terça-feira, 30 de julho de 2013

Carm Rabigato 2012

Ano: 2012

Produtor: Casa Agrícola Reboredo Madeira

Tipo: Branco

Região: Douro Superior

Castas: Rabigato

Preço Aprox.: 8,99€

Veredicto: Tivemos contacto com este vinho na visita ao produtor, no decurso do Festival de Vinhos do Douro Superior, deste ano e foi de atracção imediata. Tipicamente Duriense, utilizada maioritariamente em lote, o Rabigato é uma casta com alguma austeridade, quando provado em nova per si. Não é de todo o caso deste vinho, produzido de vinhas velhas da quinta e onde o equilíbrio é a nota dominante.

Cor dourada muito bonita. No nariz, desde logo um traço mineral muito fino e envolvente marca o aroma do vinho, seguido de fruta discreta e algum vegetal. Na boca, acidez no ponto que lhe confere a frescura certa. O registo é sempre elegante, apresentando corpo médio e final de boa persistência, terminando com leve secura, que lhe confere pendor gastronómico.

Uma bela surpresa, num vinho muito bem conseguido e capaz de se aguentar por uns bons anos na garrafa. Acompanhou na perfeição uns filetes de salmão grelhados na brasa, com arroz de tomate.


Classificação Pessoal: 16,5


Sérgio Lopes

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dona Georgina da Quinta de Lemos entre os 5 melhores do mundo

O vinho Dona Georgina 2005, da Quinta de Lemos, foi triplamente premiado no International Wine Challenge. O IWC 2013, um dos mais reconhecidos concursos de vinho do mundo, premiou o vinho Dona Georgina 2005 da Quinta de Lemos triplamente:

1. Prémio especial “James Rogers Trophy 2013”, que premeia o melhor vinho no primeiro ano de produção de uma adega.
2. Melhor vinho tinto da Região do Dão - Medalha de Ouro.
3. Melhor vinho tinto Português – troféu.

O vinho em causa foi ainda nomeado como um dos 5 melhores vinhos do mundo!

Topo de gama da casa, prova por um lado a consistência de um projecto que se está finalmente a afirmar, enquanto que por outro lado, mostra que os vinhos do Dão, com 7 anos em cima, ou mais, brilham a alto nível. Parabéns!

Sérgio Lopes

sábado, 27 de julho de 2013

Sidónio de Sousa Garrafeira Tinto 2000

Ano: 2000

Produtor: Dulcineia dos Santos Ferreira

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Baga

Preço Aprox.: 25€

Veredicto: A casta Baga ou se ama ou se odeia. Há que lhe dar tempo em garrafa para entendê-la e apreciá-la. À excepção de sir Luís Pato que consegue "domar" a Baga em nova, por norma, a casta necessita de tempo para demonstrar toda a sua deliciosa complexidade e longevidade em perfeita harmonia. E por vezes, pode demorar largos anos... Há que esperar. Quem espera, sempre alcança...!

Depois do furor à volta do Garrafeira Sidónio de Sousa 2005 e de ter provado os sublimes 88 e 97 na visita ao produtor, lá ganhei "coragem" para me debruçar sobre o Garrafeira 2000, adquirido aquando da nossa visita.

E que grande vinho, desafiante... 13 anos de aprisionamento, que depois de aberto e náo decantado (poderia e deveria o ter feito), cheirava a baga por todos os lados. No entanto, na boca, mostrou-se inicialmente muito fechado, inquieto, sem saber muito bem o seu caminho. A cada copo, foi estabilizando, mostrando toda uma enorme frescura, elegância, notas de tabaco, chã e claro o toque vegetal e de vide tão característico da Baga. Sempre num registo de grande volume de boca e enorme persistência.

Um grande vinho que foi melhorando a cada copo e que ainda poderá esperar mais uns anos em garrafa para atingir o real apogeu. Dá, no entanto, neste momento uma prova muitíssimo boa.

Classificação: 17,5

Sérgio Lopes

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Torre de Menagem vs. QM


A Quintas de Melgaço, S. A., situada na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na Sub-Região de Monção e Melgaço, é especializada na produção de vinhos verdes, em particular da casta nobre da região -  o Alvarinho. A ideia de criação da empresa foi personificada por um homem de Melgaço, emigrado no Brasil, Amadeu Abílio Lopes, cuja capacidade financeira foi suficientemente forte para congregar à volta deste projecto o interesse de algumas centenas de produtores do concelho de Melgaço, que haviam de se tornar accionistas – hoje são 430 accionistas.

