quinta-feira, 28 de outubro de 2021

A NOVA VIDA DOS VINHOS MÓOS

Aproveitando o fim-de-semana de ir ver a sogrinha, fui visitar o projeto Móos, em Foz Coa.

Anteriormente designado 3 Mós, o nome mudou e também muita coisa. Se antes, me era indiferente ao ponto do produtor Sr.luis se lembrar (e muito bem) de mim, hoje já não me esquecerei.
A enologia de @luis.leocadio88 e a rotulagem de @ritarivottidesign promoveram uma autêntica revolução no projecto.
Os vinhos são outros e muito bem conseguidos! Não é de estranhar, quer pelo micro-clima da zona das Mós do Douro, quer pelo "dedo" do (muito) competente enólogo.
Os colheita estão bem com destaque claro para o tinto a fazer me lembrar o Quinta do Cardo, também do Leocádio, mas ainda mais redondo e com um pouco mais de volume. Pvp 8,90eur
Os Reserva com o cognome 'filão da grixa' são um evidente salto qualitativo. O branco é gordo, com muita frescura e um lado amanteigado a dar complexidade e a pedir mesa. Gostei muito e pensei que poderá sair um grande reserva branco no futuro, quem sabe. O Tinto com uma fruta bonita e madeira na medida certa. Muito sumarento e que apetece beber. Que salto qualitativo. Pvp 15,95eur.
Para prova mais dedicada fica o grande reserva tinto vinha do Sambado... em breve.
A nova vida deste projecto Móos saúda-se!
Muito obrigado pela fantástica receção familiar como só na simplicidade do Douro Superior acontece.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

DONA MATILDE VINHA DO PINTO UNOAKED TINTO 2019

Novidade do produtor Dona Matilde. Este tinto duriense é proveniente de Vinhas Velhas com cerca de 90 anos, de uma parcela da quinta denominada da Vinha do Pinto, com mais de 30 castas misturadas.

Estagia em cuba de inox por 18 meses e não tem qualquer pasagem por madeira, tendo a designação "unoaked".

Confirmo que é um belíssimo vinho, na senda do também belissimo Vinha dos Calços Largos que igualmente não passava por madeira.

Confesso que os 15 graus mencionados me assustaram um pouco, mas de facto o vinho está muito equilibrado, que não sobressaem. É claro que ao fim de uns copos, ele sente-se (está lá - é inevitável) mas o vinho é tão guloso e fresco que se bebe perigosamente.

O registo é de fruta fresca sem exageros e um lado vegetal e resinoso muito giro. Boca elegante, complexo da vinha velha, com taninos presentes e final longo e sumarento.

Um vinho de uma edição limitada, com poder sem perder a elegância. Acompanhou uma posta maturada na perfeição. Pvp 29,90eur.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

VIGNO RESERVA TINTO 2015

De Oliveira do Hospital, vêm os vinhos @freire_lobo_wines , com a marca Vigno.

Para além dos colheita branco e tinto, há ainda um Encruzado e este reserva tinto.

Elaborado a partir de: Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen, Tinto Cão, Alvarelhão e Rufete, com 40% das uvas a virem de um field blend de 60 anos. Foi vinificado em lagar de inox com temperatura controlada e pisa a pé. Estagiou 24 meses em barricas usadas de carvalho francês.

"Ao longo do estágio manteve sempre uma enorme frescura, permitindo-lhe ganhar mais complexidade e ao mesmo tempo uma enorme vivacidade" afirma Elisa Freire Lobo

E de facto, confirma-se. Não esquecer que é de 2015, mas está em grande forma. Um vinho que demorou a abrir, mas que no final da garrafa, apetecia novo copo.

Fresco, elegante, com notas balsâmicas e de bosque e uma fruta apetecível. Taninos presentes, seco, corpo e final médios. Bom vinho a um preço porreiro. 12eur.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

PALÁCIO DOS TAVORAS 'BAGO A BAGO' TINTO 2020


Este é o novo tinto blend Palácio dos Távoras oriundo de uma vinha centenária do Planalto Mirandês, sem armação, feito de uvas vindimadas bago a bago (desengaçadas à mão) e que inclui 10 por cento de uva branca. Fermentação espontânea do bago inteiro em barricas de 500 litros.

Em primeiro lugar, dizer que é o tinto mais elegante e polido da região de Trás-os-Montes que alguma vez provei. A léguas do que se faz na região, capaz como se verifica de tintos cheios de identidade e carater, este a entrar para o topo dos vinhos nacionais de caras.

Depois, o registo é de grande bebilidade. Um vinho guloso, que apesar dos seus 14 graus, nunca perde a frescura.

