segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mercado de vinhos do Campo Pequeno 2012



O Mercado de Vinhos do Campo Pequeno, em Lisboa, vai recriar o espírito dos antigos espaços de compre a venda portugueses. Ou seja, lugares onde se adquiria tudo diretamente aos produtores. No caso vertente, o mercado vai estar adaptado a uma temática: os vinhos provenientes de dezenas de produtores nacionais. 

A organização promete reunir, entre 1 e 4 de novembro, “os melhores vinhos, produzidos por pequenos e médios produtores de cada uma das regiões vinícolas de Portugal”. Um encontro que augura “muita qualidade e preço atrativo”.
O Mercado de Vinhos nasce com um duplo objetivo: promover micro e pequenas empresas ligadas ao sector vinícola e sensibilizar os consumidores para produtos portugueses inovadores e criativos.

As regiões presentes neste mercado são: Alentejo, Douro, Dão, Tejo, Bairrada, Terras do Sado, Lisboa, Beiras, Trás-os-Montes, Algarve, Açores, Vinhos Verdes, Madeira, Porto.

-  Horário: 11h00 às 21h00 (1 a 4 de novembro)

- Local: Arena do Campo Pequeno (piso da arena alcatifado, em espaço coberto).

Sérgio Lopes

sábado, 27 de outubro de 2012

Quinta de Camarate Tinto 2009


Ano: 2009

Produtor: José Maria da Fonseca

Tipo: Tinto

Região: Península de Setúbal

Castas: Touriga Nacional (48%), Aragonez (25%), Cabernet Sauvignon (16%) e Castelão (11%)

Preço Aprox.: 7,50€

Veredicto: Situada em Azeitão, junto da Serra da Arrábida, a Quinta de Camarate tem uma área de 110ha, 40 dos quais são de vinha. A restante parte é utilizada para pasto das ovelhas que dão origem ao famoso Queijo de Azeitão.

De cor ruby pronunciada, no aroma evidencia fruta empassada, com predominância das tãmaras, mirtilos e figo, bem como notas minerais. Muito agradável e envolvente no primeiro impacto. Na boca, confirma o perfil frutado,  apresentando taninos bem redondos e uma elegância e frescura, num conjunto bem conseguido, onde a madeira aparece muito bem integrada. O final é de médio comprimento, mas muito sumarento.

Como é habitual em Domingos Soares Franco (que não sabe fazer vinhos maus), este vinho está muito bem conseguido e é de uma atracção imediata.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Parede Nova Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Sociedade Agrícola da Cruz Velha

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz, Touriga Nacional

Preço Aprox.: 3,99€

Veredicto: Parede Nova trata-se de um vinho distribuído pela JLVinhos, do meu companheiro Joel Leite. O vinho foi provado num almoço em casa do Joel, o qual desde já agradeço, pois estava tudo muito bom, em excelente companhia. Parede Nova é proveniente de um produtor recente no mercado, com origem em Soutelo do Douro - S. João da Pesqueira, composto pelas 3 castas tipicamente encontradas na região - Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca. O vinho estagia em barricas de carvalho francês e americano.

Apresenta uma cor ruby, carregada, com laivos violáceos. No nariz, o primeiro impacto aponta para um aroma típicamente duriense, onde sobressai a fruta vermelha madura, conjugada com leve tosta da madeira e alguns apontamentos vegetais. Na boca, apresenta um bom volume, confirmando o seu carácter frutado e elegante. Vai evoluindo no copo, á medida que vai abrindo. O final é de boa persistência e com alguma secura.

Gastronómico e com uma complexidade interessante, trata-se de uma excelente aposta para o dia-a-dia. Para mais informações em como adquiri-lo, por favor visitar JL Vinhos.

Classificação: 15

Sérgio Lopes

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Grande Prova de Vinhos de António Narciso - O ... INCONNU... Reserva Tinto 2010

Casimir e Christelle Da Silva com o enólogo António Narciso


Foi no primeiro dia de Setembro que decorreu a GRANDE prova de vinhos do Dão, todo eles com enologia de António Narciso. Foram quase 40 vinhos provados, entre brancos, tintos e rosés, num dia longo, mas muito agradável.

