terça-feira, 31 de outubro de 2017

Em Prova: Quinta do Cardo Siria 2016


As vinhas da Quinta do Cardo encontram-se à cota média de 750 metros, no meio do planalto ibérico, protegidas pelas serras da Marofa e de Castelo Rodrigo. Os solos são de natureza granítica com uma componente xistosa. Trata-se pois de um vinho da região da Beira Interior, feito 100% da casta Siria e em modo biológico. O resultado é um vinho branco, leve, fresco e mineral com componentes florais e suaves citrinos, tudo suportado por uma belíssima acidez que lhe confere um grande equilíbrio. Não se tratará de um simples vinho de "piscina", pois é bem capaz de se portar dignamente à mesa, com umas entradinhas ou um peixinho mais gordo. Gosto igualmente do rótulo, simples, mas bem bonito. PVP: 5€. Disponibilidade: Grandes Superficies.

Sérgio Lopes

sábado, 28 de outubro de 2017

Em Prova: Anselmo Mendes Beira Interior Branco 2014


Anselmo Mendes Beira Interior 2014 é um vinho produzido na região da Beira Interior, sub-região da Cova da Beira. Região rodeada pelas Serras da Estrela, Marofa e Malcata. produzido de vinhas velhas, da casta Síria, a casta branca mais plantada na região. Fermentado em barrica usada, o resultado é um vinho de aroma muito fino, com notas elegantes florais e minerais. A boca acompanha o nariz, priveligiando a mineralidade o lado citrino suave da casta Siria e a tal elegância de conjunto, terminando de forma muito equilibrada e satisfatória. Um belíssimo branco. Um dos melhores da região da Beira Interior. PVP: 15€. Disponibilidade: Garrafeiras.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Prova dos vinhos Primado, no Palácio do Freixo

No passado dia 24 de Outubro, realizou-se uma prova vertical do vinho Primado, com todas as colheitas comercializadas, de 2004, 2005, 2007, 2009 e 2010. São vinhos tintos, do Dão, feitos com as castas típicas da região, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, produzidos apenas em anos que o produtor considera terem potencial para engarrafar e são lançados... muito tarde - a colheita de 2010 está em início de comercialização! O projecto nasce do desafio lançado por Anselmo Mendes ao amigo Manuel Pereira de Melo que tinha uma pequena vinha em Santa Comba Dão para fazerem um vinho que recuperasse o perfil dos prestigiados vinhos do Dão de outros tempos – vinhos complexos de grande elegância e capacidade de guarda. São vinhos desafiantes e gastronómicos, que demonstram o poder de envelhecimento da região do Dão.

O Primado 2004 está com uma enorme elegância e frescura, muito fino, com taninos sedosos e num extraordinário momento de prova. Um vinho com 13 anos e em grande forma. Seguiu-se o Primado 2005, mais rústico e vegetal, mas com acidez e vida pela frente. O Primado 2007 apresentou notas terciárias que fogem ao meu gosto pessoal. Um pouco evoluído demais para o meu gosto, mas com aquele ligeiro fenólico que faz as delicias de muitos provadores. O Primado 2009, o mais equilibrado de todos, cheio de elegância e frescura, taninos redondos, potencial de envelhecimento e excelente companheiro à mesa. Vai chegar provavelmente ao nível a que está o 2004, ou talvez melhor. Finalmente o Primado 2010, ainda muito novo e a precisar de tempo. Veremos como evoluirá. Em suma, vinhos, que reflectem o ano de colheita e a região de origem, numa visão mais tradicional da mesma. Será lançado um branco, muito em breve. Disponibilidade Garrafeira Gota a Gota (Foto).

Sérgio Lopes

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Mesas Bohemias regressam ao Porto, já amanhã

Nem só de vinho fala este espaço... Hoje falo-vos das Mesas Bohemias, iniciativa de Rodrigo Menezes que continua a apresentar aos lisboetas e portuenses vários restaurantes de todas as partes do País com uma partilha de costumes e receitas especiais conjugadas com a cerveja Bohemia. De volta ao Porto, desta feita com a Taberna d’Adélia, que chega da Nazaré durante quatro dias. 

De 26 a 29 de Outubro, no restaurante Jardim das Sobreiras, por apenas 30€, vai poder provar entrada, 3 pratos + 3 Bohemias, sobremesa, Água de Luso e café, da Taberna D'aldeia diretamente para o Porto.

