quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quinta das Bageiras Garrafeira Tinto 2004

Ano: 2004

Produtor: Quinta das Bageiras

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Baga

Preço Aprox.: 20€

Veredicto: Nunca é demais dizê-lo que os Garrafeira do Mário Sérgio são a "jóia da coroa", quer o branco, quer o tinto. São vinhos tradicionais, mas extremamente complexos e poderosos, que devem ser apreciados por todos os enófilos.

O Garrafeira Tinto 2004 é produzido única e exclusivamente da casta Baga,  de uma vinha especial com mais de 100 anos. Estagia em tonel por um período mínimo de 18 meses, sofrendo posterior estágio em garrafa, até ser lançado no mercado. Este vinho, dadas as suas características, sendo um baga puro, necessita de tempo para ser lançado na altura oportuna. Apresenta garantias de muitos anos de envelhecimento, onde irá certamente melhorar e amaciar os seus taninos. Só para termos uma ideia, neste momento está a saír para o mercado o Garrafeira Tinto de 2005...

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor granada intensa, com rebordo ligeiramente vermelho acastanhado. No nariz, o aroma é extremamente complexo, resinoso, fresco e seco, com o aroma característico à baga, alguma especiaria e vegetal. Na boca, muito fresco, denso com um grande corpo e taninos austeros. O final é seco típico da casta baga, mas muito longo e saboroso.

Potente, firme e intenso, um exemplar puro e duro da casta Baga. Embora não seja para todos os gostos, apresenta um enorme potencial de desenvolvimento no futuro.

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Qta das Bageiras Espumante Grande Reserva 2003

Ano: 2003

Produtor: Quinta das Bageiras

Tipo: Espumante

Região: Bairrada

Castas: Maria Gomes, Bical, Rabo de Ovelha, Cerceal

Preço Aprox.: 19€

Veredicto: Começam a faltar adjectivos para qualificar o produtor Mário Sérgio. Os seus Garrafeira são simplesmente fenomenais. Quanto aos seus espumantes, principalmente os "envelhecidos", igualmente fantásticos, como é o caso deste Grande Reserva do ano de 2003, um espumante bruto natural, o que significa que não lhe é adicionado qualquer grama de açúcar. O Velha Reserva de 1989, que é uma relíquia já foi anteriormente comentado AQUI.

Quanto ao Espumante Grande Reserva 2003, apresenta uma cor amarelo palha brilhante, desde logo denotando uma bolha muito fina. No nariz, favos de mel e algum petrolado. Adivinha-se frescura e mineralidade. Na boca, simultaneamente elegante e gastronómico. Muito fresco, com sabor um pouco a mel, mas com uma acidez que lhe confere o equilíbrio perfeito. A bolha é leve e uniforme, conferindo.lhe elegância. Por outro lado, a sua estrutura é muito boa, terminando com um final longo e delicioso. Tudo em harmonia perfeita.

Sem dúvida, o acompanhamento perfeito do famosos Leitão à moda da Bairrada. Contudo, pela sua versatilidade, pode ser parceiro quer de entradas, quer de pratos leves ou fortes, quer até de algumas sobremesas.

Numa palavra só: Delicioso!

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

sábado, 25 de junho de 2011

Quinta da Alorna Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Quinta da Alorna

Tipo:
Branco

Região: Tejo

Castas: Arinto e Fernão Pires.

Preço Aprox.: 3€

Veredicto: A Quinta de Alorna é uma propriedade situada em Almeirim, cuja história remonta ao século XVIII. O vinho branco, entrada de gama da casa, é composto pelas castas Arinto e Fernão Pires.

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor amarelo esverdeada. No nariz, aromas suaves a fruta tropical, nomeadamente ananás e maracujá. Leve e ligeiro, apresenta alguma mineralidade e uma boa acidez que lhe confere frescura. Na boca, é de estrutura média, sendo que o final de boca é igualmente de média persistência.

Em suma, um vinho muito bem feito, comportando-se como um excelente exemplo de um vinho descomplicado, simples e correcto, para beber com prazer neste verão. Um vinho de entradas ou para acompanhar pratos leves e também mariscos. Disponível em supermercados e hipermercados.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Quinta das Bageiras Colheita Branco 1994

Ano: 1994

Produtor: Quinta das Bageiras

Tipo: Branco

Região: Bairrada

Castas: Maria Gomes, Bical, Cerceal

Preço Aprox.: ???€

Veredicto: Provado em 17 de Junho de 2011 

Foi num jantar, na Quinta das Bageiras, onde provávamos vinhos Brancos do Dão, que o produtor Mário Sérgio introduziu este colheita branco de 1994, para nos "baralhar". Literalmente, partiu tudo, pois o vinho apresentou-se com uma pujança inacreditável!

