
Confesso ser recente a descoberta dos vinhos antigos, para mim. Acho que é um processo. Ninguém começa pelo fim, certo? Dito isto, tenho gasto algum $$$$$$, bem mais do que algum $$$$$ na compra de vinhos com alguma idade, quer em garrafeiras / lojas, quer em leilões. A maior parte dos vinhos têm me saído bem e dão um enorme gozo ao bebê-los. Outros são mera curiosidade, de resistência ao tempo, já passaram o seu melhor momento e por isso, não dão muito prazer no copo. Finalmente, há aqueles que já foram de vez... imbebiveis, ou pelo menos não me dão qualquer prazer.
Depois há as regiões mais propicias a vinhos que evoluam de uma forma sempre positiva, casos da Bairrada e Dão, ou Colares e Buçaco - escolhas sempre seguras dirão os entendidos. Mas não há uma ciência exacta, pois por vezes encontram-se surpresas em todas as regiões, quer com brancos quer com tintos. Mas a questão das regiões fica para outra reflexão.
Fica para o final a opinião que tenho neste momento sobre os vinhos antigos: Eu não acho necessário comprar vinhos com mais de 20 - 25 anos, ou sequer guardá-los por tanto tempo. Não será seguro e não estou certo que se ganhe assim tanto... salvo claro os vinhos icónicos, que estão sempre top. Eu tenho para mim que à data de hoje, da década de 90 em diante é mais do que suficiente para comprarmos / guardarmos e potencialmente ficaremos deslumbrados por um vinho com idade. Seja um Bairrada de Pato, Bageiras ou Saima, por exemplo, ou um Dão dos Roques, ou um colares, ou um Buçaco, por exemplo, entre outros...
Para quê arriscar e beber um vinho "velho" quando esperaríamos beber um vinho "antigo"? E reparem que utilizei o termo velho apenas no final.
Sérgio Lopes
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