Como estava aprazado há mais de um mês,cerca de metade dos felizardos inscritos no histórico evento apresentou-se no Parque Eduardo VII às 16 h, para rumarem a Colares.
Não obstante a terrível canícula (de má memória para todos os portugueses) só dois chegaram ligeiramente atrasados, retidos nas filas da ponte 25 de Abril. O entusiasmo era, portanto, enorme e o calor não fazia desfalecer ninguém! Os restantes felizardos aguardavam em Almoçageme - cerca de 10 graus a menos do que em Lisboa - a chegada do autocarro. Criou-se, então, um grupo de 56 felizardos, que se dirigiu às vinhas de chão-de-areia, em Fontanelas.
O objectivo era dar a conhecer a paisagem vitícola de Colares, todo o processo de produção de uvas e uma viticultura heróica, única no mundo, que teima em resistir aos efeitos devastadores da globalização. Havia a convicção que após esse périplo muitos dos presentes sentiriam, por certo, a alma do vinho de Colares e estariam emocionalmente preparados para o grande acontecimento na Adega Viúva Gomes.

O nosso guia foi o Nuno Ramilo, que eu convenci a deixar de projectar pontes e barragens para transformar os pinhais da família em vinhas de Colares! Os mais de dois hectares que plantou torná-lo-ão, em breve, o maior "latifundiário" de Colares e um dos guardiões de saberes antigos, pois já o avô dele era grande vinhateiro e famoso negociante de vinhos. Estava feito, com o agrado de todos e a surpresa de muitos, o trabalho de campo. Havia, pois, que rumar a Almoçageme, para mais emoções fortes.
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Fotos cortesia de Rui Viegas
Professor Virgilio Loureiro
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