A região dos vinhos verdes cada vez se posiciona mais na linha da frente no que concerne à qualidade e frescura dos seus vinhos, independente da sub-região de onde os mesmos provêm. A Casa Santa Eulália, fundada no séc. XVII, situa-se em Atei, no Concelho de Mondim de Basto, constituída por 38 hectares de vinha, de solos graníticos, entretanto recuperada. Produz as marcas Plainas e Casa de Santa Eulália, esta última com brancos monocasta (Alvarinho, Avesso e Sauvignon Blanc).
Tanto o Alvarinho como o Avesso, ambos de 2018, que tivemos oportunidade de provar são muito frescos e cheios de tensão, devido sobretudo à região e aos solos graníticos. O Casa de Santa Eulália Superior Alvarinho apresenta um lado citrino muito bonito, delicado, quase a fazer lembrar laranja pouco madura ou tangerina e uma boca deliciosamente fresca, elegante e crocante. Gostei muito pois apresenta o lado citrino da casta que se encontra em Monção & Melgaço, mas aqui digamos que um citrino diferente, mais para o lado da tangerina. Depois é muitíssimo equilibrado e dá muito prazer a beber. Boa. O Casa de Santa Eulália Superior Avesso é mais austero, tem também um lado limonado e citrino, mas mais de lima e toranja. È mais ácido e por isso menos direto que o alvarinho. Mais difícil na prova, pelo menos nesta fase. Um avesso a mostrar como a casta pode aportar vinhos cheios de tensão e carácter, a necessitar de tempo em garrafa para acalmar a sua acidez demasiado vibrante agora. Dois belíssimos vinhos para o Verão, curiosamente bebidos nas minhas férias, no inicio e final das mesmas, respetivamente. Enologia por Anselmo Mendes, who else? PVP:8€. Garrafeiras.
Sérgio Lopes
Sérgio Lopes
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