quarta-feira, 30 de maio de 2012

Loios Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: J. Portugal Ramos

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas:  Arinto, Rabo de Ovelha e Roupeiro.

Preço Aprox.: 3€

Veredicto: O novo Loios Colheita 2011 traz como grande novidade a renovada imagem que será transversal à gama de vinhos que o enólogo e produtor João Portugal Ramos possui no Alentejo. Pessoalmente, parece-me uma boa aposta numa imagem mais moderna, sóbria e atraente.

Trata-se de um vinho de cor palha. No nariz, o aroma é muito contido. Encontram-se leves notas citrinas e de lima, juntamente com toque de mineralidade. Na boca, melhor, com maior evidência da fruta (outra vez lima), acidez marcante que lhe confere frescura, corpo médio e suave, final curto.

Um vinho disponível por este país fora, em qualquer superfície comercial, ideal para uma conversa ao final da tarde.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor

Classificação Pessoal: 14

Sérgio Lopes

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cabriz Espumante Bruto 2010

Ano: 2010

Produtor: Dão Sul

Tipo: Espumante Bruto Branco

Região: Dão

Castas: Malvasia Fina e Bical

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: No passado sábado tinha o desafio de levar um espumante para festejar o aniversário do meu cunhado. A plateia alvo, não habituada a beber espumante (confesso que eu próprio ainda sou muito amador na matéria), o que me levou a questionar qual o espumante a comprar, sendo certo que teria de ser bruto. De resto, teria que ser também de agrado geral e com uma boa RQP. Muitas foram as sugestões, desde Luís Pato, Filipa Pato, Bageiras, Caves São João, Quinta do Ortigão, entre outros. Acabei por optar pelo Cabriz 2010 e foi um sucesso...!

Produzido na região do Dão, através das castas Malvasia Fina e Bical. Apresenta uma cor citrina esverdeada e um aroma muito agradável, elegante e leve.  Na boca, bolha bastante delicada e fina, muito saboroso e fresco, com final longo e persistente.

Altamente versátil, é daqueles espumantes que são uma escolha certa em qualquer momento, seja como aperitivo, acompanhando uam refeição, sobremesas, ou até para regar uma bela conversa. A um preço imbatível, disponível em supermercados e hipermercados.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Afros Vinhão 2009

Ano: 2009

Produtor: Casal do Paço Padreiro

Tipo: Tinto

Região: Vinhos Verdes (Sub-Região do Lima)

Castas: Vinhão.

Preço Aprox.: 8€

Veredicto:  Produzido em Arcos de Valdevez, por Vasco Croft, Afros é o Vinhão que tem vindo a causar furor e a desmistificar a ideia errada que os vinhos Verde Tintos são para ser bebidos em malgas, ter que pintar a língua e possuir uma acidez de arrancar os pêlos do peito!. Nada disso. Neste caso, estamos a presença de um vinhão completamente diferente, moderno e apelativo. Deste vinho foram produzidas cerca de 8000 garrafas.

De cor  violácea, intensa, no nariz apresenta um aroma intenso e muito apetecível a fruta vermelha fresca. Mas na boca é que está a surpresa, com taninos suaves e redondos, enorme frescura, final longo, persistente e sumarento. Um excelente equilíbrio entre frescura, fruta e acidez, num vinho realmente diferente.

Para além do Vinhão, produz Loureiro e espumantes. Prepara-se agora para renovar toda a sua gama d eprodutos, com uma nova imagem e também novas referências. Um projecto a descobrir. Um vinhão a não perder! Nota final: E é de 2009...!

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 22 de maio de 2012

Contemporal Minho Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: Vinhos Borges

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Azal, Pedernã, Trajadura, Avesso, Loureiro.

Preço Aprox.: 1,99€

Veredicto: O Continente lançou uma marca de vinhos exclusiva – Contemporal, com referências de todas as regiões do País. Os vinhos têm a assinatura do énologo Aníbal Coutinho e estão disponíveis, em exclusivo, nas lojas Modelo e Continente. Este exemplar é proveniente da região dos vinhos verdes, Minho, produzido pela Vinhos Borges.

De cor levemente citrina, com leve presença de gás carbónico. Trata-se sobretudo de um vinho fácil e despreocupado, jovem, frutado qb, leve, de final curto, mas agradável.

Com apenas 9º de álcool, acompanhou um empadão de atum e até nem se deu mal. Um vinho para a austeridade...

