terça-feira, 31 de maio de 2011

International Wine Challenge distingue vinhos Fiuza

A Fiuza&Bright viu recentemente distinguidos três dos seus vinhos na edição 2011 de um dos mais prestigiados concursos de vinhos do mundo – o International Wine Challenge.

Uma medalha de bronze, atribuída ao Fiuza 3 Castas Branco 2010, dois Commended (vinhos recomendados), atribuídos ao Fiuza Premium Branco 2009 (também distinguído este ano com a Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2011) e ao Fiuza Premium Tinto 2008 foram as distrinções conferidas por um júri constituido por mais de 200 jurados oriundos dos quatro cantos do mundo, incluindo alguns portugueses.

As distinções agora recebidas confirmam não só a qualidade da marca Fiuza, mas também que Portugal apresenta uma diversidade de regiões vinícolas a ter em conta. Neste particular, destaque para a recentemente denominada região do Tejo, de onde os vinhos premiados são provenientes.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Castelo de Melgaço 2007

Ano: 2007

Produtor: Manuel Salvador Pereira

Tipo: Branco

Região: Sub-Região de Monção e Melgaço

Castas: Alvarinho e Trajadura

Preço Aprox.: 3,99€

Veredicto: Num jantar recente, em casa de uns amigos, este foi o vinho servido, a acompanhar um bela tarte folhada de peixe. Confesso que desconhecia este Castelo de Melgaço e sendo do ano de 2007, poderia se pensar que já estaria a perder "gás", mas pelo contrário, mostrou-se ainda em forma e acompanhou lindamente com a comida.

No copo, apresenta uma cor citrina. No nariz, aroma personalizado e suave, levemente floral. Na boca, apresenta um sabor macio, com boa frescura, alguma leveza e um final bastante agradável.

Um vinho a ter em conta para este verão, dado que apresenta apenas 12º de álcool, sendo por isso leve e agradável de beber. Desconheço onde possa estar à venda, mas tenho alguma curiosidade em provar as colheitas mais recentes.

Classificação Pessoal: 14,5

Sérgio Lopes

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Caves São João


Após a visita matinal na Quinta das Bageiras, e do belo Leitão do Mugasa regado com Espumante Reserva 2003 ao almoço, decidimos visitar as Caves São João, empresa que não tarda muito se tornará centenária, pois foi fundada em 1920.

À chegada, fomos recebidos pela simpática Sandra Monteiro, que nos veio abrir a porta propositadamente para a visita, uma vez que se tratava do feriado da Sexta-Feira Santa de Páscoa. Muito obrigado pela sua disponibilidade e simpatia.

Já sabemos que a Bairrada não é uma região fácil, por tudo que se conhece. Mas também é verdade, que pelas visitas que temos efectuado, se prova que é uma região que merece um olhar mais atento, pois é capaz de produzir vinhos com um carácter muito próprio e uma longevidade assinalável. As caves São João são o exemplo disso mesmo pois possuem vinhos brancos e tintos com mais de 40 anos de vida e ainda em plena forma! Mas falemos um pouco das Caves São João.

Fundada em 1920, sob o nome Irmãos Unidos, atingiu o seu auge nas décadas de 60 e 70, o que lhes confere o direito a ainda terem clientes fiéis que vêm desse tempo (maioritariamente da exportação). Após o declínio vivido nos finais da década de 80 e sobretudo na década de 90, devido a uma certa estagnação, eis que com a terceira geração na liderança, na pessoa da Célia Alves, tudo mudou; A Adega foi totalmente renovada, a enologia reformulada, enfim o investimento necessário para a viragem rumo ao século XXI. A filosofia essa mantém-se, embora com um toque de modernidade, imprescindível, para fazer face à nova panorâmica do vinho. 