Recentemente a empresa tem tido maior notoriedade, sobretudo com os prémios granjeados, nomeadamente as medalhas e galardões dos seus 100% Alvarinho Castrus de Melgaço e QM.

A aposta recai na grande distribuição, pelo que facilmente se encontram as referências Torre de Menagem, um blend de Alvarinho/Trajadura e QM, um 100% Alvarinho, nos hipermercados Continente ou El Corte Ingles, a preços convidativos, respectivamente 2,99€ (um achado) e 7,5€.

O facto da empresa agregar um número elevado de produtores da região permite um grande volume de garrafas, mas em simultâneo perde-se um pouco da tipicidade de um "Alvarinho de Quinta", como Soalheiro, ou Casa de Canhotos, entre outros, conseguindo chegar a um público mais alargado com vinhos mais consensuais, mas que carecem de alguma identidade de produtor.

O Torre de Menagem 2012 é um autêntico valor seguro. Abaixo de 3€ nos hipermercados Continente, rivaliza de forma superlativa com o Muralhas de Monção, traduzindo-se num vinho fiel ao blend que lhe deu origem, muito fresco, com mineralidade e notas citrinas e florais delicadas, num conjunto extremamente equilibrado e apetecível. Uma excelente relação qualidade-preço, num vinho perfeito para o verão, com uma qualidade acima da média. 

O QM 2012 foi considerado o melhor Alvarinho no concurso Vinhos de Portugal 2013 / Wines of Portugal Challenge de 2013, tendo sido galardoado com a grande medalha de ouro do certame. Ora, para mim, não é seguramente o melhor Alvarinho que provei. Peca pela tal falta de tipicidade de Quinta. É sim, mais um upgrade ao Torre de Menagem, desde logo por ser 100% Alvarinho, mas o registo é leve e suave, muito fresco é certo, mas talvez lhe falte uma maior estrutura e persistência, bem como os citrinos maduros que tanto gosto nos Alvarinhos poderosos. Pauta-se mais como um vinho de piscina e de convívio, que se bebe bastante bem, é certo, mas não será o meu preferido. Deste último, foram produzidas 80.000 garrafas.

Cabe ao leitor provar ambos e decidir qual ou quais mais se adequam às suas possibilidades, gosto pessoal e ocasião.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Fonte de Gonçalvinho Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Agriema

Tipo: Branco

Região: Dão

Castas: Encruzado.

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Posso afirmar que acompanho quase desde o início o projecto destes amigos, Casimir e Christelle, simpático casal de França que decidiu fazer vinhos em Paranhos da Beira - Seia. É pois com algum privilégio e muita satisfação que tive acesso ao primeiro branco da casa, 100% encruzado, pois claro. Da colheita de 2010, primeiríssima da casa, fizeram-se apenas 600 garrafas. Esta é a número 495...

De cor palha esbatida, no aroma ressaltam as notas florais e delicadas tão típicas da casta, juntamente com um amanteigado bem evidente decorrente da fermentação em barrica. Mineral e fresco, na boca entra gordo, com bom volume e acidez no ponto. A tosta da barrica de qualidade ainda se sente o que demonstra necessitar ainda de garrafa para a harmonia ser completa. Termina longo e persistente, gastronómico.

Parafraseando o enólogo da casa, António Narciso, o vinho "está bem jeitoso"... Vou deixar repousar as restantes garrafas na garrafeira mais um par de anos, para mais tarde apreciar. Um branco que é uma pérola, dado o número muito reduzido de exemplares, encruzado bem típico e que confere um futuro risonho também para os brancos da Fonte de Gonçalvinho.


Classificação Pessoal: 16


Sérgio Lopes

sexta-feira, 19 de julho de 2013

L'and Vineyards, Conceito inovador!

