quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Em prova: Almeida Garrett Espumante Super Reserva Bruto Natural 2014


O projeto Almeida Garret é proveniente de Tortosendo, Covilhã e são pioneiros na aposta em Chardonnay, com vinhas com mais de 35 anos. Se os brancos produzidos desta casta já nos tinham deixado impressionados AQUI, o espumante também não ficou atrás! Antes pelo contrário. O Almeida Garrett Espumante Super Reserva 2014 é um bruto natural (sem adição de açúcar), feito 100% da uva Chardonnay. 

A fermentação em barricas de carvalho francês e os 36 meses em garrafa resultam num conjunto complexo e fino. Aroma a panificação e notas amanteigadas, com maçã madura. Boca com mousse delicada, bolha finíssima, apontamentos de brioche e frutos secos, amparados de novo pelas notas manateigadas da casta chardonnay. Final muito refrescante e longo. 

Um espumante com classe ao bom estilo champanhês, proveniente da... Beira Interior. Muito bem! PVP: 20€. Garrafeiras.

Sérgio Lopes

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Novidade: Madre de Água Vinhas Velhas Tinto 2016

A Quinta e Hotel Rural Madre de Água situam-se em Vinhó, Gouveia em plena Serra da Estrela, um projeto recente, iniciado em 2008, com abertura do Hotel em Janeiro de 2013 que pretende reavivar as artes e tradições da região.
Os vinhos são por isso também recentes e contam com a enologia de Paulo Nunes (Casa da Passarela, Casa de Saima) que tem feito um trabalho notável também em Madre de Água, projetando os seus vinhos para a ribalta.

Da gama completa falaremos num outro texto, pois hoje venho destacar a mais recente "estrela da companhia", o Madre de Água Vinhas Velhas Tinto 2016.

Proveniente de uma vinha com 50 anos, é naturalmente um blend de castas entre as quais se destacam por exemplo a Tinta-Pinheira, Jaen ou Baga... entre outras. É vinificado em lagar de granito, com engaço parcial e estagia em barrica usada por um ano.

Esta conjugação de castas muito frescas de uma vinha velha e a passagem comedida por madeira usada, resultam num vinho muito elegante e distinto, bem ao jeito de Paulo Nunes. Aqui temos claramente assinatura do enólogo.

Muito focado na fruta vermelha fresca, com alguns apontamentos florais e especiados, impressiona pelo equilibrio e finesse de boca, com uma fruta muito suculenta. Taninos macios, mas firmes, meio corpo, belíssima acidez seca e final longo e guloso. Altamente versátil à mesa. Uma grande surpresa! PVP: 13,5€. Garrafeiras.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Em Prova: Gouvyas Clarete Seco 2016

Clarete é um tipo de vinho que costuma ser considerado um vinho ligeiro. Tradicionalmente era um produto da fermentação de uvas tintas de pele mais escura com uvas tintas de pele mais clara (blend de Bordéus), mas hoje em dia há quem adicione uma percentagem de uvas brancas para aligeirar a cor e tornar o vinho mais macio, criando na verdade um palhete, mas designando-o na mesma como Clarete. 

É o caso deste Gouvyas Clarete Seco de 2016 da dupla Luis Soares Duarte / João Roseira (este último, o homem por trás do evento simplesmente... Vinho!) que contém 55% de uvas tintas e 45% de uvas brancas, do Douro, co-fermentadas em conjunto, com passagem apenas por  Inox.

Apesar de pertencer aos "tintos", a cor é muito aberta devido à elevada percentagem de uvas brancas no blend. É um vinho deliciosamente perfumado, cheio de fruta fresca vermelha (cereja, framboesa). Na boca, apresenta pouca extração, ou seja, com corpo ligeiro, mas muita frecsura e a tal fruta sumarenta a dar muita graça a todo o conjunto. Leve, mas sem ser em demasia, até com alguma "gordura" de boca, tem um final médio e pouco alcool como é apanágio neste tipo de vinhos  - 12º, o que faz com que o liquido na garrafa desapareça rapidamente. Trata-se de uma produção pequena e dificl de encontrar. Mas eu vou tentar arranjar mais, até porque com o calor a aproximar-se, é para ter umas caixitas deste vinho! PVP: 14€. Disponibilidade: Garrafeiras.

