domingo, 28 de fevereiro de 2021

Em Prova: Fagote Reserva Branco e Tinto

Depois de ter provado a gama superior deste produtor duriense, eis a gama reserva, cujo PVP ronda os 6 a 7eur.. São vinhos elegantes e frescos, com pouco corpo e fáceis de beber.  Entre os dois, voltei a preferir o branco que considero bastante interessante, sobretudo para o Verão. Com apenas 12.5 graus de alcool, leve e mineral, estou a imaginar abrir umas destas, enquanto se prepara o churrasco e as brasas começam a aparecer. O tinto seguirá para a refeição acompanhando a carne grelhada, pois tem boa definição de fruta e taninos macios. Só o acho um pouquinho magrito de corpo.

Sérgio Costa Lopes

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Em Prova: Consorte Grande Reserva Branco 2018

 

Há cerca de um ano tive o privilégio de provar o consorte reserva 2018. O produtor Júlio Cesar Teixeira teve a amabilidade de mo apresentar praticamente en primeur... Um ano depois, com a colheita 2019 aqui para provar nos próximos dias, eis que chega o tão aguardado grande reserva que estava em repouso e agora chega ao nosso palato. Proveniente de Castelo de Paiva, trata-se de (tal como o reserva) um 100% arinto, com fermentação em barrica de Carvalho francês e longo estágio de 18 meses na mesma, com Battonage.

O resultado é um branco gordo, volumoso e muito intenso, com a frescura característica do Arinto e da região dos vinhos verdes a marcar pontos. Nesta fase, as notas de biscoito/fruto seco da battonage e a madeira estão bem presentes, sem serem demasiado impositivas. Destaca se a enorme untuosidade, complexidade aromática, belíssimo volume de boca e final longo, cheio de cremosidade a fazê lo brilhar à mesa. Um branco para muitos anos seguramente. A demonstração da grande qualidade do Arinto. Pvp 35eur. 900 garrafas.

Sérgio Costa Lopes

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Em Prova: Singellus Loureiro 2017


Singellus é a marca do projecto pessoal do malogrado Belmiro de Azevedo. Da Quinta do Ambrães, em Marco de Canaveses, saem vinhos brancos que chegam ao mercado com vários anos de garrafa (a última colheita é 2017). Loureiro, Alvarinho e Avesso com a chancela de qualidade do enólogo Anselmo Mendes. O Singellus Loureiro 2017 é um branco adulto e equilibrado, com contenção aromática, leve floral e mineral, com ligeira evolução. Boca fresca, equilibrada, seco, corpo e final médios, traduzindo se num Loureiro bastante interessante. Pvp 8eur.

Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Em Prova: Casas Altas Riesling 2018

José Madeira Afonso nasceu em Coimbra, mas desde cedo se enamorou por Souropires, perto de Pinhel, onde passava longas temporadas em casa da avó materna. Médico de profissão, as viagens lá fora permitiram o convívio com grandes connaisseurs, que provavam e estudavam tudo o que de melhor se fazia no mundo. Por isso na quinta encontra se plantada uma pequena parcela de Riesling em homenagem aos grandes brancos desta casta de Mosel ou da Alsacia. Que me perdoe o professor Virgílio Loureiro mas hoje vou recorrer a metáforas sensoriais para descrever este delicioso vinho.

No nariz super complexo com algumas notas ligeiras de petrolados, melado floral e muita mineralidade com alguns traços herbáceos. Boca super fresca, de corpo médio, mas com uma acidez salivante equilibradíssima que lhe confere um final longo. Foi um pairing extraordinário para o sushi, limpando o palato do arroz, peixe, molhos, soja, wasabi e gengibre. A garrafa terminou. Pvp 10eur.

Um belo exemplar da casta em Portugal em profundo equilíbrio.
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Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Em Prova: Quinta dos Termos Reserva Vinhas Velhas Tinto 2017

Vinho tinto da Beira Interior, proveniente de vinhas velhas, com castas como trincadeira preta, jaen, rufete e marufo - todas capazes de aportar elegância ao vinho.

Hoje o desafio é descrever o vinho sem usar metáforas sensoriais, ou não fosse o mesmo produzido sob consultoria do professor sir Virgílio Loureiro .

