terça-feira, 14 de agosto de 2018

Em Prova: Todão Rosé 2017

Novidade absoluta. Depois de provado no ano passado o Reserva Tinto, vinificado no Crasto, eis a primeira edição do Rosé, intitulado Todão

É feito de Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca, de uvas de terceiros, criteriosamente seleccionadas pelo enólogo Jean-Hughes Gross (Odisseia, Quinta da Casa Amarela). 

O resultado é um Rosé Duriense com uma bonita cor e de aspeto cristalino. Mostra-se elegante, introvertido de aroma (bouquet de rosas), fresco e seco, de pendor gastronómico. Com corpo médio e final refrescante e seco. 

Acompanhou maravilhosamente bem uma pizza de trufas. 

PVP: 6,99€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Em prova: João Portugal Ramos Loureiro 2017


Bebi há poucos dias este vinho que já vai na sua 5ª edição (creio), o João Portugal Ramos, Loureiro 2017 (com adição de 15% de Alvarinho), proveniente da sub-região de Monção e Melgaço. Vinho fresco e levemente mineral com uma acidez limonada que lhe confere um pendor gastronómico, boa estrutura com leve secura e lhe prolonga o final. Para comprar sem medo, nas grandes superficies, com preço a rondar os 3,99€. Para se ir bebendo.

Sérgio Lopes

sábado, 11 de agosto de 2018

Em Prova: Almeida Garrett Reserva Branco 2013

Provei este vinho, pela primeira vez, muito recentemente, num evento sobre Vinhos da Beira Interior,Há Beira no Porto, onde alguns dos produtores da região vieram até à invicta mostrar os seus vinhos. O nome Almeida Garrett deve a sua designação à descendêndia da familia relativamente ao famoso poeta. Encontram-se situados em Tortosendo, Covilhã e são pioneiros na aposta em Chardonnay, com vinhas com mais de 35 anos. 
designado

Foi precisamente o Almeida Garret Reserva Branco, de 2013, feito 100% de Chardonnay, o vinho que mais gostei de provar e que ontem bebi, mas desta vez, em casa, onde acompanhou um bacalhau com boroa. O vinho fermenta em barricas usadas e estagia com battonage regular por 10 meses o que lhe confere uma complexidde acrescida. O resultado é um vinho gordo e untuoso, com notas amanteigadas, mas com muito equilibrio. É fresco, com bom volume e dá muito prazer à mesa. Elevou o bacalhau a outro nivel e foi de agrado geral a todos que estavam na mesa, com diversos perfis enofilos, o que ainda o valoriza mais. Muito Interessante. PVP: 12€. Disponibilidade: Online.

Sérgio Lopes


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Em Prova: Barão de Nelas Reserva Encruzado 2014

Retomei contacto com o enólogo António Narciso a propósito do Garrafeira Timto Barão de Nelas 2008 de que falarei, muito em breve, acabando por voltar a provar o branco, que tinha provado há alguns anos atrás, creio do ano 2011, o primeiro ano da produção do mesmo.

Feito 100% de encruzado, através da implantação de clones de encruzado em vinhas velhas Jaen, oriundos da Quinta da Fata. A vinificação é exactamente a mesma que utilizada na Fata, incluíndo o processo de battonage de 15% do mosto em barrica usada.

Ontem, bebido ao jantar, acompanhando um Bacalhau com Boroa, o Barão de Nelas Reserva Encruzado 2014 foi um pairing perfeito. Nariz muito mineral e contido, introvertido como é apanágio da casta. Boca com volume e untuosidade, fresca, boa estrutura e uma acidez que fazia salivar e potenciava o bacalhau. De final longo, foi crescendo de copo para copo. Muito bom, e do ano 2014, quando só andam por aí vinhos de 2017 que de tão jovens não se conseguem beber. E a um preço bem interessante também. Fiquei fã. De novo. PVP: 7,5€. Disponibilidade: Online.

