sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TOP 2011



Chegado o final do ano, é altura de efectuar o tradicional balanço do que provamos e que sobressaiu. É o primeiro Top do Blogue! Tratam-se de vinhos que marcaram a diferença e que merecem o real destaque. Aqui vai:

Vinhos Brancos:

Quinta das Bageiras Garrafeira 2009
Quinta das Bageiras Colheita 1994
Dona Berta Reserva Vinhas Velhas Rabigato 2009
Dona Berta Vinha Centenária 2009
Bétula 2009
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador 2009
Primus 2009
Encontro 1 2009
Madrigal Viognier 2010
Quinta de Sant-Anna Riesling 2010

Vinhos Tintos:

Aneto Grande Reserva 2008
Quinta das Bageiras Garrafeira 2004
PoPa Vinhas Velhas 2007
Quinta do Noval 2008
Crasto Reserva Vinhas Velhas 2008
Quinta do Vale Meão 2008
Quinta da Romaneira 2007
Luis Pato Pe Franco (Amostra de Barrica)
Quinta do Vale D. Maria 2008
Quinta da Sequeira Grande Reserva 2007
Cavalo Maluco 2007

Vinhos Generosos:

Trilogia Moscatel de Setubal JMF
Quinta do Noval Vintage 2008
Quinta do Vesuvio Vintage 1994
Quinta do Vale Meao Vintage 2008
Noval Tawnie 40 anos
Kopke White 40 anos
Andresen White 20 anos
Kopke Colheita 1961
Messias Colheita 1977
Graham's Vintage 1963
Dalva Golden White 1952
Moscatel Roxo de Setubal 20 anos JMF

Espumantes:

Quinta das Bageiras Velha Reserva 1989
Quinta das Bageiras Grande Reserva 2003
Quinta de Baixo Blanc Des Noirs 2007
Sao Domingos Velha Reserva 2005
Charlles Pelletier Brut Rose

Provamos coisas bem boas este ano.

Valeu a pena!


Sergio Lopes

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Noval 10 Anos

Ano: -

Produtor: Quinta do Noval

Tipo: Tawnie

Região: Douro

Castas: Tradicionais do Douro.

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto: Entre o Natal e o fim-de-ano, seria imperdoável não falar de Vinho do Porto, por um lado ainda tão desconhecido para alguns, por outro lado, tão venerado por outros; de qualquer das formas companheiro habitual e perfeita harmonização da doçaria e queijos habitualmente consumidos nestas quadras festivas. Haveria muitas escolhas, tendo optado por partilhar convosco um dos tawnies 10 anos que mais gostamos. talvez seja mesmo o melhor, o Noval 10 anos.

Produzido através de uvas próprias, das castas tradicionais do Douro, trata-se de um conjunto que contempla um perfil de um tawnie 10 anos. De cor "tijolo" escura, no nariz apresenta aromas bem evidentes a frutos secos (amêndoas, avelãs, noz). Na boca, confirmam-se os aromas apresentados, acrescentando aqui e ali notas de caramelo. Apresenta uma boa estrutura, terminando com um comprimento médio/longo e final algo seco mas bastante agradável e persistente.

Todo ele é harmonioso, suave, fresco e elegante. Um tawnie 10 anos que é uma aposta segura. Muito saboroso.


Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Tapada dos Monges Alvarinho 2009

Ano: 2009

Produtor: Manuel da Costa Carvalho Lima & Filhos, Lda.

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes (sub-região Monção e Melgaço)

Castas: Alvarinho

Preço Aprox.: 12€

Veredicto: Depois de ter experimentado os monocastas Loureiro e Espadeiro e ter ficado bem impressionado com o resultado, ao ponto de adquirir algumas garrafitas para oferecer no Natal, escrevo agora sobre o Alvarinho, casta nobre dos vinhos verdes.

Este Alvarinho, trata-se de um vinho de cor amarelo palha brilhante, com tons esverdeados. Na boca o aroma é harmonioso, com fundo citrino, notas de maçã verde, lima e toranja. Na boca confirma a mineralidade experimentada no nariz, aliada a uma boa acidez que lhe confere a frescura necessária para se beber de forma muito agradável. Termina ligeiramente seco, com comprimento médio e final persistente.

Equilibrado, muito fresco e agradável. Pena o seu preço que entra naquele patamar, onde existem outras escolhas, talvez com outra complexidade.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


Feliz Natal para todos os leitores do Blogue! Abram aquele vinho especial, pois a ocasião assim o propicia! Bons vinhos no "sapatinho" e muita saúde e alegria!

1 abraço.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Campolargo Branco do Tonel 2010

Ano: 2010

Produtor: Campolargo

Tipo: Branco.

Região: Bairrada

Castas: Bical e Chardonnay.

Preço Aprox.: 9€

Veredicto: Decidi comprar este vinho juntamente com a Revista de Vinhos. Por 6€, edição limitada. arrisquei, pois regra geral, os vinhos produzidos na Campolargo são bastante agradáveis. O nome Branco do Tonel, também achei apelativo, bem como a composição das castas, bical 60% em tonel e chardonnay 40% em barrica. Pareceu-me arriscado mas potencialmente interessante. Contudo, o resultado ficou aquém do esperado.