Foi um vinho que acompanhou a refeição e a garrafa parecia furada... lol

Cheira tão bem quanto sabe. Nariz muito fresco e com fruta bem definida, notas de bosque, com alguma rusticidade. Boca com acidez equilibrada, corpo médio, taninos redondos, final longo, vibrante e sumarento, sempre amparado por uma frescura impar que convida a mais um copo.

Por 8.99€ é de comprar às caixas.

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Sérgio Costa Lopes

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Em Prova: Torre de Palma Rosé 2020

 
Este rosé é proveniente de Monforte e lançado ainda no Inverno, pretende demostrar a nobeza desta bebida, que não é apenas de Verão.

Feito de Touriga Nacional, Aragonez e Tinta Miúda, todo ele é desenhado para ser "bonito", desde a garrafa transparente para se ver a cor rosada delicada, até à própria cor e até na prova, o é.

Nariz contido e sedutor, com morango e framboesa frescas e também pétalas de rosa. Boca de corpo médio, elegante e um final muito agradável e delicado onde o açúcar residual é muitissimo bem compensado por uma acidez salivante.

Bem equilibrado e versatil à mesa, num registo de finesse. Pvp 15eur.

Acompanhou hoje uma espécie de strogonnoff de frango com tagliatelle. E muito bem.

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Sérgio Costa Lopes

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Da minha cave: Aphros Aether Branco 2013

De Ponte de Lima chega este vinho, uma experiência do produtor enologo Vasco Croft @aphros_wine. Há época com a colaboração do @rui_cunha_winemaker .

Combinação de Loureiro e Sauvignon Blanc.

Impressionante vivacidade, um vinho com quase 8 anos, chegado a 2021, este branco da região dos vinhos verdes.

Não se deixem enganar pela cor carregada. Este vinho está tudo menos cansado. Nariz obviamente com notas de evolução, entre favos de mel, flores e algum leve herbaceo. Mas tudo num registo de vivacidade. Boca com a frescura e "acidez" Aphros. Corpo médio e "crispie". Final também médio e muito refrescante que apetece curtir mais um gole.

E o melhor é que ainda se pode comprar...! Pvp 13eur.

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Sérgio Costa Lopes

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Em Prova: Tic-Tac Merlot 2015


@montebluna é o nome do novo projecto que pretende colocar a sub-região de Arruda dos Vinhos (Lisboa) nos holofotes, trazendo vinhos de elevada qualidade. Vinhos produzidos com todo o detalhe e que de certa forma expressem a excelência de um terroir de forte influência marítima e atlântica.

O projecto nasce com 2 vinhos: o topo de gama Bluníssima e este Tic-Tac 100% Merlot, de uma vinha com apenas 23ha, que tem 920 cepas com pouco mais de 20 anos. Encontra - se a 7 km do Oceano Atlântico e em solo de natureza argilo-calcária.

O rótulo é lindíssimo! O vinho estagiou 2 anos em barricas velhas e mais 2 anos em depósitos de inox, antes do engarrafamento. De facto, produzido sem pressas e com tranquilidade e... tempo (tic tac).

O resultado, um vinho delicioso.

Nariz com fruta silvestre, leve pimento, rama de tomate, balsâmico e especiarias. Boca muito elegante, mineral, fresca, salina, com taninos redondos. Corpo médio, final longo, delicado e muito guloso. Um grande Merlot. Pvp 35eur.

Ligou brilhantemente e até à última gota com um risoto de cogumelos e costeletão de vitela arouquesa na brasa.


Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Em Prova: Bluníssima Tinto 2017

Monte Bluna é o nome do novo projeto que pretende colocar a sub-região de Arruda dos Vinhos (Lisboa) nos holofotes, trazendo vinhos de elevada qualidade. Vinhos produzidos com todo o detalhe e que de certa forma expressem a excelência de um terroir de forte influência marítima e atlântica.

O Blunissima 2017 é um tinto produzido 100% da casta Aragonez (ou tinta roriz), com fermentação em deposito de cimento, estágio de 12 meses em barrica e posteriores 6 meses em inox, antes do engarrafamento. Pretende ser o topo de gama do projeto, a um PVP de 60eur. Arriscado, sim, para uma primeira edição, este valor, mas o vinho está excelente!

