sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

As Melhores RQP 2012


Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos vinhos com melhor relação qualidade-preço provados em 2012, priveligiando naturalmente os que comentamos no blogue. 


Até 6€

Tons de Duorom Tinto 2011 - 4€ (Douro)
Tons de Duorom Branco 2011 - 4€ (Douro)
Marquês de Borba Tinto 2011 - 5,5€ (Alentejo)
Murzelo Reserva Tinto 2007 - 4€ (Douro)
Adega de Borba Premium Tinto 2009 - 5,5€ (Alentejo)
Herdade do Peso Tinto 2009 - 6€ (Alentejo)
Vinha do Putto Tinto 2009 - 4€ (Bairrada)
Conde de Vimioso Branco 2011 - 3€ (Tejo)
Conde de Vimioso Rosé 2011 - 3€ (Tejo)
Dory Branco 2011 - 4€ (Lisboa)
Beyra Quartz Branco 2011 - 5€ (Beiras)
Casa Aranda Malvasia Fina / Encruzado Branco 2010 - 6€ (Dão)
Quinta da Fata Clássico Tinto 2008 - 6€ (Dão)
Quinta da Alorna Arinto Branco 2010 - 4€ (Lisboa)
Quinta da Alorna Verdelho Branco 2010 - 4€ (Lisboa)
Quinta da Alorna Rosé 2011 - 4€ (Lisboa)
Alvarinho Pouco Comum 2011 - 4,5€ (Verdes)
Quinta da Lixa Aroma das Castas 2011 - 4€ (Verdes)
Terras do Minho TN Rosé 2011 - 3€ (Verdes)
Cabriz Espumante Bruto 2010 - 5€ (Dão)
Marquês de Marialva Espumante Bruto Reserva 2009 - 4€ (Bairrada)
Gravato Palhete 2004 - 4,5€ (Beiras)


Até 10€

Gravato Tinto 2004 - 9€ (Beiras)
Quinta de Camarate Tinto 2009 - 7,5€ (Setúbal)
Fonte de Gonçalvinho Tinta Roriz 2010 - 8€ (Dão)
Barão de Nelas Alfrocheiro 2007 - 8€ (Dão)
Barão de Nelas Resrva TN/Aragonês 2007 - 8€ (Dão)
Quinta Mendes Pereira Escolha da Produtora Tinto 2006 - 9€ (Dão)
Quinta Mendes Pereira Encruzado Branco 2010 - 9€ (Dão)
Quinta da Fata Reserva Tinto 2009 - 8€ (Dão)
Quinta do Mondego Tinto 2006 - 8€ (Dão)
Duorom Tinto 2010 - 9€ (Douro)
Quinta de Baixo Blanc Des Noirs Espumante Bruto 2007 - 8€ (Bairrada)
Quinta de Arcossó Branco 2011 - 7€ (Trás-Os-Montes)
Quinta de Arcossó Reserva  Branco 2010 - 10€ (Trás-Os-Montes)
Valle Pradinhos Tinto 2008 - 10€ (Trás-Os-Montes)
Quinta do Ameal Loureiro 2010 - 7,5€ (Verdes)
Afros Loureiro 2010 - 8€ (Verdes)
Soalheiro Alvarinho 2011 - 9€ (Verdes)
Quinta dos Maias Malvasia Fina 2011 - 8€ (Dão)



NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.



Sérgio Lopes

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Melhores Vinhos Provados - 2012

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos melhores vinhos provados em 2012, priveligiando naturalmente os que comentamos no blogue. 


TINTOS

1. Fonte de Gonçalvinho Inconnu Reserva Tinto 2010 (Dão)
2. Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas Tinto 2008 (Douro)
3. Quinta do Monte D'Oiro Reserva Tinto 2003 (Lisboa)
4. Quinta das Marias Cuvée TT 2009 (Dão)
5. Gravato Tinto 2004 (Beiras)
6. Quinta da Fata Touriga Nacional 2009 (Dão)
7. Quinta dos Maias Garrafeira Tinto 2003 (Dão)
8. Valle Pradinhos Reserva Tinto 2007 (Trás-Os-Montes)
9. Quinta do Pégo Reserva Tinto 2009 (Douro)
10.Casa de Zagalos Reserva Tinto 2007 (Alentejo)

BRANCOS

1. Soalheiro Primeiras Vinhas 2010 (Verde)
2. Quinta do Ameal Escolha 2009 (Verde)
3. Vinha do Contador 2009 (Dão)
4. Encontro 1 2008 (Bairrada)
5. Quinta das Bageiras Garrafeira 2009 (Bairrada)
6. Bétula 2011 (Douro)
7. Soalheiro Alvarinho 2011 (Verde)
8. Aneto Reserva Branco 2009 (Douro)
9. Borges Reserva 2009 (Dão)
10. Quinta do Ameal Loureiro 2010 (Verde)