A ementa inclui um belo Carapau Enjoado, que passa por salmouro e é seco ao sol. Com o pão a fazer as vezes da batata, o primeiro prato é um Sequinho de Pata Roxa (da família da caldeirada, mas com menos molho). E é a Bohemia Puro Malte que vai equilibrar estes sabores, ao mesmo tempo que os aromas herbais dão frescura ao prato. O segundo prato, Peixe Galo com Arroz de Tomate, é harmonizado com os aromas de sementes de coentros da Bohemia Trigo. O terceiro prato, uma Feijoada de Marisco, um dos pratos favoritos da cozinheira. Para acompanhar, peça uma Bohemia Bock. Não se esqueça que ainda falta a sobremesa: Maça de Alcobaça com Leite Creme. 

Reserve já o seu lugar aqui.



Sérgio Lopes

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores, no próximo fim-de-semana

É já no próximo fim-de-semana, entre 27 a 30 de Outubro, que a Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, em Lisboa, é palco da primeira edição do ‘Grandes Escolhas - Vinhos & Sabores’. Anteriormente designada Encontro com o Vinho e Sabores, este ano, tem uma nova designação, após a pequena revolução operada no sector entre as duas principais revistas da especialidade. 

Está confirmada a presença de cerca de 300 produtores, sendo assim possível degustar uma selecção de vinhos de entre as mais de 2.000 referências, na sua maioria portugueses, mas alguns estrangeiros. O valor do bilhete de um dia é de €15,00, o de três dias apenas €20,00 (em ambos, inclui copo). Para valorizar ainda mais o certame, a organização, a cargo da Grandes Escolhas, preparou um imbatível programa de ‘Grandes Provas’: vão ser 10 as masterclasses de vinhos orientadas por críticos de prestígio, produtores e enólogos de alto gabarito.

Outra das iniciativas é um desafio dirigido a todos os visitantes: ‘Prove Connosco’. Uma sucessão de pequenas e informais provas de 15 minutos, de livre acesso, nas quais a conversa gira sempre à volta de dois vinhos comentados à vez pelos jornalistas e críticos da revista Grandes Escolhas. No fim, está “aberto” o tempo para o debate.

Tudo excelentes motivos para não faltar a este grande certame!

Programa completo do evento aqui.

Bilhete de Identidade do Evento
Nome: Grandes Escolhas - Vinhos & Eventos 2017
Local: FIL - Feira Internacional de Lisboa (Pavilhão 4) . Parque das Nações
Data: 27 a 30 de Outubro de 2017
Horários: Sexta . 18h00-22h00 // Sábado e Domingo . 14h00-20h00 // Segunda . 11h00-18h00
Preço Bilhetes: 1 Dia = €15,00 ou 3 Dias = €20,00 (com IVA e copo incluído)
Preço Copo: €4,00 (caso entre com convite; o copo não está incluído)
Preço Grandes Provas: €35,00 // acesso gratuito à feira // 10% de desconto para mais de uma inscrição
Inscrição nas Grandes Provas: provas@grandesescolhas.com
Mais Informações: 215 810 526

Sérgio Lopes (in press release)

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Prova dos vinhos Muxagat na Garage Wines

Decorreu na passada 6ª feira, na Garage Wines, a prova dos vinhos Muxagat. A prova foi conduzida pelo enólogo Luis Seabra. O projecto Muxagat é proveniente do Douro Superior, mais propriamente da região da Meda. Originalmente os vinhos eram feitos pelo enólogo Mateus Nicolau de Almeida, sendo que com a nova enologia foi com grande curiosidade que queria provar os vinhos. Regra geral, nota-se uma clara mudança no perfil dos vinhos, pois do que me lembro, Mateus privilegiava a pureza da fruta nos tintos e a mineralidade nos brancos, traços que se mantêm, mas aqui há claramente "mão" do novo enólogo que gosta de vinhos muito minerais e pouco extraidos, privilegiando esse lado fresco e contido. 