Nariz super complexo, com fruta vermelha e preta madura, especiaria, notas balsâmicas, tudo num registo fino, harmonioso e de enorme frescura no primeiro impacto. Boca com muita frescura, de novo proveniente do lado de "bosque". Optimo volume de boca, harmoniosa, seco, com finesse. Barrica bem integrada, taninos redondos e final longo, persistente e guloso, sempre com a fruta em bom plano.
Um verdadeiro topo de gama numa estreia de sucesso. Muito bem.

Se o mote é: "O melhor vinho, do melhor lugar, apenas quando a natureza quiser. É o nosso compromisso". Está muito bem lançado.


Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Em Prova: Xaino Grande Reserva Tinto 2015

A @quintavaledaldeia situa-se na Meda. São vinhos de altitude, sob a chancela do enólogo @joseeduardoreverendo , meu amigo, que conheço desde os tempos da Quinta da Sequeira. Em primeiro lugar, enviar um forte abraço ao José Eduardo Conceição, que passou por um "susto" valente, a nível de saúde, mas está a recuperar bem e rapidamente, para continuar a fazer belos vinhos como este.

Este Xaino tem algumas particularidades, desde logo por ter na sua composição 90% de Alicante Bouschet (10% Touriga Franca) e por ser de 2015, tendo sido lançado no mercado apenas recentemente.

O resultado é um vinho que está num momento de prova muito interessante. Nariz complexo e intenso com fruta preta madura, especiaria doce e um leve couro que lhe dá uma graça especial. Boca muito fresca e elegante, taninos sedosos, final longo e especiado, com um travo adocicado da barrica (mt bem integrada) e da fruta, equilibrados por uma boa acidez. Pvp 22eur.

Um vinho muito porreiro (guloso qb) e que ligou perfeitamente com a feijoada de feijão branco do Entrudo. Bela refeição.


Sérgio Costa Lopes

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Em prova: Preâmbulo Branco 2019

Mais um projecto a nascer em Trás-os-Montes e a mostrar a diversidade da região. O local é a @quintadofragueiro situada em Vinhais. O terroir é único. O local estava abandonado há mais de 40 anos e estava sedento de dar uva. Plantação nova, totalmente em modo biológico, sendo este vinho o resultado de 3  anos de vinha. A materialização ocorre com o Preâmbulo 2019, um branco feito em partes iguais da combinação pouco usual de Codega de Larinho e viognier.

Está um vinho muito interessante. Fresco, mineral, com tensão qb e uma untuosidade conferida pelo viognier, em combinação com a fruta branca da codega a tornar o vinho altamente versátil à mesa. Equilibrado e de corpo médio, acompanhou muito bem uns secretos de porco preto. Mas aguentará bacalhau ou até algo mais talvez. Pvp 12eur

Apenas 200 garrafas desta primeira edição. Aguardamos com expectativa a próxima e as novidades adjacentes. Muito boa estreia.


Sérgio Costa Lopes

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Em Prova: Mestre Daniel Lote X Branco 2019

Nova edição do branco topo de gama deste projecto alentejano. Um dos meus brancos portugueses favoritos. Seguramente no top 3 dos melhores brancos de talha.

O projeto @xxvi_talhas presta homenagem à tradição milenar da produção de vinho de talha, na pacata aldeia de Vila Alva. XXVI talhas - porque é o número de talhas que existem na adega onde se produz o vinho, com as marcas "Vinho do Tareco" (vinho novo da talha) e Mestre Daniel em homenagem ao carpinteiro que construiu a adega e adquiriu as talhas há mais de 60 anos. O Mestre Daniel produziu nessa adega vinho de talha durante cerca de 30 anos, seguindo a tradição familiar que herdou de seus pais e avós. Após a sua morte seguiram-se ainda alguns anos de produção. Contudo, em 1990, a adega encerrou atividade. Em 2018, após quase trinta anos de interregno, a adega volta a funcionar, retomando a tradição local e familiar de produção de vinho de talha. O projeto é encabeçado por Daniel Parreira e pelo enólogo Ricardo Santos (Malo Tojo), com ligações afetivas ao projeto.

Das 26 talhas que dão nome ao projeto este Lote X, feito de Diagalves, Manteúdo, Antão Vaz, Perrum e Roupeiro, é o produto da fermentação e estágio sobre borras de uma talha apenas. As uvas provêm da vinha mais velha, com cerca de 50 anos, plantadas num solo de saibro.

