Apesar da crise, de jogar a selecção nacional de futebol, de eu ter sofrido alterações profundas a nível profissional e do anúncio de novas medidas de austeridade, nada como provar bom vinho rodeado de amigos... Foi isso que fizemos este fim-de-semana, onde nos deslocamos a Nelas para a 21ª edição da feira do vinho do Dão. Estreia absoluta para nós, pois por diversos motivos nunca nos tinha sido possível comparecer anteriormente.
O objectivo da feira, que decorre no Largo do Município, é o de promover os vinhos do Dão. Para o efeito, a C.M. Nelas apoia os produtores que pretendem montar o seu estaminé e dar os seus vinhos a provar a um público alargado, disponibilizando-o ainda a preços mais atractivos.
È realmente uma mostra significativa do que se produz no Dão, embora não tivessem comparecido produtores como a Quinta da Falorca, Casa de Passarella, Quinta do Escudial, ou Barão de Nelas e casa Aranda. Mas estiveram presentes, entre outros, os colossos Dão Sul, Borges e Sogrape, e por exemplo, Júlia Kemper, Pedra Cancela, Álvaro de Castro ou Fontes da Cunha (Quinta do Mondego).
Era impossível provar tudo... É verdade que também já conhecíamos muita coisa, sobretudo ( e graças a) com a enologia de António Narciso e foi por isso natural que acabamos por privar com os produtores a ele ligados: A simpática Raquel (que finalmente tivemos o prazer de conhecer), da Quinta Mendes Pereira e que tínhamos visitado aqui; Sir Eurico Amaral, da Quinta da Fata, visitada aqui; Peter Eckert da Quinta das Marias, visitada aqui, ou Christelle e Casimir da Silva, da Quinta Fonte do Gonçalvinho, visitada aqui. Quanto a estes dois últimos amigos, acho que acampamos à entrada do seu stand a deliciar-nos com o Inconnu...! Impossível resistir!
Destaco igualmente o excelente trabalho de dois Independente Winegrowers, nomeadamente Quinta dos Roques / Maias e Casa de Cello, com uma consistência e qualidade notáveis!
O balanço foi extremamente positivo. Houve bom vinho, calor e chuva com trovoada, mas estranhamente provamos muito pouco. Ao invés, socializamos muito mais.
Notas finais:
1. Os nossos agradecimentos a Eurico Amaral que tinha a casa cheia (leia-se Quinta da Fata) e providenciou-nos alojamento, num solar da família, de elevada qualidade. Trata-se do Solar Ponces de Carvalho, uma casa senhorial, com 4 quartos apenas, mas com todo o luxo e tranqulidade. Mais informações AQUI.
2. Tivemos também a oportunidade de participar na inauguração de mais uma colaboração de António Narciso: Caminhos Cruzados, projecto que recupera uma adega de Nelas, produzindo vinhos com as castas das regiões, Rosé, Branco e Tinto, com a referência "Titular". Boa sorte para mais este projecto assessorado pelo Narciso.
Sérgio Lopes
Temos pena que só tenha falado no vinho dos amigos,haveria concerteza na feira grandes vinhos que merecem comentário.
ResponderEliminarCaro "anónimo", como referi acima, não consegui provar tudo, e aliás muita coisa ficou por provar... Tenho a certeza que existem outros vinhos (muitos) que mereceriam o nosso comentário, mas como referi, tal não foi possível. No entanto, este blogue preza pela isenção e apenas existe pelo puro prazer de provar e divulgar o bom vinho português. Assim, se o entender, teremos todo o gosto em que nos remeta amostras dos vossos vinhos, para terem o destaque devido.
ResponderEliminarFico a aguardar a sua resposta, na expectativa de na mesma constar a identificação do remetente.
Cumprimentos,
Sérgio Lopes