E foi o que notei, mais do que o terroir que naturalmente está presente, quer pela altitude, quer pelos solos xistosos, o tal "cunho" do enólogo. Destaco o Muxagat Branco pelo equilíbrio de conjunto (o tinto também está muito bem) e o Xistos Altos, um grande branco da casta Rabigato, com muita mineralidade, frescura e enorme profundidade. O monocasta Tinta Barroca, de uma casta normalmente utilizada em blend, aqui fermentada e estagiada em cuba de cimento, num registo leve e apetecível, mas com complexidade qb. Finalmente o Cisne, um tinto feito de Tinto Cão, temperado com um pouco de Rabigato. Provada a colheita de 2011, está um vinho de enorme classe, muito fino e elegante, profundo e delicioso. Um reparo apenas para o seu preço, na minha opinião, um pouco acima (30€), o que o coloca num campeonato onde competirá ferozmente com outros "monstros". Em suma, um Douro Superior que vale a pena conhecer.



Sérgio Lopes

sábado, 21 de outubro de 2017

Em prova: Quinta de Cidró Alvarinho 2014


Produzido pela Real Companhia Velha, 100% da casta Alvarinho, plantada no Douro. Estamos perante um vinho onde o lado citrino e limonado é o mais evidente no aroma. Alguma flor de laranjeira completa o bouquet aromático. Na boca tem boa estrutura e alguma complexidade e uma certa facilidade de prova que o torna imediatamente apelativo. Termina fresco e com final agradável e de média persistência. Um branco do Douro - nitidamente - com a particularidade de ser produzido de Alvarinho e mostrar a plasticidade da casta. peca apenas por não ter um pouco mais de acidez, que o levaria para outra dimensão. PVP: 8€. Disponibilidade: Grandes Superfícies.

Sérgio Lopes

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Da Minha Cave: Inconnu Reserva Tinto 2010

Mais um vinho retirado da minha garrafeira, o saudoso Inconnu 2010 , produzido pelos simpáticos Christelle e Casimir da Silva e com enologia de António Narciso. Saudades da Christelle e do Casimir e dos seus Fonte de Gonçalvinho... Muitas.

Este vinho tem a particularidade de o nome ter surgido após uma prova conjunta em que os produtores e o enólogo ficaram surpreendidos com o que estavam a provar... exclamando "mas o que é isto?" Por brincadeira, ficou "?????", o que deu origem ao nome "Inconnu", que significa desconhecido em francês, a origem dos produtores. 

Golpe de marketing, ou não, o certo é que ninguém sabe o que compõe o vinho, nem como é feito. Sabemos que é feito de uvas da quinta e pouco mais, o que também adensa o mistério e interesse à volta do mesmo...

Voltado a provar agora, o Fonte de Gonçalvinho Inconnu Reserva Tinto 2010, continua complexo e desafiador, naquele momento dos vinhos do Dão, que provados entre os 5 e 10 anos de vida, tudo aparece mais ligado e mais pronto a beber. Destaco a elegância, a frescura e a fruta de qualidade aliada a aromas e sabores terciários (cacau, pinho e especiarias) que tornam este vinho desafiante e desafiador à mesa. De copo para copo. Acompanhou muito bem umas coxas de frango grelhadas!

Sérgio Lopes

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Da Minha Cave: Quinta da Fata Encruzado 2010

A Quinta da Fata tem vindo a afinar o perfil dos seus brancos, produzidos 100% da casta encruzado, tornando-os mais apelativos, mas sem perder o lado longevo tão característico dos mesmos. 

Da minha cave, descobri uma garrafa do Quinta da Fata Encruzado do ano de 2010 que abri agora e acompanhou muito bem um Arrozinho de Pato. 

Lembro-me que quando provei este vinho, pela primeira vez, era um branco austero e mineral, duro mesmo. Algo rústico até. 

Neste momento está com notas florais de evolução bem evidentes, portanto menos austero, mas profundamente mineral e com uma belíssima acidez refrescante, a limpar o palato e a pedir companhia à mesa. 

Para mim encontra-se no momento ideal de prova, apresentando uma evolução notória, mas sem perder a frescura. Foi melhorando de copo para copo entre o almoço e o jantar. Penso que ainda ficaram na garrafeira mais duas garrafas deste 2010 para beber em breve. PVP: 7,5€.

Sérgio Lopes

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Mercado de Vinhos do Campo Pequeno de volta

Mercado de Vinhos do Campo Pequeno está de volta e com mais novidades. De 20 a 22 de Outubro, a mítica praça lisboeta vai receber mais de 120 produtores de vinhos, de qualidade, de várias regiões do país. 

