quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Crasto Reserva Vinhas Velhas 1999 Vs. 2008 Vs. 2009

Como o nome sugere, este vinho é feito com uvas de vinhas velhas com uma média de idade de aproximadamente 70 anos onde podemos encontrar cerca de 30 castas diferentes.

Confesso que o Crasto Reserva Vinhas Velhas foi dos vinhos mais bem feitos que bebi, principalmente a colheita de 2008, simplesmente brutal! Adquiri recentemente uma garrafa de 1999 para verificar as diferenças e provei há pouco tempo, com os meus primos de França, o 2009. Eis o veredicto:

Crasto Reserva Vinhas Velhas 1999

Ano: 1999

Produtor: Quinta do Crasto

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Vinhas Velhas

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto: De cor ruby com leve evolução. No nariz, apresenta-se muito fresco, especiado, com fruta preta madura, balsãmico, notas de esteva, tosta da madeira bem integrada. Complexo e harmonioso. Na boca sente-se muita fruta preta madura, notas de couro, frescura e elegância característica deste vinho. O final é longo e persistente

Classificação: 17


Crasto Reserva Vinhas Velhas 2008



Ano: 2008

Produtor: Quinta do Crasto

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Vinhas Velhas

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto:  De cor ruby intensa, no nariz apresenta um aroma aveludado e elegante. A fruta aparece bem evidente, junto com a tosta da barrica e especiarias de qualidade, tudo magnificamente integrado. Na boca é fino, fresco, sedoso, com taninos redondos, potente e de grande estrutura. Termina longo, persistente e extremamente saboroso. Um grande exemplar do Douro, num conjunto integrado na perfeição. Puro veludo.

Classificação: 18



Crasto Reserva Vinhas Velhas 2009


Ano: 2009

Produtor: Quinta do Crasto

Tipo: Tinto

Região: Douro

Castas: Vinhas Velhas

Preço Aprox.: 20€ - 25€

Veredicto: Perfil em tudo idêntico ao 2008. De cor ruby intensa, no nariz apresenta o tal aroma aveludado e elegante, que depois se confirma na boca. Perfeita integração entre fruta, madeira e especiaria. Bela estrutura, com final fresco, longo e muito persistente. A necessitar de mais uns anos de garrafa, mas a apresentar desde já a consistência e qualidade a que estamos habituados.

Classificação: 17,5


Este vinho, tem tido numerosos reconhecimentos nacionais e internacionais. A colheita de 2008 foi o vinho português melhor classificado na «Cellar Selections», o Top 100 da revista norte-americana Wine Enthusiast, ficando entre os 100 melhores vinhos do mundo.

As provas supramencionadas confirmam a invejável consistência e a evolução positiva que este vinho tem sofrido, estando cada vez mais afinado.

Destaque para o colheita de 1999, que apresenta uma inegável frescura e juventude para um vinho que nem parece ter já 13 anos...! 

O 2008 é simplesmente fenomenal, mas o 2009 para lá caminha...

Obrigatório para qualquer apreciador de (muito bons) vinhos do Douro. E a uma óptima RQP...!


Sérgio Lopes

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