Bojador é um projecto pessoal de Pedro Ribeiro (Herdade do Rocim) que materializa um sonho antigo - transformar em vinho a ligação que tem ao Alentejo. Começou a dar os primeiros passos em 2010, tendo seleccionado a Vidigueira para o fazer, com o objetivo de produzir vinhos que transportem a alma do Baixo Alentejo, desenhados a partir de vinhas velhas seleccionadas e acompanhadas ao pormenor. Do portfolio constam as seguintes referências: Bojador Colheita Branco, Tinto e Rosé; Bojador Tinto Reserva, Bojador Espumante Brut, Bojador Vinho de Talha Branco, e Bojador Vinho de Talha Tinto. Os vinhos de talha têm tido um protagonismo mais evidente neste projecto embora representem apenas 10% do volume produzido. É um projecto e uma marca muito focada nos mercados externos mas começa agora também a ter alguma expressão no mercado português.
Provamos os colheita, todos de 2018. O Bojador Branco 2018 é produzido das castas Antão Vaz (50%), Arinto (30%) e Alvarinho (20%), resultando esta combinação de castas num conjunto, muito equilibrado, frutado na medida certa e com final muito refrescante. Um branco com apenas 12,5º de alccol e uma acidez bem interessante para um Alentejano. Gostei particularmente! O Bojador Rosé 2018 é feito de Aragonez (55%) e Touriga Nacional (45%). Mostra-se com uma cor rosa pálida, num conjunto muito suave e delicado, com fruta fresca vermelha. Um rosé para entradas, num registo contido, seco e algo mineral. De novo, apenas 12,5º de alcool. O Bojador Tinto 2018 é produzido de Aragonez (50%), Touriga Nacional (30%) e Trincadeira (20%). Estagia 6 meses em barrica usada de carvalho francês. Apresenta uma fruta preta e vermelha muito bonita, exuberante e apelativa que apetece beber, logo quando encostamos o nariz. Na boca é fresco, com taninos macios e corpo médio, terminando focado na fruta, cheio de sabor. Muito bem.
Pela prova dos colheita, que surpreenderam, como serão as restantes referências da casa... PVP:7€. Garrafeiras.
Sérgio Lopes
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