Quinta da Lapa Arinto 2011

Ano: 2011

Produtor: Agrovia, Sociedade Agro-Pecuária, SA

Tipo: Branco

Região: Tejo

Castas:  Arinto

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: A região do Tejo tem vindo a desenvolver vinhos agradáveis, com complexidade qb e preços acertados. É o caso deste Arinto da Quinta da Lapa que estagia 12 meses em meias pipas de carvalho francês..

Cor palha. Nariz com com notas cítricas e de frutos tropicais frescos. Boca com alguma gordura / amanteigado, da passagem pela madeira. Bem evidente esse corpo adicional, mas sem ser em demasia. Termina bem agradável, acompanhando uma comida leve, mas mais do que uns simples aperitivos. Eu diria que aguenta umas carnes brancas, ou uma massa, bem como marisco e algum peixe. Versátil.

Adquiri-o aqui em Luanda, na loja "Ciúmes de Baco" e vou com certeza repetir. Um branco diferente e acessível. Pode-se encomendar directamente do site.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

Quinta da Falorca Garrafeira Tinto 2003

Ano: 2003

Produtor: Quinta Vale das Escadinhas

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Alfrocheiro.

Preço Aprox.: 30€

Veredicto: Um dos vinhos que escolhi para comemorar o meu aniversário. E que bela escolha. Um vinho que acaba de passar a barreira dos 10 anos, mas que é ... Dão! A idade não é um problema, antes pelo contrário.

Cor: Rubi intenso

Aroma: Muita fruta preta bem madura, especiado com notas de eucalipto, tabaco, chás, madeira mt bem integrada e com bom corpo,

Boca: Mt macio e aveludado, com boa estrutura e mt elegante. Apresenta uma grande frescura e uns taninos firmes mas bem domados. Leve vegetal, tabaco.

Tem um final muito longo e muito persistente.

 É um vinho guloso para acompanhar comida ou simplesmente beber sozinho. Uma delícia. Demais


O Dão é brutal!

Classificação Pessoal: 17,5

Lucinda Costa

Loios Branco 2013

Ano: 2013

Produtor: J. Portugal Ramos

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas:  Arinto, Rabo de Ovelha e Roupeiro.

Preço Aprox.: 3€

Veredicto: Acaba de chegar ao mercado o Loios Colheita 2013, prontinho a ser consumido nos dias mais quentes que se avizinham e que pode ser encontrado em qualquer grande superfície comercial, pelo pais fora.

Cor: Palha

Nariz: Aroma fresco e mineral com notas citricas e maçã verde

Boca: Fresco, mineral e seco com uma acidez bem marcada que lhe confere um final médio.

É uma boa escolha para o verão com optima RQP

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor

Classificação Pessoal: 14

Lucinda Costa

Adegga WineMarket pela primeira vez no Porto

É já no primeiro sábado de Abril, mais propriamente no dia 05, a partir das 15h,  que finalmente o Adegga Wine Market chega ao Porto. Segundo as palavras de André Ribeirinho, co-fundador do Adegga.com, organizador do evento, a edição do Porto surge “Depois de 5 anos de sucesso em Lisboa decidimos trazer para o Porto o Adegga WineMarket, dando assim resposta a todos os pedidos para que isso acontecesse. Queremos com este primeiro evento adicionar qualidade aos eventos de vinho no Porto dando oportunidade aos wine lovers da cidade de provar e comprar, em ambiente informal, os vinhos da nossa selecção de produtores”.

O ambiente informal e descontraído, de grande proximidade entre consumidores e produtores que caracteriza o Adegga WineMarket, será replicado, no Porto Palácio Hotel, na companhia de 40 produtores selecionados que colocarão à prova os seus vinhos, que poderão ser adquiridos no final do certame. 

Durante o evento, o visitante utilizará os “copos inteligentes”, vencedores do prémio Inovação do #WBIS 2014, no qual através de um identificador na base do copo, o consumidor poderá registar a sua passagem pela mesa do produtor recebendo, posteriormente ao evento, um email personalizado com todas as informações da sua visita.

