segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bétula 2009

Ano: 2009

Produtor:
Catarina Montenegro

Tipo:
Branco

Região: Douro

Castas: Viognier (50%), Sauvignon Blanc (50%).

Preço Aprox.: 12 a 15€

Veredicto: Antes de mais, os meus sinceros agradecimentos à Catarina Montenegro, por ter disponibilizado o vinho para prova n´O Enófilo Prinicipante. Esta forma de estar, representa uma nova mentalidade que é de saudar e aplaudir, por parte de alguns produtores e que demonstra a importância cada vez mais crescente da Internet e dos bloggers, neste caso particular amantes de vinho, como consumidores e potenciais fontes de publicidade e recomendação dos vinhos.

E que belo vinho este Bétula 2009! Produzido na Quinta do Torgal, na freguesia de Barrô, trata-se de um branco que foge claramente do perfil tradicional do Douro. A começar pelas castas, francesas, Viognier (50%) fermentado em barricas de carvalho francês e Sauvignon (50%) fermentado em inox a baixa temperatura. O resultado é um vinho muito elegante e saboroso.

A sua cor é citrínica, esverdeada, um pouco opaca, o que desde logo foge ao aspecto comum dos brancos do Douro. No nariz, é um vinho de aromas complexos, com destaques vegetais e de fruta tropical. Também notas de citrinos e alguma mineralidade. Na boca é redondo, aveludado, saboroso, com acentuada acidez e final prolongado, marcante e delicado.

Elegância e harmonia, num conjunto que dá enorme prazer a beber. Um branco "francês" no Douro!

Classificação Pessoal: 17

Sérgio Lopes

domingo, 30 de janeiro de 2011

Maria Mansa

Ano: 2007


Produtor: Quinta Do Noval

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca


 Preço Aprox.: 5 a 7€

Veredicto: Já tinha provado o Maria Mansa de 2004 e tinha ficado com a sensação de que a madeira se sobrepunha um pouco no conjunto. O mesmo se passa com o colheita de 2007. Não pretendo com isto dizer que se trata de um mau vinho, apenas que necessita de comida forte para o acompanhar. Curioso que no dia seguinte estava mais harmonioso. Talvez esteja ainda muito novo para beber...

A Quinta do Noval é um dos maiores sinónimos de qualidade, sendo que este vinho é produzido à base das castas tradicionais da região, provenientes de vinhas, todas elas com a letra "A".

De cor quase granada, revela uns aromas a fruta madura, contrastados com as notas de madeira. Na boca, achei os taninos algo agrestes, embora o vinho revele uma frescura e um sabor bastante agradáveis, revelando-se bem encopado e com final de boca prolongado. Prevê-se que atinja uma boa longevidade em garrafa.

Comprei-o no Jumbo de Gondomar, por apenas 4,99€...!


Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Qta Nova Nossa Sra Carmo Vintage 2000

Ano: 2000

Produtor:
Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo

Tipo:
Vinho do Porto - Vintage

Região: Douro

Castas: Blend de castas tradicionais do Douro.

Preço Aprox.: 65€

Veredicto:  Foi o vinho do Porto que acabei por abrir na passagem de ano... Apesar de na garrafeira ter vários exemplares vintages, incluíndo o Dow´s 2007, por exemplo, encontrei no Jumbo de Gaia esta pechincha abaixo de 30€! Comprei e acabamos por degustá-lo no último dia do ano.

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, é propriedade da família Amorim, no Pinhão., contendo umas parcelas de vinhas do mais alto benefício e com mais de 50 anos, onde nasce este vintage. O vinho apresentou-se com uma cor naturalmente Ruby, dada a sua relativa juventude para um vintage (8 anos em garrafa), aroma bastante frutado, doce e com um final de boca muito agradável, longo e persistente:

Foi um sucesso, mesmo entre alguns, pouco habituados e assim pouco apreciadores, desde tipo de néctar..

