quarta-feira, 26 de junho de 2013

Abandonado Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor: Domingos Alves de Sousa

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela e Outras

Preço Aprox.: 69€

Veredicto: Foi o vinho que bebi no meu jantar de aniversário, ontem. A expectativa era enorme, pois sou um apaixonado por este vinho, feito por Tiago Alves de Sousa. Estava sublime,deliciosamente complexo e desafiante, um jovem imberbe, que dá muito prazer, desde já, mas que o tempo de garrafa o fará ainda mais celestial.

"Uma vinha a passar os 80 anos de idade, com várias falhas derivadas de um parcial abandono durante alguns anos. Numa zona de intensa exposição e com enormes afloramentos de xisto à superfície onde nem uma única erva subsiste. As gentes da Quinta depressa a apelidaram de “Vinha do Abandonado”. Durante anos tentamos recuperar a vinha e replantar as videiras desaparecidas. Até que desistimos. Apesar de todo o nosso cuidado apenas as cepas mais velhas eram capazes de subsistir em condições tão extremas. Em 2004 decidimos isolá-la pela primeira vez na adega da Quinta da Gaivosa. Revelou imediatamente uma personalidade e carácter únicos. Decidimos engarrafá-lo em homenagem às igualmente únicas vinhas velhas do Douro, que um dia desaparecerão. Hoje as celebramos."




Tenho dificuldade em falar sobre este vinho, pois é um autêntico recital de deliciosa complexidade. Fruta preta deliciosa, mentolado, fumo, frescura, estrutura, taninos hiper sedosos -  de veludo... Final interminável e a pedir novo copo.  Cheio de vigor e simultaneamente finesse. Magnífico!

Um dos vinhos melhor pontuados quer nacional, quer internacionalmente e uma verdadeira obra-prima. Um diamante por lapidar.

Classificação: 19

Sérgio Lopes

domingo, 23 de junho de 2013

Quinta da Fata Reserva 2003


Ano: 2003

Produtor: Quinta da Fata

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: Touriga Nacional, Jaen, Alfrocheiro, Aragonês

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Em conversa com o produtor, Sr. Eurico Ponces de Amaral, referi que gostava de provar um Touriga Nacional mais antigo, uma vez que o de 2009, do qual ainda tenho uma caixa, está muito novo parar beber, embora desde já delicioso... Não tive sorte. Ou melhor, tive sorte, pois a sugestão recaiu num belo reserva, o Quinta da Fata Reserva 2003. Dizia-me o Sr. Eurico: "Vai beber este vinho. Ou é muito bom, ou então, deitá-lo pia abaixo...!". Pois... pela imagem acima, é possível constatar a vivacidade do vinho, na magnífica e opulente cor apresentada. Foi um verdadeiro deleite.

Os Reserva da Quinta da Fata são produzidos das castas tradicionais do Dão. Este, o de 2003, menicona no rótulo: pequenas parcelas de Tinta Roriz, Alfrocheiro, Jaen e Trincadeira, predomina a casta Touriga Nacional. Não sei se em todos os anos a predominância é de Touriga Nacional, mas neste caso, talvez ajude a explicar a excelente evolução apresentada pelo vinho.

Vinho de Lagar e que expressa na perfeição o terroir da Quinta da Fata e o seu carácter rústico, com aromas resinosos, a pinho, esteva, fruta negra - deliciosamente complexo. Na boca, enorme frescura, decorrente da excelente acidez. Taninos muito vivos e polidos com o passar do tempo em garrafa a dar uma prova deliciosa, num final muito longo e persistente.

Um grande vinho, 10 anos após a data de colheita, com uma vivacidade estonteante.