Destaque especial para a Sala Premium, que contará com uma seleção especial de vinhos topo de gama, acessíveis apenas através da compra de um ingresso no valor de 45 euros por pessoa. Estão em prova por exemplo 15 vinhos do Porto com uma idade total superior a 300 anos.

A cidade do Porto entra, assim, no mapa do Adegga WineMarket, que atualmente se realiza em Lisboa e Bruxelas, e que muito brevemente irá também levar os vinhos portugueses a provas a Copenhaga.

Sérgio Lopes

Vinhos Cem Amigos e Cem Amigos Reserva

Dois vinhos engarrafados para Luís Duarte e novamente distribuídos em Angola pela LuXmi. Creio serem exclusivos para a exportação para Angola e Brasil.

Os rótulos estão interessantes, sendo que o mote passa por "o vinho Cem Amigos foi criado com o objectivo de homenagear todos os nossos amigos". Autoria da agência portuguesa MusaWorkLab.

Tipicamente alentejanos, o colheita situa-se num patamar de entrada de gama <5€, enquanto que o reserva é como não poderia deixar de ser, um pouco mais complexo, situando-se por ventura num patamar médio, diria 5€-10€ - EM PORTUGAL.

Ambos foram provados na churrascada do passado sábado e foram de agrado geral.

Para quem quiser beber vinhos para o dia-a-dia com graus de complexidade ligeiramente diferentes entre eles, a preços não suicidas, tem aqui uma opção válida.

Sérgio Lopes

Rubrica Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: Luís Duarte Vinhos

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas: Viognier, Antão Vaz, Verdelho

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Vinho produzido pelo enólogo Luis Duarte e que pode ser encontrado aqui em Angola. Tanto o branco, bem como o tinto que tem feito furor internacional. É distribuído cá pela LUXMI, dos irmãos Amilcar e Luís Duarte, o próprio enólogo.

Quanto ao vinho, apresenta cor amarela cristalina. Nariz elegante e fino, com predominância de notas florais, lichias e fruta de polpa branca. Boca cheia, com frescura, evidência do lado floral, final bem longo e apetecível.

Um branco com 14,5º que não se mostram, mas se vão sentindo. Pede uma boa comida para brilhar. Um vinho bem conseguido.

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

José de Sousa Mayor Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor: José Maria da Fonseca

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Trincadeira, Aragonês, Grand Noir

Preço Aprox.: 18€

Veredicto: Um dos vinhos com mais carácter do extenso e sempre valioso portfolio do produtor José Maria da Fonseca. José de Sousa Mayor resgata as ancestrais práticas das ânforas de barro, pelo que este vinho fermenta parcialmente nas mesmas, estagiando posteriormente por um período de 11 meses em cascos de carvalho francês.

Cor ruby intensa. Aroma complexo e exuberante, com notas de fruta madura, tãmaras, algum tabaco, especiairas e notas balsâmicas / mentoladas. Boca fresca e vibrante, com taninos firmes mas polidos, madeira quase imperceptível e final longo e apetecível.

Elevado pendor gastronómico, num tinto com enorme personalidade e distinção.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor ao qual agradecemos.

Classificação Pessoal: 17

Sérgio Lopes

Prova dos vinhos Comenda Grande

O Monte da Comenda Grande, situa-se em em pleno coração do Alentejo, a apenas 10 minutos da Vila de Arraiolos e a 20 minutos de Évora. A exploração Agrícola da Comenda Grande remonta à família Eugénio de Almeida, tendo sido continuada por um membro da família. Possui uma área de 750ha, maioritariamente com sobreiros, bem como 30 ha de vinha plantados em talhões extremes e um moderno olival também com cerca de 30 ha. Na vinha, maioritariamente de castas tintas, privilegiaram-se as castas mais marcantes do Alentejo, Trincadeira e Aragonez nas tintas e Arinto e Antão Vaz nos brancos, a par de outras em menor proporção como são o Alfrocheiro, a Tinta Caiada, o Alicante Bouschet, o Cabernet Sauvignon e o Syrah nas tintas e o Verdelho nas branca, para conferir um carácter diferenciador.

