segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Enóloga do ano: Rita Ferreira Marques

Com o final do ano, damos início ao habitual balanço sobre o que de mais relevante ocorreu no mundo vinícola em 2013. São as nossas escolhas. De notar que as escolhas baseiam-se no conhecimento adquirido ao longo deste ano, nos contactos efectuados, vinhos provados, eventos participados, etc. É portanto limitada e subjectiva, tendo em conta o universo experimentado, mas vale seguramente a pena destacar,  pela qualidade e / ou relevo que apresentam. E a escolha para o enólogo do ano vai para...

RITA FERREIRA MARQUES (Douro Superior)

Rita Ferreira Marques é uma das mais excitantes enólogas da sua geração. O seu projeto - vinhos Conceito tem origem na aldeia de Cedovim, no topo Douro Superior. As vinhas da sua família, que herdou, situam-se entre os 300 e 400 m de altitude onde o microclima é particularmente ameno e fresco. No total são cerca de 73 hectares de vinha divididos pelas: Quinta da Veiga, Quinta do Chão-do-Pereiro e Quinta do Cabido. 

Jovem e irreverente, esta "miúda" pegou no património familiar e decidiu expressar o que de melhor o terroir mostra: Frescura, elegância e pureza aromática, são por ventura marcas da enóloga, inconfundíveis. Mas o seu projeto não se circunscreve apenas ao Douro Superior. Rita foi formada na UTAD, mas estagiou além-fronteiras o que a levou a fazer o seu vinho na África do Sul ou na Nova Zelândia, tentando aplicar o seu conceito aos terroirs em questão. Ultimamente, está mais "caseira" tendo a sua mais recente aventura passado por fazer um Alvarinho proveniente da sua região de origem, nomeadamente a sub-região de Monçao e Melgaço. 

Esta jovem não pára de surpreender, mas uma coisa é certa, em todos os seus projetos aplica o seu conceito de vinho.

Tivemos oportunidade de provar alguns exemplares do projeto Conceito que faz parte dos Young Winemakers Of Portugal. As notas de prova podem ser consultadas aqui no blogue. Para além dos vinhos de mesa, por favor provem o vintage 2007 e o LBV 2009 que devia ter sido vintage mas não foi... Enfim e virá aí o seu conceito de Vin Paille...

Obrigado Rita!


Sérgio Lopes

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