O evento decorreu no restaurante O Pote Velho e foram provados vinhos dos seguintes produtores:

- Barão de Nelas
- Casa Aranda
- Quinta Mendes Pereira
- Quinta da Fata
- Quinta das Marias
- Fonte de Gonçalvinho

Para o final, ficou guardado o néctar que foi a pérola da noite, o fantástico Inconnu Reserva Tinto 2010, um vinho que nem António Narciso, nem os produtores Christelle e Casimir, revelam qual a composição, ou a forma como é feito... Que é muito bom,  disso não existe a menor dúvida!


Inconnu Reserva Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Fonte de Gonçalvinho

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: ??????

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto: Fruto de uma selecção privada dos Produtores e Enólogo, surge este vinho muito complexo e desafiante em toda a prova. Numa das primeiras provas deste vinho alguém disse... “mas o que é isto?” Por mero acaso foi sempre designado como “????” e assim permanecerá a sua história…, incógnita para todos. Uma história apenas para se apreciar com prazer…

A descrição acima, transcrita da ficha técnica do vinho, não podia estar mais acertada. De facto, trata-se de um vinho extremamente complexo e muito diferente do que habitualmente se produz no Dão. O nome Inconnu, que significa desconhecido em Francês, traz um carácter de originalidade e coloca as pessoas a falar do vinho, uma vez que nem as castas que o compõem são conhecidas nem o processo de vinifcação é revelado. Sabemos que António Narciso não é adepto da casta Jaen, mas quem sabe se esta existe no lote? A minha aposta pessoal vai para um blend de Touriga Nacional com Aragonês, com uma elevada percentagem de Touriga...

Relativamente ao vinho já o tinha provado em diversas ocasiões, até mesmo quando ainda estava em amostra de barrica e aquilo que mais me surpreende é que se trata de um vinho que evoluiu sempre para melhor cada vez que o fui provando!

É um daqueles vinhos para apreciar no final da noite, em boa companhia...

De cor ruby intensa com rebordo violeta, apresenta-se extremamente complexo. Hoje estou a escrever estas palavras, amanhã se calhar novas sensações serão experimentadas pois este vinho é assim. No nariz, é fino, elegante e desafiante com fruta vermelha evidente, notas balsãmicas, madeira de qualidade superiormente integrada. Na boca é encorpado, volumoso, com taninos firimes, mas bem redondos, num equilíbrio perfeito entre potência e finesse. O final de boca é muito longo, persistente e delicioso. Viciante!

Ainda muito novo, deve ser aberto uma horas antes (ou até no dia anterior), decantado para ser apreciado com todo o prazer que proporciona.

PS: Tive oportunidade de provar uma amostra de barrica do Inconnu 2011 e fiquei boquiaberto. Está uma coisa do outro mundo...! Será do Jaen?!


Classificação: 17,5

Sérgio Lopes

domingo, 14 de outubro de 2012

Quadrifolia Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Quinta do Vallado

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Tinta Roriz

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: Quadrifolia é um trevo de 4 folhas, em vias de extinção, cujo último habitat é a foz do Rio Corgo, entre as vinhas do Vallado. É esta a informação de contra rótulo do vinho lançado pela Quinta do Vallado, com enologia de Francisco Olazabal, composição maioritariamente de Touriga Franca e Tinta Roriz e 12 meses de estágio em inox.

Apresenta uma cor ruby de média intensidade. Trata-se de um vinho onde se evidenciam os frutos vermelhos frescos, conjugados com uma leve sensação vegetal. Na boca é elegante e fresco, de taninos redondos e gastronómico qb, devido a um final seco. Apresenta corpo algo delgado e final de média persistência.

Comprei-o no hipermercado Continente em promoção. Creio que o valor real está um pouco acima das potencialidades do vinho que se traduz num daqueles vinhos bem feitos e agradáveis a menos de 4€.

Classificação: 14,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dory Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: Quinta da Archeira (Adega Mãe)

Tipo: Tinto

Região: Lisboa

Castas: Touriga Nacional, Aragonês, Syrah, Alicante Bouschet

Preço Aprox.: 3€ - 4€

Veredicto: O grupo Riberalves, empresa que se dedica à indústria e comércio de bacalhau, apostou num projecto vínico, com forte componente no enoturismo, a Adega Mãe, localizada em Ventosa, Torres Vedras. O primeiro vinho da Adega Mãe no mercado é o DORY Colheita Tinto 2010, que agora provamos.

