17/20.
Pela cor tão carregada, na imagem do lado esquerdo, poderia querer transparecer que o vinho se encontrava em declínio. Mentira. A partir do momento em que levamos o copo ao nariz, percebemos logo que estávamos na presença de um vinho que "oxidou" (evoluiu) muitíssimo bem.
Vinho Duriense, da Ramos Pinto, feito com as castas Viosinho e Sauvignon Blanc, sem qualquer passagem por madeira. Um vinho com 15 anos no nosso copo.
Ao primeiro contacto impressionou a sua mineralidade. muita mesmo. O nariz mostrou-se com notas meladas e petroladas, com uma leve sensação de doçura. Doçura essa que na boca se sentia (ou seria sensação de doçura) compensada por uma acidez vibrante, tornando o vinho guloso e a pedir novo copo. Que belo equilíbrio e que grande acidez. O vinho foi dançando entre as notas meladas e de compota de figo, sempre num registo crocante. Acompanhou na perfeição uma feijoada de leitão e ainda se prolongou após a refeição, por si só... Delicioso.
Sérgio Lopes
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