O Vinho da Ordem era feito com uma mistura de castas brancas e tintas previamente definida na altura de plantação da vinha, há muitas décadas atrás, segundo tradições seculares que foram passando de geração em geração. As uvas são vinificadas com curtimenta de modo que o vinho final fique clarete, que na Idade Média era conhecido por vinho vermelho e tinha um profundo significado religioso, dado ter a cor do “sangue de Cristo”. É na aldeia de Valhelhas situada no coração da Região da Beira Interior que se procura replicar este conceito. Depois de provadas as colheitas de 2016 AQUI, eis que chega ao nosso copo o Vinha da Ordem Tinto 2017.
Com intervenção minimalista e pouquíssima adição de sulfuroso, é feito a partir da mistura de castas tintas do antigamente, tais como Rufete, Jaen, Bastardinho, Marouco, entre outras. Em relação à edição anterior, de 2016 considero que o vinho está mais ligado, ou seja, mais polido, mas por outro lado, perde um pouco a tipicidade da Beira, apresentando-se mais redondo e tendo sido um ano quente, isso sente-se no vinho. Atenção que o vinho tem frescura, mas o volume e o terroir quente denunciam o ano 2017. Continua a ser um belo vinho, para a mesa e que dá muito gozo a beber, nunca caindo no erro da extração em demasia ou sobre maturação. Apenas está menos rústico e mais volumoso. PVP: 19€. Garrafeiras.
Sérgio Lopes
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