Ora aí está uma bela surpresa da região de Lisboa e ainda para mais um tinto. Sendo esta uma região com uma diversidade de sub-regiões, onde procuro sobretudo brancos, é bom encontrar um tinto tão porreiro e sobretudo diferenciador. E bom!
Produzido a partir de uma vinha com mais de 50 anos, da zona de Alenquer, onde está presente maioritariamente Tinta Miúda e algum Jaen e Castelao. Estagiou em barrica usada e cubas de cimento.
O resultado é um tinto muito fresco e bem complexo com boa profundidade. Algo fechado nesta fase, com um nariz com notas vegetais em primeiro plano, especiaria, notas terrosas e fruta madura bem definida em pano de fundo. Boca de volume médio, seco, taninos firmes a puxar o lado vegetal, final longo, especiado com travo de fruta.
Deu muito gozo a beber. Para a mesa, completamente - para assados ou uma carne vermelha, dado o seu caráter vegetal. Pvp 15eur.
É o topo de gama do produtor e enólogo @franciscoamacieira cujos vinhos Barca do Inferno serão provavelmente as referências mais conhecidas.
Sérgio Lopes
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