

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as escolhas de Paulo Pimenta (Wine & Stuff):


A minha escolha em espumantes recaiu em dois exemplares, Douro e Bairrada, cheios de personalidade e capazes de se bateram com o que melhor se faz por esse mundo fora. O prolongado estágio a que foram submetidos confere-lhes muita complexidade, a frescura e acidez que revelam são excelentes companhias para a mesa: Quinta dos Abibes Sublime 2010 (PVP 28€) e Vértice Gouveio 2007 (PVP 25€). 

Nas últimas duas décadas, o aumento da qualidade que os vinhos brancos nacionais têm vindo a apresentar é inegável. O uso contido da barrica, a expressão do local e da casta têm vindo a contribuir para essa melhoria. 

Foto: Miguel Ferreira (A Lei do Vinho)
Ao longo deste ano provei brancos que facilmente podiam estar no lugar mais alto do pódio. Podia sugerir o D. Graça Vinhas Antigas Reserva 2009, o Quinta da Passarela Villa Oliveira 2011, o Quinta das Bágeiras Garrafeira 2004 ou ainda o Vale D. Maria Vinha de Martim 2015 pela capacidade de expressarem de uma forma marcante o “terroir” e as castas de onde provêm. No entanto, aquele que mais me surpreendeu foi o Caves S. João 96 anos de História (PVP 60€). Um vinho feito em 1983 a partir da casta Chardonnay que na Bairrada está plantada desde o século XIX. Um exemplar com múltiplas camadas de sabores e aromas que me deixou francamente de joelhos. Um hino à região.

A enologia nacional atravessa um momento excecional, nunca houve uma tão grande proliferação de enólogos no panorama vínico nacional e isso é também notório na qualidade dos vinhos tintos apresentados. No entanto, é bom lembrar que nas últimas duas décadas do final do século passado, quando se iniciou a revolução vínica nacional, também já se produziam excelentes vinhos de categoria mundial. A minha escolha denota isso mesmo.

Muito embora tenhamos assistido a mais um lançamento de um mito, o Barca Velha, desta vez de 2008, o meu favorito continua a ser o Barca Velha 1991 que tive oportunidade de provar numa prova recente. Ainda dessa década, o D’Avillez Garrafeira 1995 deslumbra qualquer um pelo conjunto harmonioso e complexo. Um vinho composto por um lote de Trincadeira, Aragonês e Tinta Francesa que, apesar dos anos, ainda denota alguma fruta. Este foi também um ano no qual assistimos ao lançamento de um vinho absolutamente imponente, o Casa de Santar Nobre 2013 (PVP 60€). O aroma frutado, terroso, especiado, seco, muito intenso e com taninos bem polidos fazem dele um vinho que ninguém deve perder. Ainda do Dão, destaco o Quinta da Pellada Carrocel Late Release 2011, um vinho que só sai para o mercado em anos em que a Touriga Nacional atinge níveis de exceção. Nesta edição, as notas de frutos do bosque e de flores são discretas, mas a mineralidade, estrutura e acidez reveladas denotam um vinho cheio de elegância e sedução. 

Muito embora os vinhos anteriores se tenham evidenciado de uma forma superior, nenhum deles atingiu o patamar do Kompassus Baga Coleção Privada 1991 (PVP 500€). É um vinho monumental, cheio de profundidade e elegância. Apesar dos seus 25 anos aparenta muito menos e viverá muitos mais. 300 garrafas de uma Baga para beber e chorar por mais. 

Por fim, gostaria de destacar um vinho que foi feito no ano em que Thomas George Shaw publicou a obra “Wine, the Vine and the cellar”. Nesse ano, Ernest Cockburn, classificou o vinho do Porto como um dos melhores de sempre. Foi também nesse ano, durante a primavera, que a filoxera marcou presença pela primeira vez na zona de Gouvinhas. 


De lá para cá, o vinho Barbeito Boal 1863, já presenciou o nascimento e a morte da alguns Reis portugueses, a implantação da república, a passagem das diferentes ditaduras nacionais, o 25 de Abril e muito provavelmente ultrapassará a vida de todos aqueles que neste momento estão a ler este texto. É um pensamento avassalador, o vinho também.

