sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

As Melhores RQP 2012


Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos vinhos com melhor relação qualidade-preço provados em 2012, priveligiando naturalmente os que comentamos no blogue. 


Até 6€

Tons de Duorom Tinto 2011 - 4€ (Douro)
Tons de Duorom Branco 2011 - 4€ (Douro)
Marquês de Borba Tinto 2011 - 5,5€ (Alentejo)
Murzelo Reserva Tinto 2007 - 4€ (Douro)
Adega de Borba Premium Tinto 2009 - 5,5€ (Alentejo)
Herdade do Peso Tinto 2009 - 6€ (Alentejo)
Vinha do Putto Tinto 2009 - 4€ (Bairrada)
Conde de Vimioso Branco 2011 - 3€ (Tejo)
Conde de Vimioso Rosé 2011 - 3€ (Tejo)
Dory Branco 2011 - 4€ (Lisboa)
Beyra Quartz Branco 2011 - 5€ (Beiras)
Casa Aranda Malvasia Fina / Encruzado Branco 2010 - 6€ (Dão)
Quinta da Fata Clássico Tinto 2008 - 6€ (Dão)
Quinta da Alorna Arinto Branco 2010 - 4€ (Lisboa)
Quinta da Alorna Verdelho Branco 2010 - 4€ (Lisboa)
Quinta da Alorna Rosé 2011 - 4€ (Lisboa)
Alvarinho Pouco Comum 2011 - 4,5€ (Verdes)
Quinta da Lixa Aroma das Castas 2011 - 4€ (Verdes)
Terras do Minho TN Rosé 2011 - 3€ (Verdes)
Cabriz Espumante Bruto 2010 - 5€ (Dão)
Marquês de Marialva Espumante Bruto Reserva 2009 - 4€ (Bairrada)
Gravato Palhete 2004 - 4,5€ (Beiras)


Até 10€

Gravato Tinto 2004 - 9€ (Beiras)
Quinta de Camarate Tinto 2009 - 7,5€ (Setúbal)
Fonte de Gonçalvinho Tinta Roriz 2010 - 8€ (Dão)
Barão de Nelas Alfrocheiro 2007 - 8€ (Dão)
Barão de Nelas Resrva TN/Aragonês 2007 - 8€ (Dão)
Quinta Mendes Pereira Escolha da Produtora Tinto 2006 - 9€ (Dão)
Quinta Mendes Pereira Encruzado Branco 2010 - 9€ (Dão)
Quinta da Fata Reserva Tinto 2009 - 8€ (Dão)
Quinta do Mondego Tinto 2006 - 8€ (Dão)
Duorom Tinto 2010 - 9€ (Douro)
Quinta de Baixo Blanc Des Noirs Espumante Bruto 2007 - 8€ (Bairrada)
Quinta de Arcossó Branco 2011 - 7€ (Trás-Os-Montes)
Quinta de Arcossó Reserva  Branco 2010 - 10€ (Trás-Os-Montes)
Valle Pradinhos Tinto 2008 - 10€ (Trás-Os-Montes)
Quinta do Ameal Loureiro 2010 - 7,5€ (Verdes)
Afros Loureiro 2010 - 8€ (Verdes)
Soalheiro Alvarinho 2011 - 9€ (Verdes)
Quinta dos Maias Malvasia Fina 2011 - 8€ (Dão)



NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.



Sérgio Lopes

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Melhores Vinhos Provados - 2012

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar, pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Aqui fica a lista dos melhores vinhos provados em 2012, priveligiando naturalmente os que comentamos no blogue. 


TINTOS

1. Fonte de Gonçalvinho Inconnu Reserva Tinto 2010 (Dão)
2. Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas Tinto 2008 (Douro)
3. Quinta do Monte D'Oiro Reserva Tinto 2003 (Lisboa)
4. Quinta das Marias Cuvée TT 2009 (Dão)
5. Gravato Tinto 2004 (Beiras)
6. Quinta da Fata Touriga Nacional 2009 (Dão)
7. Quinta dos Maias Garrafeira Tinto 2003 (Dão)
8. Valle Pradinhos Reserva Tinto 2007 (Trás-Os-Montes)
9. Quinta do Pégo Reserva Tinto 2009 (Douro)
10.Casa de Zagalos Reserva Tinto 2007 (Alentejo)

BRANCOS

1. Soalheiro Primeiras Vinhas 2010 (Verde)
2. Quinta do Ameal Escolha 2009 (Verde)
3. Vinha do Contador 2009 (Dão)
4. Encontro 1 2008 (Bairrada)
5. Quinta das Bageiras Garrafeira 2009 (Bairrada)
6. Bétula 2011 (Douro)
7. Soalheiro Alvarinho 2011 (Verde)
8. Aneto Reserva Branco 2009 (Douro)
9. Borges Reserva 2009 (Dão)
10. Quinta do Ameal Loureiro 2010 (Verde)