ROSÉS

1. Domingos Soares Franco Moscatel Roxo 2010 (Setúbal)
2. Quinta da Romaneira 2011 (Douro)
3. Valle Pradinhos 2011 (Trás-Os-Montes)

ESPUMANTES

1. Quinta de Baixo Blanc Des Noirs Bruto 2007 (Bairrada)
2. Miogo Reserva Bruto 2007 (Verdes)
3. Cabriz Reserva Bruto 2010 (Dão)

GENEROSOS

1. Alambre Mosacatel 20 anos (Setúbal)
2. Kopke Vintage 1985 (Porto)
3. Krohn Colheita 1968 (Porto)

NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.



Sérgio Lopes



domingo, 23 de dezembro de 2012

Enólogo do Ano - António Narciso


Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. E a escolha para o enólogo do ano vai para...

ANTÓNIO NARCISO (Dão)

Este jovem,  apaixonado e acérrimo defensor dos vinhos da sua região (Dão), tem já um trajecto notável, sendo responsável pelo trabalho enológico de diversos produtores de "Quinta" do Dão. Nomeadamente: Quinta das Marias, Quinta Mendes Pereira, Quinta da Fata, Casa Aranda, Fonte de Gonçalvinho, Barão de Nelas, Adega de Penalva. Ufa! Sim, é o homem por detrás de todos esses grandes vinhos! Mas o que mais impressiona e talvez distingue António Narciso é a sua capacidade de entender e respeitar o terroir de cada um dos produtores com que trabalha, conseguindo desenhar vinhos com perfis distintos uns dos outros, 100% Dão, cada vinho / referência com a sua própria identidade e características próprias do local de origem e das castas mais produtivas. E por vezes estamos a falar de algumas centenas de metros que distam 2 produtores e Narciso consegue claramente diferenciar ambos. Soberbo! Acresce o facto de ser um dos grandes embaixadores da região. Em 2012 foi vê-lo a promover jantares vínicos no Porto e em Lisboa, por sua própria iniciativa, tentando assim colocar o Dão no local de eleição que merece. Faz por isso muito mais  pela promoção da região, do que muita gente com responsabilidade para o efeito, o deveria fazer... Por todas essas razões, é mais do que merecido o título de enólogo do ano para António Narciso. E Narciso não pára... Recentemente é vê-lo a colaborar em mais uma aventura vinícola, desta feita, a referência "Caminhos Cruzados" em Nelas. Este homem tem tempo para tudo?


Sérgio Lopes

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Produtor Revelação do Ano - Fonte de Gonçalvinho

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Começamos  pela nossa escolha para produtor revelação do ano.

FONTE DE GONÇALVINHO (Dão)

A história do contacto com este jovem e simpático casal é curiosa, na medida em que nas nossas visitas pelo Dão, o enólogo António Narciso recomendou-nos passar por Paranhos da Beira - Seia, local onde se situa a Quinta Fonte de Gonçalvinho. E assim o fizemos. Caso contrário, talvez nos tivesse passado ao lado, tal é a escolha de bons produtores e vinhos, nesta região fantástica que é o Dão. O resultado da nossa visita pode ser lido AQUI


A história de Casimir e Christelle da Silva é feita de preserverança e crença na qualidade de um terroir de eleição, uma produção semi-automática e um enólogo que transformou a tragédia de 2008 numa rota de sucesso. Os vinhos espelham a elegância típica do Dão, num perfil moderno e muito atraente. Desde os colheita tinto e Rosé que são excelentes RQP e mostram bem o potencial de entrada da casa, passando por um monocasta Tinta Roriz sumarento, culminando no sublime Inconnu, o tal vinho de que ninguém conhece quais as castas ou a forma de vinificação. Trata-se de um Reserva sublime. Para 2013 preparem-se para um encruzado desconcertante e um Touriga Nacional super perfumado e já medalhado, a juntar às referências já anteriormente mencionadas. Por tudo isto, Fonte de Gonçalvinho merece o título de produtor revelação do ano. E as suas vinhas ainda são "umas crianças"... Assim, o futuro de qualidade está pois salvaguardado!


