sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Em Prova: Identidade AM "O Principezinho" Tinto 2019

Os vinhos "Identidade" são vinhos de boutique criados pelo Sommelier Pedro Martin, inspirados no carácter dos seus dois filhos. O Identidade AM Edição Limitada Tinto 2019, na sua terceira edição, volta a ter enologia de Carlos Lucas, com o blend seleccionado pelo próprio Pedro Martin, composto pelas castas tradicionais da região do Dão. 

Se na estreia se mostrava um vinho repleto de fruta, vai-se complexificando ano após ano e nesta terceira edição aparece um vinho com mais camadas. Com 50% do lote a estagiar em barrica de carvalho Francês e a outra metade em barrica de carvalho Húngaro, esta última acrescenta ao nariz notas exóticas, que escondem um pouco a fruta no nariz, ao que sentimos também alguma baunilha e especiaria. Uma opção que tornará o vinho também provavelmente mais apelativo. Na boca, resulta num vinho cheio de vivacidade, elegante, com taninos firmes e bem equilibrado entre acidez e doçura, como é apanágio de Pedro Martin, que desenha vinhos para a mesa. PVP: 14€. Martin Boutique Wines.

Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Em Prova: Quinta Pousada de Fora Loureiro, Arinto & Loureiro e Arinto 2019

A Quinta Pousada de Fora encontra-se situada na freguesia de Azurém, no concelho de Guimarães. A quinta tem uma uma área de 8,8ha e inclui três casas agrícolas, uma antiga adega com lagares de pedra, 5,7ha de vinha plantada em 2017, bosquetes de carvalhos e uma envolvente paisagística tipicamente rural minhota. Esta riqueza geográfica veio acrescentar à ideia original de produção de vinha e vinho, a vertente turística e cultural com alojamento em Espaço Rural e atividades de experiência turística associadas ao enoturismo, turismo ambiental, turismo cultural e turismo científico.

Nascidos em 2016, os vinhos Quinta Pousada de Fora são elaborados exclusivamente a partir de uvas da quinta, nas castas Loureiro e Arinto ou Pedrenã, 30% é Arinto e 70% Loureiro. Provamos as referências atualmente no mercado. Ficaram por provar apenas os reserva e grande reserva, dos quais falaremos oportunamente. A enologia encontra-se a cargo de  Pedro Pimentel Pereira (Tirado a Ferros; Head Rock).

O Quinta Pousada de Fora Loureiro 2019 apresenta um aroma floral e a limão maduro, com laivos herbáceos. Não demasiado exuberante, o que é bom. Na boca é fresco, de corpo médio, seco e com final refrescante. Com apenas 11,5 de álcool, está bem desenhado com um final ligeiramente amargo citrino, a pedir comida. Leve e simples, mas um bom exemplar da casta. O Quinta Pousada de Fora Arinto & Loureiro já apresenta um aroma mais contido, com leves notas citrinas e de fruta branca. Na boca sente-se uma elevada acidez, num corpo magro, com pendor mineral e um final de média intensidade, talvez derivado dos apenas 11graus de álcool, o que é opimo. Um vinho um pouco fechado nesta fase e que será curioso verificar como se comportará dentro de uns meses, nomeadamente se ganhará outra complexidade na boca. Ambos os vinhos a um PVP de 4,90€. Finalmente o meu preferido dos três, o Quinta Pousada de Fora Arinto 2019, um vinho com um aroma onde predomina maçã verde, lima e notas de muita frescura, num registo contudo bem elegante. Na boca, uma opima acidez, num vinho com um toque aveludado e até untoso, apesar de não ter passado por madeira. Termina longo e cremoso. Gostei bastante, com os 13,5 graus de álcool a contribuir para lhe conferir maior volume de boca. Um branco que facilmente pode ser de Inverno enquanto que os anteriores serão mais brancos de verão, por assim dizer. PVP: 5,20€. Garrafeiras.

Vinhos afinados e claramente representativos da sua sub-região dos vinhos verdes, que aguçaram o apetite para a prova dos reserva.

Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Em Prova: Quinta dos Castelares Rosé Pinot Noir 2019

A Quinta dos Castelares está localizada em Freixo de Espada à Cinta, no Douro Superior. Nas várias vinhas que compõem a Quinta - vinha do Almirante com vinhas velhas com mais de 40 anos; vinha da Congida, à beira Douro, onde as uvas atingem maiores maturações, plantadas apenas castas tintas; ou em Castelares, onde predominam castas brancas plantadas nas partes mais altas e frescas, com uma exposição Norte Nordeste, possibilitaram assim criar vinhos de perfis distintos. Trata-se de um projeto familiar que em 2015 ganha novo fôlego, com a construção da adega e recuperação da marca Quinta dos Castelares. Daqui saem brancos, tintos, rosés e espumantes. 

O Quinta dos Castelares Rosé Pinot Noir 2019 é produto de uma vinha da casta francesa com cerca de 8 anos, plantada a 700m de altitude. Resulta num vinho com uma fruta fresca deliciosa, boca com boa acidez, equilibrado, refrescante, seco  e de final longo. Um rosé gastronómico. Bela surpresa. PVP: 8,49€. Comprar AQUI.

Sérgio Costa Lopes

domingo, 25 de outubro de 2020

Em Prova: Os brancos da Quinta dos Castelares

A Quinta dos Castelares está localizada em Freixo de Espada à Cinta, no Douro Superior. Nas várias vinhas que compõem a Quinta - vinha do Almirante com vinhas velhas com mais de 40 anos; vinha da Congida, à beira Douro, onde as uvas atingem maiores maturações, plantadas apenas castas tintas; ou em Castelares, onde predominam castas brancas plantadas nas partes mais altas e frescas, com uma exposição Norte Nordeste, possibilitaram assim criar vinhos de perfis distintos. Trata-se de um projeto familiar que em 2015 ganha novo fôlego, com a construção da adega e recuperação da marca Quinta dos Castelares. Daqui saem brancos, tintos, rosés e espumantes. Provamos os brancos de Castelares e foi uma enorme surpresa!

O primeiro branco provado foi o Quinta dos Castelares Colheita 2019. que resulta num branco frutado, muito fresco, com uma boca elegante e um toque de untuosidade, terminando super equilibrado muito refrescante, Excelente para o dia-a-dia e um começo de prova, em bom nível. 5,50€
Seguiu-se o Quinta dos Castelares Vinhas a Norte 2018, que como o próprio nome indica é produzido das vinhas com maior altitude, viradas a norte. Sem passagem, por madeira, todo ele é focado na mineralidade, num vinho com pouco álcool - 12,5, corpo médio e final médio, leve e prazeroso. Perfeito para "picar" umas entradas. 8,99€.
O Quinta dos Castelares Reserva 2018 estagia em barricas de carvalho francês e americano. Aqui temos um branco com mais volume, mais untuoso, uma belíssima acidez e com notas abaunilhadas a conferir um lado mais apelativo a um conjunto ótimo para a mesa. Um vinho para quem gostar de um branco com um toque de madeira, sem excessos. Perfeito para bacalhau. 12,5€
Provamos também dois monocastas. O Quinta dos Castelares Moscatel Galego 2018, fermentado parcialmente em barricas de carvalho francês. De aroma intenso, como seria de esperar, mas nada enjoativo, com o moscatel a marcar esse lado frutado, juntamente com nuances minerais. Na boca surpreende pela elevada acidez, mostrando-se seco e fácil de beber, terminando com uma frescura limonada. Perfeito para marisco. Muito bem. 9,99€.
Finalmente, o meu favorito, o Quinta dos Castelares Códega de Larinho 2018. Nariz cheio de frescura no primeiro impacto, com notas citrinas, algum floral e muita mineralidade. A boca é de uma enorme cremosidade, com excelente volume, terminando longo, tenso, sempre com um rastro mineral e de frescura citrina. Uma delicia, com uma acidez rasgante, versátil à mesa, seguramente. PVP: 9,99€

Em suma, brancos muito bons, que são obrigatório conhecer e que farão ótima figura à mesa.

Todos os vinhos podem ser adquiridos na loja online do produtor AQUI.