E assim,  nasceu a ideia de comercializar os milhões de litros de vinhos de colheitas brancas e tintas que vão desde o longínquo ano de 1963 e repousam nos labirintos subterrâneos, que constituem a cave principal. Trata-se de um espólio de quase meio milhão de garrafas (!) prontas a seren descobertas por um qualquer enófilo apaixonado. Esta foi uma das grandes mudanças visíveis, ao permitir a qualquer pessoa que se desloque às caves São João a possibilidade de adquirir (grandes) vinhos que se mantiveram captivos pelas gerações anteriores. Aqui ficam algumas fotos deste autêntico labirinto subterrâneo, a lembrar as catacumbas dos filmes de Indiana Jones:





A produção da empresa continua a ter como destino maioritariamente a exportação, embora o mercado nacional e as Grandes Superfícies sejam também importantes. Marcas como Frei João (Bairrada) e Porta de Cavaleiros (Dão) são ícones desta casa.

No final da visita, efectuamos a prova dos seguintes vinhos:
- Espumante Bairrada Quinta do Poço do Lobo Arinto & Chardonnay 2006 - PVP 6,89€
- Vinho Branco Bairrada Frei João Reserva 2009 - PVP 5,65€
- Vinho Tinto Dão Porta dos Cavaleiros Reserva 2008 Touriga Nacional - PVP 7,35€
- Vinho Tinto Regional Beiras Caves São João Reserva 2007 PVP 7,35€
- Vinho Tinto Bairrada Quinta do Poço do Lobo Reserva 2007 - PVP 9,04€
- Vinho Tinto Bairrada Quinta do Poço do Lobo Reserva 1995 PVP 8,48€
- Vinho Tinto Bairrada Frei João Reserva 1980 PVP 45,20€

Foi uma boa prova, que culminou com o vinho tinto Frei João Reserva 1980, que mostrou ainda toda a sua potência, ao fim de mais de 30 anos de garrafa...! Certamente que ficaram por provar os tais vinhos "velhos" que obrigarão a nova visita propositadamente para os conhecer e degustar. Ficará para uma próxima oportunidade...

Resta-nos agradecer à Sandra, por nos ter "aturado" no feriado de Páscoa...

Morada: São João da Azenha (Anadia)
3781-901 Avelãs de Caminho
GPS: -
Telefone: (+351) 234 743 118
Fax: (+351) 234 743 000

Sérgio Lopes 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quinta de Gomariz Alvarinho 2010

Ano: 2010

Produtor: Quinta de Gomariz

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes (Sub-Região do Ave)

Castas: Alvarinho

Preço Aprox.: 8,00€

Veredicto: Localizada em Famalicão, a Quinta de Gomariz, saltou nos últimos anos para a ribalta, com os seus vinhos verdes de grande qualidade, conseguindo finalmente provar, até mesmo além-fronteiras, o potencial dos nossos vinhos verdes, através de um grande equilíbrio entre a frescura e acidez. O seu portfolio é diversificado: Padeiro, Espadeiro, Avesso, Loureiro, Colheita Sellecionada, Vinhão e até um Alvarinho, plantado fora do seu habitat natural de origem - a sub-região de Monção e Melgaço.

Confesso que sou apreciador deste produtor e que no ano passado bebi muito do seu vinho nas tardes quentes de Verão. Estava por isso curioso em ver como se saía a nova colheita de 2010. Comecemos pelo Alvarinho, que este ano me parece menos equilibrado que o 2009, sobretudo no que toca ao binómio acidez/fruta.

Trata-se de um vinho de cor-palha esverdeado, brilhante, com alguma efeverscência do gás carbónico, logo no copo. No nariz, aromas florais e a fruta madura, nomeadamente alperce e pêra, embora também se identifique bastante maracujá. Na boca, apresenta um bom corpo. As notas de fruta são preservadas, mas sobrepõem-se um pouco à frescura, no conjunto, isto é, talvez lhe falte um pouco mais de acidez, para um maior equilíbrio, sob pena de se não o bebermos bem fresco, se tornar um pouco enjoativo. Apresenta contudo, um final de média persistência.

