segunda-feira, 10 de abril de 2017

Arena de Baco: Zafirah e os vinhos de 1995-2000

No dia do derby Benfica - FC Porto, juntamos "the gang" (parte dele) e com o mote de provarmos o vinho Zafirah de Constantino Ramos (o enólogo de Anselmo Mendes), cada um trouxe umas coisitas mais antigas para provar às cegas. Escolhemos brancos e tintos entre os anos 1995 e 2000. Para acompanhar as provas foram sendo servidos uns petiscos muito bons, na Tasquinha do Dinis, em Vila do Conde (por trás do Outlet), onde fomos muito bem tratados!


Relativamente aos brancos, sabíamos que poderíamos estar a "esticar a corda"... brancos entre 15 a 20 anos podia correr mal. E de facto não correu muito bem. Tínhamos vinhos como o Ameal 2003, o Boição 2000, o primeiro branco da Gaivosa de 96, um Quinta da Camarate de 99, até um Palácio da Brejoeira de 2000... Risco elevado e resultado satisfatório para alguns, mau para tantos outros que já tinham passado o seu melhor momento. Excepção e honra seja feita ao Porta dos Cavaleiros de 1998, um branco que não só foi o melhor branco da prova cega, como um dos melhores vinhos em prova. Surpreendente o equilíbrio, acidez e a vivacidade. Bravo! Nada de novo para um vinho proveniente das catacumbas das Caves São João.


Quanto aos tintos, que grande prova! Começamos mal, com um Dão Garrafeira 2000 da Adega de Tazem, cheio de Brett... Que pena. Mas depois foi sempre em grande: Bacalhoa 1999, em grande forma, Quinta de Pancas 1998 Touriga Nacional, ambos monocastas e a mostrar que nem só de Baga rezam os grandes vinhos feitos em Portugal. Claro que os Baga também estiveram excelentes, como o Casa de Saima 2000, um colheita, sim um colheita em belo momento e o grande vencedor da noite Valdarcos Reserva 1999, um grande grande Bairrada, com os taninos sedosos e toda aquela complexidade que um vinho antigo aporta.



No final ainda se abriu um Alfrocheiro Preto de 1994 da Quinta dos Carvalhais, também ele num ponto excelente e um Colares de 1990

O Zafirah foi sendo bebido antes do jogo, no intervalo do jogo e após o jogo, quer como acompanhamento das diversas iguarias servidas, quer como corta sabores. Um verdadeiro todo o terreno!

fotos cortesia de Marco Lourenço (Cegos por Provas)

Sérgio Lopes

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