Classificação Pessoal: 13,5

Sérgio Lopes

domingo, 20 de maio de 2012

Castello D'Alba Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: VDS - Vinhos do Douro Superior

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Códega de Larinho, Rabigato e Viosinho.

Preço Aprox.: 3,50€

Veredicto: Entrada de gama branco da VDS, que tem povoado o mercado com vinhos de excelente RQP, produzido de uvas das encostas a cota superior, de Trás-Os-Montes e Alto Douro.

De cor amarela citrina não muito carregada, no nariz apresenta notas florais e levemente frutadas, com alguma mineralidade. Na boca é fresco, jovem e vivo, de corpo médio, equilibrado, terminando igualmente médio.

Um vinho a um preço acessível, que se bebe com agrado, sobretudo nos dias de Verão que se avizinham, quer a solo, quer para acompanhar uns aperitivos ou pratos leves.

Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Blaudus Touriga Nacional 2004

Ano: 2004

Produtor: Quinta de Baixo

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Touriga Nacional

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Produzido pela Quinta de Baixo, adquirimos esta garrafa na visita ao produtor. Blaudus não foi uma marca que tenha entrado muito bem no mercado. Sérgio Silva, o enólogo da casa disse-nos que talvez não tenha tido o impacto desejado.

Relativamente ao vinho, apresenta cor granada muito viva. No nariz, um pouco azitonado, levemente floral, toques vegetais, fruta vermelha, especiarias, madeira bem integrada. Na boca, excelente acidez, para um vinho de 2004, o que confirma a sua longevidade e a boa forma que exibe neste momento. Taninos completamente domados, bem encorpado, termina longo, persistente e sumarento.

Não se trata de um Touriga Nacional típico. mas apresenta o cariz gastronómico e longevidade dos vinhos da Bairrada, bem feito e a um preço que não está desajustado. Vale a pena experimentar na minha opinião.


Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quinta do Pégo Grande Reserva Tinto 2009


Ano: 2009

Produtor: Quinta do Pégo

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas:  Touriga Nacional, T. Franca, Sousão e Tinto Cão.

Preço Aprox.: 18€

Veredicto: A Quinta do Pego é um hotel de turismo rural e vinícola, moderno e de 4 estrelas, situado no alto nas margens do Douro, no coração da região vinhateira, em Tabuaço, na estrada nacional que liga a Régua ao Pinhão. Já por diversas vezes pretendemos conhecer não só o espaço mas também os vinhos produzidos - DOP e Porto, que têm conhecido a fama internacional; Infelizmente, por diversas razões, tal não foi possível.

Tivemos a felicidade de finalmente provar o Grande Reserva DOP Tinto 2009, produzido com as castas tintas, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinto Cão e Sousão. 60% deste elegante vinho estagiou em cascos de carvalho francês aproximadamente 12 meses e 40% em cubas de inox.

De cor ruby intensa e cristalina, no primeiro impacto no nariz, surgiu-me a expressão "Caramba, é mesmo típico Douro", com a fruta bem madura de qualidade, bem especiado, notas de cacau, aroma fresco, complexo mas harmonioso, com a tosta da barrica perfeitamente integrada. Na boca, excelente corpo, com taninos fortes mas muito aveludados, transmitindo-lhe uma invulgar elegância. Termina longo, persistente, sumarento e muito saboroso.

Um grande vinho, ainda jovem, com elevado potencial de envelhecimento. Diria até um Douro moderno e muito apelativo. Pode ser adquirido através do site da Quinta do Pégo.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor

Classificação Pessoal: 17

Sérgio Lopes

sábado, 12 de maio de 2012

Periquita Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: José Maria da Fonseca

Tipo: Branco

Região: Península de Setúbal

Castas: Moscatel, Viognier,Verdelho e Viosinho.

Preço Aprox.: 3,99€

Veredicto: A emblemática marca Periquita da JMF, na versão vinho Branco. O nome Periquita provém do vale com o mesmo nome e da casta Castelão. Vinho produzido desde os anos 40, que continua a ser porta estandarte dos tintos da casa. O Branco pretende-se posicionar no mesmo segmento de mercado, aproveitando assim a fama que a marca Periquita tem. Feito de Moscatel, Viognier,Verdelho e Viosinho, com passagem apenas por INOX,  é um vinho que tem sofrido algumas alterações na mistura de castas utilizadas, na procura de o tornar o mais equilibrado possível.

A colheita de 2011 foi distinguido com uma medalha de ouro no Berlin Wine Trophy deste ano. Bela distinção alcançada no país dos Riesling...!Bem conseguido, para beber no Verão.

De cor amarela citrina não muito carregada, no nariz apresenta notas cítricas, fruta amarela e alguma tropicalidade. Na boca é sobretudo um vinho fresco e leve de corpo mediano, equilibrado, terminando agradável e de média persistência.


Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Quinta de Camarate Branco Seco 2011

Ano: 2011

Produtor: José Maria da Fonseca

Tipo: Branco

Região: Península de Setúbal

Castas: Alvarinho e Verdelho

Preço Aprox.: 6,99€

Veredicto: Produzido a partir de castas cujo mix, não é usual, Alvarinho cujo o berço é a região de Monção / Melgaço e a casta Verdelho que tem vindo a conquistar adeptos, surge este vinho numa versão branco seco. O resultado é uma agradável surpresa. Existe igualmente a versão Branco Doce, feito de Moscatel e Malvasia Fina, que ainda não tive o prazer de provar.

Quanto ao Quinta de Camarate Branco Seco, apresenta cor amarelo palha esverdeada. No aroma, é cítrico, floral e limonado com notas muito suaves de fruta tropical - mesmo muito suaves. Sobressai de imediato a mineralidade (do Alvarinho?) e acidez (do Verdelho?). Na boca, em sintonia com os aromas experimentados. Bom volume de boca, apresentando um final médio e de agradável persistência, com acidez marcante.

Um bom resultado, num vinho gastronómico, agradável, perfeito para o verão, versátil qb, a um preço aceitável.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 8 de maio de 2012

Quinta do Mondego Tinto 2006

Ano: 2006
Produtor: Quinta do Mondego

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro, Tinta Roriz

Preço Aprox.: 9€

Veredicto: Quando no hipermercado Continente comprei todas (as poucas) garrafas existentes de 2007, deste Quinta de Mondego, estava por lá "escondido" um único exemplar de 2006. Foi portanto com expectativa que o quis provar e comparar com a colheita do ano seguinte.

Trata-se de um vinho de cor ruby profunda. Em relação ao seu homónimo de 2007, para começar 14º de álcool contra os 13,5º da colheita de 2007, No nariz, aroma presente do estágio em madeira, com notas de tosta da barrica bem evidentes, cacau e especiarias, a tapar um pouco a fruta. No entanto, foi abrindo, tornando-se mais harmonioso e delicicoso na boca, com o passar do tempo, Mais quente que o seu homólogo de 2007, mantendo o perfil elegante, com taninos sedosos, embora mais marcantes. O corpo é médio, termionwndo bem persistente e saboroso.

Surpreendeu-me pelo facto de o ter bebido no espaço de 4 dias e ter-se mostrado cada vez melhor. Mesmo com a rolha de vácuo, por vezes, os vinhos começam a perder propriedades. Não foi este o caso. A cada dia que passou, tornou-se melhor e mais harmonioso e redondo. Excelente, igualmente gastronómico, um pouco mais "rude" que oi seu irmão de 2007, mas muito bom. Bebível com enorme prazer.

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

domingo, 6 de maio de 2012

Adega de Borba Premium Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor: Adega Cooperativa de Borba

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas:  Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon.

Preço Aprox.: 5,5€

Veredicto: Toda a gente conhece os vinhos Borba, cuja massificação nas grandes superfícies é uma realidade. Não que sejam maus, mas sim de grande volume e portanto, para consumo em massa, sem grande diferenciação. Eis que com este vinho, o seu Premium, quebram este paradigma. Com origem em vinhas velhas da região, o Adega de Borba Premium sofre um estágio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês, americano e castanho, antecedendo o seu engarrafamento e o estágio final em cave de 12 meses em garrafa.

De cor granada, o aroma é de fruta compotada, notas de espaciarias, cacau e café. Complexo mas harmonioso. Na boca, bela estrutura, excelente acidez que lhe confere frescura, taninos macios, final médio e persistente.

Um vinho com uma excelente relação qualidade-preço, que se diferencia do Alentejano comum e que dá imenso prazer a beber. Gastronómico, apenas encontro paralelismos, na sua RQP, assim de repente, com o Lua Nova em Vinhas Velhas, da Quinta dos Frades, ainda que com estilos bem diferentes. Recomendado e a um belo preço.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quinta da Fata

Há sempre algo de muito especial quando visitamos um produtor "familiar" e percebemos que o que é ali produzido é criado com paixão, fiel às raízes e ideais, respeitando totalmente o terroir e não entrando em modas. E a Quinta da Fata não o precisa de fazer. Quem aprecia vinho, certamente conhece este produtor e bebe os seus vinhos com prazer. Prova disso foi a distinção obtida no International Wine Challenge com o 14º lugar do seu Touriga Nacional de entre mais de 12.000 vinhos em prova.

À chegada à Quinta da Fata, situada às portas de Nelas, fomos recebidos por Sir Eurico Ponces de Amaral, conversador nato, apaixonado pelo seu projecto e apaixonante e cativante no seu discurso. Trata-se de um projecto de 6,5 hectares de vinha, de um total de 10he, onde foram plantados os melhores clones das castas autóctones da região: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e Encruzado. É uma produção que ronda as 25.000 / 30.000 garrafas mas com uma identidade muito própria.



Eurico Amaral confessa que a exposição e localização do seu terreno, apresenta as características ideais. É por isso um felizardo e limita-se, respeitando o terroir, a colher o que melhor este dá. Os vinhos são vinhos que mostram o terroir, com excelente relação qualidade / preço e com uma longevidade invejável. O branco encruzado é já um "clássico" do produtor, a que se junta agora o surpreendente Touriga Nacional. A enologia encontra-se a cargo de António Narciso, "pai" de muitos outros vinhos da região. A adega é dimensionada à medida da produção existente - Lagar tardicional, pisa a pé, algumas cubas de Inox, barricas, usadas, para não marcar o vinho.




Para além do vinho, é possível usufruir do espaço, uma vez que possui quartos e apartamentos, bem como uma piscina e obviamente uma paisagem deslumbrante e calma. Apenas não servem refeições, para além do pequeno-almoço.


No final da visita, ficamos a conversar prazerosamente com Eurico Amaral, enquanto degustávamos o Touriga Nacional. Um projecto a descobrir...


Quinta da Fata
3520-225 Vilar Seco - NELAS
232942332 ; 914559086
quintadafata@sapo.pt


Sérgio Lopes

terça-feira, 1 de maio de 2012

Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo

A semana de 9 a 13 de Abril estava dedicada a mais um périplo de visitas pela região do Douro. Contudo, por razões de força maior, não foi possível concretizá-lo. No entanto, não quisemos perder a oportunidade de finalmente conhecer em profundidade o projecto Quinta Nova e assim lá pernoitamos duas noites.

A Quinta Nova de  Nossa Senhora do Carmo possui 120 hectares, 85 dos quais plantados com vinha classificada com a Letra A.  Situa-se junto ao Pinhão, mais propriamente em Covas do Douro e o caminho para lá chegar tem tanto de belo como de vertiginoso. Mas vale a pena fazê-lo, pois somos claramente recompensados. A proximidade com o apeadeiro do Ferrão deve ser mais aproveitada, para dinamizar a região de difícil acesso, mas que tem ali ao lado a Quinta do Crasto, por exemplo.


Originária de 1764, em 1999, foi adquirida pela família Amorim, começando a reconversão do espaço e a aposta em fazer vinhos de qualidade, num terroir de eleição. Assim nasceu o conceito do primeiro hotel de vinho em Portugal- o Hotel Rural Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, nascido em 2005, da reconstrução da antiga casa senhorial oitocentista, em plena harmonia com a natureza e a tradição. Possui 11 quartos com vista panorâmica para a vinha e para o rio, e todo o conforto de um 4 estrelas. Em simultãneo a vinha foi sendo reconvertida apostandos nas castas autóctones da região.


A adega também foi remodelada, tendo sido reconstruída em Abril de 2003, aumentando a capacidade de vinificação de 900.000Lts. Aliando os processos tradicionais a uma sofisticada tecnologia de ponta, este projecto de 2.500 m2 foi desenhado por forma a aproveitar a gravidade do terreno, adicionando dois lagares em inox totalmente mecanizados (10ton cada), para além de diferentes sistemas de vinificação e remontagem automática, acompanhados por processos de  controlo de temperatura altamente sofisticados. A área subterrânea da sala de barricas, com uma capacidade para 280 barricas para vinhos icon e super premium, está ligada a uma sala de provas com vistas panorâmicas, bem como à adega central através de um túnel interior onde está localizada a garrafeira de vinhos patrimoniais. Existe igualmente um pequeno espaço denominado "atelier do vinho"  que tem como cenário os antigos lagares de granito da adega original de 1764, onde foram colocados diferentes balseiros em madeira e cubas de inox, num total de 17.800Lt, para desenvolver pequenas vinificações de parcelas e sub-parcelas da quinta e ensaiar diferentes sistemas de maceração e maturação. Tudo é feito manualmente sob um rigoroso controlo, desde a selecção das uvas à sua recepção. O objectivo é o de criar case studies trabalhando as diferentes castas e vertentes do terroir.  A enologia está a cargo de Pedro Cabral - enólogo residente, com consultadoria de Francisco Montenegro.

Lagar robótico mecãnico

Cubas em Inox

Cave de barricas para estágio

O "atelier"

O meu local favorito (para viver)


Sala de Provas

A Quinta possui um restaurante muito bom onde se pode degustar um agradável Menu, acompanhado dos vinhos da casa. Para quem quiser dar uma escapadela, poderá sempre se deslocar a Sabrosa ao restaurante "Constantino". A viagem é dura , mas o restaurante é muito bom. (e acessível). Existe também um número de actividades para se efectuar na QN, desde passeios pedestres, banhos de sol na piscina ou provas de vinhos. Quanto aos vinhos, as referências da Quinta Nova são os entrada de gama Pomares branco e tinto, os reserva Grainha Branco e Tinto e os Topos tintos Reserva, Grande Reserva, Touriga Nacional e Referência.

No dia em que efectuamos o check in tivemos a maior sorte do mundo e um ENORME privilégio o Francisco Montenegro e o Pedro Cabral tinham estado nessa manhã a efectuar uma prova vertical de vinhos de topo desde 2005 a 2009. E mal chegamos, fomos "aliciados" a fazer essa prova, algo seguramente irrepetível e único. Os nossos profundos agradecimentos por tal privilégio!

A prova consistia em provar os Grainha, Reserva, Grande Reserva, Touriga Nacional e Referência. Ficamo-nos apenas pelos 4 últimos... Foram mais de duas horas de conversa à volta do vinho, com a amabilidade e paixão do Pedro, que nos foi acompanhando na mesma. Aqui fica um  breve resumo das sensações experimentadas, sendo que fica prometido um comentário mais longo a cada uma das referências mais recentes e disponíveis no mercado:


Reserva - Tinta Roriz e predominância de Tinta Amarela. 15 meses em barrica (alguma de 1º ano / 2º ano), utilização de algum carvalho americano. Perfil: fruta mais vermelha, menos floral, fineza aromática. O 2006 muito harmonioso, num ponto excelente de consumo. O 2005 e 2007, com taninos mais marcados. O 2008 soberbo, num equilíbrio notável. O 2009 ainda muito jovem, com maior evidência de fruta.

Touriga Nacional - Muita frescura, muito floral, fruta preta, taninos macios. Nesta referência notou-se um crescendo de qualidade de ano para ano, sendo que novamente o 2008 está em equilíbrio perfeito. O 2009 faz lembrar um LBV, com a enorme fruta evidente, com as devidas ressalvas, como é claro.

Grande Reserva - Vinhas Velhas e Touriga Nacional. 15 meses em barricas de carvalho. O 2005 aromaticamente mias quente e "azeitonado". 2006, mais macio e equilibrado que o anterior. taninos redondos. 2007, menos aromático, mas mais complexo, com taninos mais firmes. 2008, enorme frecura, mais uma vez o mais equilibrado. 2009, mais frutado e mais floral, muito jovem ainda. Este grande reserva é um grande vinho em qualquer parte do mundo. Possui menos aroma, mas enorme frescura e complexidade.

Referência - Vinhas Velhas + Tinta Roriz. O que dizer deste vinho? O próprio nome diz tudo. Provamos o 2008 e fiquei boquiaberto. Puro veludo, volume de boca extraordinário, sedoso, final longo, grande complexidade, enorme prazer...! O 2009, vai na mesma linha, mas prefiro esperar mais um pouco. Que vinhão!


Em suma, um espaço altamente recomendado. Para descansar num cenário edílico, com uma equipa jovem e simpática, que tudo faz para que o cliente se sinta "em casa". Realmente inesquecível e altamente recomendável!

Hotel Rural Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo
Quinta Nova
5085-222 Covas do Douro – Portugal
TM: +351 969 860 056        Tel.: +351 254 730 430       Fax: +351 254 730 431  
Email: hotelquintanova@amorim.com

GPS: N 41º 09' 42,88''; W 07º 35' 44,59''
Sérgio Lopes