Classificação: 17

Sérgio Lopes

sábado, 22 de junho de 2013

Burmester associa-se ao Porto Sunday Sessions

Programa
A partir deste fim-de-semana e até final de Setembro, todos os domingos, no Porto, têm banda sonora em ambiente descontraído, até ao pôr-do-sol. Está de volta o Porto Sunday Sessions e, com ele, mais de 50 horas de música para aproveitar ao longo de três meses, sempre aos domingos, às 16h00. O Porto Sunday Sessions é uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto, através da Porto Lazer, e tem entrada livre. Para esta edição, os espaços escolhidos são o Parque da Cidade, nos meses de junho e setembro, o Jardim do Passeio Alegre, em julho, e o Jardim de São Lázaro, em agosto. O evento vai acontecer todos os Domingos, de 23 de Junho a 29 de Setembro, entre as 16:00 e as 20:00. Para além da presença de Djs, A marca Burmester associa-se ao evento, com um espaço próprio, onde é possível degustar uma seleção dos seus vinhos do Porto e DOC Douro, que poderão ser adquiridos a copo ou a garrafa. Mais um pretexto para passar belos fim-de-tarde de Sol na cidade do Porto, todos os Domingos de Verão!


Sérgio Lopes

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Vinhos JP


É um facto estatístico que o valor médio que o consumidor paga por um vinho em Portugal se situa nos 2€... Talvez o Bag-In-Box que prolifera nas grandes superfícies seja representativo e ajude a estatística. Mas também é verdade que cada vez existem mais opções abaixo de 3€ capazes de dar boa prova e permitir uma relativa satisfação. Isto é, o vinho português está por um lado perigosamente mais barato (para o produtor) neste segmento de preço, por outro, o consumidor tem acesso a vinhos de qualidade, a preços reduzidos. Pescadinha de rabo na boca? Talvez. Mas com a quadra São Joanina a se avizinhar, decidi falar-vos de uma marca que é um autêntico campeão de vendas cá dentro e lá fora. Trata-se da marca JP, da Bacalhoa Vinhos, referência de grande volume e que se consegue encontrar em todo o lado. Acompanhará seguramente as sardinhadas lá de casa, se não se quiser gastar muito dinheiro (ou tal não for possível).

Provei à dias as colheitas mais recentes do tinto e do branco e não fiquei desiludido. Óbvio que não encontramos grandes vinhos, antes porém, vinhos bem feitos, fáceis e directos. Mas, bem feitos - isso mesmo -  e a um PVP a a rondar os 2,20€.

O JP Branco, feito de Fernão Pires e Moscatel, um vinho fresco e fácil, onde aparecem as notas frutadas e florais, respectivamente, das castas a que lhe dão origem. A boca é fresca e o final interessante. Bebê-lo fresco e temos vinho para acompanhar as sardinhas! (14 valores)

O JP tinto, feito de Castelão, Aragonês e Syrah, bastante leve e delgado, com a fruta em evidência, num registo directo e de final agradável. Não tão bom quanto o branco, na minha opinião, mas ainda assim, a uma temperatura mais baixa capaz de ombrear com as sardinhas. (13,5 valores).

Ambos, vinhos para beber desde já, isto é, novos. Já agora, não gosto mesmo nada de sardinhas...


Sérgio Lopes



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Adegga Summer Wine Market 2013


O Summer Wine Market está de volta para a 7ª edição! Contará novamente com a presença de 40 produtores que no dia 29 de Junho irão dar a provar alguns dos melhores vinhos de Portugal num evento informal, num espaço diferente e com a presença de um delicioso Sushi bar. 

Destaque para a grande novidade deste ano, denominada Adegga Selection - uma selecção de vinhos Premium numa experiência única e exclusiva com vinhos de topo Portugueses.

Tudo isto e muito mais, no Hotel Florida, dia 29 de Junho, em Lisboa. Imperdível!

Clicar na imagem acima para mais info sobre o evento, na página oficial.