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Raposeira Reserva Rosé Bruto 2006

Ano: 2006

Produtor:
Caves da Raposeira

Tipo:
Rosé

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz

Preço Aprox.: 7,5€

Veredicto:  Confesso não ser (pelo menos para já) o maior dos apreciadores de espumantes... Contudo, não é a primeira vez que um espumante Rosé me surpeende pela positiva e por isso decidi experimentar este Raposeira Rosé Bruto 2006, que tinha recebido pelo Natal, num daqueles conjuntos típicos de presente sem grande imaginação.

Com um estágio de aproximadamente 3 anos e elaborado sob o método tradicional, trata-se de um espumante bastante gastronómico, apesar de ser um Rosé. Apresenta cor palha clara, bolha fina e persistente, sendo relativamente frutado o quanto baste. Na boca sente-se bem a agulha, bem como uma frescura e acidez, em equilíbrio, num bom final de boca.

O produtor recomenda acompanhá-lo com marisco ou peixes grelhados e também assados. Eu acompanhei-o com um belo Leitão à moda da Bairrada e não é que harmonizou de forma fantástica? Até deu uma bela ajuda a digerir o porquinho...

Em suma, uma boa surpresa. Um espumante Rosé bastante agradável.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pedra Cancela Br.

Ano: 2009

Produtor:
João Paulo Gouveia

Tipo:
Branco

Região: Dão

Castas: Malvasia Fina, Encruzado.

Preço Aprox.: 8,90€

Veredicto: No passado sábado, tive o privilégio de provar os vinhos Pedra da Cancela branco colheita  de 2009 e o blend tinto, reserva de 2008. Também existe um Touriga Nacional, topo de gama, do produtor mas que não estava em prova. A prova foi orientada pelo simpático Hélder Ferreira no El Corte Inglês. de Gaia . Ambos os vinhos são mesmo muito bons, mas, por agora,  é do branco que vou falar...

A  Quinta do Vale do Dão, situada em pleno coração do Dão, mais propriamente em Oliveira de Barreiros, liderada pelo Eng. Paulo Gouveia, possui 8 hectares de vinha, não sendo portanto uma produção de grandes dimensões. Mas como diz  a velha máxima: "O que conta é a qualidade e não a quantidade". E é precisamente este o caso.

Fabricado com duas castas brancas sobejamente conhecidas do Dão, Malvasia Fina e Encruzado,  o Pedra Cancela Branco é um vinho de cor alourada e muito mineral. Fresco, frutado e floral, apresenta um equilíbrio notável entre as características das duas castas que compõem o lote.

Na boca é uma delícia, simultaneamente redondo e fresco. Pode ser bebido a solo, mas apresenta um carácter gastronómico que sugere ser um óptimo acompanhamento de um belo peixe assado, ou  escalado na brasa, ou ligará igualmente muito bem com carnes brancas.

Um branco com um estilo muito próprio e um dos grandes vinhos do Dão!

Como nota final, saudar a nova imagem de todos os vinhos, muito mais apelativa e moderna, fundamental para a sua divulgação e mais fácil absorção da mesma pelos consumidores.

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

domingo, 23 de janeiro de 2011

Follies Reserva Branco

Ano: 2006

Produtor:
Quinta da Aveleda

Tipo:
Branco

Região: Bairrada

Castas: Chardonnay, Cerceal, Maria Gomes, Bical

Preço Aprox: 5,5€

Veredicto: Da Quinta da Aveleda são sobejamente conhecidas as marcas Casal Garcia, Aveleda, Charamba e agora a gama Follies.

Numa passagem por Penafiel, passei na Quinta da Aveleda e resolvi trazer o Follies Reserva Branco - Quinta da Aguieira, colheita de 2006, uma quinta da Bairrada propriedade da empresa.

