Na Idade Média, os alquimistas reuniam várias ciências e crenças na tentativa de encontrar a Pedra Filosofal e o Elixir da Vida Eterna. Tudo nos leva a crer que nunca tenham conseguido transformar ferro em ouro ou criado o néctar que lhes trouxesse a eternidade. O certo é que na Bairrada há quem consiga transformar uma casta mineral em ouro e proporcionar-nos momentos que, não nos trazendo a imortalidade, serão, certamente, eternos.
POÇO DO LOBO ARINTO COLHEITA DE 1995 é um daqueles vinhos que merecem que conversemos com eles demoradamente, prestando atenção à sua evolução logo que começa a respirar. Observando os seus tons dourados somos levados a sorrir. Levando-o lentamente ao nariz percebemos a sua originalidade e identidade tão própria, num vinho com o qual não nos cruzamos diariamente. Por fim, colocamo-lo na boca e apreciamos a sua elegância, complexidade e acidez viva.
Há uns anos, Fátima Flores, em conversa com Sarah Ahmed, dizia que beber vinhos velhos era como "driving an old Cadillac". Não queiramos bebê-lo com pressas. Basta abrir-lhe o tejadilho e apreciar todos os prazeres que ele já traz consigo.
*PVP: 9,00 €, nas Caves São João.
Miguel Ferreira (A Lei do Vinho)
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