ROSÉS

1. Domingos Soares Franco Moscatel Roxo 2010 (Setúbal)
2. Quinta da Romaneira 2011 (Douro)
3. Valle Pradinhos 2011 (Trás-Os-Montes)

ESPUMANTES

1. Quinta de Baixo Blanc Des Noirs Bruto 2007 (Bairrada)
2. Miogo Reserva Bruto 2007 (Verdes)
3. Cabriz Reserva Bruto 2010 (Dão)

GENEROSOS

1. Alambre Mosacatel 20 anos (Setúbal)
2. Kopke Vintage 1985 (Porto)
3. Krohn Colheita 1968 (Porto)

NOTA de esclarecimento: A esmagadora maioria das escolhas supracitadas constam comentadas no blogue. As escolhas basearam-se nos vinhos que provamos no conforto do nosso lar, com todo o rigor e concentração para o efeito. Como tal, estão excluídos muitos outros vinhos que ao longo deste ano tivemos o privilégio de provar, em diversos eventos, mas que achamos que por não terem sido alvo das mesmas regras de prova, não devem assim de constar nesta listagem.



Sérgio Lopes



domingo, 23 de dezembro de 2012

Enólogo do Ano - António Narciso


Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. E a escolha para o enólogo do ano vai para...

ANTÓNIO NARCISO (Dão)

Este jovem,  apaixonado e acérrimo defensor dos vinhos da sua região (Dão), tem já um trajecto notável, sendo responsável pelo trabalho enológico de diversos produtores de "Quinta" do Dão. Nomeadamente: Quinta das Marias, Quinta Mendes Pereira, Quinta da Fata, Casa Aranda, Fonte de Gonçalvinho, Barão de Nelas, Adega de Penalva. Ufa! Sim, é o homem por detrás de todos esses grandes vinhos! Mas o que mais impressiona e talvez distingue António Narciso é a sua capacidade de entender e respeitar o terroir de cada um dos produtores com que trabalha, conseguindo desenhar vinhos com perfis distintos uns dos outros, 100% Dão, cada vinho / referência com a sua própria identidade e características próprias do local de origem e das castas mais produtivas. E por vezes estamos a falar de algumas centenas de metros que distam 2 produtores e Narciso consegue claramente diferenciar ambos. Soberbo! Acresce o facto de ser um dos grandes embaixadores da região. Em 2012 foi vê-lo a promover jantares vínicos no Porto e em Lisboa, por sua própria iniciativa, tentando assim colocar o Dão no local de eleição que merece. Faz por isso muito mais  pela promoção da região, do que muita gente com responsabilidade para o efeito, o deveria fazer... Por todas essas razões, é mais do que merecido o título de enólogo do ano para António Narciso. E Narciso não pára... Recentemente é vê-lo a colaborar em mais uma aventura vinícola, desta feita, a referência "Caminhos Cruzados" em Nelas. Este homem tem tempo para tudo?


Sérgio Lopes

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Produtor Revelação do Ano - Fonte de Gonçalvinho

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2012. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. Começamos  pela nossa escolha para produtor revelação do ano.

FONTE DE GONÇALVINHO (Dão)

A história do contacto com este jovem e simpático casal é curiosa, na medida em que nas nossas visitas pelo Dão, o enólogo António Narciso recomendou-nos passar por Paranhos da Beira - Seia, local onde se situa a Quinta Fonte de Gonçalvinho. E assim o fizemos. Caso contrário, talvez nos tivesse passado ao lado, tal é a escolha de bons produtores e vinhos, nesta região fantástica que é o Dão. O resultado da nossa visita pode ser lido AQUI


A história de Casimir e Christelle da Silva é feita de preserverança e crença na qualidade de um terroir de eleição, uma produção semi-automática e um enólogo que transformou a tragédia de 2008 numa rota de sucesso. Os vinhos espelham a elegância típica do Dão, num perfil moderno e muito atraente. Desde os colheita tinto e Rosé que são excelentes RQP e mostram bem o potencial de entrada da casa, passando por um monocasta Tinta Roriz sumarento, culminando no sublime Inconnu, o tal vinho de que ninguém conhece quais as castas ou a forma de vinificação. Trata-se de um Reserva sublime. Para 2013 preparem-se para um encruzado desconcertante e um Touriga Nacional super perfumado e já medalhado, a juntar às referências já anteriormente mencionadas. Por tudo isto, Fonte de Gonçalvinho merece o título de produtor revelação do ano. E as suas vinhas ainda são "umas crianças"... Assim, o futuro de qualidade está pois salvaguardado!