O resultado é um vinho maravilhoso com um nariz finíssimo onde fruta branca convive com notas resinosas, mel e especiaria. Na boca, super elegante, mineral, algum fruto seco, bonito, muito fresco, leve no corpo mas muito longo no final, com uns singelos 11.5 graus de alcool que ajudam a que a garrafa se "evapore". Um grande branco que à mesa ainda se mostrará melhor.

De aproveitar esta edição 2019 pois em 2020 não haverá... PVP 35€


Sérgio Costa Lopes

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Em Prova: Costa Boal Homenagem Grande Reserva Branco 2015

 .
Este branco é o topo de gama no Douro do produtor (faz também os excelentes vinhos Palácio dos Tavoras em Trás-os-Montes). É de facto um branco de enorme qualidade, desenhado sabiamente pela dupla Antonio Boal / Paulo Nunes.

Produzido a partir de uvas colhidas numa vinha localizada em Cabêda, Alijó, das castas Códega de Larinho, Rabigato, Gouveio e Arinto. Teve estágio de 18 meses em barrica de carvalho francês e foi refrescado com um lote da colheita de 2017, da mesma parcela.

Nesta fase é um "monstro" pleno de frescura e muito volumoso, num perfil amanteigado e untuoso. No nariz (e também na boca) nota se a barrica, mas de elevadíssima qualidade a conferir complexidade e volume, sem nunca se desgarrar de uma acidez bem alta que lhe confere um final muito longo. Elegante, gordo e cheio de camadas por descobrir, será muito interessante prova-lo nos próximos anos.

Acompanhou brilhantemente um bacalhau à Gomes de Sá. PVP 65€


Sérgio Costa Lopes

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Em Prova: Oboé Superior Branco e Tinto


Em Tabuaço situa-se a CVD - Companhia de Vinhos do Douro, cujas marcas Oboé e Fagote são reconhecidas. Curioso que o confinamento nos permite voltar a beber vinhos que já não provava há imenso tempo. A Gama Oboé Superior tem passagem por madeira para conferir mais volume e complexidade.

O Oboé Superior Branco 2018, fresco - notas herbáceas, suave e frutado delicado, com untuosidade qb conferida pela madeira bem integrada, corpo médio e final muito agradável. Com apenas 12.5 graus de alcool, um vinho sem exageros. Gostei particularmente pela sua elegância.

O Oboé Superior Tinto 2018 com fruta fresca, madeira bem integrada apenas a acrescentar alguma complexidade, taninos polidos, corpo médio e final médio +. Também bem conseguido e sem qualquer sobrematuração. Equilibrado e fresco. Ambos a um Pvp de 12€. 

O branco acompanhou uma pescada gratinada no forno. O tinto, uma jardineira de vitela arouquesa. Ambos, lindamente.


Sérgio Costa Lopes


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Em Prova: Manolito Tinto e Branco

 

MANOLITO BRANCO 2019 e MANOLITO TINTO 2018
O "velho" Manolito gostava de viajar e conhecer novos povos e culturas, voltando sempre à sua terra para contar por onde tinha andado e o que tinha feito, junto da sua família e amigos, beber um copinho de vinho acabado de sair do pote, ouvir e cantar o cante. Durante as inúmeras experiências nas suas viagens, carregava sempre consigo a alma Alentejana.
É este o mote para uma referência da @adega.marel que pretende ser o encontro entre a tradição e a contemporaneidade, numa garrafa.
O Manolito Branco 2019 junta assim o Antão Vaz de uma vinha com cerca de uma década, com uma vinha velha de Diagalves. O Antão vaz em Inox, com ligeira “bâtonnage” das borras finas durante 2 meses. Já as uvas de vinha velha, onde pontifica maioritariamente a Diagalves, foram tratadas à luz do conhecimento mais antigo. Totalmente tratada como Vinho de Talha.
O Manolito Tinto 2019 junta trincadeira de uma vinha com 10 anos, com passagem apenas por Inox; com Moreto de uma vinha velha totalmente tratada como vinha de talha.
E não é que o resultado é excelente?!
O branco é tenso, untuoso qb, mais gordo que a edição anterior, num misto de fruta e notas cerosas. Alguma austeridade marca o corpo, num branco de final longo e cheio de personalidade. Gostei muito!
O Tinto apresenta uma fruta vermelha madura fresca linda, em paralelo com notas terrosas muito interessantes. Boca com taninos sedosos e finál sumarento. De corpo médio mas com muito sabor! Terminou a garrafa num ápice.
Dois vinhos gulosos, secos e frescos, onde a conjugação de talha com inox resulta lindamente num conjunto muito equilibrado e prazeroso. Pelas mãos do nosso aspirante a "master of wine", o enólogo @tiago.a.macena. Muito bem!
Ambos a um Pvp de 14,5eur. Podem ser adquiridos em https://adegamarel.pt/shop/