Um branco de 2006, apesar de reserva, colocou-me algumas... reservas, mas decidi arriscar e lá trouxe uma garrafita. E traduziu-se numa bela surpresa. Segundo a ficha técnica do vinho, o Chardonnay fermenta em barricas de carvalho Francês de um ano, enquanto as castas Maria Gomes, Cerceal e Bical fermentam em cuba inox a temperaturas controladas, de modo a preservar a sua frescura e aromas primários de cada casta. De seguida, segue-se um estágio de 8 meses em borras finas em barrica para depois se efectuar o lote final.

O resultado é um vinho muito agradável, ainda bastante fresco, frutado quanto baste e em perfeita harmonia com o ligeiro toque de madeira.

Bebi-o com uma bela posta de espadarte no forno e acompanhou na perfeição.


Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

EA

Ano: 2009

Produtor:
Fundação Eugénio de Almeida

Tipo:
Tinto

Região: Alentejo

Castas: Castelão, Aragonês, Trincadeira, Tinta Caiada e Moreto

Preço Aprox.: 5€

Notas de Prova: Cor granada vivo e com aroma fino a frutos vermelhos. Taninos maduros redondos terminando com agradável sensação de juventude.

Veredicto: O vinho entrada de gama da Fundação Eugénio de Almeida que também produz e comercializa via adega Cartuxa as gamas médias, Foral de Évora e Cartuxa, a novidade da gama média alta Scala Coeli e o topo de gama Pêra Manca, que apenas sai para o mercado em anos em que as condições para a vindima são consideradas excepcionais. Por isso, nem todos os anos a Fundação Eugénio de Almeida produz aquele que é o seu ícone, o Pêra Manca.

O EA, colheita de 2009 apresenta um teor alcoólico de 14,5%, um pouco acima da média normalmente apresentada. Contudo, continua a ser um vinho de uma qualidade bastante boa, relativamente bem encorpado e em perfeita harmonia entre acidez, álcool e volume de boca.

Na minha opinião, acompanha idealmente carnes vermelhas, de preferência grelhadas. Mas uns pratos compostos por pastas ou massa, também ligam na perfeição.

Disponível em supermercados e hipermercados, normalmente a rondar os 5€.
Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dalva Colheita 1985

Ano: 1985

Produtor:
C. da Silva

Tipo:
Vinho do Porto - Colheita

Região: Douro

Castas: Blend de castas tradicionais do Douro.

Preço Aprox.: 35€

Notas de Prova: Baunilha, mel, confeitaria, frutos secos, leves traços limonados. Na boca mostra um perfil, cheio, encorpado e doce a compotas e frutos secos, termina longo e quente.

Veredicto:  Numa das muitas provas que tenho assistido na Wine O' Clock de Matosinhos, este Dalva Colheita 1985, foi-me recomendado pelo afável e simpático crítico de vinhos e gastronomia, José Silva, que é também o apresentador do programa A Hora do Baco, transmitido pela RTP-N.

Em boa hora o fez, pois trata-se de um colheita que está no ponto: Muito bem envelhecido, fino, elegante e aromático, com uma frescura tal que nos permite escolher bebê-lo a solo como aperitivo ou digestivo. Eu confesso que bebemos a garrafa toda como um belo digestivo ao longo dos (poucos) dias que esta durou. ..

Um colheita soberbo, com óptima relação qualidade-preço e que dá um prazer imenso a degustar.

Classificação Pessoal: 17,75

Sérgio Lopes

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dalva Golden White 1963

Ano: 1963

Produtor:
C. da Silva

Tipo:
Vinho do Porto - Colheita Branco

Região: Douro

Castas: Blend de castas tradicionais do Douro.

Preço Aprox.: 100€

Notas de Prova: "Muitos tons esverdeados surgem quando se agita o copo, sinal da sua velhice. Muito rico de aromas, notas de figos, frutos secos, compotas de ameixas brancas, tudo rico, doce, melado mas perigosamente atractivo. Muito elegante na boca, tem um corpo sedoso que envolve o palato e esta textura deixa marca na boca. O final é muito prolongado, austero mas de grande classe” in Vinhos de Portugal 2010, João Paulo Martins.