L'AND é um Wine Resort, de cinco estrelas, um novo espaço de luxo na Herdade das Valadas, em Montemor-o-Novo, em pleno Alentejo. Contempla dias tranquilos onde o turismo de luxo se encontra com a cultura do vinho. O empreendimento turístico conta com 145 habitações e um hotel de cinco estrelas. À disposição ainda, o restaurante, adega, Wine Club, spa, biblioteca e sala de estar. Enfim, turismo de luxo, com ligação directa ao vinho.

Aberto em 2011, como o “primeiro condomínio do vinho em Portugal” rodeado por vinha, é possível para quem fique hospedado, entre outras coisas, observar as estrelas, lá em cima, no céu, a partir de uma cama onde relaxa, enquanto se degusta um vinho alentejano... É este o conceito e muito mais.

Autoproclamado “primeiro condomínio do vinho em Portugal” porque os novos locatários do aldeamento podem participar na produção de vinhos resultantes da vindima da área plantada (adquirida), tendo até direito à criação de lotes de vinhos individualizados. Para o conseguirem, basta inscreverem-se no WineClub do empreendimento. Conceito realmente inovador!

A enologia está a cargo de Patrícia Ramos, enóloga residente, sob orientação de Paulo Laureano. Os primeiros vinhos a saír para o mercado estão aí, um branco outro tinto e nós tivemos oportunidade de os provar.


L'and Vineyards Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: L'and Vineyards

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas: Antão Vaz, Arinto, Roupeiro

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Cor pálida. Aroma invulgar, com notas evidentes de fósforo, a fugir claramente do tradicional. Presença leve de notas citrinas e florais à medida que o vinho vai abrindo. Na boca, mineral e fresco, com corpo mediano. Final seco e leve.

Com apenas 11,5º de álcool, um vinho leve, diferente e que não será consensual, embora claramente seja um vinho como indica no contra-rótulo "irreverente". Em prova cega, não seria fácil identificar a região de proveniência, neste caso o Alentejo. Ainda por cima, um vinho alentejano com tão pouco álcool e tão leve...

Classificação: 15


L'and Vineyards Reserva Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: L'and Vineyards

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Alicante Bouschet

Preço Aprox.: 17€

Veredicto: Reserva da casa, recebeu a medalha "commended" no Decanter World Wine Awards. Cor bem carregada. Aroma poderoso, com fruta preta em evidência, terra, especiado e um tom forte mentolado, casado com chocolate. Quase faz lembrar um"After Eight"! Na boca, taninos integrados, enorme frescura e final longo e persistente, ligeiramente seco e herbáceo. Mais uma vez, aromaticamente irreverente e não associado de imediato ao Alentejo, embora com alguns traços identificativos da região, tais como o corpo ou poder. Bom e diferente!

Classificação: 16


Pelos novos vinhos lançados no mercado, parece-me que a irreverência é mesmo o adjectivo que melhor pode classificar não só o projecto, mas também os vinhos. A primeira vindima aconteceu apenas em 2011 e a idade da vinha é de apenas apenas 5 anos , o que confere ao projecto todo um sucesso promissor.

Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor ao qual agradecemos.


Sérgio Lopes

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vale do Rico Homem Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: Granacer

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas: Arinto, Viognier, Verdelho.

Preço Aprox.: 2,99€

Veredicto: Um vinho feito pela Granacer (Monte dos Perdigões), mesmo produtor dos vinhos Tapada do Barão e Poliphonia, em exclusivo para o grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce), com um preço neste momento a bater nos 3€. Existe em versão branco, tinto, tinto reserva e rosé.

Produzido pelo enólogo Pedro Baptista, feito de Arinto, Viognier e Verdelho, trata-se de um vinho de tonalidade palha esbatida. No nariz, as típicas notas citrinas, frescura qb e uma boca que não desilude e se bebe com agrado.

Um vinho franco, honesto e bem feito, fácil de apreciar e muito fácil de encontrar. Para beber descontraídamente, acompanhando pratos leves.

Classificação Pessoal: 14,5


Sérgio Lopes

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Quinta da Soalheira Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: Sociedade dos Vinhos Borges

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Gouveio, Viosinho.

Preço Aprox.: 5,99€

Veredicto: A Sociedade dos Vinhos Borges introduz no mercado o novíssimo Quinta da Soalheira Branco 2012. Com o lançamento deste novo vinho, produzido num terroir de características únicas e a partir das castas Gouveio e Viosinho, a marca pretende reforçar a sua oferta de brancos do Douro. O branco vai assim se juntar ao tinto já existente e proveniente da mesma Quinta da Soalheira.

