Soalheiro, dispensa apresentações. É a primeira marca de Alvarinho (a primeira vinha foi plantada em 1974) da sub-região de Monção e Melgaço e provavelmente um dos produtores com maior responsabilidade em colocar a casta Alvarinho num patamar de excelência. Outros produtores seguiram os seus passos, mas o seu lugar no podium dos grandes da sub-região mantém-se inabalável. Para além da marca Soalheiro Clássico, produz diversas referências desde coisas mais sérias como o Reserva, passando por vinhos mais leves (Allo, feito de Alvarinho e Loureiro) ou espumantes.
Mas a referência que mais gosto é, de longe, para mim, o Soalheiro Primeiras Vinhas. Este vinho é produzido com as uvas das vinhas mais antigas plantadas na propriedade (com mais de 40 anos) e pretende captar a pureza, mineralidade e fruta de qualidade do Alvarinho. Foi, portanto, com enorme prazer que tive a oportunidade de participar numa prova vertical completa de Soalheiro Primeiras Vinhas, com todos os anos em prova, ou seja de 2006 a 2016. A prova decorreu na Garrafeira A.Dega, em Famalicão, acompanhada de uns petiscos deliciosos para dar maior brilho ao evento.
Mas a referência que mais gosto é, de longe, para mim, o Soalheiro Primeiras Vinhas. Este vinho é produzido com as uvas das vinhas mais antigas plantadas na propriedade (com mais de 40 anos) e pretende captar a pureza, mineralidade e fruta de qualidade do Alvarinho. Foi, portanto, com enorme prazer que tive a oportunidade de participar numa prova vertical completa de Soalheiro Primeiras Vinhas, com todos os anos em prova, ou seja de 2006 a 2016. A prova decorreu na Garrafeira A.Dega, em Famalicão, acompanhada de uns petiscos deliciosos para dar maior brilho ao evento.
Apenas 12 "almas" sortudas puderam participar nesta prova. Foi bastante restrito mas muito animado! A prova foi conduzida do mais mais recente 2016 (colheita actualmente no mercado), para o 2006 (primeiro ano). Escusado será dizer que TODOS os anos em prova se mostraram muito bem, diria em grande forma mesmo. Alguns dos anos em prova até surpreenderam pela sua jovialidade e potência. Para mim, enquadro os vinhos no patamar de 17 a 19 valores. Todos. O que demonstra como evolui bem em garrafa. Os meus destaques vão para o 2015, com todo aquele "nervo" e tensão tão característicos de um ano perfeito como foi o ano de 2015. O Primeiras Vinhas de 2015 vai durar muitos, muitos anos. Está ainda bem jovem e até um pouco "duro", mas muito apetecível. No outro oposto, o 2008, com uma acidez e frescura notáveis. A mostrar uma jovialidade tal que em prova cega ninguém lhe daria esta idade. Tão novo... Outro vinho que adorei, o 2011, num registo de enorme finesse, tão delicado e suave, quase de veludo. talvez não tão intenso como os restantes, mas muito equilibrado e a dar enorme prazer.
Os anos 2009 e 2012, num composto entre fruta já madura mas muita acidez, a prever igualmente grande longevidade. 2010, muito mineral e o mais herbáceo em prova, mas num momento de consumo muito interessante 2013 um pouco mais doce (um ano mais quente?), 2014 talvez um pouco mais curto (o ano não foi dos melhores). 2016, muito novo naturalmente mas deu uma boa prova desde já. 2006 e 2007, os primeiros a mostrar notas realmente de evolução. Não quer dizer que sejam más, mas a querer parecer que, nesta fase, a curva da complexidade estará a ultrapassar a da frescura.
Em suma, a confirmação de que são grandes vinhos brancos, capaz de se bater com os melhores quer nacional, quer internacionalmente. Por apenas 14,90€ é possível comprar este grande vinho. O problema é conseguir guardar algumas garrafas. Obrigado ao Eduardo Branca pela oportunidade proporcionada. Pena apenas não ter estado presente o produtor Luis Cerdeira. Teria sido muito bom partilhar e trocar ideias com o contexto do produtor.
Sérgio Lopes
Os anos 2009 e 2012, num composto entre fruta já madura mas muita acidez, a prever igualmente grande longevidade. 2010, muito mineral e o mais herbáceo em prova, mas num momento de consumo muito interessante 2013 um pouco mais doce (um ano mais quente?), 2014 talvez um pouco mais curto (o ano não foi dos melhores). 2016, muito novo naturalmente mas deu uma boa prova desde já. 2006 e 2007, os primeiros a mostrar notas realmente de evolução. Não quer dizer que sejam más, mas a querer parecer que, nesta fase, a curva da complexidade estará a ultrapassar a da frescura.
Em suma, a confirmação de que são grandes vinhos brancos, capaz de se bater com os melhores quer nacional, quer internacionalmente. Por apenas 14,90€ é possível comprar este grande vinho. O problema é conseguir guardar algumas garrafas. Obrigado ao Eduardo Branca pela oportunidade proporcionada. Pena apenas não ter estado presente o produtor Luis Cerdeira. Teria sido muito bom partilhar e trocar ideias com o contexto do produtor.
Sérgio Lopes
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