Sérgio Lopes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

3 LBVs para este Natal

Os vinhos do Porto LBV (Late Bottled Vintage) inserem-se na categoria Ruby (cores vermelho carregado e sabores frutados) e são produzidos a partir de uma só colheita excepcionalmente boa. Envelhecem de quatro a seis anos dentro dos balseiros, e depois de engarrafados continuam a sua evolução, ainda que não muito significativa (existem dúvidas a este respeito). Por isso, as garrafas de LBV são diferentes, pois a rolha é inteira (ou seja, não tem a habitual tampa de plástico no topo), significando que a garrafa deve ser mantida deitada (para que o vinho humedeça a rolha). Os LBV, ao contrário dos Vintages, podem ser consumidos logo após o engarrafamento, pois a sua evolução na garrafa é menor. Os LBV eliminam assim a desvantagem dos Vintages em relação ao tempo de espera antes do consumo, e ainda que não seja um Vintage verdadeiro, possui muitas das suas características, e oferece uma ideia bastante próxima da experiência de beber um vintage novo.

Existe ainda LBVs filtrados e não filtrados (Unfiltered). Os LBV filtrados (isto é que têm um tratamento prévio ao engarrafamento) devem ser consumidos no espaço de um mês, enquanto que os Unfiltered, como são mais naturais e semelhantes a um jovem vintage, sem qualquer tratamento devem ser consumidos numa semana, finda a qual começam a perder algumas das suas características.

São ainda de valor mais baixo que os Vintage, pelo que podem ser uma boa escolha para este Natal, em ano de crise económica. Aqui ficam 3 exemplos de LBVs que bebemos este ano e que se ainda estiverem disponíveis, serão seguramente uma excelente escolha:

 13,5€
Quinta do Crasto LBV 2006 Unfiltered

13,5€
Quinta Nova LBV 2006

 18€
Quinta do Noval  LBV 2006 Unfiltered

Todos eles são excelentes exemplares. A nossa preferência recai no LBV da Noval, Unfiltered. Sendo o Vintage do produtor quase inacessível, dado o elevado preço, quem quiser ter uma ideia do que é um Noval próximo do vintage novo (com as devidas diferenças), não se vai arrepender, bebendo este excelente LBV. É simplesmente delicioso. Se optarem pelos LBV da Quinta Nova ou Crasto, são ambas opções com uma excelente RQP, versões filtrado e não filtrado, respectivamente. Também farão seguramente uma opção extremamente válida. O importante é beber bom vinho do Porto!


Sérgio Lopes

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prova de vinhos Carm - Colheita

Um dos grandes representantes do Douro Superior, mais propriamente de Almendra, e cujos vinhos são autênticas referências de qualidade, reconhecida nacional e internacionalmente..

Carm Tinto 2010


Ano: 2010

Produtor: CARM

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: Produzido das castas tradicionais do Douro, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional,  com estágio de 12 meses em barricas de carvalho Americano e Francês. Notas do produtor: Procuramos reunir os taninos firmes da Tinta Roriz, as notas de esteva e os taninos suaves da Touriga Franca, e os aromas de frutos pretos e silvestres, com notas florais e frescas muito marcadas da Touriga nacional. Foi exactamente isso que experenciamos, ou seja, um vinho consensual e muito bem feito, com complexidade qb e que espelha o terroir Duriense, numa vertente mais moderna e internacional. Muito bem!

Classificação: 16



Carm Branco 2011


Ano: 2011

Produtor: CARM

Tipo: Branco

Região: Douro

Castas: Códega de Larinho, Rabigato e Viosinho.

Preço Aprox.: 6€

Veredicto: Cor palha. No nariz, o registo é de frescura, aliada a notas florais e uma forte mineralidade. Segundo o produtor, as uvas são proveninentes de vinhas muito velhas, o que pode explicar a grande harmonia de conjunto e o bom volume de boca encontrados. Termina muito agradável e persistente. Um belo branco Duriense, a um belo preço.

Classificação: 15,5


Sérgio Lopes

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quinta da Romaneira Rosé 2011


Ano: 2011

Produtor: Quinta da Romaneira

Tipo: Rosé

Região: Douro

Castas: Touriga Franca e Tinta Roriz.

Preço Aprox.: 8€

Veredicto: Produzido pela Quinta da Romaneira, no Douro, em partes iguais de Touriga Franca e Tinta Roriz, pelo processo de prensagem directa das uvas. Considerado pela revista visão como o melhor Rosé do ano. E é na realidade muito bom!

A cor é rosada, extremamente apelativa. No nariz, ressalta uma enorme frescura e mineralidade, confirmada depois na boca. Os aromas predominantes são o morango, framboesa e rosas, tudo muito fino e equilibrado, refrescante, como um bom Rosé deve ser. Com  apenas 12,5º de álccol, termina muito saboroso, seco e persistente.