Durante três dias, os visitantes poderão provar e comprar uma vasta selecção dos melhores vinhos portugueses, além de terem a possibilidade de participar em provas, workshops e iniciativas, levadas a cabo por alguns dos mais conceituados produtores, enólogos e escanções do país.

E para aqueles que não dispensam um petisco para acompanhar o vinho, o Campo Pequeno vai reunir 20 reconhecidos produtores de iguarias típicas portuguesas, como queijos, enchidos, presuntos, pão e azeites, entre outros produtos de excelência que resultam da utilização das mais ancestrais técnicas de fabrico e que revivem o gosto dos nossos avós trazendo os paladares antigos ao consumidor actual. A entrada tem o valor de 6€ e inclui copo para prova.

Dias / Horários
20 de Outubro: das 15h00 às 22h00

21 de Outubro: das 12h00 às 22h00

22 de Outubro: das 12h00 às 20h00

Para mais informações: mercadodevinhos@campopequeno.com

www.facebook.com/MercadodeVinhos

Sérgio Lopes

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

4º Aniversário da Garage Wines

Foi na passada 6ª Feira 13 (de Outubro) que a Garage Wines festejou o seu 4ª aniversário. Uma sexta-feira com algum frio, mas que rapidamente aqueceu fruto das dezenas de pessoas que fizeram questão em estar presentes e felicitar a grande mentora deste projecto, Ivone Ribeiro, por mais um ano à frente de um espaço com uma enorme dinâmica e que pretende ser uma montra de vinhos de "garagem", isto é, diferentes e fora do circuito comercial. 

A festa iniciou-se pelas 19h30 e prolongou-se até às 24h, ao som de DJ, muita animação e claro está um desfile de belíssimos vinhos em prova! Aqui ficam algumas fotos:

  


Parabéns e as maiores felicidades!

Sérgio Lopes

sábado, 14 de outubro de 2017

Em prova: Estela do Val Godello 2015

Este vinho dos meus vizinhos de Monterrei, região Galega a norte de Chaves, situada nas imediações de Verin -Ourense, é produzido 100% da casta Godello.

Apresenta uma cor amarelo com laivos esverdeados. Nariz muito fresco, vegetal, a lembrar folha de cítrinos.

Na boca é muito expressivo! Com frescura cítrea intensa... deixando remanescente agradável sensação picante no palato e língua que prevalece alguns minutos!

Companhia ideal para petiscos, queijos e enchidos! Curiosamente é gordo e envolvente na boca, mas tem apenas 12.5° de álcool!

Um excelente vinho! Pode encontrar-se a preço entre 5.5€ e 8€! Pelo prazer que proporcionou... e pelo vinho que é, vale bem 7 a 8€.

Jorge Neves (Wine Lover)

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Fora do Baralho: Pequenos Rebentos 'à moda antiga' 2016


Elaborado a partir de uvas de 40% Alvarinho, 30% Avesso e 30% Arinto, provenientes de Amarante, o vinho sofre uns dias de curtimenta e 9 meses em barricas usadas com as borras totais - 3 meses de fermentação, 6 meses de estágio.

Aspectos técnicos à parte falemos deste vinho totalmente fora do baralho. 

A cor é de um laranja muito ténue, fruto da ligeira curtimenta, a que foi sujeito. Vinho algo rústico ('à moda antiga'), com aroma fortemente mineral e ligeiro toque citrino. A boca apresenta enorme frescura, corpo e uma acidez descomunal o que indicia uma grande longevidade. Apresenta-se poderoso, com final longo e refrescante, a pedir comidas que lhe possam dar luta à mesa.

Na minha opinião, o Pequenos Rebentos 'à moda antiga' 2016 é um dos melhores e mais diferenciadores vinhos produzidos pelo enólogo / produtor Márcio Lopes. Um branco a cheirar um pouco a antigamente que foge claramente do lado frutado e apelativo e aposta na acidez e mineralidade, com o objectivo de fazer um branco de guarda. São apenas 1265 garrafas de um branco para acompanhar.

Sérgio Lopes

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Vinhos do Alentejo, no CCB

Decorre mais uma edição do evento “Vinhos do Alentejo em Lisboa” no CCB - Centro Cultural de Belém, nos próximos dias 13 e 14 de Outubro.