Trata-se de um vinho  que apresenta uma cor dourada. O aroma é extremamente complexo, algo resinoso. Difícil de identificar. Apenas conseguimos deduzir que o estávamos ali a cheirar, induzia que na boca seríamos surpreendidos. E fomos mesmo. Na boca,  um vinho com uma acidez e frescura impressionantes! Agarra-nos do princípio ao fim. O final é de grande persitência. Um vinho com 17 anos em garrafa e com esta estrutura de boca e final interminável, é algo de salientar!

Um vinho que marca e que devido à sua complexidade e acidez forte, não é para todos os gostos. Dividiu a opinião dos presentes no jantar, mas nós claramente adoramos. Infelizmente, não se encontra à venda. Contudo, já foi um enorme privilégio, poder degustá-lo, com o brilhante pão-de-ló e queijo a acompanhar.

Obrigado Mário Sérgio.

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quinta do Carrenho

Foi na essência do vinho, que tomamos contacto pela primeira vez, com os vinhos produzidos na Quinta do Carrenho, mais conhecidos por Dona Berta. E como temos família em Foz Coa, mais propriamente em Sebadelhe, era uma questão de tempo até se proporcionar a visita à referida quinta. Aproveitando o fim-de-semana prolongado do dia de Portugal, lá fomos em direcção a Freixo de Numão, localidade onde está situada a Quinta do Carrenho. Infelizmente, o Engº Hernâni Verdelho, mentor do projecto, não pôde estar presente, mas fomos mutíssimo bem recebidos pelo Sr. João Carlos Cabral e respectiva esposa, que tinham tudo preparado para nos acolher.

Hernâni Verdelho, descendente da local Dona Berta, que empresta o nome aos seus vinhos, reabilitou a vinha no final do século passado e finalmente, os resultados começam a dar realmente frutos. Situada a uma cota superior, embora numa região sujeita a temperaturas extremas, consegue produzir vinhos, onde a elegância e a aptidão gastronómica, são as principais características.

São 10 hectares de vinha (e 3 de olival) onde predominam as castas tradicionais do Douro, plantadas individualmente, com principal incidência no Rabigato e Verdelho - nos brancos, sendo que nos tintos, Touriga Nacional, Franca, Barroca, Tinto Cão e Sousão (conhecida por vinhão na região dos vinhos verdes) são as escolhidas. As vinhas apresentam uma idade média de 15 anos. Destaque especial para um talhão de vinhas velhas, localizado a meia dúzia de quilómetros da quinta, mais acima, de onde provém o topo de gama da casa Dona Berta Vinha Centenária, branco e tinto. Trata-se de um talhão de castas desconhecidas, com idade superior a 100 anos!

A vindima é efectuada pelo método tradicional, com uvas colhidas em caixas de 20kg, sendo posteriormente pisadas a pé, num lagar de granito para o efeito. Na quinta existem cubas de inox de fermentação e estágio, quer de tinto, quer de brancos, sendo que o envelhecimento em madeira dos tintos é efectuado fora da quinta, uma vez que o espaço não é suficiente para albergar as cerca de 70 a 80 barricas de carvalho utilizadas nos reservas tintos.  A gama dos vinhos Dona Berta é composta pelo Dona Berta Reserva Vinhas Velhas Rabigato, um monocasta que pretende ser associado ao pioneirismo na aposta desta casta como extreme (daí a designação Vinhas Velhas, apesar de terem "apenas" 15 anos de idade); Dona Berta Reserva Especial Tinto e Grande Escolha (este último só sai para o mercado em anos excepcionais); Os monocastas Tinto Cão e Sousão e ainda os Vinhas Centenárias Tinto e Branco, provenientes do tal talhão de vinha com mais de 100 anos de idade. 

Terminada a visita, provamos os seguintes vinhos:

- Dona Berta Reserva Vinhas Velhas Rabigato 2009
Ligeiramente floral, muito fresco e muito gastronómico. Apresenta uma grande mineralidade, bela acidez, sem deixar de emprestar grande elegância e finura ao conjunto. Grande Vinho.

