terça-feira, 26 de dezembro de 2017

4 azeites na "ressaca" deste Natal, para entrar em 2018

O nosso país tem uma profunda ligação com o mundo vínico, no entanto não é menos verdade que terá outra, igualmente umbilical, com o a cultura do azeite. Pena é que seja quase encarado como o pé esquerdo da gastronomia nacional. A minha escolha focar-se-á apenas em azeites denominados “Virgem Extra” e provenientes de denominações de origem protegida (DOP). Escolhi apenas referências “Virgem Extra” porque representam o degrau cimeiro na qualidade de azeite e na qual não há exemplares com defeitos sensoriais. Quanto à escolha de exemplares apenas de DOP está relacionada com a segurança proporcionada pela certificação independente por uma entidade. Só assim fica assegurada a qualidade de um produto com características próprias resultantes de fatores que só ocorrem em determinada geografia.


O Alentejo é responsável por quase dois terços da totalidade da produção nacional e a DOP Azeite de Moura apresenta alguns dos melhores representantes daquele “terroir”. Desta forma escolho o Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos – DOP Azeite Virgem Extra. É um azeite elegante, doce mas com final amargo que ligará bem com as escolhas menos pesadas desta quadra. Finalmente, escolho um azeite de uma DOP mundialmente inconfundível que rima com notas verdes, amargos e picantes: Trás-os-Montes. O azeite escolhido é o Casa de Santo Amaro Azeite Virgem-Extra Prestige DOP Trás-os-Montes. Um ilustre representante de uma casa agrícola com cerca de 300 anos de história, que se revela inicialmente doce mas que evoluirá para os amargos e picantes muito persistentes. Um azeite que ligará muito bem com a tradicional carne de forno do dia de Natal. By Paulo Pimenta

O mundo dos azeites é novo para mim, mas creio ser uma curiosidade natural para quem prova vinho, pois à medida que vamos aprimorando o nosso palato, vamos também retirando mais prazer de um bom azeite. Acresce o facto de o meu estômago ser particularmente sensível à acidez do azeite, pelo que se esta for elevada, naturalmente é rejeitado. Por isso selecciono dois azeites para esta quadra festiva, por um lado o Oliveira Ramos Premium, um azeite do Alentejo, do produtor J. Portugal ramos, que é consumido regularmente cá em casa, suave, que não "marca" a comida, mas ajuda a potenciar os seus sabores naturais. Por outro lado, o Quinta Poço do Lobo, um azeite produzido nas Caves São João, da Bairrada, apenas na 2ª edição. Com menos de 0,1 de acidez, é fino, um pouco doce e muito muito prazeroso. Com classe. Adorei e até com um bom pão, este azeite foi deliciosamente consumido. muito bem! By Sérgio Lopes


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