Veredicto: A marca DALVA, do produtor C. Da Silva sempre nos habituou a vinhos do Porto de uma qualidade geral muito alta, sendo que recentemente lançou igualmente vinhos de mesa tinto e branco, que comentarei neste blogue. Este colheita branco de 1963, trata-se de um vinho fortificado envelhecido em pipas de fino carvalho francês, amadurecendo até aos dias de hoje. Nas palavras do produtor, trata-se da melhor colheita da década, existindo também o de 1952, que ainda não tive o prazer de provar...

O Dalva Golden White, apresentado em garrafas de 0,5 litros, e com uma produção limitada trata-se de um vinho com uma personalidade e identidade próprias muito bem vincadas.

Na prova, ressaltam aromas a frutos secos, notas de figos e compotas, muito aromático, com uma acidez no ponto que lhe confere uma enorme frescura em perfeita comunhão com a doçura própria deste tipo de vinhos. De cor idêntica a um tawnie velho revela-se guloso, com enorme elegância e final prolongado.

Um vinho fortificado de enorme classe, direi mesmo viciante...!

Classificação Pessoal: 18

Sérgio Lopes

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tons de Duorum

Ano: 2009

 Produtor:
Duorum Vinhos, S.A.

 Tipo:
Tinto

 Região: Douro

 Castas: Touriga nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca

 Preço Aprox.: 3,99€

Notas do Produtor: Aroma dominado pelos frutos como o morango, framboesa, amora e a ameixa. Notam-se também os aromas provenientes do seu estágio em barrica como os de especiarias e de frutos secos. Acidez bem integrada no volume e no corpo do vinho, onde também se encontram os seus taninos muito suaves e maduros. De todo este conjunto resulta um vinho dominado pela elegância.

Veredicto: Enquanto que no Alentejo, facilmente se encontram vinhos bebíveis abaixo dos 4€, no Douro, isso já é muito difícil. No entanto, este Tons de Duorum, fabricado por duas das personalidades vinícolas mais influentes dos últimos 10 anos em Portugal, nomeadamente João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco, rompe com esse paradigma, traduzindo-se numa agradável surpresa.

Com um estágio curto de 6 meses em barricas de carvalho Francês e Americano e um teor alcoólico de 13,5º, Tons de Duorum é um vinho de corpo médio, fresco, equilibrado e muito fácil de beber.

Um belo tinto do Douro para o dia a dia, que se bebe com enorme prazer.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

Quinta da Chinchorra Reserva 2006

 Ano: 2006

 Produtor:
Quinta da Chinchorra

 Tipo:
Tinto

 Região: Douro

 Castas: Touriga nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Touriga Franca

 Preço Aprox.: 7,5€

Notas de Prova: Aroma intenso a fruta madura, bom casamento com a madeira onde estagiou, notas de juventude com destaque para frutos vermelhos (cereja, frutos silvestres). Na boca, revela-se redondo, aveludado, bem estrutrado, com taninos bem pronunciados e uma bela acidez.

Veredicto: A Quinta da Chinchorra situa-se no concelho de Armamar, uma região com um microclima muito distinto do qual resultam alguns vinhos com excelente qualidade. As notas de prova, supra citadas, praticamente dizem tudo deste belo vinho. Produzido a partir das castas tradicionais do Douro, que na minha opinião, criam quase sempre vinho varietais de qualidade, trata-se de um excelente companheiro para a mesa, acompanhando muitíssimo bem carnes vermelhas grelhadas, por exemplo, entre outros pratos de carne mais leves.

Um tinto do Douro, moderno e claramente com um perfil mais internacional. Experimentem!

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Monte Das Servas - Escolha Br.

Ano: 2009

Tipo:
Branco

Região: Alentejo

Castas: Roupeiro, Antão Vaz, Verdelho e Arinto.