Sérgio Lopes

terça-feira, 18 de junho de 2013

Amorim lança rolha de cortiça que não precisa de saca-rolhas


A Corticeira Amorim acaba de lançar um novo sistema para acondicionar o vinho que não precisa de saca-rolhas. Trata-se de uma combinação entre a cortiça e a garrafa que permite uma abertura fácil de um vinho de consumo rápido. Este novo conceito tem o nome de Helix e foi apresentado em Bordéus, na Vinexpo, a maior feira de vinhos do mundo.

A partir de agora basta usar o polegar para fazer a rolha de cortiça saltar de uma garrafa de vinho. A Helix promete revolucionar o mundo das rolhas e das embalagens de vidro combinando uma rolha de cortiça ergonomicamente desenvolvida e uma garrafa de vidro com uma rosca interior no gargalo. Tudo isto, sem perder a sonoridade característica associada à abertura de uma garrafa de vinho.

Destinada a vinhos de consumo rápido, com preços de venda ao público entre os cinco e os dez euros, a Hélix foi testada por uma dezena de caves de três países com boa recetividade, diz a Corticeira.

Será o fim do saca-rolhas?

Sérgio Lopes

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Duorum Colheita 2011

Ano: 2011

Produtor: Duorum Vinhos

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz

Preço Aprox.: 9,99€

Veredicto: Gama média do produtor, que de ano para ano tem mantido a sua consistência, perfil e excelente performance, uns degraus acima de outros vinhos do mesmo patamar de preço.

Produzido com os 3 Ts do Douro, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, é um vinho com tudo no sítio, onde a frescura e a elegância são a nota dominante.

De cor ruby, bem carregada e rebordo violáceo, o nariz aparece muito fresco e complexo, com forte presença da fruta silvestre vermelha e preta madura, algum cacau, tosta da madeira e leve baunilha. Na boca, corpo médio, taninos macios e suaves, num registo equilibrado e com final de boa persistência.

Uma escolha segura, eminentemente gastronómica.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor, ao qual agradecemos.

Classificação: 16

Sérgio Lopes

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Soalheiro 2012

Ano: 2012

Produtor: Quinta de Soalheiro

Tipo: Branco

Região: Verdes (Sub- Região de Monção e Melgaço)

Castas: Alvarinho

Preço Aprox.: 8,50€

Veredicto: Um dia destes ouvi um enólogo mencionar a seguinte expressão: "Difícil é fazer um vinho que tanto é apreciado por quem não está habituado a beber vinho como por aqueles apaixonados pelo mesmo". É o caso deste vinho. Parece-me consensual ser um vinho muitíssimo bem feito, digno exemplar da casta Alvarinho e da sub-região do Monção e Melgaço, com a particularidade de se facilmente encontrar em qualquer parte do país, desde garrafeiras, restaurantes ou grandes superfícies.

Para mim, já o disse repetidas vezes - Alvarinho = Soalheiro. É daquelas coisas que estão implícitas, tal o pioneirismo da casa na aposta da casta e a consistência apresentada ao longo das últimas décadas. É sempre uma escolha segura, com uma dose de complexidade à mistura.

Quanto ao vinho, perfil clássico Alvarinho Soalheiro, com fruta citrina, nuances tropicais e muita mineralidade. Boca muito fresca e elegante. Final intenso e muito saboroso.

Grande branco. Muito bom.

Classificação: 17

Sérgio Lopes

quarta-feira, 12 de junho de 2013

23ª Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais


De 14 a 16 de junho, Ponte de Lima acolhe a Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais na Expolima, um certame que celebra em 2013 a vigésima terceira edição afirmando a EnoGastronomia como um dos principais atrativos turísticos da economia local.

Destaque para o XI Concurso dos Vinho Verdes de Ponte de Lima, que se realiza no dia 15 de Junho´, cuja produção está a cargo da Revista de Vinhos, parceira da organização e  responsável por toda a cobertura mediática do evento antes e após a sua realização. Os resultados do XI Concurso dos Vinho Verdes de Ponte de Lima serão divulgados na edição de Julho da Revista de Vinhos,

Esta vigésima terceira edição da Festa do Vinho Verde e Produtos Regionais de Ponte de Lima, para além da disponibilização de um sem número de ações de promoção dos sabores da terra, inclui ainda uma Prova Vertical conduzida pelo reconhecido enólogo Anselmo Mendes e pelo diretor da Revista de Vinhos, totalmente gratuita mas sujeita a inscrição prévia.

