
Durante esse período sentiu o potencial por explorar que existia na família, mais de 10hA de vinha (grande parte com mais de 40 anos), o know how. o domínio das práticas culturais, o terroir, etc. O que faltaria então para tornar tudo mais estimulante? Um projeto diferente, um projeto Sem Igual... Tendo por base o grande desafio de mostrar a versatilidade de castas autóctones da região dos Vinhos Verdes (Amarante), tentando sempre contornar o preconceito de vinho barato. Assim com as castas Arinto (Pedernã, como é chamado na região) e Azal, surge o Sem Igual 2012, com apenas 600 garrafas produzidas, que se tornou de imediato uma referência de nicho em restauração e garrafeiras de referência na cidade do Porto,
A génese está no Arinto a contribuir com o corpo e estrutura, e o Azal com a elegância e o nervo. Claro está, sem a utilização de barricas, pelo menos para já. Tinha nascido o projecto 100 igual. Mais tarde o Sem igual 2012 é considerado um dos Melhores de Portugal, no ano 2014 pela revista de vinhos, tal como o Sem Igual 2014 que obteve a mesma distinção pela revista de vinhos, em 2016. Uma das colheitas mais promissoras, tudo indica a melhor é o Sem Igual 2015, ainda muito jovem mas apresentando-se já com uma prova muito interessante. Foram engarrafadas 3500 garrafas de 0,75l e 150 Magnuns. Entre 2011 e 2016, foram instalados mais cerca de 10hA de vinha, portanto é um projeto que tem margem para crescer.

São vinhos da região dos vinhos verdes mas que na verdade são grandes vinhos brancos: a linha condutora ou perfil é o de pouca exuberância, bastante acidez, e muito secos. Depois estrutura e complexidade vêm com uns meses/anos de garrafa. A descobrir.
Como nota final, o projecto 100 igual insere-se no grupo Vinho Verde Young Projects, um grupo de produtores que se uniram na promoção da região e da qual fazem parte também os projectos Vale dos Ares, Quinta de Santiago e Cazas Novas.
Sérgio Lopes
Vê lá se me guardas algumas para uma prova vertical mon ami! Abração
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