- Dona Berta Reserva Especial Tinto 2008
Fruta madura, alguma tosta da madeira, mas sobretudo um vinho que dá enorme prazer a beber. "Escorrega" muito bem, e apesar de macio e elegante, apresenta uma estrutura que pede comida. Excelente.

Para além dos vinhos acima, provamos ainda em amostra de cuba, alguns dos vinhos que vão saír para o mercado, nomeadamente os blends com e sem madeira que vão dar origem aos reserva especial tinto e vinha centenária tinto e ainda o monocasta Tinto Cão. Este útimo, surpreendeu-nos bastante pela estrutura e garra apresentadas, a lembrar um pouco a austeridade de um grande baga. Teremos em vista um grande vinho?

Resta-nos agradecer a visita e desejar as maiores felicidades ao projecto de Hernâni Verdelho.


Quinta do Carrenho
5155 Freixo de Numão - V.N. Foz Coa
Portugal
Telf / Fax: (+351) 279 789 491
http://www.donaberta.pt/


Sérgio Lopes

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Castelinho Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: Castelinho Vinhos

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional e Franca, Tinta Roriz e Barroca.

Preço Aprox.: <3€

Veredicto: Vinho produzido pela empresa Castelinho, localizada na zona da Régua. Para além de vinhos de mesa, possui tradição na feitura de vinhos do Porto. A título informativo, venceu recentemente o I concurso de vinhos engarrafados do Douro com o vinho de mesa "Castelinho Premium", o que me despertou a curiosidade de abrir e provar o seu entrada de gama, que tinha adquirido no continente por um preço a rondar os 3€ .

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor ruby. No nariz, alguma fruta madura, embora sem grande intensidade aromática, casada talvez com um leve fumado. Na boca, entra simples e directo, apresentando uma boa acidez, o que lhe confere frescura, sendo que o final é algo curto e seco.

Para beber já, simples, despretensioso e fácil, pode ser bom companheiro à mesa de grelhados leves, por exemplo. Apresenta somente 12º de álcool, podendo ser encontrado à venda nas grandes superfícies, como escolha para momentos quotidianos.

Classificação Pessoal: 14

Sérgio Lopes

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Plansel Selecta Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: Quinta do Plansel

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Touriga Nacional, Trincadeira e Aragonez.

Preço Aprox.: 4€

Veredicto: A Quinta do Plansel fica localizada em Montemor, no Alentejo, sendo que talvez o seu vinho mais conhecido seja o Marquês de Montemor. Trata-se de um produtor que embora não muito conhecido apresenta alguns vinhos bem interessantes.

O Plansel Selecta tinto de 2008, é composto pelas castas Touriga Nacional, Trincadeira e Aragonêz. Apresenta uma cor ruby de média intensidade. O aroma é floral e a frutos silvestres, com ligeiro vegetal. Na boca, é macio, fresco, com boa acidez, directo, de corpo médio e final agradável e saboroso.

Para beber já, acompanhando uns pratos grelhados, carnes vermelhas ou alguns queijos. Disponível nas grandes superfícies, a um preço convidativo, o que torna uma boa escolha para o dia-a-dia.

Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Diálogo 2008

Ano: 2008

Produtor: Dirk Niepoort

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinto Cão

Preço Aprox.: 5 a 7€

Veredicto: Será possível haver uma diferença tão substancial entre o Diálogo de 2008, face ao de 2007? A resposta é afirmativa. Tínhamos provado a colheita de 2007, do qual até comprei umas garrafas às "cegas" e apesar de ter sido um ano "vintage" a desilusão foi grande, como demonstra o comentário efectuado AQUI. Embora o ano de 2008, tenha sido bastante diferente do de 2007, é opinião generalizada de ser um ano igualmente bom para os tintos. Então o que torna o colheita 2008 tão substancialmente superior ao 2007? Talvez esta 4ª versão (a primeira foi em 2005) esteja mais afinada... Na essência do vinho, tivemos oportunidade de conversar com os representantes da Niepoort que acharam estranho o desiquilíbrio do 2007. Pois bem, nesse evento levamos a última garrafa de 2007, que trocamos pela de 2008, a que o enólogo presente gentilmente cedeu ao desafio. Finalmente, provamo-la e harmonizamo-la com uma comidinha. Estamos agora em condições de postar o veredicto.

A Cor é  rubi de média intensidade. O aroma é complexo, onde sobressaem frutos vermelhos, especiarias, algum vegetal, tabaco e um leve balsâmico a denotar frescura. Na boca, é fresco e sedoso, com taninos médios firmes, a deixarem um leve traço final de secura e até alguma amargura, embora nunca desagradável. O final é de média persistência.