A este vinho falta talvez um pouco mais da casta em si, o Alvarinho, para o tornar mais equilibrado. Um vinho muito frutado, seguramente de encontro a um público que busque um vinho de final de tarde, mas não será o exemplar mais fidedigno de um puro alvarinho.

Classificação Pessoal: 14

Sérgio Lopes

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quinta das Bageiras

É já com algum atraso, que colocamos no blogue, a visita à Quinta das Bageiras, na nossa opinião, a porta-estandarte da região da Bairrada. Situada na freguesia de Fogueira, em Sangalhos, trata-se do projecto pessoal do afável produtor Mário Sérgio Alves Nuno, defensor acérrimo de uma certa Bairrada tradicional, o que aliado à paixão empregue à sua causa, produz vinhos excelentes.

Tudo começou em 1989 quando Mário Sérgio herda as vinhas da família, cerca de 12ha. Até 2002, duplicou a capacidade da vinha, construíu uma adega dimensionada para a produção de espumante, o que culminou com a sua eleição em 2004 como melhor Agricultor do Ano em Portugal. 

Chegamos à Quinta das Bageiras, pelas 11h da manhã, onde fomos recebidos pelo Mário Sérgio, que nos fez a visita guiada pelas instalações. Aqui, a Baga, é a casta rainha, defendida acerrimamente por Mário Sérgio e temos de concordar, com bons resultados, pois os vinhos são excelentes. Acresce que para além da Baga, só utiliza castas brancas e tintas portuguesas e maioritariamente tradicionais da Bairrada. O portfolio das Bageiras é constituído em grande escala pelo espumante (tinto e branco), com alguns reservas em destaque, mas também vinho branco, tinto e rosé.
A visita iniciou-se pela cave, onde se podem visualizar inúmeras garrafas de espumante, ao longo das paredes,  a "estagiar". É importante referir que Mário Sérgio apenas produz Espumante Bruto Natural, isto é, sem qualquer adição de açúcar. Na cave, saltou-me à vista um espumante de 1989 (!), que tivemos o privilégio de provar e que é quase uma relíquia (existem apenas cerca de 300 garrafas). De seguida, passamos à adega onde pudemos ver os lagares de fermentação de Brancos e tintos, os famosos tonéis de madeira para estágio dos fantásticos Garrafaeira Branco e Tinto e ainda as cubas de fermentação em Inox, para os espumantes. De seguida, fomos guiados para uma sala onde estagiam as aguardentes velhas com mais de 10 anos, em barricas usadas de Vinho do Porto, e feitas no alambique tradicional. Nessa sala, onde algumas dessas barricas onde estagia a aguardente velha se encontram colocadas em pirâmide, existe uma mesa onde se pode efectuar provas num ambiente muito genuíno. Foi assim que terminou a nossa visita desgustando os seguintes vinhos:

Colheita Branco 2010
Garrafeira Branco 2009
Garrafeira Tinto 2004
Reserva Tinto 2008 (60% Baga + 40% Touriga Nacional)
Espumante Grande Reserva 2003
Espumante Velha Reserva 1989

Todos os vinhos provados, mostraram-se excelentes, sendo que alguns já foram comentados neste blogue e outros o serão a seu tempo. Destaque para os soberbos Garrafeiras Tinto e Branco e para os dois espumantes provados. O Velha Reserva 1989 esplenderoso. O Grande reserva 2003, ainda tivemos o privilégio de o acabar de degustar após a visita, acompanhando um magnífico Leitão, no Mugasa. Recomendo vivamente!

Resta-nos agradecer ao Mário Sérgio pela enorme simpatia e desejar-lhe que continue a produzir estes magníficos néctares bairradinos, que todos devem provar.

Para finalizar, aqui ficam algumas fotos da visita:

Lagar de fermentação

Cubas em Inox de estágio de brancos para espumante


Os famosos tonéis...

