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domingo, 16 de janeiro de 2022

AJTS VINHA DO MENINO GRANDE ESCOLHA VINHÃO 2019


Como diz o meu amigo @hilderico_coutinho , nos vinhos, o pior é ter preconceitos. E, independentemente dos meus gostos pessoais, tento seguir à risca essa máxima, não tendo receio em provar seja o que for. 

Isso para dizer que este vinhão 100%, daqueles que pintam a malga, ligou de forma brilhante com os rojões da mamã.

Não é à toa que, os minhotos sabem que esta ligação é vencedora.

Mas tem de ser com um vinhão civilizado e bem feito como este que me leva imediatamente a pensar que a região dos vinhos verdes tem tudo para produzir (também) vinhos tintos muito interessantes. 100% Vinhão ou com outras castas à mistura, como tão bem fazem o @constantinoramos ou o @marcio.lopes.winemaker.

Este é de Amarante, de Gatão, produzido pelo @ajtsvinhos de uma vinha em altitude, com baixa produção e de solos graníticos.
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Resulta num tinto muito fresco. Os 14 graus de alcool não se sentem mas contribuem para um vinho com mais fruta madura, algum chocolate e leve vegetal. Boca equilibrada sem nunca ser agressiva como acontece com tantos vinhão. Termina com uma certa doçura frutada que com a elevada acidez, o torna extremamente apelativo.

Repito, ligou lindamente com os rojões da mamã. Pvp 15eur.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Douro DOC da Kopke passam a São Luiz


São Luiz “Douro sublinhado” é a nova assinatura de marca, que apresenta uma imagem inspirada na antiga tradição que mandava pintar de branco os muros da quinta de São Luiz. No entanto, os vinhos, nas gamas Colheita e Reserva, branco e tinto, manterão a mesma filosofia de produção, com uvas oriundas das quintas de S. Luiz e do Bairro, e os mesmos PVP.

É mais um passo, com este rebranding, da @kopke1638 , que pertence ao universo @sogevinus , se demarcar do vinho do Porto, no que conceŕne a estes vinhos de mesa.
Os 4 vinhos, colheita e reserva, branco e tinto, mantêm a qualidade de sempre.

Os colheita branco e tinto são frescos e versáteis, a um pvp muito interessante de cerca de 7eur.

Os Reserva são mais complexos, com um pouquinho de madeira, sentindo-se mais até no tinto curiosamente, mas sem incomodar. O branco, então, está bem porreiro. Pvp 14eur.

Facilmente se encontram nas grandes superfícies.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Novidade: Primeiras Gotas

Se há coisa que adoro, neste espaço, é servir de "cobaia" a novos projectos. Quero eu dizer que me dá um gozo enorme conhecer novos vinhos e produtores emergentes! E acompanhar o seu trajeto.

Por isso, quando vi aqui pelo insta, o @gardunhasul.andre a lançar os primeiros vinhos, entrei imediatamente em contacto para os adquirir.

São vinhos quase naturais, com muito pouca intervenção, provenientes do Fundão. Provei um palheto, um pet nat e um branco de curtimenta. Dos 2 primeiros não vale a pena falar pois já estão esgotados.

O branco de curtimenta é feito de 90% moscatel graúdo e 10% arinto. Um vinho difícil de provar inicialmente, bastante austero, mas que ao segundo dia "acalmou" e tornou-se bem prazeroso. Pvp 15eur.

É o ano zero do projecto. Como tal, necessita de afinações e ajustes naturalmente. Este ano naturalmente acompanharemos as novas colheitas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

VILARISSA VALLEY TINTO 2019

Recebi este vinho como presente de Natal da minha empresa. Confesso que não o conhecia. Depois de investigar descobri que é produzido por @alvarovanzeller dos vinhos @baraodevilar e distribuído pelo meu amigo Zé Carneiro Pinto da @casa_davilla .

O preço está situado abaixo dos 10eur. Na minha opinião 7 a 8 eur será na mouche.

O vinho, proveniente do Douro Superior está desenhado num perfil de agrado a um público mais alargado. Tem como pontos fortes a fruta preta carnuda / violeta e uns taninos suaves, que conjugados com leve doçura frutada bem equilibrada com a acidez, o tornam apelativo. Tem corpo medio e um bom final de boca nunca sendo sobrematurado.

Um bom registo para o dia-a-dia, num perfil duriense onde a fruta comanda. O nome em inglês talvez o posicione mais para a exportação?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

CRUZ VELHA VINHAS VELHAS TINTO 2014

Este é de longe o melhor vinho que provei deste projecto familiar, encabeçado pelo simpático Paulo Leal.

Um Tinto à boa maneira clássica Duriense, produto das vinhas mais velhas da propriedade, 80% Touriga Nacional, 20% Touriga Franca.

Nariz muito fresco e até mineral, com boa fruta presente e especiaria da passagem por madeira. Boca potente mas nunca compotada. Antes com muita fruta fresca a fazer lembram imediatamente o Douro,, bom corpo e uns taninos firmes que secam a boca sem a encurtiçar. Jovem ainda, apesar de ser de 2014, termina longo, sempre com um rastro de fruta e uma componente algo sedosa, conjugada com uma rusticidade que mostra claramente um produtor de garagem.

Continuo a defender que o potencial dos restantes vinhos desta casa é enorme. Este é um belissimo Douro. Apenas 1333 gfs a um pvp de 40eur.

Contrarotulo.blogspot.com
Contra-Rótulo 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Head Rock Reserva Alvarinho 2015

Fui resgatar à minha garrafeira este branco, transmontano, dum projecto que gosto particularmente, @headrockwines

Este alvarinho reserva não passa por madeira. É de 2015 e mostra claramente o porquê deste terroir ser especial.

Aqui não há tropicalidade ou citrinos. O registo é de marmelo, maçã verde, totalmente identificativo com o alvarinho de Head Rock. Boca fresca, ácida, ligeiramente austera até. Bom final de boca. Algum mel, bom. Nada a mostrar sinais de cansaço. Antes pelo contrário. Pvp 10eur.

Última garrafa. Produção de apenas 2000 Gfs. Ainda se encontra alguma coisa em garrafeiras.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

LUPUCINUS TINTO 2019

Vinho proveniente do Douro Superior, do produtor Quinta do Lubazim, uma quinta familiar e com excelentes vinhos.

A referência Lupucinus é o vinho de entrada do projecto a um PVP de cerca de 8,5eur.

Resulta num vinho que respira Douro Superior por todos os poros. Tem o calor do terroir mas nunca se mostra chato ou sobrematurado. Nariz com fruta vermelha madura presente, algum cacau e leve vegetal. Boca poderosa, com taninos civilizados e final de bom comprimento.

Boa entrada nos vinhos deste produtor. Gastronomico, acompanhou perfeitamente umas coxas de frango assadas no forno.

Adquirido em @pmtvinhos

Contrarotulo.blogspot.com
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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

HERDADE ALDEIA DE CIMA RESERVA TINTO 2019

Já no ano passado tinha curtido este vinho da @aldeiadecima . Até fiz um dos meus vídeos de prova. Este ano, na sua terceira edição, mantém a bitola de qualidade, surpreendendo pela frescura.

Em grande parte, devido à enologia que coloca as uvas da Serra do Mendro, já de si de um terroir fresco, passando por vários processos de vinificação.

30% do lote estagiam em ânfora durante 6
meses, outros 30% em barrricas de segundo ano de carvalho francês, 20% em tinajas durante 4 meses e 20% em Nico Velo, durante 6 meses.

Tudo isto confere ao vinho uma boa dose de complexidade. À fruta bonita da dominante Aragonez, juntam-se notas terrosas e levemente austeras que contribuem para um nariz muito interessante e fora do vulgar. Na boca, os taninos são suaves, vegetais. Seco, fresco e de final de bom comprimento, é um excelente parceiro para a mesa.

O preço é altamente convidativo de apenas 15€ e encontra-se facilmente na grande distribuição.

Parabéns @jorge_alves_wine e @luisa_amorim1973

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

PONTAS SOLTAS ESPUMANTE GRANDE RESERVA BRUTO NATURAL 2017

Segunda edição deste espumante único, feito no Douro, da casta Tinta Francisca, pela @teixeirajustina

Era para ser aberto na passagem de ano, mas o "bicho" não deixou! 
😡😠
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Já começava a ser uma tradição. Mas abrimos dois dias depois.