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Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Em Prova: Adega Mayor Reserva Tinto 2018

 
De Campomaior, chega este vinho da @adega_mayor composto por Aragonez, Touriga Nacional e Alicante Bouschet. O rotulo é muito bonito evocando os tempos antigos da cidade, com fotografia de Fernando da Silva Dias.

O vinho - moderno e equilibrado sem esconder de onde vem. Nariz com fruta preta, especiaria, pimenta e chocolate. Em equilíbrio. Na boca, confirma esse equilíbrio, com uma boca fresca, taninos polidos e final médio +. Acompanhou uma carne grelhada na perfeição.

Um tinto muito bem desenhado. Excelente opção abaixo de 10eur e será bastante consensual.


Sérgio Costa Lopes

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Em Prova: Gandim Tinto 2016

 
@artisansterroir é um recente produtor de vinhos, de edições limitadas, que rondam as 260 a 300 garrafas, sendo que por ano produz uma barrica de cada uma das suas referências.

Das mãos deste jovem Enólogo Mauro Azóia, resultam vinhos realizados com a mínima intervenção, não filtrados e estabilizados de forma natural.

São vinhos provenientes da região de Lisboa, em solos argilo-calcários, apesar de serem vendidos como vinho de mesa sem ano e casta.

O Gandim Tinto 2016 á um 100% Syrah e passa 18 meses em barricas usadas.

O nome é em homenagem ao pai de Mauro que era conhecido pelo Gandim.

Este vinho é num registo de mais volume e estrutura. Mais maduro e "redondinho", sem perder frescura. Nariz bonito entre fruta preta, notas balsâmicas, pimenta e especiarias. Na boca apresenta um bom corpo, taninos aveludados e final longo, com notas de cacau e especiaria. Pvp 30eur. Bom vinho neste registo.

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Sérgio Costa Lopes


domingo, 7 de fevereiro de 2021

Em Prova: Sem Igual Espumante Pet Nat Rosado 2019

 

O casal João Camizao e Leila estão por trás do projecto 100 Igual, localizado em Meinedo - Lousada, a apenas 40 minutos do Porto. Vinhos secos, muito frescos e gastronómicos que precisam de tempo em garrafa.
O Sem Igual Espumante Pet Nat Rosado 2019 é produto das castas Touriga Nacional e... Baga! Das vinhas mais novas. O resultado um vinho desconcertante. A cor é de um laranja claro, turvo no copo, uma vez que este tipo de vinho não tem filtração (nem adição de sulfuroso). Nariz com explosão de frescura e notas leves perfumadas de fruta vermelha (morango/framboesa) e pedra molhada. Na boca é fresco, seco, com bolha presente mas nada agressiva nesta fase, terminando com uma acidez deliciosa que nos faz querer beber mais um copo.
Um vinho altamente versátil à mesa, que pode acompanhar entradas, pratos leves e até sobremesas.
Numa altura em que começam a sair para o mercado os pet nat 2020, impressiona a forma magnífica em que este 2019 se apresenta. Uma primeira edição de sucesso. Pvp 18eur

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Sérgio Costa Lopes

sábado, 6 de fevereiro de 2021

VideoProva: Titan Of Tàvora-Varosa Daemon Branco 2018

Um Conto de Baco - Ep01 - Titan Of Tàvora-Varosa Daemon 2018. Um branco fantástico, da Távora-Varosa, by Luis Leocádio. Nesta nova rubrica o vídeo tem 3 partes: Na Primeira Parte conta-se a história ao Diogo; Na Segunda Parte há a prova técnica. Por fim, o Diogo o solta-se... lol. Espero que gostem:

     

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Sérgio Costa Lopes

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Em Prova: Aphros Ten Branco 2019

 

Este é o "primeiro vinho" do projeto Aphros. "Ten" porque contém apenas 10 graus de alcool. Apresenta também cerca de 8 gramas de açúcar, mas quase 8 de acidez...o que resulta num vinho que assim é bastante equilibrado e de certa forma se tenta aproximar dos loureiros mais clássicos da região ‐ mais frutados e com algum açúcar residual.
Nariz com notas tropicais, floral e limão. Leve perceção de doçura. Boca com acidez lancinante, fresco, com crocancia, final médio, algo agridoce, ou seja com a tal doçura balanceada pela incrivel acidez. Talvez o Aphros mais "acessível". Ainda assim, é um Aphros... A acidez tá lá... Pvp 8eur. Gostei. Estou a ver isto a ligar com sushi por exemplo...