Preço Aprox.: 6€

Notas de Prova: Cor cítrica aloirada, com aromas a frutos tropicais integrado com algumas notas de mel, fresco, frutado, com boa acidez, terminando com um final agradável e persistente..

Veredicto: A Herdade das Servas, localizada em Estremoz, é propriedade da família Serrano Mira, com tradições vinícolas que remontam aos antepassados das diversas gerações da família. O seu cardápio vinícola apresenta uma qualidade média bastante alta, o que diz dos standards elevados que a família coloca na feitura dos seus vinhos. A empresa possui, os vinhos entrada de gama designados de Vinha das Servas, a gama média composta pela designação Monte das Servas, sendo que os topos de gama pertencem à categoria Herdade das Servas.

O Monte das Servas - Escolha, portanto da gama média do produtor, trata-se de um vinho branco, bastante encorpado,  que apesar do seu teor alcoólico de 14,5º (ou talvez por causa disso) é um vinho bastante gastronómico, apresentando uma bela acidez, acompanhando muito bem à mesa, um bom peixe, por exemplo. Ontem mesmo bebi-o, ao jantar, acompanhando um sargo assado no forno e estava delicioso!

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

sábado, 15 de janeiro de 2011

Casa de Canhotos

Ano: 2009

Produtor:
Fernando Rodrigues

Tipo:
Verde

Região: Sub-Região de Monção e Melgaço

Castas: Alvarinho.

Preço Aprox.: 5,5€ (em Melgaço)

Notas de Prova: Atractivas notas de laranja madura e confitada no aroma. Na boca mantém um perfil citrino e maduro, com sugestões de laranja, boa acidez e secura num conjunto que sugere ser um bom companheiro de mesa.

Veredicto: A região de Monção e Melgaço tem sido um barómetro de qualidade, no que toca aos vinhos verdes, muitas vezes conotados com a imagem de vinhos com demasiada acidez, leves e despreocupados. Tudo graças à fantástica casta Alvarinho, que permite produzir vinhos brancos poderosos, frutados e que dão enorme satisfação a beber. Acho que não existe qualquer vinho verde branco alvarinho que tenha bebido até hoje, da sub-região de Monção e Melgaço, que não tenha gostado... o que diz bem da qualidade média desta casta / região vinícola.

O Sr. Fernando Rodrigues, produtor do Casa de Canhotos, é proprietário de um restaurante em Penso, Melgaço, o restaurante Jardim. Lá tudo é recomendável, desde o Bacalhau assado, Cozido à portuguesa, Cabrito, uma feijoada fenomenal e claro, no tempo dela e para quem gosta, a famosa Lampreia.

Foi lá que experimentei este Casa de Canhotos, a acompanhar um belo Bacalhau Frito à moda da casa e posso-vos convfessar que a harmonização estava deliciosa.

Recomendo vivamente este vinho, quer pelo seu equilíbrio, quer pela sua excelente relação qualidade-preço.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fiuza Premium

Ano: 2007

Produtor:
Fiuza & Bright

Tipo:
Tinto

Região: Tejo

Castas: Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon.

Preço Aprox.: 9€

Notas de Prova: Cor intensa e aromas que lembram violetas, fruta madura e leve tostado, na boca revela uma boa frescura e uma interessante acidez, está ainda muito jovem mas já denota alguma elegância, taninos bem integrados no conjunto e sugestões de especiarias bem casadas com a fruta e um leve apimentado, o final é muito agradável.

Veredicto: Deste produtor, já conhecia o "Fiuza 3 Castas", que até é agradável e o qual haverei de comentar aqui neste blogue. Mas confesso que o desconhecimento que tenho da região vinícola do Tejo, me fez pensar duas vezes em experimentar este vinho. Outrora designada por Ribatejo, esta região era conhecida pelos seus vinhos baratos e em grande quantidade, por vezes descurando a qualidade. Por isso,  experimentar um vinho a rondar os dez euros e depois poder ser uma frustração, era um risco que não pretendia correr. Contudo, numa ida ao Jumbo de Gondomar, encontrei na garrafeira este Fiuza Premium, em depreciação, a pouco mais de 5€ e decidi experimentar, trazendo uma garrafa. Em boa hora o fiz, pois é uma agradável surpresa!