E meus amigos, está uma delícia!

Se a primeira edição, apresentava um vinho giro, uma curiosidade, este está ainda melhor e prova que será uma confirmação.

Bruto Natural, não tem qualquer adição de açúcar.

O resultado é um espumante com bolha presente mas nada agressiva. Pelo contrário. Nariz com alguma panificação, fruta branca tipo meloa e também maçã verde. Boca com excelente mousse, delicada, muito fresca e de final longo e apetecível.

A edição de 2016 remetia para uma certa doçura frutada. Nesta edição aparece mais seco e levemente austero, sem perder a delicadeza.

O melhor espumante do Douro, á parte (naturalmente) dos Vértice. Pvp 30eur.

Bravo.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

AYRES BRANCO 2019

Neste espaço, dá-me especial gozo provar vinhos de novos projetos e ir acompanhando o seu crescimento, ao lado dos produtores.

É o caso da @pwinefirm que com as novas colheitas deu um salto qualitativo enorme e tem neste vinho Ayres, talvez a sua maior criação até à data, na minha opinião.

Trata-se do primeiro vinho do segmento família da Portugal Wine Firm, um blend de Dão-Lafões, Encruzado do Dão + Arinto e Dona Branca de Lafões. Prensagem direta e fermentação parcial em barricas. Encruzado (50%) estagiou em barricas de carvalho francês, durante 12 meses e a Arinto e a Dona Branca (50 %) estagiaram em cubas de inox.

Esta referência no futuro terá apenas uvas de Lafões, pois o objectivo é projectar uma região injustamente esquecida, fantástica para brancos.

Contudo, nesta primeira edição, o blend Dão - Lafões funciona muito bem.

O resultado é um vinho fresco, mineral, com fruta de caroço e uma dose de austeridade e mistério. Muito jovem, com cremosidade e uma acidez que o puxa para a mesa. Termina de bom comprimento.

Um ensaio de apenas 650 garrafas a um PVP de 18eur.

Parabéns @jpgoab

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Em Prova: Natura By Vitor Matos Nympha Branco 2019


Mais um dos brancos superlativos que bebi nesta reta final do ano. Surpreendente não é, pois, por um lado, o @chefvitormatos tem neste projecto o máximo cuidado em todos os detalhes desde o package, imagem até naturalmente ao líquido que consta no interior da garrafa. Por outro lado, este branco é feito por @dirk.niepoort com matéria prima de excelência da qual produz o vinho branco Coche.


E se eu já tinha adorado o pinot noir feito na bairrada pela dupla Vitor Matos/Dirk Niepoort, este branco duriense não lhe fica atrás.

Para quem gosta do Coche, tem neste vinho o mesmo estilo.

Uma ode à finesse.

Aqui há pouco alcool, contenção, delicadeza e classe. Nariz fino e delicado (fruta branca, leve citrino, especiaria, mineral). Boca de corpo médio. O final é persistente e longo, complementado por uma excelente acidez que adivinha um futuro promissor de evolução em garrafa. Um vinho com muita classe e que o tempo em garrafa irá afinar ainda mais. A lembrar um grande Borgonha.

590 garrafas de um vinho para contemplar ou , á mesa, acompanhar algo delicado ou de 'fine dining', não muito intenso.

Um grande vinho. 45eur.

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Sérgio Costa Lopes

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Em Prova: Poças 'Fora da Série' Mais Branco 2018


Termino o ano com a análise a este vinho, bebido na noite da consoada e que adorei. Mais um 'fora da série' da @pocaswines idealizado pelo talentoso enólogo Andre Pimentel Barbosa]

E que grande branco!

Arinto e vinhas velhas, de Numão - Douro Superior. Fermentação em barrica nova e estágio em barrica velha de carvalho Francês de 300 litros de capacidade durante 18 meses, com bâtonnage das borras finas, seguido de um período em garrafa por mais 18 meses.

O objetivo foi o de levar a casta Arinto ao seu expoente máximo.

O resultado, um branco magnífico que impressiona desde logo pelo nariz riquíssimo e inebriante, com notas citrinas limonadas, florais e leve mel e especiaria. Na boca, é untuoso, com leves amanteigados, muito fresco e envolvente, cremoso - com a barrica bem integrada, num conjunto com final muito longo. Belíssimo. Pvp 30eur.

Acompanhou de forma brilhante tanto o bacalhau como o cabrito.

Fica difícil acrescentar adjetivos ao extraordinário trabalho de Andre Pimentel Barbosa] ! Provavelmente o enologo revelação do ano, pelo menos para mim.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Em Prova: Novos vinhos Casal das Aires


@casaldasaires é o projecto com raízes familiares da enóloga @joanapinhao . São vinhas de familia, algumas delas bem antigas, que com o trabalho de Joana e o carinho inerente que nutre pelo terroir da Charneca - Tejo, resultam em vinhos com enorme caráter. Do melhor que se faz na região.

O portfolio contempla atualmente quatro monocastas, dois brancos - Chardonnay e Fernão Pires; dois tintos - Alicante Bouschet e Pinot Noir (este último não provei).
O Chardonnay é um belissimo exemplar da casta, cremoso, untuoso, com amanteigados, nunca entrando num registo "chato", pelo contrário. Fresco, longo e gordo a remeter- nos para outras paragens. Um dos melhores Chardonnay portugueses. Pvp 20eur.
O Fernão Pires foi talvez o vinho mais fora da caixa dos três. Floral, perfumado, intenso na boca, mas simultaneamente muito elegante. Produto de vinhas velhas, termina longo e algo exótico. Um branco bem diferente e muito "giro". Pvp 39eur.
Finalmente, o Alicante Bouschet. Que bela surpresa. De cor bem carregada, o nariz mostra uma evidente e intensa fruta preta. Na boca é volumoso mas com uma madeira bem integrada a arredondar o conjunto. Taninos firmes mas nada agressivos contribuem para um misto de potência e frescura. Que belo tinto de vinhas velhas! Pvp 40eur.
Os preços dos vinhos são elevados mas resultam da pouca quantidade de cada referência e do posicionamento premium da marca.
Grandes vinhos do Tejo. Parabéns.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

PAÇO DOS CUNHAS VINHA DO CONTADOR GRANDE JURI - O DÃO NOBRE


No jantar de apresentação das novidades @1990premiumwines houve lugar para provar os vinhos Paço Dos Cunhas de Santar Vinha do Contador. Um tinto de 2013 e um branco de 2015. Enorme privilégio! Dois icones da região do Dão.

Ambos ostentam a designação 'Grande Júri'. Para quem não sabe, esta designação ocorre quando um vinho de terroir topo de gama é submetido à apreciação de um júri internacional composto por Masters of Wine - 18 no caso- jornalistas e críticos, nacionais e internacionais, assim como sommeliers e outros especialistas, antes do seu lançamento. E obtém parecer positivo.
Adicionalmente, o branco em particular, ostenta a rara classificação de 'Dão Nobre'. Esta classificação só é possível quando o vinho atinge 90 pontos ou mais na Câmara de Provadores da CVR e o estágio mínimo obrigatório é de 12 meses para os brancos e de 36 para os tintos. Uma menção honrosa que aconteceu muito raramente até à data.
Posto isto, dizer-vos que é muito difícil descrever ambos os vinhos. São realmente especiais. Mereciam uma prova individual atenta, cada um!
O Branco é cheio de camadas. A barrica de enormíssima qualidade ainda marca um pouco. Mas o vinho é tão bom que mesmo servido a 16 graus e aumentando temperatura no copo, nunca perdeu a frescura. É gordo, raçudo, untuoso, muito muito longo. De nivel mundial. Vinho para mais 10 anos seguramente. Pvp 90eur
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O tinto está um "monstro" no bom sentido. Tem tudo em grande, ou seja, muito potente mas também extremamente elegante. Super longo. Um pouco fechado e austero nesta fase. Com taninos presentes e bem presentes. Monumental. Muito difícil de descrever. Pvp 130eur.
Dois vinhos enormes em qualquer parte do mundo
O Dão Nobre. Muito Nobre.
Bravo @osvaldoamadowinemaker