Deste projeto novo, localizado em Celorico de Basto , na região dos Vinhos Verdes, com enologia de Constantino Ramos (Anselmo Mendes, Zafirah, Afluente), nascem as marcas Fonte da Cobra (vinhos brancos colheita e Alvarinho) e Turra (tinto). A marca Turra foi a primeira a surgir em homenagem ao animal de estimação que tem acompanhado o projeto desde o início. Entretanto a cadelinha Turra faleceu e os proprietários decidiram doar os valores das garrafas estampando o simbolismo da acção numa raspadinha por cima da letra "A" indicando o valor da doação de forma subtil, homenageando assim a companheira Turra. Gesto bonito, ainda para com a doação ta ser efetuada para a associação Midas, uma associação sem fins lucrativos que alberga e cuida de animais abandonados, sobretudo cães.
Quanto ao vinho Turra Tinto 2018 é de facto fora do baralho. 100% produzido da casta Vinhão é a antítese daquilo que estamos habituados a provar neste tipo de vinho. A começar pela cor muito menos carregada do que o habitual nos verdes tintos, aliás bem discreta até. O nariz apresenta uma fruta fresca bonita, tipo morango ou cereja e apenas com o passar do tempo de copo para copo vai timidamente se aproximando dos aromas típicos da casta, de fruta vermelha mais intensa e próxima do lagar. Mas sem nunca chegar profundamente aos aromas típicos do vinhão. Na boca não esperem aspereza ou dureza, daqueles taninos de "arrancar pelos do peito" e "pintar malgas" dos verdes tintos. Nada disso, são taninos bem redondos, mas firmes e elegantes., numa boca fresca e de final médio. Um vinho sui generis, muito "giro" e de agradável consumo, para a mesa. PVP: 6,5€. Garrafeiras.
Sérgio Lopes
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