Sérgio Lopes

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Radar do Vinho: Titan of Douro

Luis Leocádio é um jovem e talentoso enólogo cuja notoriedade se começou a mostrar sobretudo no excelente trabalho desenvolvido na Quinta do Cardo, onde conseguiu colocar a Beira Interior com o merecido destaque, desenhando um conjunto de vinhos surpreendentes e de extrema qualidade. E diferenciadores. Adicionalmente Luis atua também como consultor em vários projetos (Quinta do Estanho, Quinta da Cuca, entre outros) onde o seu cunho pessoal qualitativo é evidente por onde passa, sempre respeitando as particularidades do terroir.
Recentemente, decidiu lançar o seu projecto pessoal intitulado Titan of Douro, em homenagem ao seu fiel cão, cuja imagem se encontra bem marcada sobretudo nos vinhos colheita do projecto. A ideia por trás do mesmo foi desde o início o foco pela procura de vinhas velhas nos lugares mais genuínos e menos explorados no Douro, onde existissem novas histórias para contar em forma de vinho. O local escolhido foi o Sopé da Serra do Reboredo (1.000 mts Alt), em Paredes da Beira, no ponto a maior altitude do Douro. Rodeada com abundância de afloramentos graníticos, a zona tem solos de granito areno entremeados por filões de quartzo, altitude entre 700 - 1.000 mts, encontra-se nas encostas do Rio Távora e possui um invejável património de vinhas centenárias, intocáveis ao longo do tempo e mantidas pelas mãos curtidas de anos de trabalho duro durante gerações. Resultam por isso vinhos de grande frescura, caracter e identidade!
Para além dos Titan colheita tinto e branco (PVP 9,90€), muito equilibrados e agradáveis, o projeto contempla os  singulares Vale dos Mil Single Vineyard Branco e Tinto (PVP 29€), provenientes de uma vinha muito velha e ainda um tinto fermentado e estagiado parcialmente em ânfora de barro, o Titan of Douro Estágio em Barro (PVP 35€). 

O Vale dos Mil Single Vineyard Branco 2016 é feito de vinhas velhas, logo, com uma enorme diversidade de castas brancas do antigamente. Essa diversidade (mais de 30 castas diferentes), a altitude e maturidade de uma vinha tão velha aportam a este vinho uma potencia contida invejável. Complexo, intenso, profundo, fresco e vibrante, dá já uma grande prova, mas crescerá muito em garrafa. A boca é untuosa, sem que a madeira se note, resultando num conjunto elegante e harmonioso. Notas citrinas e minerais complementam um vinho riquíssimo aromaticamente e que deve ser bebido com muito atenção. Termina longo. Um grande branco. Para a mesa. 1600 garrafas produzidas.

O Vale dos Mil Single Vineyard Tinto 2016 provém de uma vinha com mais de 180 anos, plantada em pé franco. Pisado em lagares, foi feito para respeitar os grandes tintos clássicos durienses, mas com o polimento característico que Luis Leocádio imprime nos seus vinhos. Muito complexo, cheio de fruta vermelha, alguma especiaria, um lado balsãmico a conferir enorme frescura. Na boca é potente, com taninos firmes mas macios. Aqui não há espaço para extrações. Termina longo e muito fresco. Um digno exemplar de um vinhas velhas duriense de altitude! 1000 garrafas produzidas.


Finalmente, o Titan of Douro Estágio em Barro 2016, elaborado com uma variedade de castas de uma parcela da vinha centenária. Pisadas em lagar de pedra onde decorre dois terços da fermentação, sendo que o último terço fermenta e estagia em pequenas talhas de barro, por 16 meses. O resultado é um vinho sui-generis, super fresco e puro. O que perde em potência e corpo para o Vale dos Mil ganha em elegância, mantendo uma invejável complexidade. Eu achei-o delicioso e acompanhou de forma brilhante um risotto de cogumelos selvagens. Um daqueles vinhos que se bebe com muito prazer. Talvez o menos consensual do projeto, mas seguramente o mais diferenciador. Apenas 890 garrafas produzidas.

