Rita Ferreira Marques é uma das mais excitantes enólogas da sua geração. O seu projeto - vinhos Conceito tem origem na aldeia de Cedovim, no topo Douro Superior. As vinhas da sua família, que herdou, situam-se entre os 300 e 400 m de altitude onde o microclima é particularmente ameno e fresco. No total são cerca de 73 hectares de vinha divididos pelas: Quinta da Veiga, Quinta do Chão-do-Pereiro e Quinta do Cabido.
Jovem e irreverente, esta "miúda" pegou no património familiar e decidiu expressar o que de melhor o terroir mostra: Frescura, elegância e pureza aromática, são por ventura marcas da enóloga, inconfundíveis. Mas o seu projeto não se circunscreve apenas ao Douro Superior. Rita foi formada na UTAD, mas estagiou além-fronteiras o que a levou a fazer o seu vinho na África do Sul ou na Nova Zelândia, tentando aplicar o seu conceito aos terroirs em questão. Ultimamente, está mais "caseira" tendo a sua mais recente aventura passado por fazer um Alvarinho proveniente da sua região de origem, nomeadamente a sub-região de Monçao e Melgaço.
Esta jovem não pára de surpreender, mas uma coisa é certa, em todos os seus projetos aplica o seu conceito de vinho.
Tivemos oportunidade de provar alguns exemplares do projeto Conceito que faz parte dos Young Winemakers Of Portugal. Aqui ficam as notas de prova:
Produtor: Conceito Vinhos
Tipo: Branco
Tipo: Branco
Região: Douro
Castas: Códega e Rabigato
Castas: Códega e Rabigato
Preço Aprox.: 8€
Veredicto: Este vinho origina das castas Códega (60%) e Rabigato (40%) plantadas em solo granítico. Fermentado em barrica e cuba com batônnage regular até um mês antes do engarrafamento. Trata-se de um vinho crocante, mineral e especiado. Presença de notas florais e citrinas. Boca com bom volume, uma frescura irrepreensível, com final pleno, com a tal mineralidade vibrante, crocante mesmo. Distinto.
Classificação: 16
Veredicto: Mistura de castas tradicionais - Estágio: 70% em barricas usadas de carvalho francês. Cor ruby. Nariz focado na fruta,, de qualidade, mas com sobriedade. Fruta madura, casada com especiaria e algum toque vegetal. Boca muito fresca e equilibrada, taninos redondos. Final de boa persistência, de cariz gastronómico. Claramente acima da média.
Classificação: 15,5
Veredicto: Cor amarelo esverdeado, pálido. Aroma picante e herbáceo, com notas de espargos e pimenta. Presença de alguma fruta algures entre o citrino e o tropical. Boca cheia, rica, com elevada frescura. Contraste entre uma doçura pura e uns suaves amargos. Final longo e muito saboroso, refrescante e a pedir novo copo.
Um verdadeiro Sauvignon Blanc, superiormente conseguido, com uma pureza distinta.
Classificação: 17
Conceito Branco 2011
Conceito Tinto 2010
Conclusão: As notas de prova falam por si: Rita Marques cria o seu conceito de vinho, superiormente, em cada terroir em que decide expressar o seu talento. Parabéns!
Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor ao qual agradecemos.
Sérgio Lopes
Classificação: 16
Contraste Tinto 2010
Veredicto: Mistura de castas tradicionais - Estágio: 70% em barricas usadas de carvalho francês. Cor ruby. Nariz focado na fruta,, de qualidade, mas com sobriedade. Fruta madura, casada com especiaria e algum toque vegetal. Boca muito fresca e equilibrada, taninos redondos. Final de boa persistência, de cariz gastronómico. Claramente acima da média.
Classificação: 15,5
Conceito Sauvignon Blanc 2011
Um verdadeiro Sauvignon Blanc, superiormente conseguido, com uma pureza distinta.
Classificação: 17
Conceito South Africa 2010
Veredicto: Rita Marques não é estranha ao país: já lá tinha estado a fazer um estágio e até considera que “a África do Sul tem a fruta (uva) mais bonita que já viu”, mas no que toca a vinhos, estes nunca lhe encheram realmente as medidas! Assim decidiu fazer o seu conceito de vinho no país, escolhendo a região fresca de Breedekloof, uma região montanhosa a uma hora de carro de Cape Town.
Feito com Cabernet Sauvignon (65%) e Merlot (35%) vinificado de forma tradicional, em cubas de aço inoxidável, estagiou cerca de 40% em barricas novas de carvalho francês e os restantes 60% em barricas usadas.
O resultado é o seu conceito de vinho com a tal pureza aromática, fruta bonita, tudo bem integrado, num vinho complexo e desafiante. A descobrir.
Feito com Cabernet Sauvignon (65%) e Merlot (35%) vinificado de forma tradicional, em cubas de aço inoxidável, estagiou cerca de 40% em barricas novas de carvalho francês e os restantes 60% em barricas usadas.
O resultado é o seu conceito de vinho com a tal pureza aromática, fruta bonita, tudo bem integrado, num vinho complexo e desafiante. A descobrir.
Classificação: 16
Conceito Branco 2011
Veredicto: Medalha de ouro no festival de vinhos do Douro Superior. Cor pálida. Aroma complexo, fino e muito bonito. Profundo. Fruta branca, mineralidade evidente e barrica quase imperceptível. A boca é muito suave e delicada. Mostra-se encorpado, mas simultaneamente fino. O final é longo e com uma frescura irrepreensível.
Um grande, grande branco do Douro, embora não seja marcadamente Duriense, sendo de caras, marcadamente "Rita Marques". Disso não tenho dúvidas. Um dos melhores brancos que bebi este ano e com um enorme potencial de guarda.
Classificação: 18
Conceito Tinto 2010
Veredicto: Cor ruby. Aroma com enorme profundidade e complexidade. De novo focado na fruta, mas esta aparece integrada num conjunto extremamente complexo, onde aparecem notas de cacau, especiarias e até um leve mentolado, talvez. A boca mostra o padrão de finesse e frescura a que nos habituou a enóloga. Com taninos seguros, mas polidos, termina persistente e muito agradável, com muito ainda para se mostrar.
Classificação: 17,5
Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor ao qual agradecemos.
Sérgio Lopes
Parabéns pelo excelente blog. Irei colocar o link no nosso blog da empresa, não se importa?
ResponderEliminarCumprimentos...
Obrigado pelas gentis palavras. Terei todo o gosto em que este humilde blogue figure no blogue da vossa empresa. Cumprimentos, Sérgio Lopes
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