Sérgio Costa Lopes

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Em Prova: Toroa Riesling 2014

O enólogo Henrique Cizeron viajou e trabalhou em várias regiões, incluindo por exemplo a Nova Zelândia, onde ainda produz a marca Toroa e do qual existem dois brancos - um riesling e um gewurtz e um tinto feito de Pinot Noir. 

O Toroa Riesling 2014, à semelhança do Pinot Noir, por exemplo, provado aqui, mostra a expressão da casta. Com fermentação e posterior estágio em barrica muito velha por 7 meses, apresenta um nariz com um misto de notas de fruta branca, com ligeiros toques melados e um levezinho petrolado, típicas desta casta. A boca é fresca, cremosa, com um excelente balanço entre o açúcar residual e a elevada acidez, contribuindo para um vinho arredondado pela madeira, terminando com um final agradável. Bom exemplar da casta no "novo mundo". Versátil à mesa, embora com os seus 12,5 graus de alcool, apontaria para pratos mais leves ou de cozinha asiática, por exemplo. PVP: 12€. Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Em Prova: Toroa Pinot Noir 2014

O enólogo Henrique Cizeron viajou e trabalhou em várias regiões, incluindo por exemplo a Nova Zelândia, onde ainda produz a marca Toroa e do qual existem dois brancos - um riesling e um gewurtz e um tinto feito de Pinot Noir. À semelhança do seu projeto "tuga" Cinética, estes vinhos só saem para o mercado após alguns anos, (quando Henrique considera ser o momento certo), por isso estamos na presença de um vinho de 2014 pleno de elegância e pronto a beber em 2020. O registo é da expressão da casta no "novo Mundo", resultando num tinto de cor aberta, com um nariz super complexo e rico, com notas de fruta vermelha fresca, algum vegetal e até um certo balsámico que lhe confere graça. Na boca, mostra toda a elegância da casta, com corpo médio, taninos macios e uma enorme frescura, apesar dos seus 14 graus de álcool que não pesam, contribuindo apenas para volume de boca e um final longo e sumarento. Perigoso até, pois convida a novo copo. Muito bem. PVP: 19€. Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Em Prova: Zafirah Tinto 2019

Quarta edição de Zafirah, o vinho de Constantino Ramos, enólogo de Anselmo Mendes. Trata-se de um "verde tinto", produzido das castas típicas tintas da região de Monção, com predominância de Alvarelhão, secundado por Borraçal, Pedral e apenas um pouco de Vinhão. provenientes de uma vinha com mais de 70 anos ainda com sistema de condução em latada procurando imitar esses vinhos, que há época eram comparados aos Borgonha. 

Depois de um primeiro ano - 2016, disruptivo, de um segundo ano - 2017, mais polido e de na edição de 2018 se mostrar bastante guloso, surge agora na quarta edição, o vinho mais fino, profundo e complexo de todos. Nariz com muita elegância e mais contido do que o habitual com fruta primária em primeiro plano sim, mas menos exuberante e algumas notas terrosas e especiadas  mostrar de onde vem.  Confesso que às cegas provavelmente irá baralhar muita gente. Na boca continua um tinto muito fresco, de corpo médio, com apenas 11,5 graus de alcool e uma belíssima acidez, que o torna super atractivo. Para acompanhar a sua evolução e ver até onde vai chegar. PVP: 12€. Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

sábado, 17 de outubro de 2020

Radar do Vinho: Positive Wine

A Positive Wine é uma empresa recente no mercado, provavelmente mais conhecida pelos seus espumantes de consumo democratizado "flutt", tendo lançado agora no mercado as novidades Original e Positivo, que acrescentam vinhos brancos e tintos ao seu portfolio.  Os vinhos são vinificados pela empresa a partir de uvas produzidas nas propriedades das suas adegas (Adega Original e Adega Quatro Cravos) e também das adquiridas a produtores certificados da região. As marcas são apresentadas no mercado com a chancela “By PositiveWine” como compromisso de garantia de qualidade e para assumir a responsabilidade institucional da empresa com os seus produtos.