Confesso que este vinho me agradou bastante. Vinho de cor citrina esverdeada, no nariz sobressaem as notas citrinas e a fruta tropical madura, num registo muito fresco e exuberante. Na boca, confirma a frescura apresentada no nariz, mostrando bom volume de boca e uma acidez limonada, bem interessante. Termina de agradável persistência e a pedir novo copo.

Uma bela adição da marca ao seu portfolio, num branco que tem tudo para ser um sucesso este Verão, quer seja bebido a solo, ou acompanhando pratos leves típicos da estação quente.

Classificação Pessoal: 16


Sérgio Lopes

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Aveleda Alvarinho 2012

Ano: 2012

Produtor: Quinta da Aveleda

Tipo: Branco

Região: Minho

Castas: Alvarinho.

Preço Aprox.: 4,99€

Veredicto: A Quinta da Aveleda dispensa apresentações, sendo um dos grandes dinamizadores do vinho da região dos "Verdes" com o seu vinho homónimo, tendo se alargado mais tarde a outras regiões, tais como o Douro (com a marca Charamba) ou mais recentemente às Beiras (Com o Follies e o Reserva da famíia). Nos vinhos verdes tem diversificado igualmente a sua aposta, tendo surgido recentemente um 100% Alvarinho. E sim, não é só na sub-região de Monção e Melgaço que esta casta nobre produz belos vinhos. O Aveleda Alvarinho da colheita de 2012 é talvez o mais equilibrado e bem conseguido de todos.

Trata-se de um vinho de cor citrina. No nariz, aromas a fruta tropical e citrina (tão típica da casta) com clara predominância da toranja numa primeira fase que lhe confere um certo amargor acídulo no palato, aparecendo posteriormente o maracujá. Na boca, mostra-se bem envolvente e fresco, com acidez crocante e final longo, com leve secura e o tal amargor, de pendor gastronómico qb.

Parece-me muito bem conseguido, respeitando a casta e com bastante equilíbrio. Acresce o facto positivo do preço correcto (<5€) e da facilidade em ser encontrado, por exemplo na grande distribuição ou na loja virtual da Quinta da Aveleda. Pode ser bebido a solo ou acompanhando pratos leves. Gostei.


Classificação Pessoal: 16


Sérgio Lopes

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Alvarinho Internacional Wine Challenge - Vencedores

A 2ª edição do concurso Alvarinho International Challenge contou com a participação de 115 vinhos, oriundos de Portugal, Espanha... Brasil e Uruguai, o que mostra a internacionalização da nobre casta nascida da sub-região de Monção e Melgaço. Aqui ficam os vencedores que arrecadaram medalha de ouro:


Destaque para a supremacia dos vinhos espanhóis (?!) e para a distinção do vinho regional Minho da Quinta de Gomariz, restando medalhas de ouro para apenas dois representantes da sub-região de origem da casta - Quintas de Melgaço e Soalheiro.

Sérgio Lopes

Quinta da Covela adiciona Quinta da Boavista da Sogrape ao seu patrimómnio

A Quinta da Covela, propriedade de Marcelo Lima e Tony Smith , acaba de adquirir a icónica Quinta da Boavista à Sogrape. O objetivo dos investidores é ampliar o seu portefólio de vinhos. Este é já o segundo investimento de Lima nos vinhos portugueses. Há dois anos, em parceria com o britânico Tony Smith, fundou a empresa Smith Lima que adquiriu e recuperou a Quinta de Covela.

Localizada perto do Pinhão, na margem direita do Douro, a Quinta da Boavista é uma propriedade na região demarcada do Douro com 40 hectares de vinhas. 
"Além dos terraços em xisto, dos mais altos do Douro, a quinta tem 9 hectares de vinhas velhas, centenárias - tudo isto nos impressionou. Acreditamos que vamos produzir vinhos de altíssima qualidade", afirma Marcelo Lima.

Sérgio Lopes

domingo, 7 de julho de 2013

Tons de Duorom Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: Duorum Vinhos

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Viosinho, Rabigato, Verdelho, Arinto e Moscatel.