Paulo Pimenta

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Amândio Cupido

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as escolhas de Amândio Cupido (Garficopo):

Branco - Casa de Saima 1995

Um branco da Bairrada com mais de vinte anos, cheio de vida, a demonstrar a capacidade de evolução destes vinhos. Não se encontra facilmente, mas é um vinho de prova obrigatória.


Tinto - Casa Ferreirinha Reserva Especial 1986


Um ícone do Douro que apenas sai para o mercado em anos excecionais e quando não sai Barca Velha. Com o tempo, alguns Reserva Especial deixam-nos a pensar que deviam ser Barca Velha. Vantagem? O preço... Precisa de cuidados especiais e bons copos, mas impressiona pela frescura e garra que denota ao fim de trinta anos. (PVP 129€)


Fortificado - Dalva Porto Tawnie + de 40 anos


É difícil exprimir o prazer que dá beber um tawnie com esta idade. Ao contrario dos rubies (nomeadamente os Vintages) estes vinhos são loteados de forma a manter o mesmo perfil quando saem para o mercado. E este é fantástico. (PVP 80€)


Bolhas - Gosset Grand Millesimé 2000

Um Champagne com dezasseis anos, em excelente forma e com capacidade para viver mais uns anos em garrafa. Há melhores formas de acabar um bom jantar? Talvez, mas esta é uma delas.

Amândio Cupido

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Francisco Monteiro

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as escolhas de Francisco Monteiro (Wine Lover):


Branco - Primus 2014 (Dão)- proveniente das vinhas velhas da Quinta da Pellada este feito com uma "mescla" de castas (cerca de 19) mas com dominância do Encruzado, Cercial, Bical e Verdelho, mostra-se muito aromático com um nariz fantástico uma concentração de fruta que nos leva pelas nuvens....é um branco muito rico, polido, cheio, untuoso e de uma elegância fantástica. Se o paraíso existe isto anda lá perto! (Garage Wines +-32€)


Tinto - Dos muitos vinhos que tive a felicidade de provar ao longo do ano houve um tinto que me encheu as medidas pela sua "mostra" de ADN, carácter, "descomplexidade" e de prazer absoluto, daqueles em que dizemos já não há mais?! Esse foi o M.O.B. Lote 3 Dão 2014, vinho resultante do "ataque" dos Durienses Jorge Moreira, Xito Olazabal e Jorge Serodio Borges que na zona da Serra da Estrela usaram 3 vinhas e 3 castas touriga nacional, jaen e alfrocheiro para fazer este belo vinho a um preço convidativo( cerca de 9€)e por isso mesmo a grande surpresa para mim. Façam mais disto!


Fortificado - Magalhaes Vintage 2004, localizado no vale de Pinhão a Quinta do Silval presenteia-nos com este vinho "fora do baralho" que faz com que os apreciadores de Tawnys envelhecidos e Colheitas como eu se rendam completamente por este estilo que não vai a estágio em madeira mas que nos "sufoca" com uma fruta vermelha majestosa é uma frescura mágica! Além do mais tem um preço que não é nada habitual neste tipo de vinho: 25€ na Garage Wines.

Espumante - Caves do Solar São Domingos - Lopo de Freitas Bruto 2011, uma referencia absoluta a nível dos espumosos nacionais, este de homenagem Lopo de Freitas feito com Cerceal (70%) e Chardonnay(30%), traduz-se num vinho elegante com umas notas minerais e limonadas muito bem integradas uma mousse cheia mas elegante e uma tosta muito equilibrada. É um daqueles espumantes que é mais seguro do que alguns "champanhes" que por aí andam....(+-15€ Onwine)

Francisco Monteiro

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Carlos Ramos

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as escolhas de Carlos Ramos (Cegos Por Provas):

2016 foi um ano cheio de provas e de grandes vinhos. Tantos e, alguns, tão bons, que se torna dificílimo eleger o melhor em cada categoria. Mesmo assim, vou tentar (não vou conseguir eleger apenas um, obviamente):


Espumante: Vértice Gouveio 2007 (PVP: 25€), Talvez o melhor espumante nacional, acompanhado de perto pelo seu irmão, o Vértice Pinot Noir 2006. Cheio de vida, mas de bolha pequena, sem agredir, com notas de maçã e citrinos, a mousse é perfeita e o final longo.


