A casa Ramos Pinto dispensa apresentações, bem como a marca Duas Quintas, icónica marca do Douro e associada a consistência e qualidade, ano após ano. Tive a oportunidade de provar este Duas Quintas Reserva Tinto de 2000, que o Alirio trouxe para mais uma jantarada. O vinho tem algumas particularidades - uvas provenientes da Quinta da Ervamoira e da Quinta dos Bons Ares (não sei se agora continua assim), feito de Touriga Nacional (70%) e Tinta Barroca (30%), 6 meses de estágio em barrica e dois anos de repouso em cave na Quinta dos Bons Ares, tudo sinais e formas de fazer este vinho, quase como que a prepará-lo para uma digna e prolongada guarda.
E é isso mesmo que sucedeu, o vinho evoluiu e muito bem, apresentando-se 17 anos depois muito fresco, com a boca macia e ainda com bastante fruta presente, associada a notas deliciosas de evolução que lhe dão uma complexidade acrescida. Um prazer à mesa.
O Douro também é capaz disto: Fazer vinhos que desafiam a passagem do tempo. Ainda se encontra este vinho na Garrafeira Nacional. Esta garrafa veio da cave do Alirio e não da minha cave, como o título pode sugerir erradamente...
Sérgio Lopes
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