Sérgio Lopes

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Quinta da Aveleda Loureiro/Alvarinho & Quinta da Aveleda Alvarinho

Para quem ainda vai de férias, ou para quem simplesmente pretende usufruir de um vinho fresco, leve, a bom preço e com alguma versatilidade gastronómica, deixo duas sugestões:

Quinta da Aveleda Loureiro Alvarinho 2017. Vinho onde a conjugação das castas resulta em equilibrio entre notas florais e tropicais, mas tudo num registo leve e sem exageros. Companhia perfeita de Verão para simplesmente se beber um copo ou acompanhando saladas e pratos leves. 3,99€

Quinta da Aveleda Alvarinho 2017. Para quem quer um pouco mais de estrutura e um pouco menos de exuberância, pode optar por este vinho. É leve e fresco também e nada tem a ver com os Alvarinho de Monção e Melgaço em termos de estrutura, pois é mais redondinho e com pouca intensidade, mas não deixa de ser refrescante, com a vantagem de muitas vezes se encontrar sob promoções que o aproxima dos 4€. 4,99€

Ambos se podem encontrar facilmente em qualquer prateleira de supermercado ao longo de Portugal. E são muito agradáveis, com o selo de qualidade Aveleda. Prefiro contudo, entre os dois, o Loureiro / Alvarinho, pois é mais crocante.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Em Prova: Albamar 2017

Albamar é um vinho 100% produzido da casta albariño proveniente de parcelas com mais de 25 anos. O nome provém da junção do sobrenome da família Alba com a proximidade das suas vinhas ao mar e pertence à D.O. Rias Baixas. As Rias Baixas são uma das grandes divisões geográficas do litoral da Galíza. As rías são um braço de mar que, como se fosse um vale, se adentra na costa. As rías da Galíza estão divididas em Rías Altas (aquelas que ficam ao norte do cabo de Finisterra) e Rías Bajas (ao sul do cabo). Ou se preferimos abaixo de Santiago de Compostela, para mais fácil localizarmos.

O vinho é de 2017 e esperava pela sua juventude  que se mostrasse tropical e exuberante. Nada disso. Mostrou-se mineral, citrino e com um toque salino que faz completamente jus ao nome. Está muito novo sim e beneficiará de mais um ou 2 anos em garrafa no mínimo. mas já dá muito prazer. À medida que o fomos bebendo foi ganhando mais estrutura, sempre se apresentando muito seco, fresco e fortemente mineral. Até austero, por vezes, com acidez como eu gosto. Um Albariño sem mariquices de exuberância e muito gastronómico. Fiquei fã. PVP:12,75€. Online.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Da minha cave: Quinta do Vesúvio Vintage 2003

A Quinta do Vesúvio, na posse actualmente da família Symington, é uma daquelas quintas lendárias do Douro Superior. Não só pela sua beleza ímpar, mas pelo carácter único que empresta aos seus Porto vintage, cuja fruta de qualidade é imagem de marca e os torna desconcertantes. 

Em tempo de Verão, é comum falar de brancos e rosés, mas este Porto serviu para fechar em grande um jantar onde estive com o meu amigo Hildérico Coutinho, de férias por cá. E fechou o jantar com chave de ouro!

Ele decidiu abri-lo quando vislumbrou o delicioso bolo de chocolate húmido que a foto documenta...

Quanto ao vinho, está num grande momento, aos 15 anos de vida. Com muita fruta vermelha e preta, fresca, de qualidade, como é apanágio dos vintage do Vesúvio. Quase uma imagem de marca. Também o lado balsâmico / mentolado em grande evidencia, que lhe confere uma frescura ímpar. Termina longo e dá grande prova!

Deliciosamente frutado, redondo, equilibrado, a dar muito prazer agora e a mostrar ter muitos anos de vida em garrafa pela frente. Diretamente da cave do Hildérico e não da minha. Obrigado meu "kamba". Ah e do ano 2003 que nem foi como os lendários 2007 ou 2011, por exemplo. Mas é um Vesúvio...! PVP: 60€. Disponibilidade: Garrafeiras.

Sérgio Lopes