Branco: Teixuga 2013 (Dão - 30€), Quinta das Maias Barcelo 2015 (Dão - 10€) e Viúva Quintas 2014 (Bucelas - 12€) – O 1º (100% encruzado) é um vinho de enorme potencial, ainda com alguma madeira a mais, mas já bastante integrada; tem vindo a evoluir e ameaça tornar-se numa das referências nacionais; notas de fumo casadas com alguma fruta branca, bela acidez, grande dimensão e complexidade. Os 2º (da casta Bacelo) e 3º (da casta Arinto) foram das maiores surpresas do ano; dois vinhos a preços bem acessíveis para a qualidade que têm; frescura e acidez a rodos que nos fazem sempre querer continuar a provar. Curiosamente, tratam-se de 3 brancos monocastas!


Tinto: VZ 15 Gerações 2013 (PVP 45€) e Quinta da Pellada Carrocel 2011 (PVP 60€) – Estes são dois vinhos extraordinários! Um do Douro, uma edição limitada de 1000 garrafas, numeradas, de um vinho feito a partir de lotes escolhidos por Cristiano van Zeller e os seus filhos, com a mão de enologia de Joana Pinhão, um vinho cheio de poder e músculo, com fruta madura de qualidade, taninos firmes e domados, de grande volume e longo final. O outro do Dão, de Sir Álvaro de Castro, mais elegante e fresco, mas bastante complexo e com grande estrutura; um vinho enorme!


Fortificado: Ramos Pinto Vintage 1924 (PVP 960€), Quinta da Devesa +40 Anos (PVP 100€) e MBV Boal 1863 (Colecção Particular - Barbeito) – O 1º, juntamente com o 1927, também da Ramos Pinto, foi provavelmente o melhor Vintage que alguma vez provei; é quase impossível explicar tamanha complexidade que vai mudando a cada minuto que passa… podemos estar horas de copo em riste a tentar descobrir novas sensações; é absolutamente fantástico! O 2º é o meu “40 Anos” (a média do lote tem bem mais que isso) favorito; frutos secos e passas com um vinagrinho ligeiro a temperar e um final a não acabar. O 3º… não existe! Ou melhor, existe e de que maneira! Vai existir sempre na memória de quem teve a sorte de o provar; este vinho prova (como se isso fosse necessário) que os Madeira são indestructíveis; caramelo, passas, enorme estrutura, volume descomunal e um final de boca que dura… para sempre!


Destilado: Caves de São João Aguardente Velhissima 94 Anos de História 1965 (PVP 250€)– De linda cor topázio, esta maravilha da destilação tem notas de baunilha, frutos secos, fruta exótica e especiarias; é de uma macieza e de um aveludado impressionantes e persiste, persiste, persiste…


Que venha 2017, com pelo menos tanta coisa boa para provar!

Carlos Ramos

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Melhores vinhos provados 2016 | por Marco Lourenço

Passado o Natal, onde suspeito que se abriram grandes vinhos a acompanhar a ceia Natalicia, em família, eis que estamos na reta final do ano. E na sequência do que fizemos para as escolhas de vinhos para o Natal, voltamos a lançar o desafio aos nossos enófilos apaixonados para seleccionarem, desta feita,  os melhores vinhos provados no ano 2016. Os vinhos de mesa, generosos e bolhinhas que mais impressionaram os sentidos. Alguns são muito difíceis de encontrar, outros nem tanto, mas uma coisa é certa, são todos grandes, grandes vinhos em qualquer parte do mundo. Aqui ficam as escolhas de Marco Lourenço (Cegos Por Provas):



Destaques deste ano... nos brancos, vamos por partes: o Tempo 2015 do Anselmo Mendes que ainda não saiu mas que tive a oportunidade de o provar por duas vezes, já. Após uma prova em que se provou quase tudo o que o Anselmo Mendes já fez (incluindo Alvarinhos antigos), este vinho conseguiu deixar a sala em silêncio, pois é algo de muito diferente, excêntrico e sedutor. é um vinho absolutamente notável; o Soalheiro 2001 que já saiu há muito tempo e na garrafa que se abriu estava colossal mostrando a longevidade da brilhante uva Alvarinho; e finalmente num vinho que me apanhou de surpresa, pela forma simples e directa com que se bebe, fazendo-me gostar mais e mais desta região, Lisboa (principalmente em brancos): o Vale da Capucha Branco 2013 (PVP 10,50€),  um vinho com tudo muito bem composto, na melhor forma possível: o equilíbrio geral conseguido no blend, a largura de boca, a acidez firme, e aquele toque calcário muito subtil que aparece em todos os vinhos dali. e tudo isto de um trago, conseguido de modo muito simples e imediato. E ficaram muitos bons Douro, Dão e Bairrada fora desta lista, pelo que irei ali rezar alguns terços de joelhos e já volto... 


