No 4.º dia do grupo (meu 2.º) fomos visitar a Herdade da Maroteira com 540 hectares, no sopé da Serra d’Ossa, a 20km a sul de Estremoz. É nesta propriedade onde se produzem os afamados Syrah Cem Reis e Mil Reis (quando a colheita é excepcional) que desaparecem a um ritmo impressionante. A enologia está desde o início do projeto com António Maçanita e apenas as uvas de qualidade superior são aproveitadas para a produção de vinho da Herdade da Maroteira, a maior parte das uvas são vendidas. Nesta visita, o nosso principal interlocutor foi o Anthony Kynaston Doody que nos levou num autêntico safari pela Quinta, pois é muito mais do que uma produtora de vinho, aliás, ocupa uma parte muito pequena da quinta e não será fácil de aumentar substancialmente devido aos inúmeros sobreiros protegidos dispersos por toda a área. Os vinhos apenas foram provados durante um almoço simples, mas muito saboroso e por isso não têm nota de prova. Todavia, devemos destacar dois vinhos que foram provados ainda antes da sua comercialização e sem rótulo:
- O Cem Reis 2015, que já estava muito bom, intenso mas elegante e com uma acidez que equilibra os 16% de álcool, factor que contribuiu para essa sensação, foi a temperatura a que foi servido, que diria ser à volta dos 15ºC, mais adequada na minha opinião do que os 17-18ºC, referidos pelo atual contra-rótulo.
- O Senhor Doutor Alvarinho 2016, que prova, que com uma viticultura/enologia cuidada, se consegue fazer bons alvarinhos em todo o país, mesmo no interior alentejano.
Duarte Silva (Wine Lover)
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