Um dos melhores Rosés que bebi este ano, com tudo em perfeita harmonia.


Classificação: 16

Sérgio Lopes

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Prova de Vinhos Momento Ousado

Momento Ousado é a incursão da distribuidora Garcias Gourmet na região dos Vinhos Verdes. Com enologia e produção do Sr. Vinhos Verdes Anselmo Mendes, a aposta recai em duas das castas que melhor espelham o potencial da região, nomeadamente o Loureiro e o Alvarinho. O resultado pauta-se por vinhos muito bem conseguidos e que mostram a casta na sua vertente fiel ao terroir.
Disponíveis no El Corte Ingles.

Momentos Ousados Loureiro 2011


Ano: 2011

Produtor: Anselmo Mendes

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Loureiro

Preço Aprox.: 7€

Veredicto: Cor palha brilhante. Aroma floral e elegante, muito fresco. Conjunto suave e delicado, em harminia de conjunto. Na boca, a frescura é evidente. Fiel à casta que lhe deu origem, apresenta um bom corpo, terminando muito agradável e persistente. Um belo exemplar da casta Loureiro.

Classificação: 15,5



Momentos Ousados Alvarinho 2011



Ano: 2011

Produtor: Anselmo Mendes

Tipo: Branco

Região: Vinhos Verdes

Castas: Alvarinho.

Preço Aprox.: 9,90€

Veredicto: Cor palha. No nariz invade-nos uma grande frescura e mineralidade, com predominância de aromas citrinos bem característicos da casta, bem como algumas notas florais. A toada é de elegância muita frescura. Estruturado, sumarento, com bela acidez, termina longo e persistente. Capta o que de melhor a casta Alvarinho tem para dar.

Classificação: 16


Sérgio Lopes

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A Restauração - Parte I

A temática da Restauração está na ordem do dia, sobretudo desde que o Governo anunciou o aumento do IVA no sector para 23%.Mas será que é tudo responsabilidade do aumento da carga fiscal, ou existe alguma culpa por parte da restauração que por vezes não sabe ou não consegue cativar o cliente que busca um momento diferente e não o consegue obter?

À parte dos "pratos do dia", que são para "despachar", uma vez que o pessoal quer é comer qualquer coisa, se possível a preço baixo, para voltar para o emprego (quem o tem), será que quem sai para jantar não procura algo diferente daquilo que tem em casa? Seja na confecção, no requinte e também... no vinho seleccionado?

Pois, decidi partilhar algo que aconteceu comgo. 

Fui jantar a um restaurante de Matosinhos, daqueles, na teoria, Gourmet. Ao vasculhar a carta de vinhos, mais do mesmo a preços super inflacionados. Vinho a copo, mais caro do que o preço de uma garrafa no supermercado. Mais propriamente, o vinho a copo era Dalva, do Douro. Nada contra, mas apetecia-me algo diferente e então pedi ao "chefe" para me aconselhar, tendo em conta o "Manjar" que estaria em preparação. Qual o vinho que me trouxe? JP de Azeitão! Fiquei-me pelo dalva a copo... Será que eu é que sou um consumidor "anormal" ou há realmente muito a fazer para se promover o tal "momento"? Fica a reflexão.

Sérgio Lopes

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Adelaide Tributa

Há momentos únicos e irrepetíveis na nossa vida. E não é todos os dias que temos a oportunidade de provar um vinho do Porto, segundo os registos do produtor de.. 1866! Pois, esse privilégio occorreu na passada 6ª feira. A Quinta do Vallado lançou oficialmente os Portos 30 e 40 anos e o Adelaide Tributa na conceituada Garrafeira Tio Pepe no Porto, gerida pelo carismático Luís Cândido. Eu fui um dos felizardos contemplados com uma dose "à pipeta" do vinho, mas que ainda assim constituiu um momento de puro deleite mágico.

Quanto ao vinho, numa cuidadosa embalagem de madeira e belíssima garrafa de cristal, trata-se da homenagem a  Maria Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida pela Ferreirinha, que foi em tempos proprietária da Quinta do Vallado, e de quem se celebra este ano o bicentenário do nascimentoPré- Filoxérico, provém de um lote original de cinco pipas, que por concentração, através dos tempos, em ambiente extremamente favorável, deu origem a apenas duas pipas. 

O resultado é um vinho raro, de excepção, simplesmente indescritível. Foi seguramente o vinho com maior concentração que alguma vez bebi, mas com uma frescura do outro mundo, para um vinho com 140 anos! Impressionante. O final é interminável... Puro deleite!

Foram engarrafadas apenas 1300 garrafas. O preço de venda deste vinho raro é de aproximadamente 3000€. 

Obrigado à Quinta do Vallado e ao Luís Cândido pelo enorme privilégio.

Sèrgio Lopes