Sala de Provas / Aguardente em estágio


Morada: Quinta das Bágeiras
Fogueira
3780-523 Sangalhos
GPS: 40.485172,-8.49932
Telefone: (+351) 234 742 102
Fax: (+351) 234 738 177

Sérgio Lopes 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Quinta de Linhares Arinto 2010

Ano: 2010

Produtor: Agri-Roncão

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes (Sub-região do Sousa)

Castas: Arinto

Preço Aprox.: 4,90€

Veredicto: Localizada na Sub-região do Sousa, S-Mamede de recesinhos - Penafiel, a Quinta de Linhares possui 12ha destinados à vinha de produção de vinho "verde". Do seu portfolio de vinhos "verdes" constam os monocastas Azal, Avesso, Loureiro, Arinto, e ainda os colheita seleccionada, tinto e rosé. Para além dos vinhos "verdes", o produtor Agri-Roncão é reponsável pela produção de vinhos de mesa do Douro, bem como vinhos do Porto, na Quinta da Levandeira do Roncão, em pleno coração do Douro vinhateiro. A empresa possui assim duas vertentes distintas, através da presença em duas regiões que pela sua tipicidade, lhe permitem obter vinhos de acordo com o terroir de origem.

Mas centremo-nos nos vinhos da Quinta de Linhares, os quais tivemos a oportunidade de degustar numa prova e do qual o Arinto saíu claramente como o grande vencedor. Pelo menos foi o monocasta que mais nos encheu as medidas.

Trata-se de um vinho de cor palha claro, com leve efeverscência. No nariz, aroma frutado, com notas citrinas, limão e fruta verde. Denota igualmente uma grande mineralidade. Na boca, apresenta uma boa estrutura, com um toque aveludado, e uma grande acidez que lhe confere uma enorme frescura. O final é agradavelmente fresco e saboroso.

Um vinho muito versátil, que pela sua bela acidez e estrutura é capaz de ser um bom companheiro á mesa. Muito agradável.

Classificação Pessoal: 16

Sérgio Lopes

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aneto Grande Reserva Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: Sobredos

Tipo:
Tinto

Região: Douro

Castas: 50% Touriga Nacional, 50% Tinta Roriz.

Preço Aprox.: 30€ - 35€

Veredicto: Este vinho é o topo de gama do produtor / enólogo Francisco Montenegro, que nos últimos anos criou a marca Aneto, e que já é uma referência no que de melhor se faz no Douro. Creio que as prinicipais características de todos o seus vinhos são a harmonia e a finesse. A paixão que emprega na feitura dos seus vinhos, está completamente espelhada nos mesmos. Isso já nos tínhamos apercebido, aquando da visita à sua adega AQUI.

O Aneto Grande Reserva tinto 2008 é um vinho composto pelas castas Touriga Nacional e Tinta Roriz, em iguais partes, que estagia em barricas novas de carvalho por duas vezes, passando assim cerca de 18 meses em barricas e 6 meses em cave.

Apresenta uma cor vermelha intensa e uma lágrima bem pronunciada. No nariz, os aromas antevêem desde logo que o que vamos provar vai ser espelenderoso. O aroma é complexo, mas fino e elegante, com notas de fruta bem madura (ameixa preta, cereja preta e amora), especiado e ligeiramente fumado. A maciez que se adivinhava no nariz, confirma-se na boca, onde se mostra encorpado, envolvente e sedoso, com a doçura da fruta bem casada com a tosta da madeira. Muito fino e elegante, com uma enorme frescura, poderoso e sumarento, enchendo a boca por completo, com final muitíssimo persistente. Delicioso.

Um vinho de excelência em qualquer parte do mundo. Simplesmente magnífico.

Classificação Pessoal: 18

Sérgio Lopes

sábado, 14 de maio de 2011

Os Corvos 2008

Ano: 2008

Produtor: Campolargo

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Tinta Roriz, Merlor, Syrah

Preço Aprox.: 6,50€

Veredicto: Os Corvos da Vinha da Costa, trata-se de um vinho composto pelas castas Merlot, Syrah e Tinta Roriz, que estagia em barricas de carvalho usadas, até 12 meses. Existe ainda o vinho somente designado de Vinha da Costa, de gama superior, que apresenta as mesmas castas, mas cujo estágio é um pouco mais prolongado, de 12 a 18 meses e maioritariamente feito em barrica nova.