Tintos: do ano 2011 saíram coisas extraordinárias, e nas casas onde isso já é “hábito” o resultado foi o que seria de esperar – vinhos que começam já a dar provas excepcionais, mas que o tempo tratará de aperfeiçoar ainda mais. De entre outros exemplos, posso aqui referir o Abandonado 2011 (Alves de Sousa - PVP 105€) ou o Quinta das Bageiras Garrafeira 2011 (Mário Sérgio - PVP 25€). Optei contudo, por destacar o Dão de António Madeira - a Centenária 2013 (PVP 45€), proveniente de uma vinha com 50 anos salva do abandono, depois de não ter sido podada durante 3 anos. Um vinho muito especial. Alguns Bagas mais antigos estiveram igualmente brilhantes, mas houve uma garrafa em particular que sobressaiu, de um Conde de Cantanhede Reserva 1997

Espumantes: na prova proporcionada pelo Paulo Pimenta estiveram alguns dos melhores espumantes e champanhes que já provei. O Billecart-Salmon Brut 2002, o Louis Roederer Cristal 2006 ou o Pol Roger Sir Winston Churchill 2004 (talvez por esta ordem). Mas o “nosso” espumante Vértice Pinot Noir (PVP 50€) continua a ser uma referência obrigatória, a um preço também ele mais de acordo com a nossa economia, sem deixar de estar à altura de qualquer momento que assim o exija. 


Generosos: tendo eu faltado à singular prova da Barbeito onde se provou, entre outros, o extraordinário Boal de 1863, ficará a minha escolha neste capítulo pelo não menos especial Porto Vintage 1924 da Ramos Pinto (PVP 960€), ou como transformar qualquer pouquinho que nos chega à boca numa panóplia infindável de sensações e sabores, exóticos e desconhecidos, que perduram depois por muitas horas. Um milagre, portanto.

Marco Lourenço


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Revista Paixão Pelo Vinho 67 | Disponível Gratuitamente OnLine


A mais recente edição da revista Paixão pelo Vinho assinala o 10º Aniversário desta publicação e conta com a minha colaboração no espaço bloggers place. Com o 10º aniversário, a diretora Maria Helena decidiu premiar as empresas e profissionais dos vários sectores que se destacaram ao longo dos últimos 10 anos. Assim, no dia 14 de Janeiro, no Casino Figueira, na Figueira da Foz, vai realizar-se uma cerimónia de entrega de prémios: 'Prémios Especiais 10 Anos de Paixão Pelo Vinho'. São 20 as categorias, com 10 nomeações cada, sendo apenas um dos nomeados premiado com um lindo troféu desenhado pela Teresa Vaz e produzido com o apoio da Amorim & Irmãos. 

É com imenso orgulho e satisfação que o contra-rótulo está nomeado para melhor blogue de vinhos! Mesmo que não seja o vencedor, estar entre os melhores é já um grande prémio. Obrigado a todos os que ajudaram a fazer crescer este espaço.

Para quem quiser ler o meu artigo, no bloggers place, sobre os vinhos brancos em Portugal, por favor clicar na foto abaixo.

Link para a revista aqui. Façam o favor de ler esta bela edição!

Sérgio Lopes

sábado, 17 de dezembro de 2016

The Italian Specialist Suggests... Vinhos para o Natal

Espumante Casa Senhorial de Reguengo Velha Reserva 2002 (Verdes) - Uma boa demonstração do imenso potencial das castas verdes. Trajadura, Loureiro e Batoca inteligentemente "assemblé" para um espumante de grande elegância e interessante complexidade.


Branco Permitido 2015 (Douro Superior) - Como um fato... Clássico, de grande classe, sem pormenores requintados. Um vinho fresco e equilibrado, elegante e polido. Uma sinfonia harmónica de aromas. Óptimo para acompanhar comida ou só tertúlias. O defeito: uma garrafa não basta.