De cor amarelo palha baça, o aroma é  bastante mineral, com os citrinos a dominar. A barrica aparece marcada, bem como a presença de um leve floral e alguma untuosidade. Na boca, apresentou-se com uma acidez demasiado marcada, um pouco agreste até. Não apresenta muito corpo, sendo que o final é de comprimento médio, terminando com um travo desagradavelmente metálico.

Um vinho que foi uma desilusão, bastante desnivelado e com falta de harmonia no conjunto. Será que precisa de garrafa? Será que realmente não foi um trabalho bem conseguido? Fica a dúvida, repito de uma casa que por norma apresenta vinhos bastante interessantes.

Classificação Pessoal: 13,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vinha do Putto Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor: Campolargo

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Syrah e Cabernet Sauvignon.

Preço Aprox.: 3,50€

Veredicto: Mais um vinho do maior produtor da Bairrada, Campolargo, que desta forma vai lançando vinhos para todos os gostos e também para todas as bolsas, feito de um blend 50% de castas portuguesas e castas estrangeiras, em diferentes percentagens

Trata-se de um vinho de cor ruby carregada. O aroma apresenta alguma complexidade, com fruta em passa madura, algum floral e também um toque talvez herbáceo. Na boca, o conjunto é bastante harmonioso, com algum corpo e boa acidez. O final é de comprimento médio, terminando com alguma persistência e bastante agradável.

Por 3,5€, aqui está um vinho muito bem feito, saboroso e óptimo para dia-a-dia.

Classificação Pessoal: 15,5


Sérgio Lopes

domingo, 18 de dezembro de 2011

José Maria da Fonseca

A José Maria da Fonseca é o mais antigo produtor de vinhos de mesa e moscatéis em Portugal. A família Soares Franco, proprietária da empresa desde há 170 anos, tem assumido um papel determinante no sector vinícola nacional. Com mais de 650 hectares de vinhas, repartidos entre a Península de Setúbal, Alentejo e o Douro, e um moderno centro de vinificação com uma capacidade de 6,5 milhões de litros, a sede da José Maria da Fonseca situa-se em Vila Nogueira de Azeitão.

A empresa encontra-se neste momento na posse da 7ª geração da família! Decidimos então visitar este gigante "familiar" do mundo vinícola. A visita decorreu no passado dia 5 de Dezembro, pela manhã. Fomos muito bem recebidos pela Sofia Soares Franco, responsável pelo enoturismo da JMF e que tinha uma prova preparada para nós de 10 vinhos e 2 moscatéis. Antes, porém, iniciamos a visita pelas instalações, com a guia de enoturismo.

Começamos a visita pela propriedade, explicando a história secular da empresa e o conceito familiar da mesma. São 33 marcas, presentes em mais de 50 países! 75% da produção é para exportação, sendo os mercados mais repesentativos, Suécia, Brasil, Itália, Holanda e EUA. Quem não conhece as marcas Periquita, BSE, Lancers, ou mais recentemente os fabulosos moscatéis de Setúbal?

A propósito de Moscatéis, há que destacar o Torna-Viagem. Em 2000, por ocasião do festejo dos 500 anos do Brasil e mais recentemente em 2010, como mote para a reedição desta raridade e testemunho do estreitar das relações entre Portugal e os países asiáticos, alguns cascos de Moscatel deram a Volta ao Mundo a bordo do Navio Escola Sagres, passando quatro vezes pela linha do Equador, sofrendo a constante ondulação do Navio, bem como a influência das diversas condições meteorológicas. Experiências anteriores, de há mais de um século, provaram que o vinho voltava melhor do que quando embarcava!


Os portugueses descobriram o Torna-Viagem há mais de um século, por acaso. Na época em que os nossos navios cruzavam os mares do mundo fazendo todo tipo de comércio, era comum levarmos em consignação algum do Moscatel de Setúbal. Nem sempre se conseguia comercializar todos os barris. Na volta à pátria, depois do périplo, em que se submetiam a diversos climas e significativas variações de temperatura, os tonéis eram devolvidos às caves dos produtores. Ao serem abertos, quase sempre uma grata surpresa: geralmente o vinho estava melhor do que antes de embarcar. A passagem pelos trópicos, a caminho do Brasil, África ou Índia, quando atravessava por duas vezes a linha do Equador, uma na ida, outra na volta, parecia aprimorar a qualidade do Moscatel de Setúbal e conferir-lhe grande complexidade. Nasceu assim a lenda do Torna-Viagem!

A visita continuou atravessando os jardins da propriedade onde pudemos visualizar uma réplica das diversas castas plantadas, que compõem as marcas da empresa, até chegarmos às adegas. O centro de vinificação, que não visitamos, situa-se a pouco mais de 1 km do local e é ultra-moderno.

Na adega da Periquita é onde estagiam os lotes que vão dar origem ao colheita e reserva da marca mais conhecida da JMF, o Periquita, sendo que o colheita estagia em tonéis de mogno e carvalho francês, enquanto que o reserva, apenas em carvalho francês. Ambos os vinhos envelhecem por um período de cerca de 6 meses.

Seguiu-se a adega onde estagiam os Moscatéis, numa antiga fábrica do século XVIII, remodelada para o efeito. São 400.000 litros do precioso néctar armazenados e a envelhecer! Existem 3 designações:

SS- Setúbal Superior, produzido apenas em anos excepcionais e com uma média de idade superior a 30 anos.
MS- Moscatel de Setúbal (Alambre), produzido com lotes que podem atingir os 60 anos de idade.
MR - Setúbal Roxo, produzido com lotes que podem chegar até aos 80 anos de idade!

