segunda-feira, 13 de junho de 2016

Fora do Baralho: Encostas do Enxoé Branco 04, 08 e 10

Tenho para mim que o Alentejo não é a primeira região que me vem à memória, quando penso em vinhos Brancos. Ainda que, claro, como um pouco por todo o Portugal, haja belos brancos, cada vez mais concisos e bem feitos. Mas quando temos um branco de 2004 e outro de 2008 em tão boa forma, da região de Pias, não deixa de ser surpreendente certo? A imagem que acompanha este texto é bastante sugestiva, mostrando a evolução de ambos os vinhos. O 2008  ainda mais evoluído que o 2004 (quando deveria ter sido o contrário), este último, que se mostrou notavelmente fresco - um vinho com 12 anos, que em prova cega iria seguramente baralhar o maior dos provadores!. Um verdadeiro case study. Ambos foram feitos da casta Roupeiro (Siria, certo?) e mostram aqui um carácter maduro, mas sobretudo de uma enorme longevidade. Quem quiser ter a experiência, pode ir ao hipermercado Jumbo e por menos de 4€ tem lá o Encostas do Enxoé branco 2010. Já não é feito de Roupeiro, mas sim das castas mais consensuais Arinto e Antão Vaz, também provado e não tão deslumbrante como os feitos de Siria, mas sem deixar de ser admirável vermos nas prateleiras do Jumbo um vinho branco do Alentejo, de 2010. Estarão os tempos a mudar?

Sérgio Lopes

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