Com o aproximar da época das festas - Natal e Ano Novo, começamos a pensar quais os vinhos que iremos escolher para acompanhar o bacalhau na noite da consoada - e se será branco ou tinto, quais os vinhos generosos que farão companhia à tradicional oferta generosa de sobremesas e doçarias tão características da época, ou qual o bolhinhas com que iremos brindar à chegada do ano de 2019. Pois bem, o Contra-rotulo lançou o desafio a alguns dos wine lovers habituais para ajudarem os nossos leitores, nesta difícil escolha. Aqui ficam as sugestões:
III. VINHOS ESPUMANTES
Recentemente redescoberto este produtor, Hehn, que tal como a Murganheira, pertence à região da Távora-Varosa, provavelmente a região de excelência em Portugal para a produção de espumante. Este espumante com mais de 10 anos, o Familia Hehn Velha Reserva 2006, dá-me um gozo bestial, pois tem tudo aquilo que aprecio num grande espumante, com alguma evolução, cheio de fruto seco, notas de panificação, mousse cheia de classe, muita frescura . Uma delicia. Está num momento de prova extraordinário. De consumo obrigatório lá em casa nestas festas natalicias. By Sérgio Lopes (ContraRotulo)
É da Messias e é um Blanc de Blancs, produzido 100% de Chardonnay. É espumante bruto natural, ou seja, não tem qualquer adição de açúcar, daí a menção no rótulo à expressão "dosagem zero". Resulta num espumante bem complexo, fruto dos seus 4 anos mínimos de estágio em cave sobre borras, antes do degorgement. Um espumante com um nariz muito elegante, com uma acidez incrível, e muito equilibrado. Mousse deliciosa, frutos secos, bolha delicada, algum biscoito e muita frescura. A boca cremosa e a nota dominante de equilibrio e acidez crocante, puxa a beber mais um copo. Termina longo e com grande prazer. É o topo de gama da Messias, que por apenas cerca de 15€ nos apresenta um espumante de elevada qualidade ao melhor estilo champanhês. By Lucinda Costa (ContraRotulo)
Pela altura natalícia e pela riqueza da tradição gastronómica é sempre altura de se abrirem umas "bolhas" para comemorar. Por via das duvidas os espumantes são sempre uma escolha sábia para acompanhar uma refeição integralmente do princípio ao fim e o Natal pode ser exemplo disso mesmo! Como tal a minha escolha é o Caves S.Domingos Cuvee 2012 Bruto, Baga e Sauvignon Blanc em plena sintonia, elegante, fruta branca muito macia, mineral e notas de tosta. Belíssima bolha fina e acidez perfeita para acompanhar a consoada do princípio ao fim! Bom Natal! By Francisco Monteiro (Wine Lover)
O Vinha Formal 2010 do Luis Pato é provavelmente o melhor exemplo de Espumante só feito com castas portuguesas ao estilo de Champanhe, com Bical e Touriga Nacional a fazerem a vez de Chardonnay e Pinot Noir (uma casta branca e uma tinta). Tem uma leve tonalidade rosada, aroma com suaves notas fumadas (provavelmente da sua fermentação em madeira), biscoito e algum fruto vermelho. A bolha é fina e a boca é cítrica, fresca e com complexidade, fruto do tempo de cave prolongado. By Duarte Silva (Cegos Por Provas)
Estou convencido que os espumantes nacionais só terão hipótese de se afirmarem no mercado mundial pela qualidade. Nesse sentido, a aposta em longos estágios em cave terá de ser evidente. Partindo desse princípio, a minha escolha é Caves São Domingos Elpídio 80 branco 2011. É um espumante com Denominação de Origem Bairrada e resulta da combinação das castas Pinot Noir (50%) e Pinot Blanc (50%). Ao longo dos quatro anos em cave, o vinho desenvolveu notas florais, minerais e de frutos secos. Na boca revela uma bolha muito fina e muito cremosa. Um hino à região. By Paulo Pimenta (Wine & Stuff)
Murganheira vintage bruto Pinot Noir. O Espumante lá em casa é consumido com as entradas, para se brindar à reunião da família. A minha escolha cai num espumante de excelência nacional. Feito a partir de Pinot Noir, é muito encorpado e cheio de persistência. Na boca é quando se revela em pleno. Um conjunto muito harmonioso, requintado, onde temos uma combinação de uma mouse muito cremosa, uma bolha finíssima e uma frescura citrina, num conjunto de notável equilíbrio e sofisticação. É um espumante inimitável e que se deve abrir em momentos como este! By Luis Pádua (Wine Lover)
Bairrada é uma das regiões de destaque pela produção de espumantes em Portugal. Provei este "Montanha Real" em Novembro na 1ª edição do evento "Bairrada no Porto". Este espumante, de 2010, ficou-me na memória. Tem 8 anos, degorjado com 3 anos, e feito a partir das castas típicas da região: Bical e Baga. Muito complexo, gastronómico, boa mousse, acidez marcante e requintado. Algo para partilhar com pessoas especiais e para ocasiões como a do Natal e a passagem de Ano. By Francisco Rebello de Andrade (Vinho e Portugal)
Esta altura festiva é sempre propícia à abertura de um espumante. Seja de aperitivo, à mesa ou com as sobremesas, a ocasião lá acaba por aparecer. Nada melhor então que um espumante versátil, como o Aphros Phaunus Pet Nat Rosé 2017. Elaborado através do método ancestral, onde o gás provém ainda da primeira fermentação que termina na garrafa, feito com as castas Loureiro e Vinhão, é um espumante de bolha viva e alegre, corpo ligeiro, e algum açúcar residual que o torna polivalente, mas nunca se tornando doce dado a bela acidez que tem. By André Antunes (Delicatum)
8 excelentes escolhas para a mesa de Natal!
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