Contudo, como todos eles são loteados com 20 anos, aparece sempre no rótulo a designação 20 anos...

Terminada a visita, fomos encaminhados para a Sala de Provas, onde nos esperava a Sofia e a enóloga Catarina, para iniciarmos a degustação. Foram colocados à nossa disposição 10 vinhos representativos das várias regiões onde opera a José Maria da Fonseca e dos diversos estilos que apresenta e ainda 2 moscatéis. Provamos os seguintes vinhos:

- BSE - Branco Seco Especial 2010, vinho sobejamente conhecido e que facilmente se encontra nas grandes superfícies. Uma das marcas mais antigas da casa, datado de 1945, vinho produzido das castas Antão Vaz, Fernão Pires e Arinto, trata-se de um vinho simples, fresco e leve, fácil de beber.

- Periquita Branco 2011 - Ora aí está um vinho provado em primeira mão. Produzido das castas Moscatel, Viosinho, Viognier e Verdelho, está diferente dos anos anteriores, bastante exótico, muito frutado e fresco. Muito agradável.

- Periquita Tinto 2009, o vinho tinto português mais consumido no mundo. Maioritariamente Castelão, com alguma percentagem de aragonês e trincadeira, é um vinho sobejamente conhecido e é seguramente A MARCA.

- Periquita Reserva Tinto 2008, 50% castelão, loteado com Touriga Nacional e Touriga Franca, passando por madeira nova e usada, conferindo-lhe uma maior complexidade. Uma escolha acertada, num vinho consensual que eleva um pouco mais a marca Periquita a outros níveis. Existe ainda o Periquita Superyor, que não se encontrava em prova.

- Quinta de Camarate Tinto 2008, vinho produzido da Quinta com o mesmo nome, situada em Azeitão, à base de Touriga Nacional (48%), Aragonez (21%), Cabernet Sauvignon (17%) e Castelão (14%), sendo que 25% do lote passa por madeira nova. Um vinho suave e equilibrado, de final médio.

- José de Sousa Tinto 2009, vinho produzido em Reguengos de Monsaraz, Alentejo, à base de Grand Noir (45%), Trincadeira (35%), e Aragonês (20%), Pequena parte fermentou em ânforas de barro e o restante em cubas de inox a uma temperatura de 28ºC. 30% do lote envelheceu em carvalho novo americano e francês. Interessante.

- José de Sousa Mayor Tinto 2007. Este vinho, pretende reproduzir o tinto velho de 1940. Assim, o processo de vinificação passa por vindimar as castas das vinhas velhas em separado, pisadas a pé e fermentadas em talhas de barro e lagares de maior dimensão, sofrendo posterior estágio de cerca de 10 meses em madeira. O resultado é um vinho muito elegante e fresco, complexo e bastante agradável. Muito Bom!

- Domini Tinto 2009. Com o objectivo de optimizar a excelência das castas e dos vinhos do Douro, e associá-los à imagem e credibilidade da José Maria da Fonseca, surge o Domini, produzido com uvas da Quinta de Mós, à base de Touriga Nacional (50%), Tinta Roriz (30%) e Touriga Franca (20%), com estágio de 3 meses, em barrica nova. Um Douro agradável.

- Domini Plus Tinto 2008. Com ligeira variação das percentagens nas castas utilizadas e um estágio de cerca de 14 meses em meias pipas novas de carvalho francês, este tinto mostra a garra e potência de um belo Douro. Muito Bom.

- FSF Tinto 2007. Em homenagem a Fernando Soares Franco, um vinho produzido a partir das suas castas preferidas: Syrah, Trincadeira e Tannat, sofrendo um estágio de cerca de 12 meses em meias pipas novas de carvalho francês. Um vinho complexo, elegante e diferente. Muito bom.

Provamos ainda os seguintes moscatéis:

Moscatel Roxo 2005 & Moscatel Setúbal 1999


Ambos os moscatéis muito bons. Eu sou um fã incondicional do Moscatel Roxo, mas o Moscatel de Setúbal 1999, com a inclusão de Armagnac para parar a fementação, delicioso. Conclusão, comprei dos dois!

Alambre Moscatel de Setúbal 20 anos


Moscatel Roxo 20 anos


Trilogia

O grande final estava reservado para estes 3 magníficos néctares. Tanto o 20 anos Alambre , como o Moscatel Roxo 20 anos, deliciosos! Frescos, complexos, uma delícia. Mas o Trilogia, composto pela combinação das melhores colheitas do Século XX: 1900, 1934, 1965, simplesmente indescritível. Puro mel, num final interminável e incrivelmente saboroso. Um final em grande, para uma prova excelente.

Resta-nos agradecer à Sofia Soares Franco, pela disponibilidade, simpatia e generosidade, com que nos recebeu!








Sérgio Lopes

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quinta do Cachão Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor: Soc. Agric. Com. Vinhos Messias, SA

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca

Preço Aprox.: 4€

Veredicto: Proveniente da Quinta do Cachão, propriedade com cerca de 200 hectares, de onde são produzidos igualmente os Vinhos do Porto Messias, é elaborado com as castas habituais autótctones da região.

As uvas fermentam em cubas de inox a temperatura controlada, sofrendo posterior estágio em madeira usada de carvalho francês e americano.

Trata-se de um vinho de cor ruby brilhante. No nariz, os aromas típicos do Douro, com fruta evidente, alguma passa e leve especiarias. Na boca apresenta uma boa estrutura, frescura, com taninos macios e bastante harmonia. É saboroso e sumarento, com final de persistência de média duração.

Gastronómico, com excelente relação qualidade/preço, torna-se uma escolha segura para o dia-a-dia.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

R.I.P. Hernâni Verdelho

Hernâni Verdelho, produtor duriense dos vinhos Dona Berta, faleceu na passada 2ª feira, vítima de complicações pulmonares. Responsável pela renovação da Quinta do Carrenho, no Concelho de Foz Coa, é dele a grande elevação da casta Rabigato como monocasta nobre, no vinho lançado para esse efeito. Para além deste, as famosas vinhas centenárias, localizadas no Douro Superior e os excelentes vinhos tintos produzidos com as castas autóctones da região, fizeram deste bon vivant uma figura incontornável na região.

O seus vinhos de carácter gastronómicos e enorme elegância, são dignos representantes de algo diferenciador e de qualidade no Douro Superior.

Confesso que nunca o conheci pessoalmente. Comuniquei por telemóvel e e-mail, para agendar uma visita que foi comentada e publicada neste blogue e onde para além de termos sido muitíssimo bem recebidos e de termos provado as mais recentes novidades ainda em cuba de Inox, nomeadamente os monocastas Sousão e Tinto Cão, mostrou ser uma pessoa de uma humildade e generosidade enormes.

Hoje, em sua homenagem abrimos, ao jantar, um Dona Berta Reserva Especial Tinto 2003, que andava por aqui "perdido" e estava divinalmente fresco e sumarento. Bravo!

O seu legado é um legado de vinhos de extrema qualidade que com certeza continuarão a ser produzidos, pois tenho a certeza que seria essa a sua vontade. Paz à sua alma! 

Sérgio Lopes

sábado, 10 de dezembro de 2011

Terra D'alter Reserva Branco 08

Ano: 2008

Produtor: Terras D'Alter Companhia de Vinhos

Tipo: Branco

Região: Alentejo

Castas: Arinto, Roupeiro e Viogner

Preço Aprox.: 7€

Veredicto: Numa ida ao El Corte Ingles, de V.N. Gaia, este vinho encontrava-se em promoção, leve 2 pague 1. Apesar de ser um branco de 2008, decidi arriscar e não me arrependi, pois o vinho estava em boa forma.

Produzido através de um blend das castas Arinto, Roupeiro e Viogner, a fermentação ocorreu durante 20 dias com 80 % do lote a fermentar em cuba de Inox, enquanto os restantes 20% passaram por barrica nova de carvalho.

O resultado é um vinho de cor amarelo palha dourada. No nariz apresenta-se floral, algo resinoso, melado, com notas elegantes de baunilha e aromas a fruta tropical madura. Na boca, em sintonia com os aromas apresentados. É bastante untuoso, com uma boa estrutura, madeira muito bem integrada, num final bastante longo, persistente e fresco.

Um belo vinho, com pendor gastronómico e alguma complexidade, que consegui adquirir a um belo preço.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Eno-visitas




Boas. Acabados de chegar de mais uns dias de eno-visitas, visitamos os seguintes espaços:

JMF, fomos muitíssimos bem recebidos pel Sofia Soares Franco, com uma prova de 10 vinhos e ainda o privilégio de provar os moscatéis 20 anos e trilogia. Brutal. Depois Bacalhoa - Mais visita do que prova, nada de muito interessante nos foi apresentado. No dia seguinte Quinta de Sant'Anna do Gradil, em Mafra. James Frost aposta nas monocastas, com excelentes resultados, vinhos elegantes e frescos, com destaque para o Rieling e o Pinot Noir entre outros. De tarde, prova soberba na Quinta do Monte D'oiro. Todos os vinhos provados excelentes, mas o Madrigal, talvez o melhor branco que já alguma vez provei em Portugal! No último dia, Quinta de Baixo. Se a Quinta das Bageiras é a porta de entrada da Bairrada, à saída da mesma, existe este pequeno produtor com espmantes e vinhos soberbos, que merece a pena conhecer. Ficamos maravilhados. De tarde, Caves São Domingos, onde pudemos visualizar a maior quantidade de espumante em cave. Brutal.

Enfim, belos dias e muito $ gasto (do que resta do subsídio de Natal) para trazer coisas boas, prová-las e comentá-las no blogue, em breve.

Sérgio Lopes e Lucinda Costa

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Follies Touriga Nacional - Cabernet Sauvignon 2008

Ano: 2008

Produtor: Quinta da Aveleda

Tipo: Tinto

Região: Beiras

Castas: Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Produzido a partir de 70% de Touriga Nacional e 30% de Cabernet Suavigno, trata-se de mais um vinho produzido na Bairrada pela Quinta da Aveleda (gama Follies).

O vinho apresenta uma granada intensa. No nariz, o aroma é dominado pelos frutos silvestres, notas de especiarias, leve vegetal e ligeiro toque apimentado. Sente-se igualmente a tosta da barrica. Na boca, mostra-se encorpado, embora com taninos sedosos (macios), embora a madeira ainda se sobreponha um pouco no conjunto. O final é persistente e de médio comprimento.

Um vinho a rondar os 10€, entra naquele patamar em que a escolha é mais alargada e selectiva. Follies, estando bem feito, não surpreende. .

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

.Com Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor:  Tiago Cabaço

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Aragonês e Trincadeira.

Preço Aprox.: 5€

Veredicto: O jovem produtor enólogo Tiago Cabaço tem  vindo a ser reconhecido pela qualidade que emprega aos seus vinhos, da região de Estremoz, do qual este .Com, se traduz no vinho entrada de gama. O nome sugestivo e algo singular pretende exprimir uma <<visão mais jovem e desempoeirada do Alentejo>>, num vinho com excelente relação qualidade preço.

Sofrendo apenas fermentação em Inox, trata-se de um vinho de cor ruby. No nariz, é um vinho fresco e frutado, com leve vegetal. Na boca, mantém o registo evidenciado pelo nariz, apresentando uma boa estrutura, acidez adequada e um final de boca bastante persistente e agradável, embora algo apimentado.

Um vinho bem agradável, para ser bebido jovem.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

sábado, 26 de novembro de 2011

Quinta da Sequeira Grande reserva Tinto 2007

Ano: 2007

Produtor: Quinta da Sequeira

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinta Barroca.

Preço Aprox.: 35€

Veredicto: Numa visita à Quinta da Sequeira, tivemos o privilégio de provar alguns vinhos da casa, numa tarde muito bem passada com o José Eduardo Conceição, a quem agradecemos esse privilégio. Nessa ocasião, o Quinta da Sequeira Grande reserva 2007 tinha sido acabado de engarrafar, mas logo ali, ficamos espantados com a qualidade e potencial do mesmo. Produzido a  partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Tinta Barroca, sofreu um estágio de vinte e quatro meses em barricas de carvalho francês novas, e seis meses em garrafa

Abrimos muito recentemente um dos exemplares que adquirimos na Quinta da Sequeira, e que delícia, a acompanhar um belo anho assado no forno!

De cor escura entre o granada e o violáceo, apresenta no nariz um aroma complexo, dominado por uma fruta preta bem madura, tosta da barrica bem integrada e um manancial suave de especiarias. Na boca é um vinho vibrante, encorpado, com a madeira presente, mas a não incomodar, Os taninos são fortes, a acidez é fantástica, apresentando um final de boca incrivelmente persistente, longo e muito saboroso.

Impetuoso e poderoso, um grande Douro, com 15º domados, que pede uma grande comida a acompanhar este grande vinho. Excelente!

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fiuza Premium Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Fiuza & Bright

Tipo: Branco.

Região: Lisboa

Castas: Fernão Pires e Chardonnay.

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Fiuza Premium Branco 2010 combina as castas Chardonnay e Fernão Pires, sofrendo um estágio de meio ano em barricas novas e usadas de carvalho francês.

De cor amarelo dourada, o aroma é limpo, bastante mineral e fresco. Notas citrinas, de frutos exóticos e tosta da barrica bem integrada. Na boca, é untuoso e encorpado, apresentando uma bela acidez e final de persistência média / alta.

Um vinho bem feito, mas que para o seu valor, não surpreende.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Pausa 2008

Ano: 2008

Produtor:  Ilex Vinhos.

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Touriga Nacional (60%), Syrah (30%), Petit Verdot (5%), Tinta Barroca (5%).

Preço Aprox.: 6,5€

Veredicto: Pausa 2008, foi granjeado com a medalha de prata no International Wine Challenge 2010. Seguindo a linha mestra dos vinhos da Herdade da Margalha, é composto pelo blend das castas Touriga Nacional (60%), Syrah (30%), Petit Verdot (5%) e Tinta Barroca (5%), sendo que cerca de 60% do volume do vinho que entrou no lote final estagiou 8 meses em barricas de carvalho.

Trata-se de um vinho de cor granada. No nariz, um aroma limpo e um pouco fechado, embora complexo, onde ressalta a fruta madura e notas florais, casadas com a tosta de barrica e especiarias, tudo muito bem integrado. Na boca, mantém o perfil de elegância e maciez, com taninos firmes mas domados. De boa estrutura, harmonioso, apresenta um final persistente e muito agradável.

Belo vinho, com capacidade de envelhecimento.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pausa Letra Tinto 2009

Ano: 2009

Produtor:  Ilex Vinhos.

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Touriga Nacional (50%), Syrah (30%), Petit Verdot (15%), Tinta Barroca (5%).

Preço Aprox.: 4,5€

Veredicto: O vinho Pausa Letra 2009, trata-se de uma novidade e é o vinho de entrada da gama Pausa (Pausa, Pausa Reserva). Seguindo a linha do vinho Margalha, aqui a novidade introduzida , para além do blend de castas composto por Touriga Nacional (50%), Syrah (30%), Petit Verdot (15%), Tinta Barroca (5%), é o estágio em madeira de 20% do lote , durante 8 meses, dando-lhe um pouco mais de complexidade.

O resultado é um vinho de cor ruby intensa, continuando a apresentar no nariz um aroma bastante limpo, mas complexo. A fruta vermelha madura volta a dominar, mas já aparecem nuances de especiairias e vides secas. Na boca o perfil fresco e de taninos domados mantém-se, apresentando de novo uma boa estrutura e um final agradável e de média persistência.

Repetindo a aptidão gastronómica e um pouco mais complexo que o Margalha, mas igualmente a um preço convidativo. Para ser consumido jovem.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

sábado, 12 de novembro de 2011

Margalha Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor:  Ilex Vinhos.

Tipo: Tinto

Região: Alentejo

Castas: Syrah (45%), Aragonês (35%) e Touriga Nacional (20%).

Preço Aprox.: 4€

Veredicto: A Herdade da Margalha fica situada no limite Norte do Alto Alentejo, confrontando com o rio Tejo, no concelho do Gavião, distrito de Portalegre. Apresenta, por isso, um clima privilegiado para a cultura da vinha onde, ao calor intenso do sol alentejano se contrapõe a brisa fresca e húmida do vale do Tejo, que permite uma maturação equilibrada das uvas.

O vinho Margalha 2008, composto pelas castas Syrah (45%), Aragonês (35%) e Touriga Nacional (20%)., trata-se do entrada de gama da empresa. Não passa por madeira, sofrendo um estágio de 1 ano em cubas de aço inox, e posterior engarrafamento.

De cor ruby intensa, no nariz apresentou-se com um aroma bastante limpo, mas complexo, com a fruta vermelha madura a dominar, intercalada com suaves notas vegetais e algum floral. Na boca, sente-se mais a presença da fruta. Apresenta uma boa acidez e estrutura, terminando algo seco e de média persistência.

Macio, com taninos bem polidos, bastante equilibrado e harmonioso, com aptidão gastronómica, a um preço comvidativo. Bem feito. Para beber no espaço de 1, 2 anos.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Casa de Compostela Alvarinho 2010

Ano: 2010

Produtor: Casa Agrícola de Compostela

Tipo: Branco

Região: Regional Minho

Castas: Alvarinho

Preço Aprox.: 5,10€

Veredicto: Casta de alta qualidade e baixa produção, Alvarinho é a imagem mais nobre da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Ultimamente têm surgido fora da sua região berço (Monção e Melgaço)  vinhos que apostam nesta casta, com resultados bastante aceitáveis.

É o caso do Casa de Compostela Alvarinho, produzido em Famalicão, vinho de cor amarela palha baça. No nariz, aroma um pouco sóbrio com notas florais de maçã verde, alguma fruta tropical. Apresenta frescura e alguma mineralidade, evidenciando também alguma doçura ao primeiro contacto. Na boca apresenta uma boa estrutura, bela acidez e final agradável e de média persistência.

Um alvarinho correcto e agradável, com potencial de nos próximos anos mostrar mais expressividade, talvez a única pecha que se encontra no mesmo.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

sábado, 5 de novembro de 2011

Quinta do Penedo 2008

Ano: 2008

Produtor: Caves Messias

Tipo: Tinto

Região: Dão

Castas: Touriga Nacional e Alfrocheiro

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: A Quinta do Penedo possui uma área de 20 hectares, situada na Aldeia de Carvalho, concelho de Mangualde, região do Dão. A vinha remonta ao ano de 1930, sendo que deste vinho fazem parte um lote com 70% de Touriga Nacional e 30% de Alfrocheiro.

O vinho apresenta uma cor ruby, com rebordo violeta. No nariz, o aroma é bastante complexo e cheio de subtilezas. À primeira vista, frutos silvestres, notas de especiarias e alguma tosta proveniente do estágio em barricas de carvalho americano e francês. Na boca, apresenta uma boa estrutura de boca, mantém o perfil frutado, apresentando um final agradável de persitência média/longa.

Um Dão a descobrir, com uma boa aptidão gastronómica e igual dose de complexidade.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Lua Nova em Vinhas Velhas 2009

Ano: 2009

Produtor: Wines & Winemakers.

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: Vinhas Velhas.

Preço Aprox.: 5,5€

Veredicto: Anselmo Mendes, notabilizado pela sua mineralidade e qualidade que empresta aos Alvarinhos que produz, juntou-se a outro enólogo João Silva e Sousa, criando na Quinta dos Frades, o vinho Lua Nova em Vinhas Velhas, que pretende exprimir o terroir do Douro e em particular da herança das Vinhas Velhas.

Metade vinificado em cubas de inox a uma temperatura controlada de 22ºC, sendo o restante vinificado em lagares através do processo “pisa pé” a uma temperatura entre 21ºC e 24ºC, o resultado é um vinho vibrante e intenso, cheio de frescura e sabor.

De cor ruby carregada, com lágrima persistente, no nariz apresenta-se muito aromático, com notas de fruta vermelha (amora, framboesa) e leve vegetal. Na boca, é macio e envolvente, com taninos suaves, tornando-o um vinho redondo. Encorpado, apresenta uma boa estrutura de boca, embora seja simultanemente elegante e sedoso. É extremamente fresco, graças à bela acidez que contém. O final é sumarento e longo, terminando ligeiramente seco.

Um vinho fácil de beber, mas simultaneamente sofisticado, que dá prazer e a um preço de arromba!

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tapada dos Monges Espadeiro 2010

Ano: 2010

Produtor: Manuel da Costa Carvalho Lima & Filhos, Lda.

Tipo: Rosé

Região: Vinhos Verdes (Sub-região do Ave)

Castas: Espadeiro

Preço Aprox.: 5,25€

Veredicto: Após provar o monocasta Loureiro, aqui fica o comentário ao monocasta Espadeiro, um Rosé, elaborado na região dos Vinhos Verdes e que foi granjeado com a medalha de bronze, no International Wine & Spirit Competition.

De cor vermelha viva, cristalina, na boca ressaltam aromas a fruta vermelha fresca (morango, framboesa, romã). Na boca, todo ele é fresco, com leve agulha do gás carbónico natural que agrada. Apresenta uma excelente acidez, que para além de lhe conferir a frescura mencionada, compensa alguma doçura. De estrutura média, apresenta um final agradável e saboroso de média persistência.

Com apenas 10,5º, é um vinho muito agradável capaz de acompanhar pratos exóticos leves ou então ser um bom companheiro de conversas entre convivas.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

domingo, 30 de outubro de 2011

Meandro 2008

Ano: 2008

Produtor: Francisco Olazabal & Filhos, lda..

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: 35% de Touriga Franca, 25% de Touriga Nacional, 25% de Tinta Roriz, 5% de Sousão, 5% de Tinta Amarela e 5% de Tinto Cão.

Preço Aprox.: 10€

Veredicto: Francisco Olazabal é o enólogo responsável pelo superlativo Quinta do Vale Meão, cujo preço de cerca de 60€, é proibitivo para a maioria das bolsas dos portugueses, ainda para mais em tempos de Troika e afins... Felizmente, existe um segundo vinho proveniente da quinta designado Meandro do Vale Meão, cuja relação preço/qualidade é invejável - cerca de 10€.

Feito à base de Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz, juntamente com pequenas quantidades de Sousão, Tinta Amarela e Tinto Cão, é um vinho que passa por madeira de 3º e 4º anos, apenas para lhe realçar as suas qualidades, tendo sido posteriormente engarrafado em Junho de 2010.

Trata-se de um vinho de cor ruby carregada. No nariz, o aroma é complexo. Apresenta evidências de fruta muito madura (ameixa, amora), especiarias, algum toque balsãmico e notas de chocolate. Na boca, é muito fresco e elegante. Taninos suaves num conjunto harmoniozo. Tem estrutura e corpo, é um vinho intenso, com notas de pimenta que ficam na língua, frutado, com final de persistência longa, crocante, terminando algo seco.

Gastronómico, com excelente relação qualidade/preço, mantendo a bitola de qualidade de ano para ano. Guardar (se possível) algumas garrafas para apreciar a sua evolução. Uma escolha sempre segura.

Classificação Pessoal: 16,5

Sérgio Lopes

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Prova Quinta Nova em Serralves


Decorreu nos passados dias 23 e 24, na casa de Serralves, no Porto, o evento intitulado "Grand Tasting Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo and Friends 2011".

O evento consistiu numa grande prova de vinhos do Douro, Quinta Nova, acompanhada por produtos gourmet fora de série: Gelados Artesanais, Chocolates Gourmet, Presunto Pata Negra e Queijos Tradicionais.

Tivemos o privilégio de passar por lá no domingo e provamos a gama de vinhos Quinta Nova, nomeadamente:

- Pomares Tinto
Entrada de gama, elaborado como porta de entrada em mercados nacionais e internacionais.

- Grainha Reserva Branco
Vinho com elevada complexidade aromática, excelente acidez, estrutura delicada e tosta bem integrada.

- Grainha Reserva Tinto
Vinho onde a fruta madura combinada com o tostado das barricas, apresenta um resultado harmoniozo, num final persistente e bem agradável.

- Quinta Nova Unoaked
Um vinho sem madeira, muito fresco e directo. Ao que nos foi dito, solicitado quase especificamente para um determinado mercado internacional.

-Grande Reserva Tinto
17 meses em madeira e 6 meses em cave.  Aqui entramos noutro patamar, num vinho com aroma forte, corpo denso, pleno de frutos maduros e com um final longo e cheio de finesse.

- Grande Reserva Touriga Nacional
17 meses em madeira e 6 meses em cave. Um monocasta poderoso, com muito para dar. para já numa fase ainda muito jovem , mas cheio de carácter e potencial.

- Grande Reserva Referência Tinto
Vinha velha e tinta roriz, 16 meses em madeira e 7 meses em cave. Complexidade aromática, grande densidade e final muito longo. Puro veludo!

Todos os vinhos têm uma linha mestra muito identificativa da Quinta Nova e sobretudo nota-se o traço de elegância e finesse, da mão de Francisco Montenegro, o enólogo responsável.

Provamos igualmente um vinho do Porto denominado Clã, elaborado para captar o consumidor mais jovem e ainda o LBV de 2007 e o vintage de 2009. Ambos muito bons, mas destaque para o vintage de 2009, explosivo na boca, cheio de fruta. Tinha sido engarrafado muito recentemente.

Foi uma prova muito agradável e informal, a qual agradecemos o convite e o privilégio de participar.


Sérgio Lopes

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bétula 2010

Ano: 2010

Produtor:
Catarina Montenegro (Quinta do Torgal)

Tipo:
Branco

Região: Douro

Castas: Viognier (50%), Sauvignon Blanc (50%).

Preço Aprox.: 12 a 15€

Veredicto: Antes de mais, pedir desculpa aos leitores deste blogue, pela falta de actualização do mesmo, que se deve fundamentalmente a uma mudança súbita de funções a nível profissional, que tem ocupado imenso tempo. Vamos tentar voltar à normalidade, tentando actualizá-lo com maior regularidade.

Regressamos com a nova colheita do vinho Bétula Branco, produzido pela Catarina Montenegro, na Quinta do Torgal, freguesia de Barrô. O enólogo responsável é o talentoso Francisco Montenegro, sendo que este Bétula estagia lado a lado com os famosos Anetos, na mesma adega. Na visita que efectuamos à Sobredos (Anetos), tivemos oportunidade de provar amostras de Viognier em barrica e de Sauvignon em Inox, castas que compõem em partes iguais este vinho e pudemos ter uma ideia do que iria ser o resultado final.

A principal diferença para o Bétula 2009 é o facto de possuir menos um grau de álcool, ou seja, apenas 12,5º, o que o torna ainda mais "fácil" de beber e com potencial de envelhecimento. Mantém o perfil característico, sendo que está ainda mais afinado que o do ano passado.

De cor amarelo palha, o aroma é complexo, muito fresco e elegante, com notas de frutos tropicais, fundo citrino, flores e algum vegetal.  A tosta da madeira está muito bem integrada e quase não se sente. Na boca, confirma-se a frescura e mineralidade, sendo um vinho que apresentando a finesse característica de Francisco Montenegro, é encorpado e bastante aveludado, redondo. Apresenta uma bela acidez que prolonga o final de boca muito agradável e persistente.

Gastronómico e versátil, tudo em perfeita harmonia, como é hábito no Francisco.

Nota: Amostra gentilmente cedida pelo produtor.

Classificação Pessoal: 17

Sérgio Lopes

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Kopke Vintage 1985

Ano: 1985

Produtor: C. N. Kopke

Tipo: Vintage

Região: Douro

Castas: Tradicionais do Douro.

Preço Aprox.: 50€

Veredicto: Numa prova organizada na wine o'clock, provamos diversos Portos Kopke, ficando para o final este vintage 1985, do qual adquiri uma garrafa. Por alturas do meu casamento e com convidados em casa, alguns deles franceses, logo destinatários do nosso Vinho do Porto, decidi abrir a garrafa para partilharmos a experiência. A rolha estava um pouco com bolor, o que me assustou um pouco. Mas após decantação cuidada e arejamento devido, servi-o e felizmente estava em forma!

A cor apresentada já não é uma cor ruby carregada, o que indicia estar no período de transição. São cerca de 25 anos dentro de uma garrafa! O aroma continua lá com a fruta ainda bem presente mas apresenta já aromas terciários. Na boca, a sensação continua, mantendo uma frescura invejável, um óptimo volume de boca, encorpado e harmonioso, embora com grande fineza e um final de enorme persistência.

Um vintage cheio de carácter, que se encontra ainda em transformação mas que está pronto a beber com enorme prazer, embora poderá igualmente ser guardado por uns bons anos, oara verificar a sua evolução.

Classificação Pessoal: 17,5

Sérgio Lopes

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Luís Pato Baga Tinto 2007

Ano: 2007

Produtor: Luís Pato.

Tipo:
Tinto

Região: Beiras

Castas: Baga (85%), Touriga Nacional(15%).

Preço Aprox.: 4,5€

Veredicto: Experimentei este vinho num jantar em casa de amigos, harmonizado com umas entradas, nomeadamente patés e queijos e acabou por se prolongar pela refeição, embora não durasse muito... Tivemos que abrir outro vinho, pois só havia uma garrafa. Ao olhar para a frente do rótulo está escrito "baga", mas quando lemos no verso, aparece mencionado que o vinho é produzido a partir de Baga e Touriga Nacional. Fiquei intrigado. Afinal é ou não um monocasta Baga? Contactei o produtor que me explicou o seguinte:  Como sabe a lei europeia permite que um vinho varietal contenha até 15% de outras variedades (nos USA vai até aos 20%). Assim este vinho é varietal BAGA porque contem 85% dessa casta, sendo que os restantes são de uma uva única a Touriga Nacional. Na colheita de 2008 encontrará a indicação de Baga + Touriga Nacional no rotulo frontal porque 60% são de Baga e os restante 40% são desta ultima casta.

Fiquei completamente esclarecido. E sendo um entrada de gama, não tem qualquer passagem por madeira.

De cor ruby de média intensidade, no nariz apresenta aromas a alguns frutos vermelhos e alguma especiaria (talvez chá). Na boca, apresenta um volume médio e final agradável e de média persistência, terminando algo seco. No fundo este vinho, mostra a identidade da Baga, sem ser agreste a nível de taninos, logo muito acessível e que se bebe com agrado.

Luís Pato é considerado o homem que "domou" a Baga, por isso este exemplar é fácil e muito agradável de se beber a um bom preço.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Kopke Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: C. N. Kopke e Cª Lda.

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinto Cão.

Preço Aprox.: 4,5€

Veredicto: A versão tinto do colheita Kopke, que para além dos vinhos do Porto, desde 2005 tem apostado em vinhos de mesa, dos quais para além dos colheitas branco, tinto e rosé, comercializa igualmente as versões reserva tinto e branco. Normalmente, os colheita Kopke são vinhos consensuais e acessíveis e este tinto de 2008 não foge à regra.

Trata-se de um vinho de cor ruby. No nariz, apresenta aromas a frutos vermelhos (ameixa e cereja), com notas de cacau e especiarias. Na boca, apresenta-se equilibrado, de média complexidade / estrutura, com taninos suaves, leve toque vegetal, revelando um final de agradável persistência, fresco e harmonioso.

Um vinho consensual, que embora não seja muito complexo, se torna uma escolha possível para o dia a dia.

Classificação Pessoal: 15

Sérgio Lopes