Tinto Herdade do Gamito 2007 (Alentejo) -  O primeiro vinho que comprei 15 dias depois da minha chegada a Portugal, durante uma visita em território alentejano. Apesar de procurar principalmente vinhos feitos com castas nativas, este blend de Syrah, Alicante Bouschet, Merlot e Aragones impressionou-me mesmo porque no resultado faltavam os elementos que menos gosto. Era complexo com uma boa estutura e os taninos a dizer-me "esquece a garrafa uns anitos". Chegou a hora para uma segunda prova!



Quinta do Zimbro,  Garrafeira Particular Vinho Fino 10 anos 2000. -  Nao é Natal, tanto aqui em Portugal como em Italia, para mim, para a minha família e os amigos sem este sublime néctar que não teme o confronto com os melhores Porto. Grande bouquet de aromas, ligeiramente untuoso e fumado, o perfeito parceiro para uma tarde ou noite de festa à volta da mesa.



NOTA: Marco FW Giorgetti é um italiano a viver no norte de Portugal. Wine lover confesso, gosta dos prazeres da boa gastronomia aliadas a um belo vinho.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

All I Want for Christmas is... Parte IV - Para a Sobremesa

Com o aproximar da época das festas - Natal e Ano Novo, começamos a pensar quais os vinhos que iremos escolher para acompanhar o bacalhau na noite da consoada - e se será branco ou tinto, quais os vinhos generosos que farão companhia à tradicional oferta generosa de sobremesas e doçarias tão características da época, ou qual o bolhinhas com que iremos brindar à chegada do ano de 2017. Pois bem, o Contra-rotulo lançou o desafio aos seus colaboradores habituais para ajudarem os nossos leitores, nesta difícil escolha. Aqui ficam as sugestões:

IV. GENEROSOS

Messias Colheita 1977 (Porto) | PVP: 70€ | Garrafeira Tio Pepe

Sou suspeita, pois este Vinho do Porto é de um ano que me diz muito... ;-) Mas não é apenas por isso que selecciono este Porto colheita de 1977 da Messias. É sobretudo porque se trata de um colheita que me enche as medidas e que com os seus quase 40 anos de envelhecimento oferece tudo aquilo que um grande tawny tem para oferecer: Aromaticamente muito complexo, com notas de mel e frutos secos, na boca simultaneamente elegante e harmonioso. O final de boca é muito persistente mesmo, sempre em crescendo, deixando um travo picante muito agradável. Dura e dura... Excelente. By Lucinda Costa.



Excellent Dec. 2000 Moscatel Roxo (Moscatel) | PVP: 38€ | Wine O´Clock

Seleccionei este Moscatel Roxo, de Setúbal, da Casa Agrícola Horácio Simões, um vinho que contempla a selecção das melhores barricas dos melhores anos da década de 2000, onde o moscatel estagiou. O resultado é um vinho delicioso, fresco, complexo, opulente mas cheio de sabor. O final é interminável. Uma garrafinha de apenas 50cl, que granjeou inúmeros prémios além-fronteiras, capaz de nos dar imenso prazer, após a refeição. By Sérgio Lopes


Cossart Gordon Madeira Verdelho 10 anos Meio Seco (Madeira) | PVP: 35€ | Direct Wine

O Madeira Cossart Gordon 10 Anos Verdelho Meio Seco é um vinho da madeira envelhecido em cascos de carvalho americano segundo o processo tradicional de ‘Canteiro’. De cor topázio, com nuances douradas, apresenta uma intensidade, frescura e profundidade tremendas. Resinoso e com aromas de frutos secos e laranja caramelizada, apresenta um volume de boca notável e uma acidez que lhe confere um longo final. Muito longo e prazeroso. Um exemplar que ligará na perfeição com as sobremesas de Natal.  By Sérgio Lopes. 