Sérgio Lopes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

3 LBVs para este Natal

Os vinhos do Porto LBV (Late Bottled Vintage) inserem-se na categoria Ruby (cores vermelho carregado e sabores frutados) e são produzidos a partir de uma só colheita excepcionalmente boa. Envelhecem de quatro a seis anos dentro dos balseiros, e depois de engarrafados continuam a sua evolução, ainda que não muito significativa (existem dúvidas a este respeito). Por isso, as garrafas de LBV são diferentes, pois a rolha é inteira (ou seja, não tem a habitual tampa de plástico no topo), significando que a garrafa deve ser mantida deitada (para que o vinho humedeça a rolha). Os LBV, ao contrário dos Vintages, podem ser consumidos logo após o engarrafamento, pois a sua evolução na garrafa é menor. Os LBV eliminam assim a desvantagem dos Vintages em relação ao tempo de espera antes do consumo, e ainda que não seja um Vintage verdadeiro, possui muitas das suas características, e oferece uma ideia bastante próxima da experiência de beber um vintage novo.

Existe ainda LBVs filtrados e não filtrados (Unfiltered). Os LBV filtrados (isto é que têm um tratamento prévio ao engarrafamento) devem ser consumidos no espaço de um mês, enquanto que os Unfiltered, como são mais naturais e semelhantes a um jovem vintage, sem qualquer tratamento devem ser consumidos numa semana, finda a qual começam a perder algumas das suas características.

São ainda de valor mais baixo que os Vintage, pelo que podem ser uma boa escolha para este Natal, em ano de crise económica. Aqui ficam 3 exemplos de LBVs que bebemos este ano e que se ainda estiverem disponíveis, serão seguramente uma excelente escolha:

 13,5€
Quinta do Crasto LBV 2006 Unfiltered

13,5€
Quinta Nova LBV 2006

 18€
Quinta do Noval  LBV 2006 Unfiltered

Todos eles são excelentes exemplares. A nossa preferência recai no LBV da Noval, Unfiltered. Sendo o Vintage do produtor quase inacessível, dado o elevado preço, quem quiser ter uma ideia do que é um Noval próximo do vintage novo (com as devidas diferenças), não se vai arrepender, bebendo este excelente LBV. É simplesmente delicioso. Se optarem pelos LBV da Quinta Nova ou Crasto, são ambas opções com uma excelente RQP, versões filtrado e não filtrado, respectivamente. Também farão seguramente uma opção extremamente válida. O importante é beber bom vinho do Porto!


Sérgio Lopes

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prova de vinhos Carm - Colheita

Um dos grandes representantes do Douro Superior, mais propriamente de Almendra, e cujos vinhos são autênticas referências de qualidade, reconhecida nacional e internacionalmente..

Carm Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: CARM

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: Produzido das castas tradicionais do Douro, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional,  com estágio de 12 meses em barricas de carvalho Americano e Francês. Notas do produtor: Procuramos reunir os taninos firmes da Tinta Roriz, as notas de esteva e os taninos suaves da Touriga Franca, e os aromas de frutos pretos e silvestres, com notas florais e frescas muito marcadas da Touriga nacional. Foi exactamente isso que experenciamos, ou seja, um vinho consensual e muito bem feito, com complexidade qb e que espelha o terroir Duriense, numa vertente mais moderna e internacional. Muito bem!

Classificação: 16



Carm Branco 2011


Ano: 2011

Produtor: CARM

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Códega de Larinho, Rabigato e Viosinho.

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: Cor palha. No nariz, o registo é de frescura, aliada a notas florais e uma forte mineralidade. Segundo o produtor, as uvas são proveninentes de vinhas muito velhas, o que pode explicar a grande harmonia de conjunto e o bom volume de boca encontrados. Termina muito agradável e persistente. Um belo branco Duriense, a um belo preço.

Classificação: 15,5


Sérgio Lopes

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quinta da Romaneira Rosé 2011


Ano: 2011

Produtor: Quinta da Romaneira

Tipo: Rosé

Região: Douro

Castas: Touriga Franca e Tinta Roriz.

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Produzido pela Quinta da Romaneira, no Douro, em partes iguais de Touriga Franca e Tinta Roriz, pelo processo de prensagem directa das uvas. Considerado pela revista visão como o melhor Rosé do ano. E é na realidade muito bom!

A cor é rosada, extremamente apelativa. No nariz, ressalta uma enorme frescura e mineralidade, confirmada depois na boca. Os aromas predominantes são o morango, framboesa e rosas, tudo muito fino e equilibrado, refrescante, como um bom Rosé deve ser. Com  apenas 12,5º de álccol, termina muito saboroso, seco e persistente.

Um dos melhores Rosés que bebi este ano, com tudo em perfeita harmonia.


Classificação: 16

Sérgio Lopes

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Prova de Vinhos Momento Ousado

Momento Ousado é a incursão da distribuidora Garcias Gourmet na região dos Vinhos Verdes. Com enologia e produção do Sr. Vinhos Verdes Anselmo Mendes, a aposta recai em duas das castas que melhor espelham o potencial da região, nomeadamente o Loureiro e o Alvarinho. O resultado pauta-se por vinhos muito bem conseguidos e que mostram a casta na sua vertente fiel ao terroir.
Disponíveis no El Corte Ingles.

