No passado sábado, um grupo restrito de enófilos apaixonados, teve a oportunidade de visitar a adega do Bussaco, onde a única coisa que sabíamos de antemão é que iríamos ter à prova dois vinhos. Quais? não sabíamos à partida, mas esperávamos ansiosamente que pudesse vir a ser servido pelo menos um colosso antigo, daqueles vinhos que parece evoluírem mais devagar que o próprio tempo...
Na realidade não foram 2, mas sim 3 vinhos servidos: Dois tintos, um de 1983 e outro de 1960; E ainda um vinho branco de... 1958, na imagem à esquerda.
O vinho branco foi servido sem António mencionaro ano... Todos pensamos estar na presença de um vinho algures do final do século passado, mas nunca, nunca, meados do século passado - anos 50! Ainda por cima branco.
Todo ele surpreendente, desde a cor com evolução, mas nada de marcante, aos aromas complexos, à boca com uma acidez descomunal, a aportar enorme frescura A mudar constantemente com o passar do tempo. Um branco memorável, divinal.
Qual o segredo para a sua longevidade? Não sabemos. Apenas que é feito de encruzado (do Dão) e Bical e Maria Gomes (da Bairrada).
Brancos velhos do Bussaco? Velhos são os trapos. Ou infelizmente, o tempo, que não volta atrás.
Caramba, este vinho tem a idade do meu pai?!
Sérgio Lopes
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