Quinta do Infantado LBV 2011 (Porto) | PVP: 14,5€ | El Corte Ingles 

O ano de 2011 foi ano de vintage declarado no Douro, por isso, é obrigatório comprar, beber e guardar várias garrafas da categoria mais nobre do Vinho do Porto Ruby - os Porto Vintage. Mas para quem quiser gastar um pouco menos, pode optar por um qualquer LBV do mesmo ano que dará seguramente imenso prazer. A minha escolha recai no Quinta do Infantado 2011 que bebi recentemente e que gostei muito, apresentando muita fruta madura e compota e muito guloso e com taninos muito finos e polidos, algumas notas químicas mas a fruta bem madura é que dá o toque mágico final. Prontíssimo e já muito capaz para ser bebido novo. By Francisco Monteiro


Alambre 20 Anos (Moscatel de Setúbal) | PVP: 20€ | Garrafeira Dom Vinho

Se pensarmos em finais de noite a fazer desaparecer lentamente o bolo-rei ou outras doçarias mais secas, poderemos começar a retirar todo o manancial de uvas em passa, fruta em calda e laranja cristalizada como só um velho moscatel consegue dar. Ou então sem mais nada por perto, a não ser as pessoas que nos são mais próximas, vendo aquele nosso ar intrigado finalizado com um sorriso terno e familiar, de genuíno prazer. E é nosso, e podemos dá-lo de prenda a nós mesmos.  Garrafa de meio litro. By Marco Lourenço


Andresen 10 Anos Branco (Porto) | PVP: 17€ | Garrafeira Nacional

Para a sobremesa, seleccionei o Vinho do Porto Andresen 10 Anos Branco. É verdade, branco. Este vinho tem uma grande presença aromática, muito complexo, misturando notas de alperce seco, bolo inglês, avelãs, mas com uma frescura e vivacidade surpreendentes. Um Porto Branco com uma excelente relação qualidade-preço, de uma casa que só sabe fazer bons vinhos licorosos. Apenas garrafas de 500ml... By Paulo Pimenta



Quinta das Bageiras Abafado 2004 (Bairrada) | PVP: 35€ | Garrafeira 5 Estrelas

Sugeriram-me que escolhesse um Porto ou Madeira para ilustrar esta amostra. No entanto, a história da Bairrada, que durante muitos anos enviou os seus melhores vinhos para o Douro para lotear vinhos do Porto, levou-me a escolher este Abafado, fortificado com aguardente made in Bairrada. Duma macieza intensa, muito fino e redondo, surpreende-nos por não se exceder em doçura, deixando às frutas o papel principal no final. Depois de aberto, acompanha uma noite de conversa em família até nada restar na garrafa. By Miguel Ferreira



Quinta do Portal 10 Anos (Porto) | PVP: 20€ | Garrafeira VinhoWeb.pt  

Não será o Tawny 10 anos mais conhecido, mas merece prova atenta. Guloso qb, alia muito bem as notas de frutos vermelhos com algumas notas de frutos secos. Mais encorpado do que outros, bebe-se com muito prazer. Tem um preço a rondar os vinte euros e encontra-se em garrafeiras. By Amândio Cupido.


8 belas opções de vinhos deliciosamente doces para todo o ano, mas que certamente brilharão se seleccionados para a quadra festiva que se aproxima.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

All I want for Christmas is... Parte III - Espumantes

Com o aproximar da época das festas - Natal e Ano Novo, começamos a pensar quais os vinhos que iremos escolher para acompanhar o bacalhau na noite da consoada - e se será branco ou tinto, quais os vinhos generosos que farão companhia à tradicional oferta generosa de sobremesas e doçarias tão características da época, ou qual o bolhinhas com que iremos brindar à chegada do ano de 2017. Pois bem, o Contra-rotulo lançou o desafio aos seus colaboradores habituais para ajudarem os nossos leitores, nesta difícil escolha. Aqui ficam as sugestões:

III. ESPUMANTES

Quinta de S. Lourenço Bruto 2007 (Bairrada) | PVP: 9€ | Garrafeira 5 Estrelas

Das Caves São Domingos e da Qunta de S. Lourenço, escolhi este espumante muito "champagnês" feito de Baga , Maria Gomes e Arinto, sendo que as duas últimas, as uvas brancas, estagiam por 3 meses em barricas de carvalho francês. O degorgement é de Novembro de 2013, o que significa que estamos na presença de um "bolhinhas" que estagia em cave pelo menos 6 anos, antes do engarrafamento final... O resultado é um espumante complexo e sedutor. Apesar de ser de 2007, a bolha é elegante mas muito presente. Gastronómico, apresenta uma mousse deliciosa e notas de bolo inglês, terminando com bela persistência. É comprar e beber em todas as ocasiões...! By Lucinda Costa.