A iniciativa da CVR Alentejana visa divulgar e promover os vinhos da região do Alentejo, não só junto dos consumidores habituais, mas também de forma a cativar potenciais novos consumidores num espaço privilegiado e de grande prestígio. Para além das provas de vinhos, o evento terá um programa paralelo de acções relacionadas com vinho e gastronomia alentejana e muito entretenimento.

Serão mais de 80 produtores em prova, pelo que será um evento imperdível! 

Aqui fica o programa do evento:



A entrada é livre (mediante compra do copo para prova no valor de 3€), bem como a participação nas provas comentadas, apenas sujeita a inscrição prévia online, devido ao número limitado de lugares.

Sérgio Lopes

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Em prova: Royal Palmeira Loureiro 2012


Produzido pelo gigante Ideal Drinks, o Royal Palmeira é um vinho branco, da casta Loureiro, proveniente da sub-região do Cávado, perto de Braga. Aliás, a proximidade do rio Cávado, proporciona maturações mais frescas e as uvas de onde provém apresentam já alguma idade. 

Com uma garrafa muito bonita e sofisticada, que faz jus a senhoridade da Casa da Palmeira de onde é proveniente, o Royal Palmeira apresenta um perfil marcadamente elegante e fino, sóbrio e contido, mais focado na fruta (pura) do que nas típicas notas florais da casta. Um branco com requinte, muito bem conseguido e que ocupa os seu espaço entre os Loureiro do Minho. Apenas lhe aponto um pouco de sensação de doçura a mais para o meu gosto pessoal, mas nada que o torne indiferente. PVP: 12€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes

sábado, 7 de outubro de 2017

Fora do Baralho: Fugitivo Branco 2015


A Casa da Passarella, no Dão, renasceu das cinzas, após um período de interregno e nos últimos anos, sob a enologia de Paulo Nunes, tem vindo a se afirmar como um dos melhores produtores da região. Da sua vasta gama de vinhos existe a que dá pelo nome de "Fugitivo" e que ,como o próprio nome indica, foge um pouco à linha de produtos da casa. 

Todos os anos são vinhos irrepetiveis, um conceito para vinhos que acontecem. por condições únicas em anos únicos e por isso de "colecção", feitos com extrema qualidade, "fora do baralho" e de produções muito pequenas.

Este Fugitivo Branco de Curtimenta, 2015, é produzido como os brancos de outrora, isto é, feito "como um tinto". Com contacto pelicular, no processo fermentativo, em cuba de cimento.

O resultado é um vinho com uma cor laranja carregda, com leves citrinos e traços florairs, estruturado, com uma boca potente e um foco claro na acidez, frescura e corpo. Um branco gastronómico, muito persistente e profundo, que foge ao perfil dos brancos tradicionais, perfeito para a mesa. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas. PVP: 20€.

Sérgio Lopes

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Em Prova: Santos da Casa Rosé 2016


A Santos & Seixo foi criada em 2014 com a ambição de apresentar vinhos de qualidade, com origem das várias regiões de Portugal. A marca principal Santos da Casa é multi-regional e nos seus 3 segmentos ,Colheita, Reserva e Grande Reserva tem vinhos provenientes das regiões do Douro e Alentejo e mais recentemente, na região dos vinhos verdes, com o lançamento do seu primeiro Alvarinho.

O Santos da Casa Rosé 2016 foi lançado há poucos meses e provado agora. Constituído, na sua maioria, por Touriga Nacional, de solos xistosos do Douro, apresenta-se  num registo leve, fresco e frutado, sem ser demasiado extraído. Ideal para o fim-de-semana quente que se avizinha, acompanhando, quem sabe, um churrasco, ou simplesmente uns petiscos. Há que aproveitar os últimos dias de calor...   PVP: 5,50€. Disponibilidade: Canal Horeca.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Os Melhores do Ano, por João Paulo Martins, na Garrafeira Tio Pepe

João Paulo Martins, crítico especializado no setor dos vinhos, fundador da Revista de Vinhos (agora rebaptizada de Vinhos - Grandes Escolhas) apresentou no dia 03 de Outubro, na garrafeira Tio Pepe, a 23ª edição do seu habitual  guia, o Vinhos de Portugal 2018, onde analisa vinhos de todas as regiões do país, devidamente ordenados e com notas de prova. 