Resumindo, muitíssimo mais equilibrado que a colheita do ano anterior, finalmente a fazer jus à marca que ostenta, mesmo sendo um entrada de gama.

Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Crasto Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Quinta do Crasto

Tipo:
Branco

Região: Douro

Castas: Gouveio, Roupeiro e Rabigato.

Preço Aprox.: 9€

Veredicto: A Quinta do Crasto é sinónimo de qualidade. Disso tivemos oportunidade de comprovar in loco, na visita efectuada e posteriormente colocada neste blogue AQUI. Os seus vinhos centram-se no segmento médio / alto e este Crasto Branco 2010, apesar de ser o único branco da Quinta do Crasto, apresenta um valor de venda a rondar os 10€.

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor amarelo palha baça. Não tem qualquer madeira, apenas o estágio em Inox para lhe manter a frescura e apresenta um teor alcoólico idóneo, de uns agradáveis 12º. No nariz, aromas suaves a frutos tropicais, mineralidade e muita frescura que se adivinha. Na boca, é muitíssimo fresco em sintonia com os aromas experimentados. Tem uma enorme elegância e um conjunto muito envolvente que apetece beber e se bebe com agrado.  Apresenta uma boa estrutura e final de média persistência.

Este é daqueles vinhos que apetece beber neste verão, seja à conversa com amigos, seja a acompanhar uns pratos leves ou umas belas entradas. Pena que o seu valor, não permita consumi-lo às caixas...! Não que esteja desajustado, para a qualidade que apresenta, mas dado ser um vinho leve e de entradas, embora muito bem feito, pode não conseguir competir com outros néctares do mesmo valor, que apresentem outra complexidade.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Alvarinho International Wine Challenge - Premiados

Dos quase 70 Alvarinhos do mundo avaliados no “Alvarinho International Wine Challenge”, 14 obtiveram “Medalha de Ouro” e dez dos quais são portugueses. Neste particular destaque para os vinhos produzidos na sub-região de Monção e Melgaço, que foram os grandes vencedores.

Realce ainda para o facto de os restantes 4 vinhos distinguidos com ouro serem produzidos em Espanha, na região das Rias Baixas.

Por outro lado, conclui-se que a casta alvarinho plantada fora da sua região de origem ainda não conseguiu atingir o mesmo patamar de excelência da sub-região de Monção e Melgaço.

O “Alvarinho International Wine Challenge” foi organizado pelo Município de Melgaço, com o apoio da ViniPortugal e da Essência do Vinho.

Lista completa de premiados

Sérgio Lopes

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Altas Quintas 600 Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Altas Quintas, Lda.

Tipo:
Branco

Região: Alentejo

Castas: Verdelho, Arinto e Fernão Pires.

Preço Aprox.: 4,5€

Veredicto: Vinho cujo nome provém das vinhas que se encontram a 600 metros de altitude, inseridas num planalto que se desenvolve de forma única, na área do Parque de S. Mamede. A amostra que serviu de prova, foi gentilmente cedida, pela Raquel, a quem desde já agradecemos a amabilidade.

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor citrina bem pronunciada. No nariz, aromas levemente florais, notas suaves citrinas e a frutos tropicais e alguma mineralidade que se encaixa no conjunto. Na boca, apresenta uma bela frescura, derivada da sua equilibrada acidez.  Apresenta uma boa estrutura e final de média persistência.

Acompanhamos o Altas Quintas 600 com um frango de churrasco e ligou lindamente. O picante da própria comida foi altamente potenciado (no bom sentido) pelo vinho, pelo que se supõe ser uma óptima companhia para entradas e pratos leves condimentados. À venda em supermercados e hipermercados.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes


terça-feira, 7 de junho de 2011

Prova HMR na Wine O' Clock Matosinhos

Decorreu no passado sábado, na Wine O' Clock de Matosinhos, a prova dos vinhos de gama média e média/alta da Herdade Monte da Ribeira, respectivamente denominados de Pousio e Quatro Caminhos. Existem ainda os entrada de gama denominados Varal, enquanto que os topo de gama se intitulam Marmelar.