Vértice Millésime Bruto 2009 (Douro) | PVP: 23€ | Jumbo

Este Espumante Duriense, proveniente das Caves Transmontanas (Alijó) apenas é produzido em anos de excepcional qualidade, pretende enaltecer os aromas primários das castas cuidadosamente seleccionadas para o efeito, um blend, sendo que 71% corresponde a castas brancas. O resultado é um espumante champanhês, de cor citrina, bolha muito fina, notas leves de panificação, com uma enorme harmonia de conjunto e uma finesse que o torna sério, cheio de classe e sedutor. Um grande espumante!  By Sérgio Lopes. 


Murganheira Velha Reserva Bruto 2010 (Távora- Varosa) | PVP: 12,5€ | Continente 

A marca Murganheira, em geral, e em particular os seus velha reserva (mínimo 4 anos em cave) são apostas seguras e recorrentes quando procuramos um espumante com uma complexidade acima da média, bem feito e a um preço muito atractivo, Seleccionei o Murganheira Velha Reserva Bruto, fácil de encontrar nas grandes superfícies comerciais, um espumante que demonstra equilíbrio, apresenta-se muito frutado e longo com muita expressão aromática, um parceiro para tudo que seja boa comida e boa mesa. By Francisco Monteiro


Soalheiro Alvarinho Bruto 2013 (Verdes) | PVP: 13€ | Garrafeira Nacional

Não pensando tanto em levar um espumante para a refeição (o que até podia acontecer), pode-se apresentar um bolhinhas que nos faça a festa dentro da boca, com boa acidez, e que nos deixe com boa disposição para a autêntica parada de doces que algures já se vislumbra. Ou logo a seguir, para que a noite não se fique por ali e avance numa segunda rodada de convívio e boa conversa. Um espumante muito consensual e equilibrado, mostrando um Alvarinho delicado e muito apelativo.  By Marco Lourenço


Quinta dos Abibes Arinto & Baga Extra Bruto Reserva 2013 (Bairrada) | PVP: 10€ | Garrafeira Tio Pepe

Produzido de duas das castas com maior acidez da região da bairrada, a branca Arinto e a tinta Baga, este espumante extra bruto (menos de 6 gramas de açúcar por litro) acompanhará seguramente bem as entradas, e a refeição, da ceia de Natal. E a um belo preço, para a qualidade que apresenta. By Paulo Pimenta



São Domingos Velha Reserva Bruto 2011 (Bairrada) | PVP: 10€ | Garrafeira Portus Wine

O Natal também é feito de glamour e patine. E se há um espumante que veste bem esta roupagem é este Velha Reserva, das Caves São Domingos que junta Pinot Noir com Chardonnay. Nele tudo apela ao requinte: tosta, notas de biscoito e citrinos, harmoniza-se cremosamente na boca, com elegância, frescura e um final a deixar memórias. Bebe-se desde o pequeno-almoço até ao deitar. By Miguel Ferreira



A. Henriques Super Reserva Bruto (Bairrada) | PVP: 5€ | Garrafeira OnWine

É um espumante da Bairrada (Caves da Montanha), sem data de colheita e sem indicação de castas (refere apenas que tem tintas e brancas). Estagia dois anos em cave antes de ser lançado para o mercado. Tem uma boa evolução, bolha fina e elegante e é fresco, perfeito para provar no inicio da refeição ou a acompanhar entradas. Claro que liga muito bem com um bom leitão. Compra-se na região (Intermarché de Cantanhede, por exemplo) a menos de cinco euros... By Amândio Cupido.


7 belas opções de "bolhinhas" para todo o ano, mas que certamente brilharão se seleccionados para a quadra festiva que se aproxima.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

All I Want for Christmas is... Parte II - Vinhos Tintos

Com o aproximar da época das festas - Natal e Ano Novo, começamos a pensar quais os vinhos que iremos escolher para acompanhar o bacalhau na noite da consoada - e se será branco ou tinto, quais os vinhos generosos que farão companhia à tradicional oferta generosa de sobremesas e doçarias tão características da época, ou qual o bolhinhas com que iremos brindar à chegada do ano de 2017. Pois bem, o Contra-rotulo lançou o desafio aos seus colaboradores habituais para ajudarem os nossos leitores, nesta difícil escolha. Aqui ficam as sugestões:

II. VINHOS TINTOS

Sidónio de Sousa Garrafeira 2009 (Bairrada) | PVP: 25€ | Garrafeira Estado Liquido 

Os Garrafeiras clássicos de Sidónio de Sousa são míticos "Durissimos" quando novos, de enorme longevidade e a darem imenso prazer passado duas ou 3 décadas. Este garrafeira 2009, confirma o perfil clássico mas está muito mais pronto a beber, com o lado vinoso da Baga, amparado por taninos potentes e muita frescura, que lhe darão longevidade, mas cuja elegância, convida a se beber desde já.  Com Prazer, By Lucinda Costa.



Quinta das Bageiras Avô Fausto 2012 (Bairrada) | PVP: 23€ | Garrafeira Dom Vinho


Vinho que vai apenas na segunda edição (a primeira edição é de 2010) é uma abordagem à Baga mais em jeito de elegância do que concentração. Pode-se guardar, sim, mas dá tanto, tanto prazer a beber desde já, que acaba depressa. Equilíbrio entre todas as componentes do vinho, frescura invejável e uma boca de final delicioso. Próximo da perfeição, num estilo mais consensual da uva Bairradina "Baga" sem deixar de ser extremamente complexo e profundo em todas as suas componentes.  By Sérgio Lopes. 

Niepoort Vertente 2014 (Douro) | PVP: 12,5€ | Garrafeira El Corte Ingles

O Vertente é produzido com uvas provenientes de vinhas da Quinta de Nápoles, com cerca de 25 anos, e de vinhas velhas plantadas nas encostas do rio Pinhão, e é esse contraste que gosto no vinho: muito boa concentração frutos vermelhos ricos e com madeira bem integrada, denso e um final muito polido e "prazeirento". By Francisco Monteiro.



Quinta dos Roques Reserva 2011 (Dão) | PVP: 22€ | Garrafeira Tio Pepe

Do Dão nascem alguns dos vinhos mais elegantes que temos no país, autênticos companheiros de toda a gastronomia que nesta altura sai das mãos hábeis de quem já viveu muitas destas épocas, dando assim continuidade a todo esse labor. Assim é este vinho, dando continuidade ano após ano a um perfil onde fruta e madeira aparecem bem . By Marco Lourenço


Dona Graça Sousão Grande Reserva 2013 (Douro Superior) | PVP: 17€ | Garrafeira Nacional 

Quem não é capaz de trocar o vinho tinto por nenhum outro pode optar pelo D. Graça Sousão Grande Reserva 2013. A potência e elegância do Douro Superior, observada através de uma casta "dura" e cheia de taninos, aqui domada pelas sábias mãos do professor Virgilio Loureiro, num "terroir" particular, o de altitude, da Meda. By Paulo Pimenta


Terroir 2221 (Bairrada) | PVP: 40€ | Garrafeira 5 Estrelas

2 Castas: Baga e Cabernet Sauvignon, 2 Enólogos: José Carvalheira e Osvaldo Amado, 2 Produtores: Adega de Cantanhede e Caves São João, 1 Terroir: Cantanhede. Poucos tintos representarão tão bem a Bairrada ecléctica que me apaixona. Baga e Cabernet Sauvignon num equilíbrio perfeito, sem sobreposições. É vinho com uma estrutura exemplar, corpo consistente, notas fumadas bem expressivas e taninos bem definidos mas com uma bela envolvência. O ano de 2011 na Bairrada deu para fazer vinhos soberbos. E este é uma das mais belas criações do ano. Um tinto para beber na companhia dos melhores amigos e duma gastronomia substancial.. By Miguel Ferreira


Herdade do Perdigão Reserva 2014 (Alentejo) | PVP: 18,50€ | Jumbo 

É um clássico do Alentejo com um PVP recomendado de vinte e cinco euros, mas que por vezes se consegue encontrar a dezoito nos supermercados Auchan. Feito maioritariamente com Trincadeira, é um dos meus vinhos preferidos do Alentejo. Quando novo, precisa desesperadamente de ser decantado e entre os seis e os dez anos é quando está melhor para beber. Ainda assim, experimente-se com um cabrito ou uma vitela no forno e guardem-se umas garrafas.. By Amândio Cupido.


7 belas opções de vinhos tintos para todo o ano, mas que certamente brilharão se seleccionados para a quadra festiva que se aproxima.