A Quinta da Capela, localizada em Marvão, Loureiro, Peso da Régua, está na família Monteiro Pinto há mais de 70 anos. José Carlos Pinto, 4ª geração, decidiu avançar com o projeto de vinhos nos últimos 20 anos. São 10 hectares de vinha sob a marca MorValley, com enologia do próprio José Carlos Pinto, com a colaboração do enólogo Luís Rodrigues.
A marca Vallis Dulcis é a gama de entrada do projeto. São vinhos que não sofrem qualquer estágio em barrica e cujas uvas são provenientes também de produtores criteriosamente selecionados. São vinhos muito frescos e com uma enorme facilidade de prova, todos eles, pautando-se por uma excelente relação qualidade preço. Valem bem a pena, a um PVP recomendado de 7,5€ cada.
O Morvalley Reserva Branco 2017 foi provavelmente o meu preferido de todos os vinhos provados, com belas notas florais e citrinas, num fundo de barrica bem integrada a dar complexidade ao conjunto e alguma untuosidade de boca. Um branco bem gastronómico, para quem gostar de um perfil com um pouquinho de madeira, sem aborrecer. O Morvalley Reserva Tinto 2015, segue a mesma receita do branco, com um pouquinho de madeira a amparar a fruta vermelha bem característica Duriense. Boca com taninos macios e uma boa acidez a conferir aptidão para a mesa. Ambos os reserva a um PVP Recomendado de 9,5€.
O Morvalley Touriga Nacional 2015 foi provavelmente o meu preferido dos tintos provados. Mostrou-se bastante complexo, cheio de fruta madura, algumas notas florais e um lado balsãmico, muito porreiro. Na boca é denso e com taninos vivos, de novo, optimo para a mesa. PVP 17,5€.
Finalmente, os Grande Reserva. O Morvalley Grande Reserva Branco 2017 estagia 9 meses em barrica de carvalho francês. É um branco muito delicado, amanteigado e cremoso, num perfil onde a madeira nesta fase está ainda um pouco a sobrepor-se , apesar da boa acidez que equilibra o conjunto. Um belo branco duriense. O MOrvalley Grande Reserva Tinto 2015 estagia 11 meses em barricas de carvalho francês e americano. Não sou propriamente fã do Carvalho americano que marca sempre um pouco o vinho., tornando-o mais "doce", o que é caso, Contudo é um tinto muito complexo, com fruta, especiarias e algum abaunilhado que precisa de comida para brilhar. Um tinto focado um pouco na madeira que beneficiará de mais uns anos em garrafa provavelmente. PVP: 37,95€
Em suma, um projecto em ascensão com vinhos muito apelativos. Na minha opinião pessoal, apenas moderava um pouco mas o uso da madeira, sobretudo nos Grande Reserva. Mas é apenas a minha opinião pessoal...
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Sérgio Lopes
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