sexta-feira, 15 de junho de 2018

Radar do Vinho: Duas Árvores

O projecto Duas Árvores foi constituído no final de 2012 por dois grandes amigos Brasileiros, José Castanheira e Luiz Oliveira. A conjugação dos seus nomes origina o nome da empresa. Em Portugal, encontraram no Douro e na Quinta da Marcela ligação perfeita para voltar a reatar com as suas origens. Situada no Vale Mendiz, perto do Pinhão, os 16 hectares da Quinta com vinhas que vão desde os 100 aos 500 metros de altitude, de vinha velha e também de vinhas novas, com castas plantadas separadamente e que vão definir o perfil dos vinhos, com o carisma e expressão própria do Terroir único da região.


O Duas Árvores Tinto 2014, tem como base as castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e uma parte de vinhas velhas. Fermentou em cuba de Inox e estagiou em barricas de carvalho francês. Trata-se de um vinho fresco, elegante mas estruturado. Sente-se o calor do terroir, mas o equilibrio entre a estrutura e acidez, torna-o um vinho muito bem conseguido. No nariz aparece fruta preta, alguma especiaria. Boca com madeira bem integrada e final longo, de pendor gastronómico. Naturalmente. PVP: 11€.


O Duas Árvores Reserva 2014 é um vinho produzido de Touriga Nacional, Touriga Franca, Roriz,  mas também Tinta Barroca, Mourisco e das Vinhas Velhas, claro. O estágio é maior, cerca de 16 meses em barricas de carvalho francês de 1º e 2º ano. É um vinho mais estruturado e potente, mas com os taninos já civilizados. De novo presença de muita fruta preta, mas uma maior profundidade aromática e complexidade. Boca com grande volume e final longo. Ainda mais gastronómico que o colheita. Para a mesa, claramente acompahando por exemplo um assado potente. Depois de decantado. PVP: 20€.

Sendo um projecto de produção reduzida, e com o objectivo de estar presente em restaurantes de alta gastronomia e garrafeiras especializadas, a Duas Árvores conta com uma distribuição personalizada e exclusiva, realizada pelo próprio enólogo assistente, Afonso Magalhães. A enologia principal está a cargo de Diogo Frey Ramos.

Há tembém um Rosé na forja, o Botas, que em breve será provado.

Sérgio Lopes

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