Decorreu ontem, na Wine O' Clock de Matosinhos, a prova do produtor Quinta do Noval. Embora já conhecessemos alguns dos vinhos em prova e inclusivé termos degustado algumas das novidades na passada edição do evento Essência do Vinho, ontem tivemos o prazer e privilégio de efectuar uma prova com os vinhos servidos à temperatura correcta e com o devido enquadramento de cada um deles.
A prova foi orientada pela Rute Monteiro. Provaram-se 10 vinhos, 6 dos quais de mesa, e 4 vinhos do Porto.
Maria Mansa Branco 2010
Vinho produzido a partir das castas brancas tradicionais do Douro, sem madeira, ou seja, apenas com passagem por Inox. Fresco e agradável, com um preço a rondar os 7€.
Maria Mansa Tinto 2007
Tal como o branco, é produzido a partir das castas tintas tradicionais do Douro e com estágio em Madeira de 2º e 3º ano, de cerca de 1 ano e meio. Este vinho é feito recorrendo a uvas compradas a lavradores. Podem ver o comentário a este vinho no Blogue.
Cedro de Noval 2007
Produzido a partir das castas tintas tradicionais do Douro, com a novidade da adição de cerca de 25% da casta Syrah, no seu lote. Pela prova percebe-se que funciona lindamente no conjunto, traduzindo-se num vinho com a tipicidade do Douro, mas muito fresco e agradável.
Labrador Syrah 2007
100% Syrah, no Douro. Uma grande novidade, um vinho extreme de uma casta que não é usual no Douro. O resultado é surpreendente, pautando-se por um vinho muito fresco e macio, em que a casta Syrah aparece num registo menos exuberante, o que torna o vinho extremente agradável, elegante e nada enjoativo.
Quinta do Noval 2007
Vinho mastigável e poderoso. Um clássico da Noval, em grande forma.
Quinta do Noval 2008
Ainda mais mastigável e poderoso que o 2007. Cheio de fruta, pronta a explodir, muito fresco e com um final magnífico e muito longo.
Porto Tawny 10 anos
Este tawny já é um dos nossos velhos conhecidos, pois tentamos ter sempre um exemplar destes em casa... Trata-se de um excelente Tawny 10 anos, com um aroma bastante complexo, um sabor muito agradável e excelente final. Para mim, é o standard dos Portos Tawny 10 anos.
Noval Black
Segundo a Rute, este produto nasceu de uma necessidade de mercado nos EUA. Trata-se de um blend de LBVs, algo equivalente a um Finest Reserve. Muito fácil de beber, descomplexado, tendo como alvo o público jovem, numa tentativa de desmistificar o conceito de que se tem de ter alguma idade para beber Porto. Confesso que não é dos meus preferidos, mas admito que cumpre o seu propósito. Vale a pena igualmente aceder ao site do produto, pois está muito interessante e moderno.
LBV 2004 Unfilttered
Típico LBV, com a fruta a mostrar-se, num conjunto elegante e muito sumarento. Para quem não pode beber vintage todos os dias, este exemplar é uma excelente alternativa de qualidade. Trata-se de um produto não filtrado, o que significa que ainda se encontra mais próximo de um Vintage.
Quinta do Noval Vintage 2008
O que dizer deste vintage? Simplesmente fenomenal. Vibrante, explosivo, enche a boca, com a sua potência e vigor. O final é interminável e a pedir para beber mais e mais... Pena que o seu preço ronde os 100€ a garrafa. Quem puder cometer essa loucura, que não pense duas vezes....
Sérgio Lopes
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