A Herdade do monte da Ribeira situa-se no Concelho da Vidigueira, em Marmelar, e estende-se por uma área de aproximadamente 330 hectares, dos quais 55 hectares são pertencentes a vinha, que tem vindo a ser replantada e reconvertida na última década, com o objectivo da produção de vinhos de qualidade. Os enólogos responsáveis pela vinificação são Nuno Elias e Luís Duarte. A prova foi orientada pelo António Nora, director de vinhos da casa, tendo sido provados os seguintes vinhos:

Pousio Branco 2010
Antão Vaz, Roupeiro e Arinto. Trata-se de um branco jovem e fresco, com leves nuances de fruta tropical, simples e equilibrado, para apreciar nos dias quentes de verão que se avizinham. PVP 4,75€

Pousio Rosé 2010
Alfrocheiro, Aragonez e Syrah. Trata-se de um rosé, com aromas a cerejas e framboesas, fresco, mas apresentando alguma secura na prova. Não é o típico rosé doce. Um pouco gastronómico, mas talvez a precisar de um pouco mais de garrafa para estabilizar. PVP 4,75€

Pousio Tinto 2010
Trincadeira, Aragonez e Syrah. Trata-se de um tinto jovem e fresco, simples e descomplicado, fácil de beber, ainda que de curta duração. PVP 4,75€

Quatro Caminhos Branco 2010
Arinto e Antão Vaz. O salto qualitativo relativamente ao Pousio é bastante significativo. Aqui, para além da frescura e fruta tropical, aparecem notas citrinas e alguma mineralidade. Apresenta uma estrutura muito superior e um final bastante persistente. PVP 12,75€

Quatro Caminhos Tinto 2009
Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional. O salto qualitativo relativamente ao Pousio é consideravelmente significativo. Aqui, há muito maior complexidade de aromas, nomeadamente a frutos silvestres,  intercalados com especiarias, mantendo uma assinalável frescura e um final bastante agradável.. PVP 12,75€

Quatro Caminhos Tinto Reserva 2009
Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional. As mesmas castas que o anterior, só que neste caso, há a inclusão do estágio em madeira. Naturalmente, ganha em complexidade aromática, juntando-se o cacau e outros aromas derivados do contacto com a madeira bem integrada. Foi o vinho com a mior estrutura e final mais persistente de todos os provados.  PVP 18,75€

Em jeito de conclusão, foi uma prova interessante, em que os vinhos não deslumbraram, mas em que a diferença entre as duas gamas apresentadas foi evidente. Destaque para uma característica comum a todos eles, a enorme frescura apresentada.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Premiados do I Concurso de vinhos do Douro

O Castelinho Premium e o Messias Colheita 1966 obtiveram a melhor pontuação e conquistaram no passado dia 1 de Junho, no Peso da Régua, as medalhas de ouro de excelência do primeiro concurso de Vinhos Engarrafados da Região Demarcada do Douro.

Organizado pela Associação Empresarial -- Nervir e Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, o concurso contou com a participação de 120 vinhos.

O júri, constituído por enólogos portugueses e estrangeiros e por alguns especialistas de diversas áreas,  atribuiu as pontuações mais elevadas -- medalhas de ouro de excelência - na categoria DOC Douro ao Castelinho Premium Tinto 2007, da Castelinho Vinhos, S.A, enquanto que na categoria Portos destacou o Messias Colheita 1966, da Sociedade Agrícola e Comercial Vinhos Messias.

Este concurso teve ainda como objetivos promover os vinhos do Douro e Porto, estimular a produção de vinhos de qualidade, potenciar sinergias que ajudem à promoção dos vinhos durienses nos diferentes canais nacionais e internacionais e contribuir para a expansão da cultura do vinho.

Lista Completa de Medalhas Atribuídas

Sérgio Lopes

sábado, 4 de junho de 2011

Quinta do Pôpa

Com muito atraso, aqui está o comentário, justo e devido, à nossa visita à Quinta do Pôpa. A Quinta da Pôpa, trata-se de um jovem produtor, que conhecemos na essência do vinho e que posteriormente visitamos, no nosso périplo pelo Douro. Localizada no Coração do Douro, na região quente e seca do Cima Corgo, mais propriamente em Adorigo - Tabuaço, até 2008, era conhecida por Quinta do Vidiedo, antes de mudar para o actual nome. Com a mudança de proprietário e a consultadoria do enólogo Sir Luís Pato, tudo mudou e em pouco tempo a Quinta do Pôpa deu que falar.

A propriedade é constituída por cerca de 20 hectares de vinha, com as castas típicas encontradas no Douro. Destaque para um talhão de vinha velha de onde é produzido o magnífico Põpa VV, que se destaca dos demais. Aliás, a maior parte da vinha foi plantada recentemente face ao talhão de vinhas velhas, daí que se o VV se destaque de entre os demais. Contudo, a qualidade média é excelente. Mais uns anos de amadurecimento da vinha e seguramente os resultados serão ainda melhores.