Sérgio Costa Lopes


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Em Prova: Raspanete Branco 2019

 
@artisansterroir é um recente produtor de vinhos, de edições limitadas, que rondam as 260 a 300 garrafas, sendo que por ano produz uma barrica de cada uma das suas referências.

Das mãos do jovem Enólogo Mauro Azóia, resultam vinhos realizados com a mínima intervenção, não filtrados e estabilizados de forma natural.

São vinhos provenientes da região de Lisboa, em solos argilo-calcários, apesar de serem vendidos como vinho de mesa sem ano e casta.

O Raspanete resulta em homenagem à filha de Mauro Azoia - lol. Há Branco e tinto.

O branco é 100% Sauvignon Blanc, com estágio de 9 meses em barricas usadas e com battonage.

Nariz complexo e algo austero, com os marcadores da casta relva cortada e espargos, mas também notas apimentadas a fazer lembrar curiosamente pimento padron. Alguma mineralidade e leve fruto seco. Na boca, fresco, com uma boa acidez, de novo especiado e a surgir fruta branca madura a envolver um conjunto com untuosidade e bom comprimento, com os 13.5 graus de alcool a contribuir para um final cheio . Pvp 17eur.


Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

DOUTUA BRANCO e TINTO

O vinho Dou Tua provém de um local cuja paisagem é o encontro do rio douro com o rio tua – imagem do rótulo". Trata-se de um projecto Duriense muito recente, localizado em Carrazeda de Ansiães.

O DouTua Branco 2019 é leve, com traços citrinos e minerais, de corpo médio e equilibrado por uma boa acidez. 9eur.

O DouTua Tinto 2015 apresenta um nariz complexo, com fruta vermelha algo licorada, especiaria da madeira e toques balsâmicos. Na boca, corpo médio, alguma percepção de barrica mas bem integrada, taninos médios e final de bom comprimento, levemente vegetal. Um tinto num perfil mais classico mas que nunca cai em sobrematuração. Pvp 19eur.

Para acompanhar a evolução deste jovem projecto.

Os vinhos podem ser adquiridos na garrafeira online vinhedo.pt

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Prova dos vinhos Quinta da Lapa

A Quinta da Lapa situa se em Manique do Intendente, na margem Norte do rio Tejo, em solos maioritariamente argilo-calcários. Provados os seus vinhos, o meu destaque vai claramente para o Fernão Pirão, para mim o melhor vinho e com direito a post à parte.

Sobre os restantes:

O clarete é um vinho bem curioso, mistura das castas Trincadeira das Pratas e Castelão. Leve (12 graus de alcool), com alguma fruta e ligeiramente vegetal, corpo e final médio. Bom companheiro para grelhados de verão. 6eur.

Da gama reserva, o branco tem uma receita que o torna comercial - frutado, levemente mineral e austero, envolto em barrica para lhe conferir um equilíbrio de doçura. Agradável por 7eur. Já o reserva tinto está carregado de fruta compotada e madeira bem evidente. Um registo que não é do meu agrado, mas que ainda tem muitos adeptos. E custa 14eur.
Finalmente, o Quinta da Lapa Reserva Cabernet Sauvignon, apesar de considerar que também tem um pouquinho de madeira / baunilha a mais, resulta num bom exemplar da casta, para quem se quer iniciar na mesma. Algum pimento, mas também fruta e especiarias num tinto com corpo médio, taninos suaves e final equilibrado com leve perceção de doçura bem disfarçada pela casta. 8eur.

São vinhos num registo mais compotado/maduro, talvez mais internacional. Fiquei com a sensação que o potencial é bastante elevado.
Os vinhos podem ser adquiridos em PMT Wines ou online no site do produtor.