Um projecto de vigneron, de terroir e de paixão que mostra a (primeira) aventura a solo de Luis Leocádio, distinguido enólogo revelação do ano by revista de vinhos!

Sérgio Lopes

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Em Prova: Lés-A-Lés Sério de Siria 2016


O projecto “Lés-a-lés” nasce da vontade dos enólogos Rui Lopes e Jorge Rosa Santos em recuperar castas antigas e estilos de vinhos quase extintos em Portugal. O resultado é uma coleção de vinhos exclusivos de edição limitada.

“Lés-a-lés” é uma expressão portuguesa que significa “de uma extremidade à outra”, já que esta marca representa mais de 10 anos de viagens a percorrer Portugal, em busca de regiões apaixonantes e castas esquecidas. Cada vinho é por isso uma viagem, cada rótulo um bilhete para a descoberta dum património esquecido.

O Lés-a-Lés Sério de Siria é feito 100% da casta Siria, de vinhas a 650m de altitude, da Beira Interior. 

As barricas utilizadas são neutras e velhas o que não marcam nada o vinho. O resultado é um vinho  muito fresco, mineral, elegante, untuoso qb e cheio de personalidade. Gostei muito, de novo como é apanágio neste projeto, do equilibrio e prazer que dá a beber. A par do Quinta do Cardo Reserva Siria, talvez dos melhores da região. Ainda gosteium pouco mais deste pela elegância e pureza. PVP: 14,90€. Disponibilidade: Garrafeiras Seleccionadas.

Sérgio Lopes

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Em prova: Lés-a-Lés Arinto de Pedra e Cal 2016

O projecto “Lés-a-lés” nasce da vontade dos enólogos Rui Lopes e Jorge Rosa Santos em recuperar castas antigas e estilos de vinhos quase extintos em Portugal. O resultado é uma coleção de vinhos exclusivos de edição limitada.

“Lés-a-lés” é uma expressão portuguesa que significa “de uma extremidade à outra”, já que esta marca representa mais de 10 anos de viagens a percorrer Portugal, em busca de regiões apaixonantes e castas esquecidas. Cada vinho é por isso uma viagem, cada rótulo um bilhete para a descoberta dum património esquecido.

O Lés-a-Lés Arinto de Pedra e Cal é feito 100% de Arinto, de Bucelas, de uma vinha com mais de 80 anos. 

Bucelas, às portas de Lisboa, é o "terroir" de eleição da uva Arinto. Quase que se pode afirmar que não é possivel fazer maus brancos de Arinto nesta sub-região, da mesma forma, que em Monção-Melgaço, não há como fazer um mau branco de Alvarinho. Só mesmo, quem estragar...

Agora fazer um vinho que se destaque, isso já é outra coisa. E é o que acontece neste vinho cujo nome remete também para os solos calcários de região. A vinha velha e o ano de estágio em barrica, seguido de mais um ano em garrafa, resulta num vinho de aroma contido, com as notas citrinas tipicas do Arinto, muito bonitas e puras, em primeiro plano e algumas notas minerais à mistura. A boca é equilibrada, com a madeira perfeitamente integrada, aportando um volume de boca perfeito, e muito elegante. Termina longo e com a acidez tipica da casta em solo calcário, a conferir uma enorme frescura e muito gozo a beber. Vai crescer em gararfa. Um belíssimo exemplar do que a sub-região de Bucelas é capaz de apresentar utilizando a casta rainha Arinto. Muito bem. PVP: 14,90€. Disponibilidade: Garrafeiras.


Sérgio Lopes

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Em Prova: Lés-a-Lés L'Immigrant Sauvignon Blanc 2017

O projecto “Lés-a-lés” nasce da vontade dos enólogos Rui Lopes e Jorge Rosa Santos em recuperar castas antigas e estilos de vinhos quase extintos em Portugal. O resultado é uma coleção de vinhos exclusivos de edição limitada.

“Lés-a-lés” é uma expressão portuguesa que significa “de uma extremidade à outra”, já que esta marca representa mais de 10 anos de viagens a percorrer Portugal, em busca de regiões apaixonantes e castas esquecidas. Cada vinho é por isso uma viagem, cada rótulo um bilhete para a descoberta dum património esquecido.

O Lés-a-Lés L'immigrant 2017 é 100% Sauvignon Blanc, uma casta imigrante como muitos dos portugueses que emigraram pelo mundo fora. 

O nariz do vinho é muito cativante~e complexo, com notas tropicais leves, espargos, pendor mineral e muita frescura e salinidade. Sempre contido. Na boca, confirma-se a salinidade e o caracter fresco, do Sauvignon Blanc plantado em Lisboa e da sua proximidade maríritma. . A barrica utilizada mostra-se muitissimo bem integrada, conferindo apenas volume e alguma untuosidade.  Termina longo e sempre em crescendo. 

Adorei, pois não apresenta os excessos aromáticos que a casta pode aportar sobretudo no Novo Mundo. Pelo contrário, o vinho é complexo o suficiente para se destacar, sobretudo por se tratar de um Sauvignon Blanc "tuga" e mostra-se muitíssimo equilibardo e a dar grande prazer. Muito bem. PVP: 14,90€. Disponibilidade: Garrafeiras.

Sérgio Lopes

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Em Prova: Chapeleiro

Originário de Marco de Canaveses, o projeto Chapeleiro nasce de forma descomprometida em 2007 com a plantação da primeira vinha. Inicialmente tudo se tratou de reestruturar património rural, não havendo tradição familiar na vinha, nem no vinho. Começaram por plantar um pouco de tudo: Azal, Trajadura, Fernão Pires e Alvarinho. Mas o Chapeleiro plantou em 90% da área disponível Arinto e Loureiro, tudo num patamar com pouco mais do que meio hectare. Hoje há mais área de vinha com Avesso, e também mais duas parcelas de Loureiro. Por trás deste jovem projeto está Carlos Gabriel Fernandes que foi buscar o nome do vinho ao Avô Belmiro, conhecido como “Chapeleiro”. A enologia está a cargo de António Sousa.

Neste momento existem dois vinhos no mercado, o Chapeleiro Arinto-Loureiro 2017 (5€), um vinho fresco, com notas tropicais, um pouco de gás, ainda que não em demasia e algum açúcar residual, num perfil que ainda representa a região e que é extremamente comercial; E o Chapeleiro Reserva 2016 (14€), feito de Avesso (70%) e Alvarinho (30%) e com um ano de estágio em barrica nova de carvalho francês. Este perfil é mais sério e mais do meu agrado, num vinho de aroma contido, com a barrica ainda em primeiro plano, mas já muito mais integrada. A boca tem untuosidade, frescura e termina longo e bom companheiro à mesa. Abri pela altura das festividades de fim-de-ano e acompanhou um bacalhau na perfeição. Vai crescer ainda em garrafa. Apenas 650 garrafas produzidas, numa experiência que tem pernas para continuar. Aiás, espera-se um ano cheio de novidades com o lançamento de um 100% avesso, entre outars surpresas...

Sérgio Lopes

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Em Prova: Identidade AM Edição Limitada Tinto 2017

Os vinhos "Identidade" são vinhos de boutique criados pelo Sommelier Pedro Martin, inspirados no carácter dos seus dois filhos. 

O Identidade AM Edição Limitada Tinto 2017, "partiu do carácter intenso, aguerrido e doce do seu filho António Martin". 

São 1300 garrafas de um vinho feito na Magnum Wines de Carlos Lucas, no Dão, composto por 50% Touriga Nacional, Tinta Roriz 20%, Alfrocheiro 20% e Jaen 10%.

O blend típico do Dão mostra um vinho repleto de fruta fresca, algum toque floral, e leve especiaria. Todo o conjunto transpira jovialidade e frrescura. 

A boca é macia, o corpo é médio e o final sumarento e focado na fruta. Sempre com a frescura em pano de fundo e uma certa contenção a mostrar que o tempo de garrafa lhe vai fazer bem. Excelente companheiro à mesa. 

Mais um vinho desenhado para se beber com prazer. 

Menos impactante que o irmão branco (Identidade OM), mas muito prazeroso e um digno exemplar da região, onde frescura e jovialidade imperam. 

PVP: 13,50€. Dipsonibilidade: Martin Boutique Wines.