Aliás, tem o "problema" de ser de 2020 - precisa de tempo, mas já mostra todos os pergaminhos de um grande vinho.

A cor mais clara evidencia bem pouca extração. Nariz de fruta fresca - morango, framboesa, groselha, com notas de barrica de enorme qualidade, usada de forma comedida e perfeitamente adequada a este tipo de uvas. Boca muito fresca e glu glu, elegante, com uma boa acidez e um final de boca longo e intenso, com um rastro de fruta e um tanino vegetal bem vivo.

Um grande vinho. E sem dúvida com uma classe que não existe ainda na região. Ou melhor, não existia! Pvp 45eur

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

PEDAÇOS TINTO 2019

Desconhecia este projeto duriense, proveniente de Alijó, que o @duartefilipesilva me sugeriu.

Trata-se de um tinto fermentado em lagar, mas onde as palavras extração ou sobrematuraçao não existem.

O registo é de um vinho com fruta vermelha bem presente (quase no limite da fruta madura) mas amparada por um lado vegetal que equilibra o conjunto. De corpo médio, o tanino vegetal está presente mas não incomoda, resultando num tinto muito fresco, vivo, de final médio e muito glu glu. Excelente opção para o dia a dia a um Pvp de 7eur. Boa surpresa.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

VIGNO ENCRUZADO BRANCO 2018

De Oliveira do Hospital, vêm os vinhos @freire_lobo_wines , com a marca Vigno.

Para além dos colheita branco e tinto, há ainda um reserva tinto e o Encruzado.

Este branco feito 100% da casta rainha do Dão está muito interessante. Já não bebia um encruzado há algum tempo. E muito menos um tão equilibrado e fiel ao terroir.

O registo é delicado, com um nariz muito bonito com uma mineralidade suave a remeter imediatamente para o granito da região. Notas florais bonitas, leve especiaria e fruto seco. Boca com a barrica impercetível. Muito fresco e mineral, seco, com acidez equilibrada. Muito elegante, mas com alguma untuosidade e tensão suficientes para lhe dar profundidade. De grande bebilidade. Acompanhou (muito bem) uma massada de tamboril. Pvp 11eur.

Que bela surpresa!

terça-feira, 19 de outubro de 2021

CONSORTE BRANCO 2019

Segunda edição deste vinho 100% Arinto, proveniente de Castelo de Paiva.

São apenas 1200 garrafas de um vinho da casta Arinto, cujas uvas entre outras curiosidades, são prensadas por uma prensa de vara, que data da origem da casa, do final do século XIX - 1890. A enologia praticada é do tipo minimalista e está a cargo de Rui Cunha (Quinta da Covela, Casa de Paços).

Esta segunda edição mostra um branco mais fechado, um pouco sizudo nesta fase. Não tão impactante como a edição de 2018 onde talvez o lado citrino do Arinto se sentia mais.

Resulta contudo num otimo vinho, untuoso, menos marcado pela barrica, fresco, bom volume de boca e sério, perfeito para brilhar à mesa.

Numa altura em que proprietário Júlio Teixeira anuncia que não haverá Consorte em 2021, devido a uma vindima terrivel (decisão difícil), temos este 2019 para acompanhar a evolução e os 2020 que ainda dormem em adega. Pvp 19eur.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

TURRA TINTO 2019

De Celorico de Basto e com enologia de @constantinoramos , este é um vinho que desarma qualquer um, desde logo por se tratar de um 100% Vinhão, mas por não ser um típico Vinhão, daqueles que "pintam a malga" e estremecem as nossas gengivas.

É sim o que para mim poderá se designar como um típico tinto da região dos vinhos verdes - leve, fresco, com pouca extração e uma enorme bebilidade.

Acresce o facto de 1 ano de garrafa depois se apresentar muito melhor, o que deita por terra a teoria de que os verdes tinto são para beber no ano. Bem, este também não é um tinto típico da região (embora devesse passar a ser).

Está num momento de prova absolutamente delicioso, carregado de fruta fresca e com um leve tanino vegetal a alegrar o conjunto. Versátil à mesa e de enorme gozo a beber, vai desaparecendo naturalmente copo após copo. Acompanhou, por exemplo e com grande valia, um cozido à portuguesa.

A um PVP inacreditável de apenas 6,5eur, oferece muito mais do que o valor pode aparentar.

sábado, 16 de outubro de 2021

IDEAL BRANCO 2019 & DEFINIDO BRANCO 2019

World Wild Wines é a marca por trás dos vinhos da autoria de @carlosfraposo . Para além dos seus já famosíssimo Vinhos Imperfeitos, com a WWW cabem os seus outros vinhos, mais acessíveis, cujas primeiras referências se intitulam Ideal e Definido. 2 brancos e 2 tintos, ambos do Dão, à volta de Nelas. 

No futuro podem estar dentro da marca WWW vinhos de qualquer outra proveniência.

Provamos os brancos Ideal e Definido.

Já tinha tido o privilégio de os provar na adega, ainda em fase de acabamento. São bem a assinatura do Carlos Raposo.

O Ideal é um vinho delicado, de corpo médio e com uma boa frescura geral. Com notas minerais e levemente floral, tem grande facilidade de se gostar e beber, com os seus apenas 12 graus de álcool, barrica impercetível e um grande equilíbrio entre acidez/fruta. Pvp 15eur

Já o Definido é um vinho de outro patamar. Bem mais sério e austero, muito jovem. Nariz com notas florais e barrica de primeiríssima qualidade. De novo muito delicado. Boca com cremosidade, corpo médio, sedutor, algo untuoso, longo e cheio de finesse. Vai crescer em garrafa. Um grande exemplo do estilo fino, sem perder a tensão que tanto caracteriza Carlos Raposo. Pvp 35eur

Boa estreia!

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

QUINTA DE ARCOSSÓ RESERVA TINTO 2016

De volta a um projeto do qual nutro bastante carinho. Pelos vinhos claro e pelo querido Amilcar Salgado, rosto principal e mentor por trás destes vinhos que honram a região de Trás-os-Montes.

O vinho, um Quinta de Arcossó Reserva Tinto 2016, blend de castas da região com maioria de tinta amarela e com 12 meses de barrica.

Um estilo clássico da região, com alguma rusticidade e que está num ótimo momento de prova. Especiado, mineral, com fruta madura, chocolate, taninos redondos, elegante, bom volume de boca e final médio, a denunciar o calor transmontano mas com uma acidez que equilibra o conjunto.

Bem conseguido a um pvp certeiro de cerca de 12eur.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

MONTE DOS CARDEAIS ESCOLHA BRANCO E TINTO 2020

Monte dos Cardeais é a nova aventura do produtor @costaboalfamilyestates que depois de excelentes registos no Douro e Trás-os-Montes, entra agora no Alentejo. São 10 hectares, localizados na magnífica zona de Estremoz, maioritariamente de castas tintas, plantadas há 20 anos (Aragonez, Syrah, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Alicante Bouschet), e algumas castas brancas (Antão Vaz, Roupeiro e Arinto), plantadas mais recentemente, em 2016.

A enologia continua a cargo de @paulonunes_winemaker e pela prova dos primeiros colheita, o futuro é risonho.

O Monte dos Cardeais Escolha Branco 2020 é sobretudo fresco, leve e sem uma acidez demasiado elevada ou descompensada. Muito agradável de se beber com notas cítricas e florais. Perfeito para beber a solo ou acompanhando pratos leves, como foi o caso de uns muslitos com feijão frade. Não é muito longo, mas bebe-se muito bem.

O Monte dos Cardeais Escolha Tinto 2020 mostra todos os pergaminhos de um alentejano de "gema". Fruta carnuda, especiaria mas uma barrica bem integrada e um calor alentejano compensado por uma bela acidez que o torna apetecível. De novo, um conjunto muito equilibrado e com uma afinação que é raro encontrar nesta faixa de preço. Muito bem.
Pvp de ambos os vinho 8eur.

O projecto herdou algum espólio de vinho existente. Pela amostra, o potencial é enorme. São por isso expectáveis grandes néctares da dupla Costa Boal/Paulo Nunes nos próximos tempos...

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Almares Branco 2017

100% Alvarinho, proveniente de Amarante, do produtor @cdcwine Caves da Cerca, que desconhecia por completo. Maioritariamente trabalhando com a exportação, este vinho que obteve uns impressionantes e surpreendentes 99 pontos no concurso de vinhos ibéricos Vinduero/Vindouro, talvez abra um pouco o interesse no mercado nacional.

Quanto ao vinho, é bastante frutado no nariz, sobretudo tropical. Na boca, tem bom volume de boca e apresenta-se bem jovem e vivo, tendo em conta que é de 2017. Termina é com evidente doçura, fruto dos 6g de açúcar residual vs. <4g acidez total/ph.

Surpreendeu-me a doçura do vinho, mas é um registo que, pelos vistos, é de sucesso. Pvp 10eur

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Doispontocinco Rufete Vinhas Velhas Tinto 2015

Da Beira Interior e com enologia de @pat3santos e o mestre @anselmo.vinhos, eis um tinto feito exclusivamente da casta Rufete, que tão bem se dá na região.

A cor é lindíssima como se pode verificar pelas fotos. Indicia que o vamos encontrar no nariz provavelmente é fruta fresca. E é. Indicia que o corpo é médio e o vinho é muito elegante. E é. Mas é também ligeiramente rústico, com notas de terra húmida, tem taninos redondos e apresenta já algumas notas terciárias a conferirem ainda mais graça ao conjunto. Bem complexo e bonito com a barrica perfeitamente integrada. Termina longo, muito fresco e otimo à mesa.

Deu conta de uma feijoada branca mas brilhará com qualquer carne. Pvp 15eur

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

PROVA DOS VINHOS CRUZ VELHA

Visitei este projeto, localizado em Soutelo do Douro, em 2016. O local é lindíssimo, idílico mesmo, como só em alguns sitios do Douro se vê. O Paulo Leal, rosto desta empresa familiar é daqueles tipos honestos, simples e com quem simpatizamos de imediato. Pessoa com influência na comunidade da aldeia onde existe a "cruz velha" que ilustra o projecto.

Já em 2016 reconheci o potencial e percebi que os vinhos são o reflexo do trabalho do Paulo, com pouca intervenção, numa adega minimalista.

Provadas as novas colheitas, não há grande mudança. São vinhos honestos e de produções limitadas. 3 vinhos: um rosé com um final um pouco doce que irá seguramente agradar a um determinado público; um branco agradável e que ganhará com mais um pouco de tempo em gareafa; e por fim um tinto (o único vinho que vai à madeira) estilo clássico da região duriense, o melhor dos 3 vinhos em prova. 

Pvp dos vinhos entre 10 a 11eur.

Repito, o potencial é enorme para dar o salto para um outro patamar, na minha opinião.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

PALÁCIO DOS TÀVORAS VINHAS VELHAS BRANCO 2020

Produzido de vinhas velhas com as castas tradicionais da região, oriundo de Mirandela. Enologia a cargo de @paulonunes_winemaker

Gostei muito deste vinho. Está super afinado e equilibrado em todos as componentes e até acho que tem uma certa classe, destacando-se de longe, no que concerne a brancos da região de Trás-os-montes.

Nariz com fruta branca e pleno de frescura citrina, especiaria e leve manteiga. Sem exuberâncias. Boca muito elegante, madeira (de grande qualidade) presente mas quase impercetível - a conferir untuosidade e dimensão ao conjunto. Gordo, redondo, muito fresco, terminando longo, crepitante e com uma certa classe.

Um autêntico "relógio suíço". Muito bem. Pvp 25eur. Apenas 2000 gfs produzidas.

sábado, 2 de outubro de 2021

PINGARELHO TINTO 2019

A Sub-região das Terras de Sicó (IG Beira Atlântica), limita-se aos concelhos de Alvaiázere, Ansião, Condeixa-a-Nova, Penela e Soure e as Freguesias de Lamas (Miranda do Corvo), Abiúl, Vila Cã, Redinha e Pelariga (Pombal) e Aguda (Figueiró dos Vinhos); inserindo-se numa mancha de vinha localizada no Litoral Centro de Portugal, em torno do maciço da Serra de Sicó.

Novos projectos têm vindo a surgir, como o do jovem Ricardo Costa com os seus vinhos Pingarelho, tributo aos seus dois filhos: o João e o André.

São vinhos irreverentes e fora da caixa - um branco e um tinto, de produções muito limitadas.

Se já tinha gostado muito do branco, o tinto também está uma delícia. 100% Baga, feito em lagar e com pouco tempo de madeira (apenas final de fermentação e em barrica velha).

Um tinto super elegante, com alguma rusticidade, grande intensidade de boca, taninos polidos e final bem longo, pleno de frescura. Uma grande estreia. Bravo. Um grande vinho. Pvp 26eur. 1000 gfs produzidas

Distribuição exclusiva @hoturwine

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

PORTUGAL WINE FIRM ALFROCHEIRO TINTO 2018

Dizem que a Touriga Nacional é a casta rainha do Dão. De facto resulta em vinhos com muito caráter. É inegável. Mas... o alfrocheiro para mim identifica também o Dão, de imediato.

Não sendo fácil de trabalhar em monovarietal, quando bem "esgalhado" - como neste caso, pode resultar em boa definição de fruta Vermelha e Preta muito fresca e, claro a elegância tão típica da região.

Este tinto, traduz-se assim num vinho bem fresco, frutado, com apontamentos de bosque, de corpo e finais médios, que sendo elegante e de taninos macios, se bebe com muito agrado. Pvp 16eur. 1000gfs.

As palavra Dão a letras garrafais no rotulo, com o "subtítulo" Alfrocheiro logo abaixo, até que faz sentido.