Momentos Ousados Loureiro 2011


Ano: 2011

Produtor: Anselmo Mendes

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Loureiro

Preço Aprox.: 7€

Veredicto: Cor palha brilhante. Aroma floral e elegante, muito fresco. Conjunto suave e delicado, em harminia de conjunto. Na boca, a frescura é evidente. Fiel à casta que lhe deu origem, apresenta um bom corpo, terminando muito agradável e persistente. Um belo exemplar da casta Loureiro.

Classificação: 15,5



Momentos Ousados Alvarinho 2011



Ano: 2011

Produtor: Anselmo Mendes

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Alvarinho.

Preço Aprox.: 9,90€

Veredicto: Cor palha. No nariz invade-nos uma grande frescura e mineralidade, com predominância de aromas citrinos bem característicos da casta, bem como algumas notas florais. A toada é de elegância muita frescura. Estruturado, sumarento, com bela acidez, termina longo e persistente. Capta o que de melhor a casta Alvarinho tem para dar.

Classificação: 16


Sérgio Lopes

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Restauração - Parte I

A temática da Restauração está na ordem do dia, sobretudo desde que o Governo anunciou o aumento do IVA no sector para 23%.Mas será que é tudo responsabilidade do aumento da carga fiscal, ou existe alguma culpa por parte da restauração que por vezes não sabe ou não consegue cativar o cliente que busca um momento diferente e não o consegue obter?

À parte dos "pratos do dia", que são para "despachar", uma vez que o pessoal quer é comer qualquer coisa, se possível a preço baixo, para voltar para o emprego (quem o tem), será que quem sai para jantar não procura algo diferente daquilo que tem em casa? Seja na confecção, no requinte e também... no vinho seleccionado?

Pois, decidi partilhar algo que aconteceu comgo. 

Fui jantar a um restaurante de Matosinhos, daqueles, na teoria, Gourmet. Ao vasculhar a carta de vinhos, mais do mesmo a preços super inflacionados. Vinho a copo, mais caro do que o preço de uma garrafa no supermercado. Mais propriamente, o vinho a copo era Dalva, do Douro. Nada contra, mas apetecia-me algo diferente e então pedi ao "chefe" para me aconselhar, tendo em conta o "Manjar" que estaria em preparação. Qual o vinho que me trouxe? JP de Azeitão! Fiquei-me pelo dalva a copo... Será que eu é que sou um consumidor "anormal" ou há realmente muito a fazer para se promover o tal "momento"? Fica a reflexão.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Adelaide Tributa

Há momentos únicos e irrepetíveis na nossa vida. E não é todos os dias que temos a oportunidade de provar um vinho do Porto, segundo os registos do produtor de.. 1866! Pois, esse privilégio occorreu na passada 6ª feira. A Quinta do Vallado lançou oficialmente os Portos 30 e 40 anos e o Adelaide Tributa na conceituada Garrafeira Tio Pepe no Porto, gerida pelo carismático Luís Cândido. Eu fui um dos felizardos contemplados com uma dose "à pipeta" do vinho, mas que ainda assim constituiu um momento de puro deleite mágico.

Quanto ao vinho, numa cuidadosa embalagem de madeira e belíssima garrafa de cristal, trata-se da homenagem a  Maria Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida pela Ferreirinha, que foi em tempos proprietária da Quinta do Vallado, e de quem se celebra este ano o bicentenário do nascimentoPré- Filoxérico, provém de um lote original de cinco pipas, que por concentração, através dos tempos, em ambiente extremamente favorável, deu origem a apenas duas pipas. 

O resultado é um vinho raro, de excepção, simplesmente indescritível. Foi seguramente o vinho com maior concentração que alguma vez bebi, mas com uma frescura do outro mundo, para um vinho com 140 anos! Impressionante. O final é interminável... Puro deleite!

Foram engarrafadas apenas 1300 garrafas. O preço de venda deste vinho raro é de aproximadamente 3000€. 

Obrigado à Quinta do Vallado e ao Luís Cândido pelo enorme privilégio.

Sèrgio Lopes

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Lopo de Freitas Tinto 2008


Ano: 2008

Produtor: Caves São Domingos

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Touriga Nacional, Baga.

Preço Aprox.: 16,5€

Veredicto: Na visita efectuada às caves São Domingos, trouxemos este Lopo de Freitas Tinto 2008, que agora abrimos, acompanhando uma feijoada de feijão vermelho. Que bela combinação.

