quinta-feira, 30 de junho de 2016

Um copo com… Márcio Lopes

Márcio Lopes é responsável pelo projecto Pequenos Rebentos, na sub região de Monção e Melgaço, onde desde 2010 mostra o que melhor a casta Alvarinho pode proporcionar. Desde 2010, também produz os seus vinhos Proibido, provenientes de vinhas velhas da Região do Douro Superior, desde 2015 com produção de uvas próprias. Discípulo de Anselmo Mendes, Natural do Porto, licenciado em Engenharia Agronómica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, divide a sua vida por Vila Nova de Gaia, Melgaço e Vila Nova de Foz Côa.


Olá Márcio, conta-nos por favor o teu percurso no mundo dos vinhos. Como tudo nasceu e quais os planos para o futuro. A minha paixão pelos vinhos, foi introduzida pela minha querida avó paterna, que literalmente, me meteu num lagar a pisar uvas com 8 anos. A agricultura sempre me cativou, e em 2001 entrei na FCUP, para tirar o curso de Eng. Ciências Agrárias. Em 2005 fiz o meu primeiro estágio com Eng Anselmo Mendes, em Melgaço, e com ele me mantive até 2008. Altura esta, que fui até a Austrália e trabalhei em duas regiões completamente diferentes, nomeadamente na famosa região de fortificados, Rutherglen, e na ilha da Tâsmania. Em 2009 comecei a trabalhar na promoção e venda de vinhos de pequenos produtores, e desde 2010, que desenvolvo os meus projectos, no tempo que sobra. 

O futuro passa por aprofundar os meus conhecimentos, explorar uma vinha velha recentemente adquirida em VN Foz Côa e trabalhar para continuar a manter o que gosto de fazer… Vinhos!!

Qual para ti a casta rainha de Portugal? Não consigo responder objectivamente. Entre rainhas e reis :-) , gosto muito do Alvarinho, Loureiro, Touriga Nacional e Sousão.

O que gostas de fazer nos tempos livres? Quando tenho tempo livre, gosto de praticar desporto, sobretudo ciclismo. 

Descreve as férias dos teus sonhos, onde vais, por quanto tempo e porquê? Já estive na Austrália, e se pudesse era la que voltava, pelo menos durante um mês, para rever velhos amigos.

Qual o teu prato preferido? Cabritinho Assado.

Conta-nos uma peripécia que tenhas vivido no mundo dos vinhos. Em 2008, quando estive na Tasmania, fiz 5 pipas, supostamente, de Alvarinho… Mais tarde “rebentou a bomba”, que afinal não era Alvarinho o que havia sido plantado na Austrália e Nova Zelandia, mas sim Savignin, uma casta francesa, que por sinal, foi levada da Galiza…

Se tivesses a possibilidade de escolher uma região (fora ou dentro de Portugal) e uma casta para fazeres o TEU vinho, qual seria a escolha?  Gosto muito de brancos. Se pudesse fazia um Terrantez na Madeira, embora não a conheça tecnicamente, e deixava envelhecer.

O que te faz realmente tirar do sério? Perder tempo sem necessidade.

Momento: refere uma música preferida; local de eleição e companhia; e claro vinho a condizer.  Magic de Cold Play no Geres com a minha família e Proibido de preferência.

Qual o melhor vinho que alguma vez provaste? Português: Abandonado 2011. Estrangeiro: Romani Conti La Tache 2009. Fortificado: Madeira Barbeito 1880 (por sinal: usado para melhorar lotes)

Sérgio Lopes


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