Na nossa visita, conhecemos a adega construída propositadamente para o efeito, onde repousam as barricas de carvalho francês e as cubas de inox para brancos. Existe igualmente uma casa projectada para turismo de charme, que neste momento apenas é ocupada pelos proprietários e cedia a alguns amigos, mas que futuramente se tornará num projecto sério de rentabilização do espaço. A vista é esmagadoramente deslumbrante...! A visita terminou, como não podia deixar de ser com uma prova dos vinhos da Quinta do Põpa. Provamos todos à excepção do monocasta Tinta Roriz (TR 2007):

- Prefácio Tinto 2007
- Prefácio Branco 2008
- Prefácio Rosé 2009
- TN 2007 (monocasta Touriga Nacional)
- VV 2007
- TRePA 2007

De entre os seus vinhos, destaque o Pôpa VV 2007. Vinho produzido a partir de Vinhas Velhas com idade superior a 60 anos, das castas, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca, este vinho estagiou em barricas de primeiro ano de 225 L. de carvalho Francês durante 4 meses. Magnífico. Pode ser visualizado o seu comentário AQUI. Destaque igualmente para o TRePA 2007, criado pela mente inovadora de Luís Pato, que nasce da junção entre as castas Tinta Roriz (oriundas da Quinta do Pôpa) e  BAGA (da Vinha Pan, de Luís Pato. Outro belo vinho, agora denominado de PAPO, uma vez que existiram alguns problemas com o registo da marca TRePA...

Aqui ficam algumas fotos da visita:

Vista deslumbrante sobre o Douro

Barricas de carvalho de envelhecimento

Garrafeira

Cubas de Inox
Resta-nos agradecer ao Stéphane Ferreira, pela visita e desejar-lhe as maiores felicidades, neste novo projecto.

Morada: Quinta do Pôpa, Lda. E.N. 222 - Adorigo 5120-011 Tabuaço
GPS: 41º 09’18.31” N
7º 35’ 48.98”  W
Telefone: 00351 - 915678498


Sérgio Lopes

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Burmester Branco 2009

Ano: 2009

Produtor: J. W. Burmester & Cª, S.A.

Tipo:
Branco

Região: Douro

Castas: Rabigato, Gouveio e Malvasia Fina.

Preço Aprox.: 4,99€

Veredicto: A casa Burmester é uma das casas mais antigas de produção de vinho do Porto. No final do milénio, é adquirida pela família Amorim, sendo que mais recentemente, mais propriamente em Junho de 2005, junta-se ao grupo Sogevinus. Entretanto, já se havia lançado na produção de vinhos de mesa, colheita e reserva, à semelhança do seu congénere Kopke. Falemos então do colheita branco.

Trata-se de um vinho que apresenta uma cor amarela pálida, quase esverdeada. No nariz, ressaltam aromas levemente florais, a fruta tropical - ananás, e também alguns citrinos - Toranja, Lima. Denota desde logo frescura. Na boca, confirma-se a frescura, através da boa acidez que se prolonga no palato e convida a uma boa comida. Apresenta uma boa estrutura de boca e final de média persistência.

Um vinho branco que se bebe por si só, mas que é bastante mais gastronómico que o Kopke, aguentando um bom peixe, por exemplo, saladas ou carnes brancas.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Festa do Vinho, Produtos Regionais, & Turismo

De 2 a 5 de Junho de 2011, vai realizar-se a VI edição da Festa do Vinho, Produtos Regionais, & Turismo, na cidade de Peso da Régua.

A exemplo de anos anteriores, este evento traz à Região importadores de vários países, com o principal objectivo de apoiar e dinamizar as exportações de vinhos e produtos regionais; ou seja possibilita aos produtores de vinhos e produtos regionais, o contacto com importadores de diversos países, sem sair da região.

A Festa do Vinho, Produtos Regionais & Turismo, decorrerá em Peso da Régua, no Espaço Multiusos, junto à Avenida do Douro, e está aberta ao público e com entrada gratuita, permitindo aos visitantes a descoberta dos sabores e aromas da Região. No mesmo espaço, decorrerão acções de animação.

Esta é já a VI edição do evento que contará este ano com o apoio da Revista de Vinhos que organizará provas de vinhos.

Sérgio Lopes