Os espumantes Flutt foram uma verdadeira surpresa. Produzidos pelo método charmat , fermentam em depósito de aço inox a temperatura controlada e fazem estágio durante 6 meses sobre borra fina com bâtonnages periódicas. O Flutt Rosé, da casta Baga, cheio de frescura, com frutos silvestres. boa mousse e um conjunto com acidez crocante, bem equilibrado, fácil de beber e consensual, sem doçuras. Para um consumo democratizado sem duvida e sem preconceito. O mesmo se passa com o Flutt branco, feito pelo mesmo método, das castas Bical e Maria Gomes, muito refrescante,. Ambos a um PVP de apenas 5,50€

O Espumante Original Baga@Bairrada foi provado AQUI. 
O Espumante Positivo Royal já é produzido pelo método clássico de champanhe. Trata-se de um bruto natural com mouse cremosa e uma acidez refrescante, de novo num registo de grande equilíbrio. A 6,50€ (mais 1€ que os flutt) temos outra complexidade e uma excelente relação qualidade preço, nesta gama de preço.

Finalmente, provamos os vinhos Original Reserva Tinto e Branco, ambos a um preço a rondar os 6,50€ - vinhos  corretos para o preço; e o novíssimo Pé de Ganso Branco, este último já próximo dos 10€ - um branco mais untuoso e um pouco mais complexo. 

Um projeto para acompanhar.

Sérgio Costa Lopes

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Em Prova: Fraga da Galhofa Reserva Branco 2018

A Vinilourenço e um projecto situado do Douro Superior, mais propriamente na Meda. Com enologia do professor Virgilio Loureiro, o projecto tem um portfolio vasto de referências, apostando em também apresentar o que cada casta pode aportar em termos de identidade aos vinhos produzidos. É assim no D. Graça Viosinho ou no D. Graça Rabigato, por exemplo, brancos que são escolha frequente cá em casa e que demonstram bem o terroir da Meda - com muita frescura e mineralidade.

Fraga da Galhofa é outra das marcas, com vinhos mais acessíveis e diretos. É o caso deste reserva branco feito de viosinho, gouveio e rabigato, com fermentação em barrica e posterior estágio de 6 meses. Resulta num vinho elegante, fresco e com a madeira superiormente integrada. Com uma boca de volume médio, não tem excessos o que se saúda. Peca apenas quiçá por não ter um pouco mais de profundidade, sobretudo no final de boca, mas acaba por ser um belíssimo exemplar do Douro Superior, para quem procura na restauração um vinho bem feito e que seja versátil a mesa. Boa porta de entrada para os excelentes brancos 'Dona Graça' deste produtor.  PVP: 7,5€. Restauração / Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Em Prova: Quinta Seara D'Ordens Reserva Branco 2017

A Quinta Seara d’Ordens existe desde finais do século XVIII e está situada no coração do Douro a 9 kms de Peso da Régua. A partir dos anos 60, João Leite Moreira, proprietário da Quinta, iniciou uma forte dinâmica de modernização que viria a ser concluída anos mais tarde pelos seus três filhos: António, José e Fernando. Em 1988, os três irmãos, incentivados pelo seu pai, formaram a Sociedade Agrícola Quinta Seara d’Ordens, abraçando todo o projeto. Quatro anos mais tarde, deram início à comercialização de vinhos com marca própria (1992).

O Quinta Seara D'Ordens Reserva Branco 2017 é produto das castas Malvasia Fina, Rabigato e Fernão Pires. Parte do vinho fermenta e estagia em barricas de carvalho francês. Trata-se de um branco com aromas subtis a fruta fresca, com ligeira tosta e especiaria. Tudo num registo fino. Na boca apresenta bom volume, alguma untuosidade, resultando num branco muito equilibrado, elegante, seco e com bom final de boca. A madeira bem integrada resulta na tal untuosidade que lhe confere aptidão gastronómica, acompanhando perfeitamente peixe grelhado ou carnes brancas. A um preço excelente a rondar os 8€. Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

sábado, 10 de outubro de 2020

Em Prova: Head Rock Alvarinho & Gouveio Colheita Seleccionada 2016

Head Rock
é um projeto de Trás-Os-Montes, sendo que o nome se deve à pedra com o formato de uma cabeça, existente no local e que podemos ver reproduzida nos rótulos. Sendo um projecto recente, o produtor Carlos Bastos (que também participa na enologia) tem buscado o perfil ideal dos vinhos, sempre respeitando o terroir e o ano de colheita.

O Head Rock Colheita Selecionada Alvarinho & Gouveio 2016 é um branco que não passa por madeira e chega agora a 2020 no momento ideal de prova. Com um nariz, com notas minerais, fruta e algumas notas de evolução, é na boca que surpreende com uma acidez lancinante, seco, com fruta muito fresca e um final longo, cheio de cremosidade. Com um misto de juventude e alguma evolução, está muito giro. Comprei no ECI, na feira de vinhos ao preço incrível de 5,99€. A este preço, é de comprar às caixas (se ainda se encontrar): Os brancos de Trás-os-Montes a dar cartas!

Sérgio Costa Lopes

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Em Prova: Quinta Vale D'Aldeia Branco 2019

A Quinta Vale D’Aldeia tem cerca de 200 hectares – sendo 120ha de vinha, 40ha de olival e 10ha de amendoal, na freguesia de Longroiva, na Meda, e a produção atual ronda os 700 a 800 mil litros. O projeto, que tem hoje 21 colaboradores, nasce em 2004 quando os irmãos José e João Amado, apaixonados pela agricultura e com vontade de investirem na sua terra, decidem comprar um hectare de terreno com vinha. A partir daí entusiasmaram-se, foram comprando mais terrenos à volta e investindo na plantação de vinha, olival e amendoal. Em 2009, apostaram na construção de uma moderna adega, com capacidade para cerca de um milhão de litros. O portfolio é vasto e assenta na premissa de vinhos de qualidade, provenientes de um Douro Superior, de vinhas de altitude.

O Quinta Vale D'Aldeia Branco 2019 é feito de Viosinho, Rabigato e Gouveio. Trata-se de um branco com um nariz focado na fruta, com algumas notas tropicais leves e fruta de caroço. Na boca, apresenta bom volume, excelente acidez e um equilíbrio que culmina num final longo e refrescante, num registo cremoso e de boa intensidade. Muito versátil à mesa, acompanhou uma variedade de entradas de forma muito competente. Muito interessante! PVP: 10€. Garrafeiras.

Sérgio Costa Lopes

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Em Prova: Rubrica Tinto 2017

Fundada em 2007, a Luis Duarte Vinhos é um negócio familiar gerido pelo enólogo Luis Duarte e sua mulher, Dora Simões. Tem a sua sede na propriedade Monte do Carrapatelo, situada na sub-região vitivinícola de Reguengos de Monsaraz, no coração do Alentejo, no sul de Portugal. O Rubrica tinto é um dos "clássicos" deste projecto e confirma a sua qualidade, nesta edição de 2017.  È produto de 35 % Alicante Bouschet, 18 % Touriga Nacional, 15% Aragonez, 12 % Syrah, 11 % Petit Verdot e 9 % Tinta Miúda, com 12 meses de estágio em barricas de carvalho francês.

Não escondendo a sua tipicidade alentejana, apresenta uma bonita cor violeta e um nariz carregado de fruta preta, notas especiadas e algum balsâmico, que lhe confere frescura no primeiro impacto. na boca, sabemos que é duma região quente, mas nunca cai em sobre maturações, antes pelo contrário. Contém fruta madura boa no palato, taninos presentes, bom volume de boca e final longo, sempre em elegância e equilíbrio. A um preço de arromba para esta qualidade! PVP: 14€. Garrafeiras.

Sérgio Lopes

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Em Prova: Dois Ponto Cinco Síria Colheita Especial 2018

Feito 100% da casta Siria que tão bem se dá na região da Beira Interior, tem passagem por madeira usada. Apesar de apresentar 14,5 graus de álcool, mostra-se um vinho bem equilibrado. A cor é muito clarinha, uma vez que a casta não é marcante de cor e a enóloga Patricia Santos, não utiliza maquilhagem nos vinhos. Foi a cor que deu. O aroma é contido, delicado, mineral e floral. Um registo que aprecio. Na boca temos bom volume, frescura, leve untuosidade, madeira bem integrada, num vinho seco e que mantém sempre a elegância de conjunto, terminando com um final médio/longo. PVP: 10€.

Sérgio Costa Lopes