Programa:


Sérgio Lopes

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Quinta do Vale da Raposa Sousão 2010

Ano: 2010

Produtor: Domingos Alves de Sousa

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Sousão

Preço Aprox.: 20€

Veredicto: Mais um monocasta proveniente da Quinta Vale da Raposa, desta feita 100% Sousão, casta também conhecida como Vinhão, na região dos Vinhos Verdes e que por lá é  responsável pelos famosos e bem regionais vinhos verde tintos "que pintam a malga", adorados por uns (muitos), considerados imbebíveis por outros. Ora, no Douro esta casta tem vindo a resgatar a sua notoriedade. É uma casta tintuteira, capaz de produzir, como varietal ou em lote, vinhos com carácter e personalidade.

Nesta incursão de Tiago Alves de Sousa pelo Sousão, aqui aparece surpreendemente "domada", com um perfil sumarento e de grande complexidade.

Medalha de prata no concurso internacional Decanter, trata-se de um vinho que apresenta uma cor granada densa. O aroma é de enorme profundidade e complexidade onde predomina a fruta preta, notas de chocolate, leve balsâmico e especiaria de qualidade. Na boca, bastante encorpado, com taninos maduros e algo sedosos, terminando sumarento, intenso e bastante longo.

Muito bem conseguido, gastronómico e sério. Para beber desde já ou guardar.

Classificação: 16,5

Sérgio Lopes

sábado, 8 de junho de 2013

Soalheiro Primeiras Vinhas 2011


Ano: 2011

Produtor: Quinta de Soalheiro

Tipo: Branco

Região: Verdes (Sub- Região de Monção e Melgaço)

Castas: Alvarinho

Preço Aprox.: 15€

Veredicto: Fiquei em extase! Tinha bebido o Soalheiro Primeiras Vinhas 2010, no início de 2012 e fiquei maravilhado. Agora, finalmente, tive a oportunidade de me deliciar com o 2011 e confirmei a boa memória que tinha...aliás, reforcei-a - Este vinho é de outra galáxia! Adorei.

Soalheiro, é seguramente sinónimo de Alvarinho, mas quando provamos este vinho, esquecemo-nos da casta, para nos focarmos na complexidade e finura que o vinho apresenta. É claro, que é graças ao Alvarinho que o vinho é o que é, feito das primeiras vinhas da Quinta de Soalheiro, vinhas essas com mais de 30 anos, de produção biológica. Uma pequena parte fermenta em barricas, mas todo ele é maioritariamente inox. Está lá o perfil do Alvarinho Soalheiro, mas com outro requinte e sofisticação.

Este vinho é difícil de descrever. Cresce a cada copo, melhora a cada gole, impressiona a cada final de boca.

Desta vez, não estou para chavões sobre as notas de prova, apenas mencionar que é obrigatório beber este vinho antes de morrer. Um branco capaz de ombrear com qualquer branco internacional e capaz de transportar a casta Alvarinho e o vinho português para outra dimensão!

Aroma elegante, fino e complexo, corpo untuoso, mineral e fresco, final delicioso que nunca mais acaba e que apetece repetir.

São só 10.000 garrafas. O preço é tudo menos proibitivo, para a qualidade apresentada. Eu ainda tenho 2 exemplares (tinha 3, mas bebi 1). Dizem que é vinho que se devem guardar umas quantas garrafas, pois só vai melhorar. Eu acredito e subscrevo. Duvido é que vá aguentar não o beber nos próximos tempos...