O nome refere-se aos Corvos que sobrevoam a vinha designada por Vinha da Costa...

No copo, é um vinho que apresenta uma cor ruby cristalina, aspecto límpido e lágrima persistente. No nariz, aromas a especiarias, chá e alguma fruta vermelha (ameixa, cereja). Na boca, mostra-se sedoso, de taninos médios, mostrando alguma madeira. Apresenta uma enorme frescura, bom volume de boca e final persistente.

Um vinho muito bem feito, com um belo preço e que, atrevo-me a dizer,  será de agrado geral.

Classificação Pessoal: 16


Sérgio Lopes

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Prova Riedel na Wine O'Clock Matosinhos


Foi no passado sábado que decorreu mais uma prova na Wine O' Clock de Matosinhos. Desta feita, uma prova especial e diferente, realizada com o intuito de provar bons vinhos em copos adequados para o efeito. Assim, foram colocados ao nosso dispor, 4 diferentes copos RIEDEL, e neles servidos 4 diferentes vinhos. Foi um enorme privilégio participar nesta prova, uma vez que consistiu numa verdadeira lição. Cada vinho foi servido no seu copo mais apropriado e de seguida ia sendo despejado para os restantes copos, um a um, para identificarmos as diferenças. E de facto são muitas, isto é, mesmo um grande vinho, necessita de um grande copo, adequado às suas características, para se mostrar em todo o seu esplendor.

Os 4 copos / 4 vinhos apresentados foram os seguintes:

MODELO DE COPO / TIPO VINHO:

Copo Riedel Riesling – Contacto Alvarinho 2009 (Anselmo Mendes)

Copo Riedel Chardonnay – Marques Casa Concha Chardonnay 2008 (Concha Y Toro)

Copo Riedel Touriga Nacional – Chryseia 2008  (Symington)

Copo Pinot Noir – Falorca Reserva 2004 (Quinta da Falorca)


Ficou portanto, bem claro, volto a frisar, a importância do copo adequado, ao vinho adequado. Assim, resumidamente, para vinhos brancos frescos, directos e menos complexos, deve ser utilizado o modelo Copo Riedel Riesling (ou equivalente). Para brancos encorpados, gordos, complexos e volumosos (muitas vezes com madeira presente) devemos optar pelo modelo Copo Riedel Chardonnay (ou equivalente). Para tintos reserva, vinhos de guarda, com longo estágio em madeira e (porque não garrafa)com muita complexidade, utilizar Copo Pinot Noir (ou equivalente). Finalmente para tintos que expressem toda a sua fruta vibrante e carácter jovem, ainda que possam ser complexos, optar pelo Copo Riedel Touriga Nacional (ou equivalente).
No final da prova, ainda tivemos a possibilidade de degustar os seguintes vinhos:


Parcela Única Alvarinho 2009
Post-scriptum 2008
Cavalo Maluco 2007
Herdade do PortoCarro 2006
Marques Casa Concha Cabernet Sauvignon 2008

Quanto aos vinhos, os nossos destaques vão para o: Chryseia 2008, que no copo onde foi servido estava simplesmente esplenderoso, completamente potenciado, na sua fruta a lembrar vinho do Porto, frescura, elegância e persistência; Os dois vinhos provados de Anselmo Mendes, Contacto e Parcela Única, dois belos alvarinhos que estão aí para durar, onde a grande mineralidade é a sua principal característica; Falorca Reserva 2004, da Quinta da Falorca, um vinho do Dão, com uma frescura enorme, seguramente capaz de rivalizar com os melhores tintos do mundo; Finalmente, Cavalo Maluco 2007 e Herdade do PortoCarro 2007, do produtor Herdade do Portocarro, de Terras do Sado, vinhos muito bons, com uma frescura e equilíbrio surpreendentes. Para mim, a grande surpresa da prova.