De cor carregada e aroma muito agradável, o lado floral da Touriga Nacional "casado" com o carácter vegetal do Cabernet Sauvignon, está patente num perfeito equilíbrio. Com um teor alcoólico de 14º, o vinho criado pelo enólogo Peter Bright, confirma que existem também grandes néctares da região do Tejo, que dão imenso prazer beber, e a um valor abaixo dos 10€.

Como nota final, posso-vos confessar que dias mais tarde, voltei ao Jumbo, na expectativa de levar todas as garrafas deste vinho e já não consegui nem uma...! Ainda assim, ao seu preço normal, trata-se de um valor seguro, que vale a pena degustar.

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

domingo, 9 de janeiro de 2011

Quinta Vale D. Maria 2008

Ano: 2008

Produtor:
Lemos e Van Zeller

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: Proveniente de uma variedade de Vinhas Velhas.

Preço Aprox.: 24€


Veredicto: Tive contacto, pela primeira vez, com este grande vinho, numa prova organizada na Wine O´Clock, de Matosinhos, conduzida pelo próprio Cristiano Van Zeller, que com o seu jeito afável, simpático e apaixonado pela sua obra, nos foi falando não só deste Vale D. Maria, como também de outros vinhos tintos e alguns Portos, do seu portfolio.

Confesso que de todos os seus vinhos provados nesse dia, este foi o que mais me fascinou pela sua relação qualidade - preço. Não sendo propriamente barato, trata-se de um vinho que aconselho para uma ocasião especial, com um casal amigo, ou em família, pois pede para ser saboreado. É um vinho que segundo Van Zeller, é proveniente de umas vinhas bastante antigas no Douro e que estagia dois anos em barricas de Carvalho Francês, antes de ser engarrafado, tendo uma grande longevidade em garrafa, onde naturalmente evolui muito bem.

Neste momento, o 2008 está ainda está um pouco fechado, necessitando de mais algum tempo para se mostrar, mas é possível bebê-lo desde já. De cor vermelho vivo, frutado e elegante, ao mesmo tempo com uma acidez formidável e um longo final de boca, que se traduz numa complexidade, a mostrar que irá evoluir seguramente em garrafa.

Abri recentemente um exemplar, harmonizado com uma língua de vaca estufada com puré de batata e posso partilhar convosco que foi simplesmente divinal!

Um grande vinho do Douro, que aconselho a todos os apreciadores.

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

Primeira Mensagem

Caros interessados pelo néctar de Baco:

Sou apenas um "curioso" por este mundo fascinante dos vinhos... Nele há muito que aprender, que degustar, enfim que saborear, que ter enorme prazer a beber, que ter aquela sensação de satisfação... Uma refeição com o vinho certo, sabe muito melhor,não acham? Embora, por vezes, o magnífico néctar por si só, também é uma óptima companhia, para beber em companhia!

Este espaço pretende ser uma montra dos vinhos que vou provando (com a minha cúmplice de gosto apurado), pontuando cada um deles de acordo com o nosso gosto pessoal.

Não esperem grandes notas criativas e textos com palavreado de enólogo, pois como o título do blogue o exemplifica, não tenho conhecimentos para tal.

Partilharei o que for bebendo, tentando para além de falar um pouco sobre o néctar, colocar algumas informações acerca do mesmo, tais como região de origem, produtor, teor alcoólico e preço aproximado, entre outras.

Espero que gostem, comentem e que este espaço se torne mais um ponto de visita e discussão sobre o maravilhoso mundo vinícola.

Até já e bebam moderadamente... mas com qualidade!