Com o aproximar da época das festas - Natal e Ano Novo, começamos a pensar quais os vinhos que iremos escolher para acompanhar o bacalhau na noite da consoada - e se será branco ou tinto, quais os vinhos generosos que farão companhia à tradicional oferta generosa de sobremesas e doçarias tão características da época, ou qual o bolhinhas com que iremos brindar à chegada do ano de 2019. Pois bem, o Contra-rotulo lançou o desafio a alguns dos wine lovers habituais para ajudarem os nossos leitores, nesta difícil escolha. Aqui ficam as sugestões:
IV. VINHOS FORTIFICADOS
Para quem apreciar um estilo mais focado na fruta, recomendo um Porto Vnitage ou um LBV, sendo que os vintage do ano de 2016 estão prontos a beber e cheios de elegância. É comprar qualquer um, pois estão óptimos! No entanto, optei por escolher um Vintage com mais de 10 anos e de uma casa centenária - a Real Companhia Velha, que prima nos seus Portos pela elegância e não pela extração e sobrematuração. Um Vintage do ano mítico de 2007, que provei recentemente numa inacreditável masterclass de Portos e que está a começar a dar os primeiros passos rumo à... adolescência. Neste momento, está ainda um pouco sério e fechado, mas com fruta de enorme qualidade, algo perfumado também,
complexo com notas de tabaco e especiaria. Muito sedoso, com uma boca deliciosa e fresca. Longo. Bebe-se com
enorme prazer já, mas pode ser guardado por muitos anos. A um preço cordato. By Sérgio Lopes (ContraRotulo)
Clássico da José Maria da Fonseca , produzido pelo talentoso enólogo Domingos Soares Franco, o Alambre 20 Anos é elaborado a partir da casta Moscatel, constituído por um lote de 19 colheitas em que a colheita mais nova tem pelo menos 20 anos e a mais antiga perto de 80 anos, resultando num vinho complexo, aromático, elegante e com um longo final de prova. É companhia frequente cá em casa. Esta última edição está com um equilibrio fenomenal entre doçura e acidez, acrescentando uma definição de pureza do lado citrino tipico da casta notável. Notas caramelizada, café e fruto seco, completam um bouquet que tem tanto de complexo como elegante. Uma delicia e uma tentação. Grande Moscatel!By Lucinda Costa (ContraRotulo)
Chegada a hora das sobremesas típicas dos portugueses no Natal, deixo-me "afundar" nas tradicionais rabanadas e no queijo da serra e frutos secos, assim o Porto Valriz Tawny 10 anos do produtor Coimbra de Mattos irá fazer as honras da casa e do momento! Côr típica dos Tawny de idade ligeiramente caramelizada com notas a frutos secos e ligeira "aguardente velha" muito equilibrado e especiado. Um belo parceiro de fim de refeição o qual deverá ser servido ligeiramente refrescado. Boas ceias e até para o ano! By Francisco Monteiro (Wine Lover)
Eu adoro Madeiras e uma das boas opções para as sobremesas são os Madeiras 10 das castas Malvasia ou Boal, em que a primeira dá origem a vinhos doces e a segunda a meio doces. Eu tenho tendência a preferir a casta Boal e uma bela opção é o Barbeito Boal 10 anos que tem um equilíbrio entre doçura e acidez que gosto muito. Uma outra opção podia ser o HM Borges que é ligeiramente mais doce e um pouco mais barato. By Duarte Silva (Cegos Por Provas)
Borges Vintage 1963 (Vinho do Porto) | PVP: 400€ | Garrafeiras
Com as sobremesas da época do Natal gosto de um tawny com vários anos para as acompanhar. No entanto, quando tenho oportunidade, prefiro conjuga-las com um Vintage maduro. Desta forma, escolho um Borges Vintage 1963. Os aromas e sabores a frutos secos juntamente com a excelente estrutura do vinho casam muito bem com a gastronomia da época. By Paulo Pimenta (Wine & Stuff)
O Natal pede sempre um vinho do Porto especial, um Porto que nos faça fechar os olhos, refletir nos momentos em família e na reunião que o Natal é. O vinho do Porto representa assim o clímax da reunião natalícia, pelo que lá em casa a preferência e o momento, exigem sempre ou um Vintage bem envelhecido ou uma colheita com idade! Este ano a minha preferência vai para o colheita 1978 da Kopke. É um vinho de uma elegância única, com um paladar intenso e muito equilibrado. Na boca é aromático, muito aromático, com um conjunto de notas iniciais de café e caramelo, como qualquer boa colheita deve apresentar. À medida que vai abrindo, vão aparecendo notas de frutos secos mas com um toque cítrico, que lhe dão um final de boca muito longo e quase picante. Evoluiu muito bem, mantendo ainda alguma frescura e uma acidez equilibrada, tudo com um grande volume de boca. Tive a oportunidade de o provar no Adegga e fiquei praticamente viciado nele. A Kopke continua, a par de mais uma ou duas casas, a ser uma das referências nacionais ao nível de Porto Colheita. By Luis Pádua (Wine Lover)
Provei este nectar pela primeira vez numa prova cega organizado pela "Wine & Stuff" de 12 dos melhores Vinhos do Porto 20 anos. Quando coloquei este vinho à boca, as pupilas dilataram. Fiquei logo rendido à sua concentração, complexidade, o sua boca espessa de "Caramel & Nuts" e um equilibrio fantástico entre estes e o alcool, a doçura e a acidez. Este vinho de cor ambar é criado com grande mestria a partir de vários cascos, com vinho originário principalmente das Quintas dos Malvedos e do Tua, cuja média de idades são 20 anos. A família Symington, detentora dos vinhos Graham's, possui com este vinho uma das melhores relações preço/qualidade para um 20 anos. Nada melhor para beber com família e amigos, depois da consoada, junto à lareira enquanto faz frio lá fora.. By Francisco Rebello de Andrade (Vinho e Portugal)
8 excelentes escolhas para a mesa de Natal!
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