Relativamente à prova, fantástica. Relativamente aos vinhos, todos de uma qualidade assinalável.


Sérgio Lopes

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Prova Kopke na Garrafeira Nacional

Decorreu na passada 5ª feira, a prova de vinhos do Porto Kopke, na Garrafeira Nacional. A prova foi orientada pelo enólogo Pedro Sá, que de uma forma divertida e elucidativa, explicou a história de cada vinho, o porquê das suas características, tudo perante uma plateia atenta e participativa que ficou a entender um pouco mais sobre esses verdadeiros néctar. Foram provados os seguintes vinhos:


Porto Kopke Vintage 2008 - Quinta de São Luíz
Um Vintage Single Quinta, bastante frutado e sumarento, feito para ser bebido jovem e assim usufruir da sua potência e fruta vibrante, na sua plenitude.


Porto Kopke White 10, 20, 30 e 40 anos
Vinhos maracadamente elegantes e frescos, com um equilíbrio notável. Muito versáteis. Destaque muito especial para o 40 anos, onde se destacam os frutos secos, como o figo e avelãs, alguma laranja cristalizada e notas aveludadas de mel e até citrinos. Na boca é um vinho cheio, explosivo, volumoso e muito redondo, revelando uma bela acidez e um final longo e de persistência interminável.


Porto Kopke Tawny 30 e 40 anos
Confesso que depois da sensação de estrondo provocada pelo White 40 anos, foi-me difícil comparar com os restantes, uma vez que é tremendamente marcante. Contudo, o que fica dos Tawnies, é sobretudo a sua harmonia no conjunto global, tornando-os vinhos extremamente agradáveis. Mais uma vez, o 40 anos, marca uma diferença substancial. Muito bom.

Para o final, estava reservado o famoso colheita 1961, um vinho com 50 anos de história e que cumpriu com as suas expectativas.  Apresenta uma cor âmbar com reflexos rubi. Aromas muito complexos. Encorpado, embora suave e elegante, revela um paladar cheio de tâmaras secas, frutos tropicais e sabores ligeiramente picantes. De salientar a enorme frescura que o vinho apresenta e um final interminável. Excelente!


Sérgio Lopes

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Quinta das Bageiras Colheita Branco 2010

Ano: 2010

Produtor: Quinta das Bageiras

Tipo: Branco

Região: Bairrada

Castas: Maria Gomes, Bical, Cerceal

Preço Aprox.: 3,70€

Veredicto: Este é o vinho branco, entrada de gama, do produtor Mário Sérgio .

Um vinho que apresenta uma cor esverdeada, quase translúcida.  No nariz, notas de citrinos e alguma fruta verde (talvez maçã), deixando desde logo transparecer uma enorme frescura. Na boca, em sintonia com o nariz, com uma acidez bastante vincada, que marca a frescura, bom volume de boca e final longo.

Na nossa opinião, um vinho muito bem feito, e versátil. Contudo, talvez para algumas pessoas, a sua acidez marcante possa ser menos bem recebida. Nós gostamos.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

terça-feira, 3 de maio de 2011

Quinta das Bageiras Colheita Tinto 2008

Ano: 2008

Produtor: Quinta das Bageiras

Tipo: Tinto

Região: Bairrada

Castas: Baga

Preço Aprox.: 4,25€

Veredicto: Existem os Baga lovers e os Baga haters, isto é, a Baga é uma casta capaz de gerar amores e ódios, mesmo misturada com outras castas, pois é uma variedade marcante. Mas como tudo o que o produtor Mário Sérgio faz, é de grande qualidade, este colheita tinto 2008, feito apenas e exclusivamente de Baga, não foge à regra.

Este monocasta, apresenta o mesmo estágio em madeira usada que o seu homónimo Garrafeira Tinto. A diferença é que no colheita não se tratam de vinhas velhas.

O vinho apresenta uma cor granada pronunciada. No nariz, notas de fruta vermelha bastante madura, leve vegetal e alguma madeira. Na boca, é fresco, com bom corpo e final longo, embora deixando alguma secura, típica da casta Baga.