Sérgio Lopes

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Em Prova: Identidade OM Grande Reserva Branco 2017


Os vinhos "Identidade" são vinhos de boutique criados pelo Sommelier Pedro Martin, inspirados no carácter dos seus dois filhos. O Identidade OM Grande Reserva Branco 2017 é em homenagem ao seu filho Oliver Martin e reflecte a sua personalidade -  "sorriso fácil e longevidade". É uma edição muito limtada de apenas 1000 garrafas de um lote de 85% Arinto e o restante Chardonnay, de solos argilo-calcários, feito na Quinta do Poço do Lobo, na Bairrada. 

Trata-se de um vinho de aroma contido, com nuances citrinas, mas com uma boca vibrante, onde as notas calcárias e de maresia são evidentes. A boca tem volume, é fresca, crocante e com um final longo. E com apenas 11º de alcool e pendor gastronómico. Um vinho desenhado para se gostar de beber. Um vinho de sommelier? Pois, adorei. E logo na sua primeira edição, com selo de Grande reserva. Muito bem.  PVP: 15€. Disponibilidade: Martin Boutique Wine

Sérgio Lopes

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Em Prova: Quinta do Todão

A Quinta do Todão situa-se em frente à localidade de Gouvinhas, na sub-região do Cima Corgo. Trata-se de uma quinta histórica, com referências seculares no vinho do Porto. A sua área de vinha estende-se por 50 hectares, tendo sido uma grande parte reconvertida sob a orientação da equipa de viticultura da Quinta do Crasto. Durante muitos anos as uvas eram vendidas às casas clássicas do Vinho do Porto, mas mais recentemente decidiram produzir o seu próprio vinho, o que tem acontecido com alguma frequência nos últimos anos, no Douro, onde produtores de dimensão mais pequena, investem no seu próprio projeto. No ano passado provei pela primeira vez o Quinta do Todão Reserva Tinto 2012, produzido desde 2006, embora em quantidades muito reduzidas (único vinho até então). Este ano, o meu amigo Filipe Leonardo quis-me apresentar para além da nova colheita do reserva tinto, também os recentes Todão branco, rosé e tinto que vêm alargar o portfolio da casa.

O Todão Branco 2017, produzido das castas Viosinho, Rabigato e Códega de Larinho, mostra-se um vinho equilibrado, com notas citrinas, algum pendor mineral, fresco, com boa acidez, redondo e bom companheiro à mesa. O Todão Rosé 2017 é feito de Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca. O resultado é um Rosé Duriense com uma bonita cor e de aspeto cristalino. Mostra-se elegante, introvertido de aroma (bouquet de rosas), fresco e seco, de pendor gastronómico. Com corpo médio e final refrescante e seco. O Todão Tinto 2015 produzido de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca é um vinho com uma fruta fresca bonita que nos remonta imediatamente para o Douro. Os taninos são macios, com uma boca média e muito equilibrada, a fazer lembrar aqueles vinhos a meio caminho entre o terroir rustico do Douro, mas com um polimento muito interessante. Foi um sucesso à mesa. 



Todos os vinho da gama Todão são produzidos com uvas de terceiros, criteriosamente seleccionadas pelo enólogo Jean-Hughes Gross (Odisseia, Quinta da Casa Amarela)a um PVP recomendado de 6,99€. Para o ano está na calha, esta gama ser também produzida com uvas próprias, à excepção do branco, por limitação de altitude.

Finalmente, a nova edição do Quinta do Todão Melhores Vinhas Reserva 2013. Este vinho é feito na Quinta do Crasto, com enologia a cargo de Manuel Lobo. Feito com as melhores vinhas de castas durienses (60% Touriga Nacional+ 30% Touriga Franca+ 10% vinhas velhas - castas misturadas), apresenta o perfil típico dos vinhos com o dedo de Manuel Lobo, do vizinho Crasto: Aroma perfumado com fruta de qualidade, barrica bem integrada, vertente de elegância em vez da concentração, muita frescura, e uma boca sedosa, algum grafite e final longo de pendor gastronómico. Um belíssimo exemplar a precisar ainda de tempo. PVP: 12,99€. Disponibilidade: Garrafeiras.

Sérgio Lopes