De cor ruby de média intensidade, trata-se de um vinho bastante fresco no primeiro impacto. As primeiras notas apontam para uma componente vegetal que a pouco e pouco vai sendo dominada por notas de fruta silvestre madura, cacau e um toque apimentado. Na boca, surge elegante, directo, de comprimento médio, terminando com uma agradável persistência.

Redondo, gastronómico, jovem, a um preço ajustado e acessível.

Classificação: 15

Sérgio Lopes

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Dory Branco 2011


Ano: 2011

Produtor: Quinta da Archeira (Adega Mãe)

Tipo: Branco

Região: Lisboa

Castas: Sauvignon Blanc, Arinto, Viognier e Fernão Pires

Preço Aprox.: 3€ - 4€

Veredicto: Continuando na região de Lisboa, mais propriamente em Ventosa (Alenquer) território de frescura atlântica e onde se situa igualmente a Quinta do Monte D'Oiro, provamos a nova marca Dory, da Adega Mãe, do grupo Riberalves.

Contando com a colaboração de Anselmo Mendes na enologia, o branco Dory é composto por um blend de castas internacionais e nacionais, nomeadamente Sauvignon Blanc, Arinto, Viognier e Fernão Pires.

De cor palha, o aroma é bastante apelativo, focado na fruta e nas flores, bastante aromático, num tom exótico e muito fresco. Na boca, mantém o perfil focado na fruta, apresentando um bom corpo, uma acidez no ponto e um final de comprimento médio e de agradável persistência.

O registo é frutado e floral, directo, mas com personalidade. Gastronómico e muito bem feito, a um preço acertado, traduz-se numa aposta segura. Disponível nas grandes superfícies - comprei-o no hipermercado Continente.


Classificação: 15,5

Sérgio Lopes

domingo, 7 de outubro de 2012

Quinta do Monte D'Oiro Reserva Tinto 2003


Ano: 2003

Produtor: Quinta do Monte D'Oiro

Tipo: Tinto

Região: Lisboa

Castas: Syrah, Viognier

Preço Aprox.: 30€

Veredicto: Definitivamente os vinhos produzidos por José Bento dos Santos são grandiosos e com uma longevidade considerável, melhorando ainda mais com o passar dos anos em garrafa. Este Quinta do Monte D'Oiro Reserva 2003 é elaborado a partir de 94% de Syrah (pode portanto ser considerado um monocatsa Syrah) apesar de 6% do lote ser constituído por Viognier. Estagiou durante 18 meses em barrica nova de carvalho francês.

Decantado 3 horas antes, apresenta uma cor ruby não muito intensa, já com laivos avermelhados de notas de evolução. No nariz apresentou-se extremamente complexo com notas de fruta madura, especiarias, folhas de tabaco e chocolate. Mas é na boca que surpreende com uma juventude desconcertante. Elegante, sedoso e com grande corpo, está muito equilibrado, terminando muito longo e extremamente saboroso, de enorme prazer.

Eu que até não posso afirmar ser um grande adepto de Syrah, fiquei completamente rendido. Grande vinho.

Classificação: 17,5

Sérgio Lopes

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Campolargo Faro Tinto 2008


Ano: 2008

Produtor: Campolargo

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Pinot Noir, Baga, Cabernet Sauvignon, Trincadeira e Castelão

Preço Aprox.: 3€

Veredicto: Adquiri este vinho recentemente na feira de vinhos do Jumbo. O rótulo, como é apanágio nos vinhos do produtor Campolargo é bastante original. O vinho contempla uma mistura de castas portuguesas e estrangeiras, do manancial de castas plantadas nas propriedades do produtor.

De cor rubi, não muito intensa, no nariz apresenta aromas a fruta não muito madura, conjugada com  toques de especiarias. Na boca, é um vinho directo, de taninos macios, fácil, com volume médio, terminando algo curto e com uma persistência baixa.

Um vinho a lembrar um pouco os "vinhos de adega", de consumo fácil e gastronómico qb.

Classificação: 14

Sérgio Lopes