De cor ruby intensa, no nariz mostrou-se inicialmente a baunilha e as especiarias do contacto com a madeira. Aos poucos, foi abrindo e mostrando as características vegetais da Baga e as violetas da Touriga Nacional. Na boca, entra com uma enorme frescura e elegância, terminando persistente e com um final algo adocicado, ideal para cortar aqueles pratos mais temperados.

Um Bairrada de perfil apelativo, bem feito, guloso e de pendor eminentemente gastronómico, que dá imenso prazer a beber.

Classificação: 16,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vetado vinho "Memórias de Salazar"

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial vetou a criação do vinho ‘Memórias de Salazar’ alegando que a marca poderia pôr em causa a ordem pública. O presidente da Câmara de Santa Comba Dão considera "ridícula" a decisão e não vai desistir de criar produtos regionais com o nome do antigo estadista.

O INPI baseia-se no artigo 238º, nº 4, do Código de Propriedade Industrial onde diz que é "recusado o registo de uma marca que contenha expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes". "Vamos continuar a propor mais nomes ligados ao de Salazar", afirma João Lourenço, autarca de Santa Comba Dão.

Fonte: Correio da Manhã


Sérgio Lopes

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Adegga Wine Market 2012


Regressa, no primeiro fim-de-semana de Dezembro, mais um Adegga Wine Market. Este evento, obrigatório, conta com a participação de mais de 40 produtores que terão os seus vinhos em prova, num ambiente descontraído e de puro convívio à volta do vinho. No final, todos os vinhos em prova poderão ser adquiridos. 

Destaque para a sala Premium onde estará uma oportunidade rara de provar Vinhos Premium e Vinhos do Porto antigos a um preço meramente simbólico - 35€. Imperdível!

O evento decorre no Hotel Florida, em Lisboa, no dia 1 de Dezembro, entre as 15h e as 21 horas.

O Adegga Wine Market é precedido de uma semana de visitas e convívio à volta do vinho. Aqui fica a "foto de família" do evento onde estive presente, o #Winelovers Hangout @Porto, que decorreu na Sogrape e onde se pode vislumbrar o ar extremamente satisfeito dos presentes...



Sérgio Lopes

terça-feira, 27 de novembro de 2012

DR Tinto Colheita 2008


Ano: 2008

Produtor: Agri Roncão - Vinícola Lda.

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz, Touriga Nacional

Preço Aprox.: 5,00€

Veredicto: DR é a marca da sociedade Agri Roncão referentes ao Douro, que contém vinhos de mesa - brancos e tintos - bem como vinhos do Porto, incluindo um "Very old Port" com mais de 100 anos... A outra marca situa-se na região dos Vinhos Verdes, denominada de Quinta de Linhares.

DR Colheita Tinto 2008 é um exemplar típico Duriense, a começar pela composição do lote tradicional de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, passando pelo estágio em madeira que lhe confere a tipicidade característica do Douro, onde a fruta aparece bem casada com a especiaria, num conjunto, fresco, elegante e bem integrado, que se bebe agradavelmente.

Não desilude, mas também não deslumbra. Poderá em confronto directo com vinhos do mesmo patamar mas com maior notoriedade, bater-se com maior dificuldade.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação: 15

Sérgio Lopes

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Prova de Vinhos Valle Pradinhos



Vale Pradinhos é uma exploração agrícola com 350 ha., estabelecida em 1913 e situada em Macedo de Cavaleiros. Os vinhos aqui produzidos são uma combinação de castas indígenas como a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Malvasia Fina, e reputadas castas internacionais, nomeadamente Cabernet Sauvignon, Gewürztraminer e Riesling. Sendo o produtor com maior notoriedade e história, na região de Trás-Os-Montes, foi portanto com grande expectativa que finalmente efectuamos uma prova vertical dos vinhos actualmente em comercialização.


Porta Velha Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Valle Pradinhos

Tipo: Tinto

Região: Trás-Os Montes

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz

Preço Aprox.: 4,99€

Veredicto: Aroma onde predomina a fruta silvestre e algum toque vegetal, confirmado na boca. Neste momento, necessita de um pouco mais de garrafa (?), pois está um pouco inquieto. De qualquer das formas, apresenta uma prova agradável e cumpre com os seus propósitos de consumo diário, embora nessa guerra difícil, não sobressaia (pelo menos para já). O final é relativamente curto.

Classificação: 14,5



Valle Pradinhos Rosé 2011



Ano: 2011

Produtor: Valle Pradinhos

Tipo: Rosé

Região: Trás-Os Montes

Castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz.

Preço Aprox.: 6,99€

Veredicto: Cor rosada. No nariz invade-nos uma grande frescura, com notas de cereja, morango e toques florais. Na boca o registo de frescura e elegância é evidente, graças a uma excelente acidez. De corpo médio, termina seco, de agradável persistência e com pendor gastronómico. Uma excelente aposta para acompanhar umas entradas ou como aperitivo.

Classificação: 15,5


Valle Pradinhos Branco 2011



Ano: 2011

Produtor: Valle Pradinhos

Tipo: Branco

Região: Trás-Os Montes

Castas: Malvasia Fina, Riesling e Gewürztraminer.

Preço Aprox.: 9,99€

Veredicto: Ora aqui está uma combinação de castas, no mínimo excêntrica: A típica Malvasia Fina, conjugada com as Alsacianas Riesling e Gewurztraminer... De cor citrina, brilhante, o nariz mostra-se bem aromático, com um autêntico bouquet de flores. Muito apelativo! De seguida, aparece a fruta tropical e as ...líchias. Na boca, é extremamente fresco, com um corpo médio, terminando bem persistente e nada enjoativo. Um branco deveras invulgar e que merece ser descoberto.

Classificação: 16




Valle Pradinhos Tinto 2008



Ano: 2008

Produtor: Valle Pradinhos

Tipo: Tinto

Região: Trás-Os Montes

Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Tinta Amarela.

Preço Aprox.: 9,99€

Veredicto: Estagia durante 20 meses em madeira. Composto pelas castas autóctones Touriga Nacional e Tinta Amarela, com a "intrusão" do francês Cabernet Sauvignon. Cor ruby intensa, com rebordo violáceo. No nariz o aroma é complexo, onde sobressaem as notas de fruta silvestre madura, com especiarias e tosta de madeira de qualidade. Na boca, os taninos são sedosos, mostrando-se com um belo corpo, embora mantenha a elegância característica do terroir. Termina longo e persistente. Um vinho que conjuga na perfeição elegância e potência.

Classificação: 16,5



Valle Pradinhos Reserva Tinto 2007



Ano: 2007

Produtor: Valle Pradinhos

Tipo: Tinto

Região: Trás-Os Montes

Castas: Cabernet Sauvignon (90%) e Tinta Amarela (10%).

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto: Estagia durante 20 meses em madeira. Quase que pode ser considerado um monovarietal Cabernet Sauvignon, dado que 90% desta casta compõe o vinho. E como se comporta esta casta francesa em Trás-Os-Montes? Muito bem..Cor ruby intensa, com rebordo violáceo. No nariz o aroma é ainda mais complexo, onde ressalta uma enorme frescura e elegância. Continuam a aparecer os aromas a frutos do bosque e a especiaria fina, tudo com muita finesse. Na boca, é volumoso, guloso e aveludado, terminando com enorme persistência e muito agradável. Grande vinho, ainda muito jovem, com enorme potencial de envelhecimento.

Classificação: 17



Foi notório, na prova, uma linha condutora onde predomina a frescura e a elegância, aliadas a uma potência que se traduz num cariz gastronómico. Os 600 metros de altitude a que estão situadas as vinhas, bem como o trabalho de enologia de Rui Cunha, contribuirão seguramente para isso, apesar do teor alcoólico algo elevado nos vinhos provados.

Destaque naturalmente para os tintos 2008 e reserva 2007. Grandes vinhos e que provavelmente espelham da forma mais fiel o terroir de origem.

Nota: Amostras gentilmente cedidas pelo produtor.


Sérgio Lopes

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tons de Duorum Tinto 2011


Ano: 2011

Produtor: Duorum Vinhos, S.A.

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz, Touriga Nacional

Preço Aprox.: 3,99€

Veredicto: Chegou-nos a nova colheita de Tons de Duorum tinto, da dupla João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco, dois enólogos que marcam a história do vinho em Portugal nas últimas décadas. Este Tons de Duorum tinto de 2011 é produzido a partir de uvas de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, de vinhas entre os 400m e os 600m de altitude no Douro. Estagia 6 meses em barricas de carvalho francês e americano.

Apresenta uma cor ruby. No nariz, tudo muito bem arrumado, com a fruta madura e especiaria evidentes, mas em harmonia. Na boca, é um vinho muito apelativo, de taninos redondos, macio e sumarento, com uma bela acidez, terminando com uma persistência interessante.

Um vinho extremamente bem feito, a um preço fabuloso e que de ano para ano, está cada vez mais afinado. Será garantidamente, de novo, um grande sucesso. Disponível nas grandes superfícies, abaixo dos 4€. Excelente RQP.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação: 15,5

Sérgio Lopes

sábado, 17 de novembro de 2012

Quinta de Baixo Blanc des Noirs 2007


Ano: 2007

Produtor: Quinta de Baixo

Tipo: Espumante

Região: Bairrada

Castas: Touriga Nacional, Baga.

Preço Aprox.: 8,5€

Veredicto: Engarrafado em 2008, este espumante bairradino Blanc des Noirs (branco de uvas tintas - TN e Baga) teve a particularidade de 25% do seu lote ter estagiado em madeira, o que lhe confere uma singular elegância e frescura.

De cor levemente rosada, brilhante, apresenta bolha bastante fina e uniforme. No nariz, futa madura e muita frescura, num aroma bastante complexo e atractivo. Na boca, mostra-se muito equilibrado, com acidez no ponto, bom corpo e final agradável e a pedir comida.

Gastronómico e original, eu já guardei algumas garrafas deste 2007 e garanto que está para durar. Muito boa relação qualidade-preço.

Classificação: 16,5

Sérgio Lopes

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Quinta de Sant'Ana Rosé 2010


Ano: 2010

Produtor: Quinta de Sant'Ana

Tipo: Rosé

Região: Tejo

Castas: Touriga Nacional, Aragonês e Castelão.

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: Em tempos de frio, onde os rosés não são reis (são tipicamente vinho de Verão), apeteceu-me beber o rosé que trouxe da visita à Quinta de Sant'Ana, acompanhando uma refeição mais leve, naqueles dias em que nos apetecem apenas umas tapas...

De cor cereja, apresenta-se muito fresco no nariz, com notas de romã e framboesa. A fruta aparece pouco exuberante, num registo mais delicado e suave, com evidente mineralidade.  Na boca, confirma-se a frescura e alguma garra. Com bom corpo, termina de agradável persistência, seco e até um pouco apimentado.

De perfil eminentemente gastronómico, não podeira ter sido melhor companhia para as ditas tapas.


Classificação: 15,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

José Maria da Fonseca efectua rebranding



A José Maria da Fonseca efectuou um rebranding à sua marca-mãe que abrangeu todo o seu portfólio de vinhos.

O logótipo continua a ter presente a Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, condecoração conferida pelo rei D. Pedro V ao Sr. José Maria da Fonseca em 1857, tendo sido acrescentado o ano de fundação da empresa, 1834, e a indicação da sexta geração (VI) da FAMÍLIA na vigência da empresa.

O universo gráfico pretendeu-se mais simples, moderno e aglomerador, passando a totalidade da oferta da gama de vinhos José Maria da Fonseca a ser abrangida por um só conceito estético.

O novo slogan passará a ser: “FAMÍLIA de Vinhos. Vinhos de FAMÍLIA” 

A entrada no mercado das novas imagens de todo o portfólio será gradual, tendo começado no passado mês de Outubro e prevendo a José Maria da Fonseca que fique terminado em meados de 2013.



A campanha de comunicação da José Maria da Fonseca terá início no mês de Novembro e será materializado inicialmente no website próprio e página de Facebook.

A primeira apresentação oficial ao público foi feita durante o Encontro com o Vinho e Sabores que decorre no Centro de Congressos de Lisboa e termina hoje.


Sérgio Lopes

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Encontro com o Vinho e Sabores 2012


Tem início hoje, a edição deste ano do evento Encontro com o Vinho e Sabores, que decorre no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), na Junqueira, até à próxima 2ª feira.

Organizado pela Revista de Vinhos, a 13ª edição deste Encontro promove provas de vinhos e sabores, demonstrações culinárias, loja de vinhos, entre outras atracções. São mais de 350 produtores de vinhos, queijos, presuntos, enchidos e azeites, seleccionados pela Revista de Vinhos, e que apresentam aqui os seus produtos aos consumidores e público interessado. 

Aberto ao público durante o fim-de-semana, o Encontro com o Vinho e Sabores reserva o dia 12, segunda-feira, aos profissionais: restaurantes, retalhistas, profissionais do sector que aproveitam para provar e avaliar muitas das aquisições a fazer durante o próximo ano.

Horários: 

9 de Novembro 2012 (6ª feira) – 18:00 / 22:00
10 e 11 de Novembro 2012 (Sábado e Domingo) – 14:00 / 20:00
12 de Novembro 2012 (2ª feira) – dia exclusivo para Profissionais – 11:00 / 18:00 

A entrada custa 10 euros, com 50 por cento de desconto mediante apresentação do cupão publicado na Revista de Vinhos de setembro e outubro. É gratuita para menores de 12 anos. Os bilhetes podem ser adquiridos no Centro de Congressos de Lisboa durante os dias do evento.

Eu vou lá estar pela primeira vez, este ano. 


Sérgio Lopes


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Conde de Vimioso Colheita Seleccionada Branco 2011


Ano: 2011

Produtor: Falua

Tipo: Branco

Região: Tejo

Castas: Arinto e Fernão Pires

Preço Aprox.: 2,49€

Veredicto: Após ter provado o Rosé, comentado aqui, experimentei esta semana o branco. Bebi-o em dois dias consecutivos e manteve todas as suas potencialidades. Vinho produzido pela Falua, região Tejo, do enólogo João Portugal Ramos, só poderia se traduzir em algo positivo. E foi isso mesmo que sucedeu.

De cor palha, o aroma é suave e fresco, salientando-se as notas florais e de alguma fruta tropical. Tudo muito harmonioso e agradável.  Na boca, confirma os aromas apresentados, sendo um vinho de corpo médio e com uma acidez limonada que lhe confere a frescura em dose certa. Termina com uma persistência bastante agradável. 

Um verdadeiro vinho anti-crise. Disponível nas grandes superfícies, um pouco por todo país, numa admirável relação qualidade-preço.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.


Classificação: 15

Sérgio Lopes

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Gravato Tinto Vinhas Velhas 2008


Ano: 2008

Produtor: Quinta dos Barreiros

Tipo: Tinto

Região: Beira Interior

Castas: Vinhas Velhas, Rufete. Síria

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Depois de provados Palhete e Touriga Nacional, eis que escrevo finalmente o comentário sobre o vinho que deu ainda mais notoriedade (totalmente merecida) a Luís Reboredo. Trata-se do Gravato Vinhas Velhas, um tinto onde predomina uma mistura de castas das vinhas mais velhas da Quinta dos Barreiros, incluíndo algums castas brancas, como a Síria, por exemplo...

De cor granada, com rebordo encarnado, no nariz apresenta-se fresco, com uma boa dose de fruta vermelha, coadjuvada por leve balsâmico, geleia de fruta e notas de especiarias. Na boca, confirma a frescura apresentada, a que se junta uma componente vegetal bem vincada. De corpo médio, termina com uma boa persistência e uma secura bem gastronómica.

Um tinto para beber fresco - sim- fresco, correcto, apesar de algo austero, apresenta-se directo e em harmonia de conjunto. Na minha opinião, dados os 5% de síria no lote, estamos perante o verdadeiro e tradicional Palhete, apesar de Luís Reboredo o denominar de Vinhas Velhas. O resultado é surpreendente.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mercado de vinhos do Campo Pequeno 2012



O Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, em Lisboa, vai recriar o espírito dos antigos espaços de compre a venda portugueses. Ou seja, lugares onde se adquiria tudo diretamente aos produtores. No caso vertente, o mercado vai estar adaptado a uma temática: os vinhos provenientes de dezenas de produtores nacionais. 

A organização promete reunir, entre 1 e 4 de novembro, “os melhores vinhos, produzidos por pequenos e médios produtores de cada uma das regiões vinícolas de Portugal”. Um encontro que augura “muita qualidade e preço atrativo”.
O Mercado de Vinhos nasce com um duplo objetivo: promover micro e pequenas empresas ligadas ao sector vinícola e sensibilizar os consumidores para produtos portugueses inovadores e criativos.

As regiões presentes neste mercado são: Alentejo, Douro, Dão, Tejo, Bairrada, Terras do Sado, Lisboa, Beiras, Trás-os-Montes, Algarve, Açores, Vinhos Verdes, Madeira, Porto.

-  Horário: 11h00 às 21h00 (1 a 4 de novembro)

- Local: Arena do Campo Pequeno (piso da arena alcatifado, em espaço coberto).

Sérgio Lopes

sábado, 27 de outubro de 2012

Quinta de Camarate Tinto 2009


Ano: 2009

Produtor: José Maria da Fonseca

Tipo: Tinto

Região: Península de Setúbal

Castas: Touriga Nacional (48%), Aragonez (25%), Cabernet Sauvignon (16%) e Castelão (11%)

Preço Aprox.: 7,50€

Veredicto: Situada em Azeitão, junto da Serra da Arrábida, a Quinta de Camarate tem uma área de 110ha, 40 dos quais são de vinha. A restante parte é utilizada para pasto das ovelhas que dão origem ao famoso Queijo de Azeitão.

De cor ruby pronunciada, no aroma evidencia fruta empassada, com predominância das tãmaras, mirtilos e figo, bem como notas minerais. Muito agradável e envolvente no primeiro impacto. Na boca, confirma o perfil frutado,  apresentando taninos bem redondos e uma elegância e frescura, num conjunto bem conseguido, onde a madeira aparece muito bem integrada. O final é de médio comprimento, mas muito sumarento.

Como é habitual em Domingos Soares Franco (que não sabe fazer vinhos maus), este vinho está muito bem conseguido e é de uma atracção imediata.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação: 16

Sérgio Lopes