Classificação: 18,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Taste Douro 2013


Arte, Vinho e Gastronomia, num só espaço, é o mote para o evento Taste Douro 2013, que decorre no Museu de Lamego, de 7 a 9 de Junho, ou seja, já no próximo fim-de-semana, num evento enogastronómico organizado pela Beira Douro, com o objectivo de divulgar, promover e dinamizar a região. Durante os 3 dias, dezenas de produtores portugueses dão a provar alguns dos mais emblemáticos vinhos da região, nos espaços gastronómicos representados no evento não faltarão pretextos para degustações exclusivas e a enóloga Raquel Sousa ajudará com dicas práticas e essenciais em diversas "conversas sobre o vinho".

A entrada tem o valor de 3€, com copo de prova incluído e que confere acesso gratuito a todas as atividades que constam no programa. Clique na imagem acima para aceder a todos os pormenores relativos ao evento, incluindo a lista de expositores presentes.



Sérgio Lopes

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Quinta da Lixa brilha no concurso "Best Of Vinho Verde"


Os melhores vinhos da região dos Vinhos Verdes estiveram a concurso, num certame organizado há mais de 25 anos pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) e que cuja edição de 2013, decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto. Ao todo, foram premiados 91 vinhos, 12 dos quais com ouro, 13 com prata e 58 com o troféu Verde Honra. 

Os Best Of, o mais alto galardão dos Melhores Verdes, atribuído por um júri internacional composto por especialistas provenientes dos principais mercados de exportação – EUA, Alemanha, Brasil, Canadá, Suécia, Reino Unido e Suíça – a que se junta um representante do mercado nacional, são, em 2013, dominados pela casta Loureiro, que coloca três vinhos no top 6 de um dos mais antigos concursos de vinhos do país.

A Quinta da Lixa, localizada na sub-região do Sousa, com 10 hectares de vinha, está representada com dois vinhos nos Best Of: o QL- Aromas das Castas branco, um blend Alvarinho/Trajadura já premiado internacionalmente no Concurso Mundial de Bruxelas, e o Quinta da Lixa Loureiro, obtido a partir exclusivamente da casta que lhe dá nome. Aliás, a Quinta da Lixa, foi galardoada nada mais nada menos, com 10 medalhas (!) neste concurso. Bravo!

Outro Loureiro premiado pelo júri internacional é o Casa de Vilacetinho, produzido em Alpendorada, na sub-região de Amarante, numa propriedade de 30 hectares de vinha que também alberga uma elegante e histórica casa dos séculos XVII e XVIII. De Arcos de Valdevez, na sub-região do Lima, veio outro monovarietal Loureiro também galardoado com o troféu Best Of: o Casa da Senra, produzido pela Abrigueiros.

O vinho Regueiro Secreto, produzido, na sub-região de Monção e Melgaço, na Quinta do Regueiro, em Alvaredo, foi outro dos galardoados com "Best Of". Finalmente, produzido por José Manuel Bernardes, em Castelo de Paiva, na sub-região de Paiva, o Quinta de Valetruto, da casta Arinto, a ser escolhido pelo júri internacional para pertencer ao lote dos melhores entre os melhores do concurso da CVRVV.

De destacar nesta edição, por um lado,  a consagração da casta Loureiro, por outro lado, o surgimento de novos jovens produtores, a trazer à ribalta o carácter das sub-regiões, bem como a especificidade dos monovarietais (Arinto, Avesso, Loureiro, Alvarinho, Azal, entre outros).

Pode consultar a lista completa dos medalhados, AQUI.


Sérgio Lopes

terça-feira, 4 de junho de 2013

Monte Cascas Reserva Douro Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Casca Wines

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz

Preço Aprox.: 9,90€

Veredicto: O duo dinâmico que constitui a empresa Casca Wines, utilizou para este vinho, uvas de parcelas diferentes, com idades e altitudes diferentes, todas é claro do Vale do Torto e alguma coisa do Vale do Pinhão. All next to Douro River... Curiosamente, a composição do lote, que estagia 12 meses em barricas de carvalho francês usadas é aquela usualmente utilizada para fazer Vinho do Porto, neste caso com predominância clara da Touriga Franca - 70% Touriga Franca, 20% Touriga Nacional, 10% Tinta Roriz.

De cor granada, no aroma, surgem notas de fruta preta, juntamente com especiarias e ainda alguma tosta da barrica. Na boca, confirma os aromas retronasais apresentados. Com bom corpo, fresco e taninos redondos, embora ainda um pouco marcados pela tosta. Termina de agradável persistêmcia.

Um vinho bem feito, a remeter claramente para o universo Douro. Uma escolha segura, dentro da faixa de preço apresentada (<10€).

Classificação: 16

Sérgio Lopes

sábado, 1 de junho de 2013

Prova dos vinhos Casa do Arrabalde

A Casa do Arrabalde, propriedade familiar há mais de seis gerações, fica localizada na região dos vinhos verdes, mais propriamente em Baião, terroir de eleição da casta Avesso, casta capaz de proporcionar vinhos com uma acidez crocante e vida longa em garrafa. Em 1991 foi iniciado um processo de reestruturação da vinha, tendo sido substituídas as típicas ramadas pelo plantio de castas típicas da região avesso, arinto e Alvarinho, 

Para além da Casa do Arrabalde, a família adquiriu a Quinta dos Espinhosos, situada no sudeste da região do Minho, Portugal. As vinhas foram plantadas com uvas de Chardonnay e com autóctones de Avesso. Esta propriedade encontra-se numa altitude mais baixa do que a do arrabalde, perto do Rio Douro e por isso o vinho reflete dias mais quentes com grandes amplitudes térmicas e solos de granito bem drenados.

Neste momento existem portanto duas referências, O Casa do Arrabalde feito de Avesso, Alvarinho e Arinto e o Espinhosos, feito de Avesso e Chardonnay. 


Casa do Arrabalde Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: A&D Wines

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Avesso, Alvarinho e Arinto

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: Avesso, Alvarinho e Arinto. Nariz frutado, com predominância de fruta branca, com muito leve tropical, quase imperceptível. Muita mineralidade no primeiro impacto que se confirma na boca. De corpo médio, exibe uma enorme frescura, fruto de uma acidez crocante. O final é de média persistência.

Vinho marcado por uma acidez e mineralidade bem interessantes. Provei o 2012. Creio que se aguardar mais algum tempo, ou se tiverem oportunidade de beber o 2011, tanto melhor, uma vez a acidez está ainda muito patente. Elevado potencial.

Classificação: 15,5



Espinhosos Branco 2012

Ano: 2012

Produtor: A&D Wines

Tipo: Branco

Região: Regional Minho

Castas: Avesso, Chardonnay

Preço Aprox.: 7€

Veredicto: Avesso, Chardonnay, com battonage. Nariz mais fino e elegante que o Casa do Arrabalde. Frutado e mineral, com enorme frescura, o que se confirma na boca. Corpo bem estruturado, volumoso, fresco e com final bem agradável, focado na fruta. Gastronómico e bem diferente do habitual, com requinte.

Claramente a descobrir. Será com certeza muito interessante provar algumas colheitas com 2 ou 3 anos e verificar a sua evolução, potencialmente muito positiva.

Classificação: 16


O primeiro contacto que tive com o produtor ocorreu na edição deste ano da EV - Essência do Vinho, tendo ficado agradavelmente surpreendido com a qualidade e diferença dos vinhos apresentados e comentados acima. O Avesso é a base dos dois vinhos, sendo que o Casa de Arrabalde é mais "Vinho Verde", enquanto que o Espinhosos, com a inclusão do Chardonnay, procura chegar mais facilmente aos mercados internacionais. Ambos, merecem a nossa atenção.


Sérgio Lopes