Neste guia é também comum eleger uma selecção dos vimhos que na sua opinião considera os melhores do ano. Ora e foram esses vinhos que estiveram em prova na Garrafeira Tio Pepe, em simultâneo com a apresentação do livro.

O evento juntou diversos winelovers, alguma imprensa e sobretudo muitos dos "pesos pesados" do setor vínico que não quiseram deixar de marcar presença no evento, o que demonstra o respeito, admiração e notoriedade que João Paulo Martins representa no setor. Paul Symington (Symington), Mário Sérgio Nuno (Bageiras), Dirk Niepoort, Alves de Sousa, Anselmo Mendes, entre tantos outros, foram alguns dos presentes que fizeram questão de marcar presença.

Depois do discurso da praxe e da recolha dos livros com dedicatória, seguiu-se um desfile brutal de vinhos de extrema qualidade que tivemos o privilégio de provar. Muitos deles são de excelência e de muito difícil acesso, quer pelo preço, quer pela raridade, pelo que foi uma prova no mínimo sublime. 

                
                
                                                                                                                                   

Estes foram alguns dos ENORMES vinhos provados. Apenas alguns... Uma palavra final de agradecimento especial ao Luis Cândido da Garrafeira Tio Pepe, que como é habitual, se mostrou um excelente anfitrião, abrindo as portas da sua casa, uma das melhores Garrafeiras do País. Obrigado Luís.

                                    

Sérgio Lopes

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Encontro anual de produtores, promovido pela Sotavinhos

Decorreu no passado dia 2 de Outubro, no Palácio do Freixo, no Porto, o Encontro Anual de Produtores, promovido pela Sotavinhos

Devido ao sucesso do evento na sua primeira edição no ano passado, este ano foi repetida a "receita", mantendo-se o belíssimo espaço do Palácio do Freixo como o palco de uma seleção muito interessante de vinhos em prova, de várias regiões do país e também alguns champagnes. Um evento com glamour e gente "gira" e verdadeiramente apaixonada pelo vinho, desde profissionais do sector a enófilos militantes, num ambiente informal mas com traços de requinte e muito boa disposição.

A Sotavinhos distribui várias marcas de vinhos desde produtores com vinhos mais sérios e para apreciadores, até outros com vinhos mais de alcance geral e produção mais massificada. Todos eles de qualidade e consistência. Destaque deste ano, uma mini vertical de Regueiro, produtor de Alvarinho da Sub-Região de Monção e Melgaço, com os vinhos Regueiro Primitivo 2013, 2014 e 2015 em prova; Maritávora, produtor de Freixo de Espada à Cinta, com os seus reserva branco 2010, 2011 e 2012 em prova, brancos de vinhas muito velhas a demonstrar o potencial e longevidade do Douro Superior, os Champagne da Baron Fuenté, com um Milésime 2008 com enorme relação qualidade-preço; ou a Vallegre que para além de apresentar um excelente portfolio de vinhos do Douro, trouxe à prova magnificos Portos, brancos e tintos, entre colheitas, LBV, Vintages, 10, 20, 30 e 40 anos..., entre outros produtores.

Mas mais do que as palavras, aqui ficam algumas fotos do evento e de alguns dos vinhos que mais gozo me deram em prova:

   

                                                                             



http://www.sotavinhos.pt/


Sérgio Lopes

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Em Prova: Permitido Branco 2016

Edição 2016 deste vinho feito na Meda (Douro Superior) pelo jovem enólogo / produtor Márcio Lopes, um branco de vinhas a mais de 700 metros de altitude.  O Permitido 2015 foi bebido às caixas durante o ano passado e ainda tenho umas quantas garrafas guardadas. Por isso, era com expectativa que queria provar este Permitido 2016. Destaco a manutenção do perfil de forte mineralidde e frescura, que se sente logo no primeiro ataque do nariz. Na boca, aparece com um pouco menos de acidez que o seu irmão do ano anterior, mas continua com nervo e estrutura, embora talvez um pouco mais approachable. Contudo, ainda está muito novo e crescerá em garrafa nos próximos meses, ligando algumas pontas soltas. Para ir acompanhando a sua evolução durante o ano de 2018. Mas ir bebendo já algumas também...  PVP: 13€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes