terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Produtor Revelação do Ano : Quinta da Sequeira

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2013. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Finalmente, a escolha para produtor revelação do ano.

QUINTA DA SEQUEIRA (Douro Superior)

Há cerca de 4 anos atrás, numa ida à terrinha, Foz Coa, tivemos o privilégio de fazer uma prova memorável na Quinta da Sequeira com o enólogo e amigo José Eduardo Conceição. Lembro-me do frio que se fazia sentir e de estarmos a provar os vinhos com o aquecedor ligado. Provamos os tintos, incluindo o grande reserva 2007, o Late Harvest e o Branco, entre outros. Terminamos com um Vinho do Porto da casa, que teria 100 anos e que vos posso confessar foi inesquecível...! O mesmo Porto que agora será engarrafado em limitadíssima edição, e que fará seguramente furor...


Isto para dizer que a prova foi realmente o primeiro grande contacto com os vinhos da Quinta da Sequeira, mas também afirmar que existe uma Quinta da Sequeira em crescendo e afirmação desde essa altura. Se essa visita foi o começo, neste momento a Quinta da Sequeira é uma certeza. O perfil dos vinhos foi-se afinando de acordo com as pretensões do produtor e naturalmente o projeto foi-se cimentando e ganhando novas referências, com a inclusão de vários tintos, brancos e o rosé. 

Diria que o perfil dos vinhos tintos consegue agregar a potência á frescura e elegância, num conjunto apetecível e de elevada longevidade. Os brancos são deliciosos, minerais e frescos. O late Harvest de Malvasia Fina, singular. Mas o destaque de todo o portfolio vai seguramente para os grande reserva tinto e brancos, vinhos complexos, desafiantes e potentes. O Grande Reserva Branco foi mesmo o grande vencedor no Festival de Vinhos do Douro Superior deste ano. A minha caixa destes vinhos está por enquanto na garrafeira, a esperar pelo momento de prova ideal...

Por tudo isto, urge conhecer melhor este projeto e a região do Douro Superior, região com um potencial enorme. Quanto à Quinta da Sequeira bebam e apreciem. O futuro tem tudo para continuar a ser risonho.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Enóloga do ano: Rita Ferreira Marques

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2013. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. E a escolha para o enólogo do ano vai para...

RITA FERREIRA MARQUES (Douro Superior)

Rita Ferreira Marques é uma das mais excitantes enólogas da sua geração. O seu projeto - vinhos Conceito tem origem na aldeia de Cedovim, no topo Douro Superior. As vinhas da sua família, que herdou, situam-se entre os 300 e 400 m de altitude onde o microclima é particularmente ameno e fresco. No total são cerca de 73 hectares de vinha divididos pelas: Quinta da Veiga, Quinta do Chão-do-Pereiro e Quinta do Cabido. 

Jovem e irreverente, esta "miúda" pegou no património familiar e decidiu expressar o que de melhor o terroir mostra: Frescura, elegância e pureza aromática, são por ventura marcas da enóloga, inconfundíveis. Mas o seu projeto não se circunscreve apenas ao Douro Superior. Rita foi formada na UTAD, mas estagiou além-fronteiras o que a levou a fazer o seu vinho na África do Sul ou na Nova Zelândia, tentando aplicar o seu conceito aos terroirs em questão. Ultimamente, está mais "caseira" tendo a sua mais recente aventura passado por fazer um Alvarinho proveniente da sua região de origem, nomeadamente a sub-região de Monçao e Melgaço. 

Esta jovem não pára de surpreender, mas uma coisa é certa, em todos os seus projetos aplica o seu conceito de vinho.

Tivemos oportunidade de provar alguns exemplares do projeto Conceito que faz parte dos Young Winemakers Of Portugal. As notas de prova podem ser consultadas aqui no blogue. Para além dos vinhos de mesa, por favor provem o vintage 2007 e o LBV 2009 que devia ter sido vintage mas não foi... Enfim e virá aí o seu conceito de Vin Paille...

Obrigado Rita!


Sérgio Lopes

sábado, 28 de dezembro de 2013

O Enófilo Principiante de novo entre os 10 nomeados por Aníbal Coutinho!



O blogue "O Enófilo Principiante" acaba de ser nomeado, pelo segundo ano consecutivo, entre os 10 melhores blogues portugueses, relacionados com a temática do vinho, pelo conceituado jornalista, crítico e formador Aníbal Coutinho, autor entres outras publicações, dos guias anuais dos melhores vinhos que se podem encontrar nas grandes superfícies. Em Janeiro de 2014, se saberá quem será o vencedor no portal de Aníbal Coutinho http://w-anibal.com.

A nomeação por si só constitui desde já um enorme orgulho, pois espelha o reconhecimento de um projecto que em breve festejará uns singelos 3 anos de existência, mas que é redigido com imensa dedicação, rigor e isenção. Não tenho por isso palavras para comentar e agradecer tamanha distinção!

Aqui fica a lista dos 10 nomeados para melhor blogue de vinhos de 2013:


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Melhores Vinhos Provados - 2013

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2013. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos melhores vinhos provados em 2013, privilegiando naturalmente os que comentamos no blogue.




TINTOS

1. Alves de Sousa Abandonado 2009 (Douro)
2. Quinta da Gaivosa 2003 (Douro)
3. Hexagon 2008 (Setúbal)
4. DSF Colecção Privada Syrah Touriga Franca 2011 (Setúbal)
5. Allgo 2011 (Dão)
6. Quinta de Lemos Jaen 2007 (Dão)
7. Quinta dos Termos Escolha Virgilio Loureiro 2006 (Beiras)
8. Quinta da Vacariça Garrafeira 2008 (Bairrada)
9. Vale de Pios 2008 (Douro Superior)
10.Mouchão 2003 (Alentejo)

BRANCOS

1. Quinta das Bageiras Pai Abel Chumbado 2011 (Bairrada)
2. Soalheiro Primeiras Vinhas 2011 (Verde)
3. Conceito 2011 (Douro Superior)
4. Quinta da Sequeira Grande Reserva 2011 (Douro Superior)
5. Conceito Nova Zelândia 2011 (Douro Superior / Nova Zelândia)
6. Redoma 2011 (Douro)
7. Quinta da Covela Edição Nacional 2012 (Verdes)
8. Quinta da Sequeira 2012 (Douro Superior)
9. Vinha do Contador 2010 (Dão)
10. Nossa Calcario 2011 (bairrada)

GENEROSOS

Qualquer Porto Vintage de 2011... embora se destaque, por exemplo:

- Quinta do Vale Meão
- Fonseca
- Dows



NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.



Sérgio Lopes

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

NIEPOORTLAND para o Natal

 

Continuando na onda Natalícia e nos vinhos do Porto, deixo aqui a sugestão dos vinhos Niepoortland. Inspirado nos famosos gémeos Tweedle da Alice no País das Maravilhas, trata-se de um duo que poderá ser uma prenda de Natal interessante e diferente para o verdadeiro iniciante no mundo dos vinhos do Porto, para que numa primeira fase tenha contacto com as duas grandes divisões do vinho generoso, Ruby e Tawny. A partir daqui poderá ir explorando o seu caminho e partindo à descoberta de LBVs, vintages, colheitas ou blends...

O Ruby Dum resulta da lotação de vinhos provenientes de vinhas de baixo rendimento localizadas na zona do Cima Corgo, no vale do Douro. Os vinhos envelhecem em depósitos de madeira de grandes dimensões cerca de 3 anos nas caves em Gaia, antes de serem engarrafados. Cor vermelha carregada e densa. Aroma vibrante e fresco, com notas de fruta madura, equilibrado, com boa estrutura e fácil de beber. Acompanha bem sobremesas à base de chocolate, especialmente chocolate negro ou queijos suaves. 

O Tawny Dee envelhece em média 3 anos e meio em pequenas pipas de Vinho do Porto nas nossas caves em Vila Nova de Gaia, antes de serem engarrafados, mostrando discretamente o seu aroma de frutos secos. Esta elegância é reforçada pelos anos de experiência do nosso Master Blender, José Nogueira. Um Vinho do Porto complexo com cor de tijolo alourado, com aroma a nozes e fruto secos. Na boca mostra-se equilibrado, com fruta jovem e carácter adocicado, bem integrado num longo e agradável final. O Tawny Dee acompanha bem sobremesas à base de nozes, tartes de frutos ou leite creme queimado.

Ambos têm um preço aproximado de 5€, em garrafas de 37,5 cl. Acessíveis. Uma prenda diferente.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Wine Spectator atribui 98 pontos ao Fonseca Vintage 2011

A revista Wine Spectator, considerada uma das mais influentes publicações do setor dos vinhos, acaba de atribuir 98 pontos (0-100) ao Fonseca Porto Vintage 2011. 

Para Kim Marcus, prestigiado crítico de vinhos e provador oficial da revista Wine Spectator para os vinhos do Porto, o Fonseca Porto Vintage 2011 é “massivo, concentrado e poderoso, revelando opulência, sabores intensos de ameixa negra, amoras e cereja ácida, com toque de anis.” O crítico acrescenta ainda que o vinho “revela uma grande consistência, proporcionando um final longo e rico com notas de chocolate preto e cremoso caramelo.”

Os expressivos 98 pontos da revista Wine Spectator juntam-se às elevadas pontuações já atribuídas este ano por outras publicações internacionais como a The Wine Advocate (99 pontos), a  Wine Enthusiast (97 pontos), ou a Wine & Spirits (95 pontos).

Depois do Vale Meão, eis outro vintage de 2011 a bater quase, quase nos 100 pontos...!


Sérgio Lopes

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

As melhores RQP 2013

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2013. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos vinhos com melhor relação qualidade-preço provados em 2013, privilegiando naturalmente os que comentamos no blogue. 


Até 6€

Excomungado Tinto 2010 - 5,5€ (Douro Superior)
Rapariga da Quinta Col. Sel. Tinto  2011 - 6€ (Alentejo)
Flor de Allgo Tinto 2011 - 6€ (Dão)
Casa da Passarela col. sel. Tinto 2008 - 3€ (Dão)
Casa da Passarela Reserva Tinto 2009 - 5€ (Dão)
Eccos da Sequeira Tinto 2010 - 5€ (Douro Superior)
Tons de Duorom Branco 2012 - 4€ (Douro Superior)
Planalto Reserva Branco 2012 - 4,5€ (Douro)
Casa da Compostela Alvarinho 2012 - 4€ (Verdes)
Beyra Branco 2011 - 3€ (Beira Interior)
Prova Régia Branco 2011 - 3€ (Lisboa)
Dory Branco 2012 - 4€ (Tejo)
Via Latina 2012 - 2,5€ (Verdes)
Aveleda Alvarinho 2012 - 5€ (Verdes)
Casa de Vilacetinho Escolha 2012 - 4€ (Verdes)
Fonte da Serrana Branco 2012 - 3€ (Verdes)
Quinta da Lixa Loureiro 2012 - 3€ (Verdes)
Quinta da Soalheira Branco 2012 - 5,5€ (Douro)
Torre de Menagem Branco 2012 - 3€ (Verdes)



Até 10€

Contraste Tinto 2010 - 8€ (Douro Superior)
Contraste Branco 2011 - 8€ (Douro Superior)
Pios Tinto 2009 - 9,5€ (Douro Superior)
Monte Ravasqueira Reserva Tinto 2010 - 9€ (Alentejo)
Fata Reserva 2003 - 8€ (Dão)
Allgo Tinto 2011 - 9€ (Dão)
Herdade Arrepiado Velho Tinto 2010 - 8€ (Alentejo)
Riso Tinto 2010 - 9€ (Alentejo)
Casa da Passarela VV Tinto 2009 - 9€ (Dão)
Periquita Reserva Tinto 2010 - 8€ (Setúbal)
Vila Santa Reserva Branco 2012 - 9,90€ (Alentejo)
Ervideira Invisível Branco 2012 - 8€ (Alentejo)
Quinta da Sequeira Branco 2012 - 9€ (Douro Superior)
Carm Rabigato 2012 - 9€ (Douro Superior)
Soalheiro 2012 - 8€ (Verdes)
Covela Edição Nacional 2012 - 8€ (Verdes)
Espinhosos Branco 2012 - 7€ (Verdes)




NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.


Sérgio Lopes

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sugestões para o Natal...

O Natal aproxima-se a passos largos e estou de volta à terrinha. Deixo assim aqui a minha humilde colaboração com algumas sugestões que podem ser prendas de Natal bem interessantes... E para fugir aos "Monte Velhos" e aos packs "Grão Vasco", vou-me centrar na disponibilidade dos vinhos na Grande Distribuição e nas garrafeiras mais conhecidas de Portugal.

Para surpreender a uma boa relação qualidade preço


Quinta da Covela Edição Nacional 2012 - 100% produzido através da casta Avesso, um branco surpreendentemente fino e delicado, produzido na região dos vinhos verdes. 8€. Disponível nas grandes superfícies.

Ervideira Invisível 2012 - Vinho branco de uvas tintas obtido a partir da lágrima de uvas tintas da casta Aragonez. Nome e conceito originais, rótulo apelativo, num vinho muito agradável, capaz de ser uma boa surpresa para levar para um jantar entre amigos ou surpreender a "dama". 8€. Disponível nas grandes superfícies.

Domingos Soares Franco Colecção Privada Syrah e Touriga Franca 2011 - Produzido pela José Maria da Fonseca, cujo enólogo Domingos Soares Franco só sabe fazer bons vinhos, este colecção privada é uma enorme surpresa. Muito floral, frutado e especiado, com taninos bem redondos e uma acidez no ponto, que o torna fresco e sumarento. 12€. Disponível no El Corte Ingles.

Pela certa e a uma boa relação qualidade preço

Soalheiro 2012 - The real Alvarinho. Perfil clássico Alvarinho Soalheiro, com fruta citrina, nuances tropicais e muita mineralidade. Boca muito fresca e elegante. Final intenso e muito saboroso. Grande branco. 8€. Disponível nas grandes superfícies.

Crasto Tinto 2011 - Vinho sem passagem por madeira, produzido pela Quinta do Crasto. Focado na fruta, na frescura e na elegência, um vinho complexo qb e consensual. 9. Disponível nas grandes superfícies.

Lello Reserva Tinto 2009 - Produzido pelos vinhos Borges, genuinamente Duriense e que dá imenso prazer a beber, a um preço simpático. 8€. Disponível nas grandes superfícies.


Para aquela pessoa que merece algo mais...

Soalheiro Primeiras Vinhas 2011 - Aroma elegante, fino e complexo, corpo untuoso, mineral e fresco, final delicioso que nunca mais acaba e que apetece repetir. Versão mais fina do clássico Soalheiro, num branco de luxo. 15€. Disponível em garrafeiras seleccionadas.

Quinta de Lemos Jaen 2007 -   Da quinta de Lemos sai por ventura o melhor Jaen de Portugal. Num registo muito elegante, gastronómico e internacional, é um Dão a conhecer e seguramente quem o provar, não ficará indiferente. 17€. Disponível no EL Corte Ingles.

Para aquela pessoa que merece algo realmente diferente...

Alves de Sousa Abandonado 2009 - Um autêntico recital de deliciosa complexidade. Fruta preta deliciosa, mentolado, fumo, frescura, estrutura, taninos hiper sedosos -  de veludo... Final interminável e a pedir novo copo.  Cheio de vigor e simultaneamente finesse. Magnífico! Um dos vinhos melhor pontuados quer nacional, quer internacionalmente e uma verdadeira obra-prima. Um diamante por lapidar.65€. Disponível em garrafeiras seleccionadas.

Pai Abel Chumbado 2011  O vinho é magnífico, branco produzido das castas bairradinas Bical e Maria Gomes, de vinhas velhas. O nome Pai Abel é uma homenagem ao seu pai. Não é fácil escrever notas de prova sobre este vinho, pois desafia os sentidos. Ainda um jovem imberbe, está carregado de um aroma complexo e profundo, com notas florais, especiarias do contacto com a madeira usada, mineralidade, enfim... A boca é igualmente desafiante, fenomenal.  Tudo no sítio - Estrutura, acidez integrada, final super longo e de grande requinte. Interminável. 23€. Disponível em garrafeiras seleccionadas.


Para depois do vinho, ou em alternativa a este, qualquer Porto Vintage de 2011 será um belíssima prenda, ou o sempre magnífico Moscatel Roxo da Colecção privada de Domingos Soares Franco...

Sérgio Lopes




quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Quinta do Vale Meão Vintage 2011 com 98 pontos na Wine Spectator!


O Porto Vintage 2011 da Quinta do Vale Meão acaba de receber a classificação de 98 pontos da Revista Wine Spectator. Esta conquista coloca este Porto Vintage na fasquia superior dos vinhos considerados como Clássicos por esta Revista (de 95 a 100 pontos).

Mais uma prova inequívoca da magnitude dos Porto Vintage de 2011! Parabéns.

Sérgio Lopes


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quinta da Gaivosa Tinto 2003

Ano: 2003

Produtor: Domingos Alves de Sousa

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão, Touriga Nacional e Outras

Preço Aprox.: 40

Veredicto: Este vinho é obrigatório para qualquer enófilo. Produzido exclusivamente em anos de qualidade excepcional, segundo o enólogo Tiago Alves de Sousa apenas se começa a mostrar verdadeiramente após 10 anos da data de colheita. É o grande icon de Alves de Sousa proveniente das vinhas da mesma quinta com mais de 70 anos. Na primeira década deste século só houve Gaivosa em 2000, 2003, 2005 e 2008.

Produzido a partir de Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Sousão, Tinta Amarela, Tinta Francisca, Rufete e mais outras dezenas de castas, estagia 15 meses em barricas de carvalho francês novas e usadas e permanece no mínimo 1 ano em garrafa, antes de vir para o mercado.

A completar o seu décimo aniversário, tendo sido lançado de novo no mercado, tivemos a felicidade de conseguir degustá-lo...

Aroma fino e elegante, ultra complexo, mas desafiante. Fruta de qualidade empassada, bem bonita, notas de fumados, especiaria, alguma caruma ou toque balsãmico, tão característico do terroir em questão. Na boca é de uma enorme finura, com taninos sólidos mas dominados, carnudo com grande corpo, enorme frescura, final longo, persistente e sumarento. Delicioso.

Num extraordinário momento de prova!

Classificação Pessoal: 18,5


Sérgio Lopes

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Adegga Wine Market 2013



Está de volta O Adegga Wine Market com a 7.ª edição do evento, já referenciado como um dos mais interessantes do sector. É já amanhã,  sábado, dia 7 de Dezembro no local habitual, ou seja, Hotel Flórida (em Lisboa), entre as 15h e as 22h. 

No seu característico ambiente informal e descontraído, o Adegga Wine Market é um ponto de encontro especial entre consumidores e 40 produtores, onde os visitantes têm à sua disposição um vasto leque de vinhos para prova, com a vantagem adicional de os poderem comprar a preços competitivos e ainda a oportunidade de provar vinhos Topo de Gama da Sala Premium. Os bilhetes para o evento custam 10€ (reserva online), 12€, se  adquiridos no próprio dia.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


Sérgio Lopes

Quinta de Foz de Arouce Tinto 2010 eleito um dos 3 melhores vinhos de 2013 por Matt Kramer

O vinho Quinta de Foz de Arouce Tinto 2010 foi seleccionado pelo prestigiado jornalista Matt Kramer, da revista norte americana Wine Spectator, como um dos três melhores vinhos de 2013, numa lista restrita e aguardada com muita expectativa.O jornalista americano descreve-o como sendo “um vinho perfumado, suave e repleto de bagas vermelhas.

A Wine Spectator para além de incluir a Quinta de Foz de Arouce entre as melhores a nível mundial, destacou ainda o vinho Quinta de Foz de Arouce Tinto 2008, como uma dos melhores vinhos do mundo (entre 12.500 provados), tendo obtido a extraordinária classificação de 94 pontos.

Feito de 80% da casta baga e 20% Touriga Nacional, o vinho é produzido por João Portugal Ramos, que assim acrescenta mais uma distinção ao seu vasto reportório. Parabéns.

Sérgio Lopes

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Prova dos vinhos Conceito

Rita Ferreira Marques é uma das mais excitantes enólogas da sua geração. O seu projeto - vinhos Conceito tem origem na aldeia de Cedovim, no topo Douro Superior. As vinhas da sua família, que herdou, situam-se entre os 300 e 400 m de altitude onde o microclima é particularmente ameno e fresco. No total são cerca de 73 hectares de vinha divididos pelas: Quinta da Veiga, Quinta do Chão-do-Pereiro e Quinta do Cabido. 

Jovem e irreverente, esta "miúda" pegou no património familiar e decidiu expressar o que de melhor o terroir mostra: Frescura, elegância e pureza aromática, são por ventura marcas da enóloga, inconfundíveis. Mas o seu projeto não se circunscreve apenas ao Douro Superior. Rita foi formada na UTAD, mas estagiou além-fronteiras o que a levou a fazer o seu vinho na África do Sul ou na Nova Zelândia, tentando aplicar o seu conceito aos terroirs em questão. Ultimamente, está mais "caseira" tendo a sua mais recente aventura passado por fazer um Alvarinho proveniente da sua região de origem, nomeadamente a sub-região de Monçao e Melgaço. 

Esta jovem não pára de surpreender, mas uma coisa é certa, em todos os seus projetos aplica o seu conceito de vinho.

Tivemos oportunidade de provar alguns exemplares do projeto Conceito que faz parte dos Young Winemakers Of Portugal. Aqui ficam as notas de prova:


Contraste Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Códega e Rabigato

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Este vinho origina das castas Códega (60%) e Rabigato (40%) plantadas em solo granítico. Fermentado em barrica e cuba com batônnage regular até um mês antes do engarrafamento. Trata-se de um vinho crocante, mineral e especiado. Presença de notas florais e citrinas. Boca com bom volume, uma frescura irrepreensível, com final pleno, com a tal mineralidade vibrante, crocante mesmo. Distinto.

Classificação: 16



Contraste Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Barroca e outras

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Mistura de castas tradicionais - Estágio: 70% em barricas usadas de carvalho francês. Cor ruby. Nariz focado na fruta,, de qualidade, mas com sobriedade. Fruta madura, casada com especiaria e algum toque vegetal. Boca muito fresca e equilibrada, taninos redondos. Final de boa persistência, de cariz gastronómico. Claramente acima da média.

Classificação: 15,5




Conceito Sauvignon Blanc 2011

Ano: 2011

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Branco

Região: Nova Zelândia

Castas: Sauvignon Blanc

Preço Aprox.: 17€

Veredicto: Cor amarelo esverdeado, pálido. Aroma picante e herbáceo, com notas de espargos e pimenta. Presença de alguma fruta algures entre o citrino e o tropical. Boca cheia, rica, com elevada frescura. Contraste entre uma doçura pura e uns suaves amargos. Final longo e muito saboroso, refrescante e a pedir novo copo.

Um verdadeiro Sauvignon Blanc, superiormente conseguido, com uma pureza distinta.

Classificação: 17



Conceito South Africa 2010

Ano: 2011

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Tinto

Região: África do Sul

Castas: Cabernet Sauvignon (65%) e Merlot (35%)

Preço Aprox.: 17€

Veredicto: Rita Marques não é estranha ao país: já lá tinha estado a fazer um estágio e até considera que “a África do Sul tem a fruta (uva) mais bonita que já viu”, mas no que toca a vinhos, estes nunca lhe encheram realmente as medidas! Assim decidiu fazer o seu conceito de vinho no país, escolhendo a região fresca de Breedekloof, uma região montanhosa a uma hora de carro de Cape Town.

Feito com Cabernet Sauvignon (65%) e Merlot (35%) vinificado de forma tradicional, em cubas de aço inoxidável, estagiou cerca de 40% em barricas novas de carvalho francês e os restantes 60% em barricas usadas.

O resultado é o seu conceito de vinho com a tal pureza aromática, fruta bonita, tudo bem integrado, num vinho complexo e desafiante. A descobrir.

Classificação: 16


Conceito Branco 2011

Ano: 2011

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Códega, Rabigato e outras.

Preço Aprox.: 25€

Veredicto: Medalha de ouro no festival de vinhos do Douro Superior. Cor pálida. Aroma complexo, fino e muito bonito. Profundo. Fruta branca, mineralidade evidente e barrica quase imperceptível. A boca é muito suave e delicada. Mostra-se encorpado, mas simultaneamente fino. O final é longo e com uma frescura irrepreensível. 

Um grande, grande branco do Douro, embora não seja marcadamente Duriense, sendo de caras, marcadamente "Rita Marques". Disso não tenho dúvidas. Um dos melhores brancos que bebi este ano e com um enorme potencial de guarda.

Classificação: 18


Conceito Tinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Conceito Vinhos

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Mistura de castas tradicionais

Preço Aprox.: 25€

Veredicto: Cor ruby. Aroma com enorme profundidade e complexidade. De novo focado na fruta, mas esta aparece integrada num conjunto extremamente complexo, onde aparecem notas de cacau, especiarias e até um leve mentolado, talvez. A boca mostra o padrão de finesse e frescura a que nos habituou a enóloga. Com taninos seguros, mas polidos, termina persistente e muito agradável, com muito ainda para se mostrar. 


Classificação: 17,5

Conclusão: As notas de prova falam por si: Rita Marques cria o seu conceito de vinho, superiormente, em cada terroir em que decide expressar o seu talento. Parabéns!


Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor ao qual agradecemos.


Sérgio Lopes