A apenas uma hora de Lisboa, o Monte da Comenda Agroturismo, também oferece 8 quartos duplos, para quem pretender usufruir de todo a tranquilidade de um típico Monte Alentejano, rodeado de uma atmosfera única e envolvente.

Eis a prova dos vinhos Comenda Grande, com excepção do branco que se encontrava esgotado.

Comenda Grande Rosé 2011

Ano: 2011

Produtor: Comenda Grande

Tipo: Rosé

Região: Alentejo

Castas: Tinta Caiada e Aragonês.

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: Rosé produzido das castas Tinta Caiada r Aragonês. Seco, fresco, boa estrutura, aromas a morangos e frutos silvestres. Muito agradável a um preço cordato.

Classificação: 15,5

Comenda Grande Espumante Bruto 2010

Ano: 2010

Produtor: Comenda Grande

Tipo: Espumante

Região: Alentejo

Castas: Arinto.

Preço Aprox.: 13,5€

Veredicto: Sim, também se fazem espumantes e de arinto, no Alentejo. Este é bruto, ou seja, tem uma mínima adição de açúcar.

De cor citrina, apresenta uma bolha fina e bonita. Revela-se fresco, crocante e com sensações de frutos secos, terminando de agradável persistência e algum pendor gastronómico.
Classificação: 15

Comenda Grande Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Comenda Grande

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Várias

Preço Aprox.: 6,5€

Veredicto: Mistura de castas com predominância de Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet, complementadas por Syrah, Tinta Caiada, Alfrocheiro e Cabernet Sauvignon. Estágio de 12 meses em barricas de Carvalho Francês e Americano. Estágio em garrafa de 6 meses.

Cor granada. Aroma a fruta vermelha madura, com toques de baunilha e especiaria. Boca redonda, com madeira integrada. O final é prolongado e persistente. Bem conseguido e a um preço interessante.

Classificação: 15,5

Comenda Grande Reserva Tinto 2008

Ano: 2010

Produtor: Comenda Grande

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Alicante Bouschet (70%), Trincadeira (30%)

Preço Aprox.: 20€

Veredicto: Estágio de 18 meses em Tonéis de 1.000 Litros de Carvalho Francês e estágio em garrafa de 12 meses. É o reserva da casa. neste caso, penso ser realmente merecedor do título "reserva", pois tem a complexidade adequada para.

Cor granada intensa. Aroma complexo e fino, com fruta compotada, notas de baunilha e especiaria do contacto com a madeira. Na boca mostra-se estruturada, cheio, embora com taninos finos, terminando longo e bem persistente, a pedir novo copo. Evoluirá em cave muito bem, embora proporcione desde já grande satisfação.

Classificação: 16,5

Em resumo, mais um projecto Alentejano distinto e a ter em conta. De Arraiolos, terra quente, chegam-nos vinhos frescos e com personalidade. A acompanhar de perto.


Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor ao qual agradecemos.


Sérgio Lopes

Boschendal 1685 Sauvignon Blanc Grande Cuvée 2013

Ano: 2013

Produtor: Boschendal

Tipo: Branco

Região: África do Sul

Castas: 95% Sauvignon Blanc, 5% Semillion

Preço Aprox.: 20€

Veredicto: Mais um produto originário da Àfrica do Sul, provado em terras Angolanas. Desta feita do produtor Boschendal. Este Sauvignon Blanc de 2013 (com 5% de Semillion) é proveniente de vinhas de proximidade costeira, plantadas a altitudes entre os 150-450m.

É produzido com todos os cuidados da vinologia moderna, como é apanágio para os lados do Novo Mundo, procurando preservar a frescura e acidez das uvas, da forma mais natural possível.

O resultado é um Sauvignon Blanc bem conseguido, com tudo aquilo a que temos direito: mineralidade, enorme frescura, aquela acidez crocante, os toques de espargo verde e um lado herbáceo marcante. Enfim, um digno representante da casta, com final longo e refrescante.

É de facto, mais do que um Sauvignon Blanc comum (que existem muitos na África do Sul). Por isso, nada a dizer. Apenas o preço, pelo menos para aqui e depois de efectuadas as conversões, que me parece um pouco puxado. Estou-me a lembrar de repente de uma mão cheia de vinhos portugueses de um nível  e complexidade, altíssimos, a esse preço... que me dariam o triplo da satisfação. Apenas isso.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

Quinta do Encontro Preto Branco Tinto 2004

Ano: 2004

Produtor: Dão Sul

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Touriga Nacional, Baga e Bical

Preço Aprox.: 9€

Veredicto: Sim, até parece que o nome tem a ver com o sítio onde estou...Angola. Trata-se de apenas uma brincadeira, pois a verdadeira razão do seu baptismo (Preto Branco é assim que se chama este vinho) provém do seu lote, de onde fazem parte castas tintas- Touriga Nacional e Baga e uma casta branca - Bical.

Já o tinha provado numa visita à Quinta do Encontro em Portugal, a colheita mais recente. Em Luanda descobri um par de garrafas da colheita de 2004. Vinho pois com 10 anos de idade e sabendo-se que as condições de armazenamento e acondicionamento dos vinhos em África não são as melhores, acho que arrisquei, mas... valeu a pena.

Cor Ruby. Aroma de onde sobressai aquele lado mais a vide da Baga, juntamente com notas florais e mentoladas. Algum fumado. Boca muito macia e redonda, ainda com bastante frescura. De corpo elegante, termina de boa persistência e com final longo.

A prova de que os vinhos bairradinos envelhecem muito bem. Está num excelente momento de prova. Talvez, por ventura, no seu pico.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

Top 10 vinhos Essência do Vinho 2014

A eleição do “TOP 10 VINHOS PORTUGUESES” realizou-se na manhã de sexta-feira, como habitualmente no Salão Árabe do Palácio da Bolsa. Um total de 18 jurados - críticos, sommeliers, líderes de opinião e jornalistas de Portugal, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Suécia e Reino Unido - provaram e avaliaram um conjunto de 55 vinhos: 10 Vinhos do Porto Vintage 2011, 13 vinhos brancos e 32 vinhos tintos, pré-selecionados pela revista WINE - A Essência do Vinho, de acordo com as classificações obtidas ao longo último ano. O Vinho do Porto Vintage com melhor pontuação, o melhor vinho branco e os oito tintos mais bem classificados constituem o “TOP 10”.

Vinho do Porto Vintage
Graham’s The Stone Terraces Vintage 2011

Vinho Branco
Soalheiro Primeiras Vinhas 2012 (Verdes)

Vinho Tinto
Pintas 2011 (Douro)
Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2011 (Alentejo)
Quinta de São José Grande Reserva 2011 (Douro)
Quinta da Touriga Chã 2011 (Douro)
Estremus 2011 (Alentejo)
CV – Curriculum Vitae 2011 (Douro)
Marias da Malhadinha 2010 (Alentejo)
Procura 2011 (Alentejo)

Domínio absoluto das regiões Douro e Alentejo. Onde andam os grandes vinhos do Dão e da Bairrada?! Pois eles existem.

Sérgio Lopes

Flor de Crasto Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Quinta do Crasto

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: Lembro-me de ver este vinho na visita que efectuamos à Quinat do Crasto. E recordo-me perfeitamente do enólogo Manuel Lobo ter mencionado ser um produto para a exportação. Encontrei o vinho em Angola e decidi finalmente experimentar.

Cor Ruby intenso. Aroma apelativo, com notas florais e de fruta silvestre fresca. Conjunto equilibrado, bem desenhado, macio e com final agradável.

Um vinho que eu vejo como uma versão low-end do tradicional Crasto. Talvez produzido de uvas mais jovens ou adquiridas a terceiros? Mas está bem feito e bebe-se bem.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes