Miguel Barreiros é o diretor comercial dos vinhos Alves de Sousa. Se estamos habituados a ver o patriarca Domingos Alves de Sousa ou o seu filho, Tiago, responsável pela Enologia, como os rostos principais nos media, a simpatia da presença de Miguel nos diversos eventos de provas de vinhos é também uma constante.Natural do Porto, licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (FEP), e vive no Porto.
Olá Miguel. Como é que nasceu o interesse pelos vinhos e a tua participação na “família” Alves de Sousa? O interesse pelos vinhos sempre foi uma paixão familiar, desde cedo comecei a provar vinhos de diversas regiões...e por um feliz acaso conheci o Tiago, numa prova em Lisboa em 2003 (e confesso ter ficado totalmente deslumbrado com os vinhos e com a forma cuidada dele os apresentar) e em 2005 reuni com o Eng. Domingos e... cá estamos, que Família fantástica e que vinhos extraordinários!
És homem de beber vinhos no dia-a-dia? De que região? Sim, claro! Todas as regiões portuguesas fazem bons vinhos, mas prefiro os do Douro.
O que gostas de fazer nos tempos livres? Viajar, jogar ténis e ler. Tudo muito!
Descreve as férias dos teus sonhos, onde vais, por quanto tempo e porquê? Sou grande fã dos Açores. Da natureza e das suas gentes
Qual o teu prato preferido? Adoro comer, mas um prato só é muito redutor! Faço quilómetros para cabrito, leitão, filetes de polvo, açorda, ovas e mariscos!
Conta-nos uma peripécia que tenhas vivido no mundo dos vinhos, por favor. Já houve várias! Lembro-me numa feira na Alemanha, a aliciar um potencial importador, já ao final do dia...só faltava mesmo provar os nossos topos, mas a prova já ia longa e animada!, assim decidimos interromper e deixar esses vinhos para a manhã seguinte. E então na tal manhã seguinte, mal chego ao stand reparo que essas garrafas haviam desaparecido “cirurgicamente”. Que desilusão! E agora??
O importador chega, todo motivado e... vinhos de topo, zero! No entanto, a prova das gamas mais competitivas do dia anterior tinha sido tão satisfatória, que o negócio acabou por ser feito, mesmo apenas através das Fichas Técnicas dos vinhos! :-)
Se não tivesses enveredado pela carreira ligada aos vinhos, que outra profissão gostarias de ter tido? Ui., gosto muito do meu trabalho! Mas ainda penso terminar a minha tese e aprofundar conhecimentos numa nova vertente económica: a “Economia da Felicidade”.
O que te faz realmente tirar do sério? A falha dos compromissos profissionais assumidos.
Momento: Refere uma música preferida; local de eleição e companhia; e claro vinho a condizer. “Echoes” dos Pink Floyd, Live at Pompeii. The Kozue Restaurant, no Hotel Park Hyatt em Tokio. A minha Namorada e as nossas duas cadelas, que alguém abandonou e nós adoptamos.
Neste momento ando deliciado com o “Memórias Alves de Sousa”, o primeiro DOC Douro sem ano de colheita (é um blend das 6 melhores colheitas da Alves de Sousa, de 2000 a 2012...incrível!)
Qual o melhor vinho que alguma vez provaste? Já passou mais de uma década, mas talvez o vinho que mais me marcou tenha sido o “Reserva Pessoal tinto 2000”, que o meu futuro chefe, o Eng. Domingos Alves de Sousa e eu, provamos no nosso primeiro jantar. Imaculado!
Sérgio Lopes