Um vinho gastronómico, que mostra o lado mais frutado da Baga em detrimento da secura. Mais polido e mais fácil de beber, ao preço que se encontra, é para comprar às caixas e ir bebendo.

Classificação Pessoal: 15,5

Sérgio Lopes

domingo, 1 de maio de 2011

Prova Quinta do Noval na Wine O' Clock


Decorreu ontem, na Wine O' Clock de Matosinhos, a prova do produtor Quinta do Noval. Embora já conhecessemos alguns dos vinhos em prova e inclusivé termos degustado algumas das novidades na passada edição do evento Essência do Vinho, ontem tivemos o prazer e privilégio de efectuar uma prova com os vinhos servidos à temperatura correcta e com o devido enquadramento de cada um deles.

A prova foi orientada pela Rute Monteiro. Provaram-se 10 vinhos, 6 dos quais de mesa, e 4 vinhos do Porto.

Maria Mansa Branco 2010
Vinho produzido a partir das castas brancas tradicionais do Douro, sem madeira, ou seja, apenas com passagem por Inox. Fresco e agradável, com um preço a rondar os 7€.

Maria Mansa Tinto 2007
Tal como o branco, é produzido a partir das castas tintas tradicionais do Douro e com estágio em Madeira de 2º e 3º ano, de cerca de 1 ano e meio. Este vinho é feito recorrendo a uvas compradas a lavradores. Podem ver o comentário a este vinho no Blogue.

Cedro de Noval 2007
Produzido a partir das castas tintas tradicionais do Douro, com a novidade da adição de cerca de 25% da casta Syrah, no seu lote. Pela prova percebe-se que funciona lindamente no conjunto, traduzindo-se num vinho com a tipicidade do Douro, mas muito fresco e agradável.

Labrador Syrah 2007
100% Syrah, no Douro. Uma grande novidade, um vinho extreme de uma casta que não é usual no Douro. O resultado é surpreendente, pautando-se por um vinho muito fresco e macio, em que a casta Syrah aparece num registo menos exuberante, o que torna o vinho extremente agradável, elegante e nada enjoativo.

Quinta do Noval 2007
Vinho mastigável e poderoso. Um clássico da Noval, em grande forma.

Quinta do Noval 2008
Ainda mais mastigável e poderoso que o 2007. Cheio de fruta, pronta a explodir, muito fresco e com um final magnífico e muito longo.

Porto Tawny 10 anos
Este tawny já é um dos nossos velhos conhecidos, pois tentamos ter sempre um exemplar destes em casa... Trata-se de um excelente Tawny 10 anos, com um aroma bastante complexo, um sabor muito agradável e excelente final. Para mim, é o standard dos Portos Tawny 10 anos.

Noval Black
Segundo a Rute, este produto nasceu de uma necessidade de mercado nos EUA. Trata-se de um blend de LBVs, algo equivalente a um Finest Reserve.  Muito fácil de beber, descomplexado, tendo como alvo o público jovem, numa tentativa de desmistificar o conceito de que se tem de ter alguma idade para beber Porto. Confesso que não é dos meus preferidos, mas admito que cumpre o seu propósito. Vale a pena igualmente aceder ao site do produto, pois está muito interessante e moderno.

LBV 2004 Unfilttered
Típico LBV, com a fruta a mostrar-se, num conjunto elegante e muito sumarento. Para quem não pode beber vintage todos os dias, este exemplar é uma excelente alternativa de qualidade. Trata-se de um produto não filtrado, o que significa que ainda se encontra mais próximo de um Vintage.

Quinta do Noval Vintage 2008
O que dizer deste vintage? Simplesmente fenomenal. Vibrante, explosivo, enche a boca, com a sua potência e vigor. O final é interminável e a pedir para beber mais e mais... Pena que o seu preço ronde os 100€ a garrafa. Quem puder cometer essa loucura, que não pense duas vezes....


Sérgio Lopes