Preço Aprox.: 3,99€

Veredicto: Terceira colheita do branco Tons de Duorum, produto da parceria no Douro Superior entre José Maria Soares Franco e J. Portugal Ramos . Feito a partir de 30% de Viosinho, 25% de Rabigato, 20% de Verdelho, 20% de Arinto e 5% Moscatel, de vinhas localizadas a uma cota elevada (400 a 600m), não tem qualquer passagem por madeira, com o objectivo de se apresentar fresco e frutado.

Trata-se de um vinho de cor amarela palha. No nariz, aromas a fruta tropical (ananás, muito maracujá), flores, nunaces citrinas e um toque de mineralidade. Bastante frescura no primeiro impacto e sobretudo  fruta. Na boca, confirma-se como um vinho muito apelativo, super apetecível, com uma boa estrutura e acidez a equilibrar o conjunto. O final é sumarento e de média persistência, sempre com um toque marcante de acidez que lhe confere a frescura certa.

Seguramente a melhor relação qualidade-preço do mercado. Para beber às caixas neste Verão, com muito agrado!

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 16

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Marquês de Borba Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: J. Portugal Ramos

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas: Arinto, Antão Vaz, Verdelho, Viognier

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: Este vinho tem melhorado de ano para ano e penso que este 2012 é demonstrativo do equilíbrio dominante no conjunto. É produzido das castas Arinto, Antão Vaz, Verdelho e Viognier, não passando por madeira.

Vinho de cor citrina. No nariz, notas suaves igualmente citrinas, misturadas com alguma fruta limonada. Tudo muito leve. Na boca apresenta-se mineral, com boa estrutura, focado na fruta limonada, crocante, terminando  de média persistência e com um toque acídulo que lhe confere frescura e pendor gastronómico.

Um verdadeiro branco de Verão capaz de aguentar um peixe grelhado dado a sua acidez crocante. Acresce ainda o facto dos apenas 12,5º de Álcool o que o torna ainda mais atractivo nos dias de calor que se avizinham. Bastante consistente. Disponível nas grandes superfícies.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Feira do Alvarinho em Monção


Nos dias 5, 6 e 7, Monção volta a receber a Feira do Alvarinho. O certame será composto por produtores de Alvarinho da Sub-Região de Monção e Melgaço que terão os seus vinhos em prova e disponíveis para venda, tasquinhas com os petiscos regionais, fumeiros e artesanato local, contando ainda com a animação dos ranchos folclóricos do concelho de Monção.

Um excelente pretexto para neste fim-de-semana, visitar a bela região do Minho e desfrutar deste evento. Mais informaçoes sobre a Feira do Alavrinho em www.feiraalvarinho.pt.vu.



Sérgio Lopes

terça-feira, 2 de julho de 2013

Quinta do Ribeirinho Luís Pato Primeira Escolha Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: Luís Pato

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Touriga Nacional, Baga

Preço Aprox.: 18€

Veredicto: Criado com uvas de Baga (50%) nascidas em solo argilo-calcário e uvas de Touriga Nacional (50%) nascidas em solo arenoso, fermentou em cubas de inox durante 2 semanas sob controlo de temperatura. Estagiou durante 24 meses em barricas novas de carvalho francês.

De cor ruby muito viva no copo, inicialmente mostrou mais os aromas florais da Touriga Nacional. Com o 2º, e 3 º copo, a Baga foi ganhando terreno com o seu carácter vegetal, sobrepondo-se no conjunto, o que se mostrou bastante curioso e leva a crer que o vinho ainda se encontra num ponto em que as duas castas se tentam mostrar por si. Mais tarde, naturalmente a baga irá sobressair totalmente. Neste momento, foi interessante verificar não só o crescendo da baga, no conjunto, após algum tempo de abertura da garrafa, bem como a melhoria do vinho copo a copo, cada vez mais fresco, mais ligado e com maior volume e final de boca.

Um vinho muito fresco, elegante e pronto a beber, mas que benefeciará bastante em garrafa nos próximos 5 a 8 anos. Um belo exemplar Bairradino, gastronómico e de apelo imediato, como só Luís Pato consegue desenvolver.

Classificação: 16

Sérgio Lopes